XY Adventures 2 (Truth or Dare Book) 04

Anteriormente em XY Adventures: Y é forçada a ir para o ginásio de Santalune City sabendo que seu melhor Pokémon e o primeiro parceiro a seguir junto com ela sua jornada, Braixen, estava desaparecido. Em uma batalha exaustiva contra a líder Viola, o pequeno Dratini, outro Pokémon que estava há bastante tempo com a garota no time acabou por evoluir e se tornar um belo Dragonair e quando a garota já estava voltando para a escola, em Shalour City, seu telefone toca. “Achamos o seu Braixen”.
04 - #My Psychic Pokémon

– Já estou te avisando, Y! Você tem que ter muito cuidado ao chegar perto de Braixen! Ele está possuído! – disse Matthew, enquanto nos dirigíamos ao esconderijo de Braixen, onde ele ficou este tempo todo.

– Matthew, você já me disse isso umas 30 vezes desde que eu cheguei! Ele É MEU POKÉMON, sendo assim, eu tomo as atitudes necessárias acerca de qualquer problema que venha a aparecer.

– Ui! Tudo bem então, sabichona! Vamos ver o que a senhorita vai dizer quando vir o seu Pokémon.

Caminhamos mais um pouco até chegarmos aos fundos da escola, em um pequeno bosque que, há anos, era utilizado pelos alunos para fazerem trilhas e mini explorações para a captura temporária de pokémons inseto que ali viviam.

– É aqui.

Aproximei-me com cuidado da passagem na cerca e atravessei por um enorme buraco na velha grade metálica.

– Braixen? – Gritei, esperando pela resposta do pokémon, mas tudo o que ouvi foi o barulho abafado de uma explosão, que vinha de dentro do bosque.

– Matt, fique aqui. Eu vou resolver isso sozinha!

– Mas...

– Fica aqui, ok? Se eu precisar de ajuda eu te chamo.

– Tudo bem então... – Matthew abaixou a cabeça, notando meu mal humor. Ah, qual é? Eu estava de TPM, ele pelo menos percebeu isso.

Entrei correndo pelo pequeno amontoado de árvores e atravessei a mini mata olhando para todos os lados, procurando por algum sinal de Braixen e seguindo o som de explosões que ia aumentando o volume a cada passo que eu dava. E foi quando, de repente, o som parecia estar diminuindo.

– Mas... Não é possível? Como o som está diminuindo se eu não cruzei por Braixen?

Olhei para todos os lados novamente, à procura de Braixen, mas nada.

– Ei, menina! Aquele Braixen é seu? – uma voz tremida surgiu do nada e me paralisou por completo. No susto, dei um pulo e dei de cara com um velho senhor com roupas esfarrapadas. Ele usava uma touca que cobria parte das grandes madeixas grisalhas e uma espécie de chave-medalhão pendurada em uma corrente no pescoço. Nunca tinha visto ele por aquelas bandas, mas sabia que ele não me era estranho.


– Ah... Senhor, o senhor viu o Braixen? Sim, ele é meu!

– Faça alguma coisa! Está relutante lançando rajadas de luz por todos os lados! Já conseguiu destruir uma grande parte desse bosque somente com aqueles Psybeam!

– Psybeam, mas o que...

– CUIDADO!

O senhor arregalou os olhos e deu um grito, segurando-me pelos braços, atirando-se no chão e me puxando junto. Ele rolou seu corpo pelo chão coberto de folhas do outono passado e quando eu percebi, aquele velho senhor havia me retirado da frente de uma enorme explosão de Psybeam. Braixen lançara um ataque exatamente onde nós estávamos.

– Ah, meu Arceus! Braixen? Onde está você?

Olhei para todos os lados, mas não achei Braixen. Com toda certeza ele estava bem, próxima da gente, porque aquele Psybeam fora, obviamente, disparado a queima-roupa, devido ao enorme fluxo de energia psíquica que acabou formando aquela explosão da qual eu recém havia sido salva.

– Braixen! – Chamei mais uma vez.

Então ouvi um barulho nas árvores. Olhei para ciam e vi um vulto. Não pude ver direito, mas tenho certeza de que era um vulto na cor amarela. Era Braixen.

– Braixen!

E então o volto se materializou na minha frente e Braixen aterrissou no chão. Ele estava apontando o graveto da ponta de sua cauda para mim.


– Senhor, eu acho que estamos enrascados!

Olhei para os lados e não vi o senhor que havia me salvado do Psybeam. Ele desaparecera por completo.

– Braixen, acho que estamos sozinhos!



– Grrr! – O pokémon mostrou os dentes para mim. Tentei me aproximar e ele rosnou mais uma vez.

– Braixen, o que foi? Porque está tão agitado assim? O que foi que eu fiz pra você?

Braixen moveu seu graveto como se fosse uma varinha mágica, daquelas que se vê em Harry Potter, e ele imediatamente ganho um brilho azul. Senti meus pés deixando o chão e de repente vi que eu estava flutuando. Foi quando uma de minhas pokébolas escorregou pelo bolso e saiu voando na minha frente.

– Braixen, o  que que é isso?

O Pokémon rosnou mais uma vez e agora girou sua varinha, deixando-me cair no chão e prendendo a pokébola em um vértice psíquico. Aparentemente, Braixen queria batalhar, porque a bola desativou e de dentro dela surgiu um de meus parceiros: Meowstic.


– Meow! – Meowstic lançou um olhar inexpressível em Braixen, o que acabou por deixar o inicial de fogo ainda mais irritado.

– Meowstic, acho que o Braixen quer que eu batalhe contra ele! Acha que pode dar conta?

– Stic! – Meowstic concordou com um aceno de cabeça.

– Vamos, use Light Screen!

Meowstic ficou parado, e de seus olhos surgiu uma barreira de luz que se estendeu por cerca de dois metros à sua frente. A luz estava aumentando seus níveis de defesa.

– Brai! Xen! – Braixen rodopiou o pauzinho em sua mão e produziu uma rajada de chamas azuis que girou pra cima de Meowstic e sua barreira de luz, mas a barreira não estava preparada para um golpe de status e Meowstic foi pego, ficando todo queimado.

– Stic...

– Brai! – Braixen deu um salto e direcionou novamente a varinha para Meowstic, dessa vez mirando um Flamethrower bem poderoso.

Mas o Light Screen agiu na hora certa e bloqueou as chamas de Braixen, aumentando os stats de Defesa e Ataque especial de Meowstic.

– Vamos, Braixen! Por que você está assim? Porque quer batalhar comigo?

Braixen olhou para mim e deu um sorrisinho, depois olhou para Meowstic e rosnou feio, lançando mais um Psybeam, que atingiu o pokémon gato em cheio.

– O que é que está acontecendo? Meowstic, vamos lá! Temos que conter o Braixen! Use o seu Charm!

Meowstic deu uma piscadinha para Braixen, mas o golpe não funcionou. Os dois eram machos e é óbvio que o Braixen não era gay.

– Tente outro! Use Fake Out!

Meowstic dá um salto e bate palmas no ar, lançando ondas de vento contra Braixen, que é empurrado e prensado contra uma árvore.

– Isso!

– Grrrr! – Mas o inicial continuava irritado.

– Agora, Meowstic! Psychic!

Os olhos do gatinho se encheram com um brilho azul (o mesmo que saiu da varinha de Braixen quando ele me fez levitar) e então Braixen começou a ser esbofeteado por mãos de energia (também azuis) que surgiram na sua frente. O golpe não teve muito efeito.

– Brai!

Braixen se livrou dos punhos energéticos e pulou na árvore que estava às suas costas, montando no galho mais alto.

– Desce daí, Braixen!

Mas ele fechou os olhos e empinou o focinho, como se dissesse “u.u”. Então ele pegou sua varinha e o tom de azul nela ficou cada vez mais intenso, até se tornar roxo. Braixen girou o pedaço de pau e então um único punho energético – do tamanho de dez dos que Meowstic lançara contra ele – surgiu, golpeando seriamente o gatinho.

– Stic!

Meowstic se revoltou e a “expressão inexpressiva” logo sumiu de seu rosto, dano lugar para uma incontrolável raiva. Ele então ficou sob as quatro patas e correu em direção ao tronco da árvore, cravando suas garras e escalando rapidamente até chegar no galho onde Braixen estava.

– Meowstic! Controle-se, pelo amor de Arceus!

– Stic...

– Xen...

Mas Meowstic não estava mais ouvindo a mim. Ele só estava prestando atenção em Braixen e os dois se encaravam como se fossem velhos arqui-inimigos.

Foi então que a ficha caiu. E se os dois fossem mesmo velhos inimigos? Braixen foi embora exatamente depois que eu capturei Meowstic e quando eu o encontrei, o único Pokémon que foi expulso de sua pokébola para lutar foi justo o gatinho. Talvez seja uma coincidência do destino. Ou não.

Ainda havia mais uma possibilidade: Braixen não suportou ver um tipo psíquico entrar por meu time. Ele sabe que se ele evoluir novamente se tornará um Delphox e consequentemente adquirirá o tipo psíquico como tipo secundário. Sim! Talvez fosse isso mesmo! Braixen quer evoluir e não quer ter outro tipo psíquico na equipe para competir. Por isso tamanha a rivalidade entre os dois. É uma questão de honra! Braixen se sentiu traído quando eu capturei Meowstic e por isso fugiu.

– Agora tudo faz sentido! Mas agora nenhum dos dois vai me ouvir! Estão se encarando como loucos! Terei que chamar outro Pokémon...


Um tipo dragão. Isso sim era o que precisávamos. Agora essa batalha maluca e totalmente infantil iria parar. Dratini evoluiu faz pouco tempo e com isso adquiriu uma coragem tremenda, sem falar na força de criar tornados poderosíssimos. Era praticamente um novo Pokémon.

– Dragonair, suba lá e dê um Twister naqueles dois!

Dragonair impulsionou-se com a cauda – que eu não sabia onde começava, mas tudo bem – e começou a voar em alta-velocidade, chegando rapidamente na árvore onde os dois paranormais estavam se encarando.

“BOOM!” – Só ouvi a explosão e pouco depois vi Dragonair envolto por uma fumaça brilhante, ao “estilo-multicolorida”. Braixen mandara direto nele um poderoso Psybeam e eu sabia que agora a energia de Dragonair estava na metade.

– Dragonair, você está bem?

Mas o Pokémon desabou direto no chão, levantando uma nuvem de poeira e de folhas.

– É, acho que não.

– Nair...

Dragonair se ergueu com esforço, mas estava de pé de novo, pronto para tentar mais uma vez.

– Dragonair, acha que consegue ir lá e fazer aquele Twister?

O dragão-serpente acenou com a cabeça e voou pra cima da árvore. Quando chegou lá em cima, tanto Meowstic quanto Braixen o receberam um poderoso Psychic, que imobilizou o Pokémon no ar, como se ele estivesse flutuando, mas completamente paralisado.

– DRAGONAIR!

A pérola no pescoço de Dragonair, de repente, começou a brilhar e dela ergueu-se um poderoso tornado que avançou em questão de segundos pra cima da árvore, derrubando os dois psíquicos de lá de cima. Era o Twister. Finalmente.

– Braixen! – Gritei, mas ambos os pokémons, tanto Braixen quanto Meowstic utilizaram de seus poderes psíquicos para pararem lentamente no ar, reduzindo a velocidade da queda em quase 100%.

– Parem com essa briga, pelo amor de Arceus!

Mas os dois voltaram a fitar seus olhares mortais. Apesar de tudo, os dois soavam quase inexpressivos, como se olhassem para o distante.

– Recolha-os!

Ouvi uma voz atrás de mim e quando me dei conta, lá estava o velho senhor com as roupas esfarrapadas.

– O que? – Perguntei.

– Recolha-os para as suas pokébolas! É a única maneira de manter esses pokémons fora de brigas!

Quando percebi, minhas pokébolas estavam todas no chão, e então tudo o que eu tive que fazer foi pegar as três: a de Dragonair, que voltou obedientemente. E a de Braixen e de Meowstic.

– O problema será atrair eles para o feixe de luz da pokébola.

– Eu te darei uma dica: Traga Braixen primeiro. Braixen está mais nervoso do que Meowstic e com certeza vai te atacar quando Meowstic já estiver na pokébola.

– É, você tem razão!

Aproximei-me dos dois pokémons estáticos, que continuavam se encarando. Meowstic levantava a patinha e Braixen apontava seu graveto (varinha). Estavam esperando pelo primeiro movimento um do outro.

Corri e me aproximei de Braixen, mas senti uma vibração estranha pelo corpo. Estava flutuando novamente.

– Braixen, pare com essa teimosia!

Mas ele não me ouviu. Então fiz o que achei mais fácil. Mirei a pokébola para Meowstic e deixei que o raio energético o sugasse pra dentro do objeto. Foi então que Braixen se mexeu e encarou-me com aquele olhar inexpressivo, mas que indicava a mais completa fúria interior.

– BRAIXEN, PARE! – Gritei.

E o Pokémon avançou com tudo pra cima de mim. Ele se aproximou, aproximou e se aproximou, mas quando chegou perto o suficiente, firmei meus pés no chão, abri meus braços e o abracei firme, apertando-o contra meu peito.

– Bra?

Ele ficou de boca aberta, como se perguntasse “O que”? Ou como se tivesse acordado de um profundo transe.

– Braixen, por favor, Não faz isso comigo. Retorne, por favor. Pare com essa luta!

E ele pareceu não hesitar. Peguei sua pokébola e a encostei em sua cabeça, devolvendo-o – finalmente – ao mais perfeito estado de calma.

– Ufa... Acabou.

Enxuguei o suor da testa e novamente percebi que o velhinho havia desaparecido. A única coisa que pude notar foi uma flor vermelha intensa brilhando no chão, exatamente no lugar onde ele estava.

Peguei a flor. Era um Copo-de-Leite recém-colhido e cheirava bem, por incrível que pareça. Recolhi as pokébolas e me dirigi à escola novamente.

Quando passei pelo buraco na cerca, não havia mais ninguém por ali. Olhei pra dentro do bosque e então agradeci mentalmente...

“Senhor, obrigado por me ajudar. Te devo uma.”

E voltei para a aula...



Pokémon XY Adventures || Forever and Always (Season 2) – Originalmente publicado em Janeiro de 2014 - Repostado em Setembro do mesmo ano – A cópia ou distribuição desse material é totalmente proibida.
Pokémon e todos os respectivos nomes aqui contidos pertencem à Nintendo. A(s) personagem (ns) – Matthew– foi (ram) criado(s) por "#Kevin_", portanto é proibida a cópia ou o uso sem a autorização do mesmo.

~ Ao escrever a fanfic o autor não está recebendo absolutamente nada, ou seja, não há fins lucrativos.

0 comentários:

Postar um comentário

ATENÇÃO: Algumas páginas acabaram ficando muito longas e pesadas devido ao excesso de imagens e com isso, o blogger, plataforma na qual este blog está hospedado, começou a travar. Por esta razão, as páginas do Poké-Arquivo de alguns Pokémon (os mais "famosinhos", como os iniciais, os pseudo-lendários, as eeveelutions, entre outros) precisaram ser DIVIDIDAS em várias seções, a fim de evitar este congestionamento. Para acessar as imagens dos ataques nestas páginas, é só clicar no LINK da respectiva seção. Por exemplo, se você quer visualizar os ataques utilizados no anime, clique em "animes". Se você quer os ataques utilizados nos games, clique em "games", e assim por diante.