XY Adventures 2 (Truth or Dare Book) 05


Anteriormente, Y retorna de sua batalha de ginásio vitoriosa quando descobre que acharam seu tão amado Braixen. Mas o Pokémon parecia estar muito zangado e puxou uma batalha contra Meowstic no meio do bosque. Com a ajuda de um senhor muito velho e também muito misterioso, Y consegue escapar de um ataque e parar de vez com a batalha psíquica entre os dois pokémons, retornando-os à suas devidas pokébolas (...)

Naquela terça-feira, estava um calor de rachar, mas o Professor Patrice insistia que por enquanto teríamos aulas teóricas DENTRO DA SALA. Mas eu sentia que algo estava para acontecer naquele dia. Era como se uma vibração paranormal tivesse atingido meus neurônios. E foi no meio da aula que aconteceu... Tudo começou quando o diretor Chevalier bateu na porta da sala.

– Com licença, professor? – disse o velho diretor.

– Toda. O que aconteceu? – Perguntou o Professor Patrice baixinho, mas mesmo assim, todos nós ouvimos.

– Não é maravilhoso? Temos um novo aluno! Como fazia pouco tempo que as aulas tinham começado eu decidi encaixá-lo da turma. Aliás, ele já tem um currículo ótimo em Batalhas Pokémon, então não fará diferença ele entrar agora. – disse o diretor, apontando para a porta aberta às suas costas.

– Tudo bem. Vou apresenta-lo à turma. Venha cá, garoto!

O Professor Patrice fez um gesto com a mão, chamando o garoto para dentro da sala. Quando ele pisou lá dentro, reconheci na mesma hora.

– Pessoal – anunciou o diretor – Este é...
05 - #“Jack”

– “Jack”? – Gritou Matthew, extremamente indignado com a situação toda.

– Senhor Diretor, não é Jack! É Zack! – O garoto loiro que usava óculos escuros disse na mesma hora para o diretor. Havia um engano: seu nome era Zack e não Jack.

– Y? – Matthew deu um sussurro alto, que toda a sala ouviu. – O que é que o meu “ex” tá fazendo aqui? Você por acaso não andou planejando nada, não é?

– Que é isso, Matt? Eu nem sabia que ele viria! Não vai botando as culpas em mim!

Zack, ou melhor, “Jack” colocou sua mochila em uma classe vazia ao meu lado. Caramba, agora estava tudo fora de controle, definitivamente. Eu estava bem no meio dos dois. De um lado estava Matthew, com o nariz empinado, e do outro Zack, que só ficava olhando pro lado.

Nisso, a porta bateu e o diretor Chevalier se mandou. O Professor Patrice então atravessou a sala e foi até o armário, de onde tirou uma cestinha de supermercado cheia de pokébolas. Ele foi até a classe de Zack e então disse:

– A Matéria é “Arte Pokémon” e aqui você precisa escolher um Pokémon da escola para ser seu parceiro durante o ano letivo. Vamos, escolha uma dessas pokébolas. O Pokémon escolhido deverá ser sua responsabilidade durante todo o ano, portanto você precisa treiná-lo, evoluí-lo se possível e ensiná-lo os melhores golpes. É o seu dever a partir de agora.

– Quer dizer então que você vai me dar um Pokémon, é isso? – Perguntou Zack, que ainda não conhecia o processo.

– Dar... Não, não daremos. O Pokémon que você pegar será seu somente durante o período letivo e fará composição da sua nota.

– Que da hora! – Falou Zack, enterrando seu braço direito na cestinha e puxando de lá de dentro uma pokébola qualquer entre tantas outras.

– Não abra ainda. – disse o Professor, que voltou para o armário, guardou a cesta e passou a chave para ninguém roubar. – Bom, se alguém queria estar lá na rua, o seu novo colega, Jack, acabou de salvar vocês! Guardem seus materiais e vamos para o pátio!

– É Zack! – resmungou o garoto.

O professor fez um gesto indicando a porta como a saída e todo mundo começou a correr para guardar suas coisas e escapar daquele calor infernal dentro da sala. De fato, Zack nos salvou.

Saímos rapidamente da sala e fomos para a quadra, que estava vazia. Lá, o Professor Patrice fez a chamada mais uma vez, colocando desta vez o nome “Jack” na lista, ainda que “Jack” não seja o nome verdadeiro.

– Muito bem, Jack... Repito: Este Pokémon que você acabou de pegar será a sua nota: Você terá que alimentá-lo, treiná-lo, banhá-lo e satisfazer todas as suas necessidades. Enfim, deverá cuidar como se fosse um dos seus pokémons. Se alguma coisa acontecer com ele, alguma coisa acontecerá com sua nota... Entendeu? Bom, trate de cuidar dele.

– Posso abrir a pokébola?

– Ah, claro. Vai em frente. – Disse o professor, que já estava com um bloco de notas em sua mão e uma caneta, pronto para anotar qual Pokémon havia sido pego pelo rapaz.

– Lá vai! – E a bola na de Zack voou alto, quando finalmente um raio azulado se desprendeu dela, liberando micropartículas minúsculas no ar, como milhares de brilhosinhos, até que o raio de luz ganhou forma e foi sendo moldado no ar, revelando assim o Pokémon capturado...


Uma silhueta enorme se expôs na nossa frente. Possuía um par de pinças gigantes, asas pequenas, corpo robusto, três chifres no topo da cabeça e um abdômen um pouco avantajado. Era um Scyther, um dos mais perigosos e mais poderosos tipo Inseto já relatados pelo homem.


– Scy... Ther! – O Pokémon ergueu as pinças, exibindo toda a sua força.

– Ótimo! Excelente, Jack! – “É Zack!” – Este é um ótimo Scyther! – O Professor aplaudiu, mas foi o único, porque todos estavam com medo que algum movimento em falso fosse assustar o inseto e ele atacaria a gente. Mas nada aconteceu, então todos aplaudiram junto.

– Scyther, retorne! – Zack apontou sua pokébola para o Pokémon e um raio vermelho surgiu dela, desintegrando o corpo do Pokémon, que voltou a descansar dentro do objeto redondo. – Alguém aí quer batalhar?

– Ainda está cedo para a competição, garoto! É só no sábado! – disse o professor.

– Competição? Que competição?

– Ah, esqueci, você não sabe! Aqui na escola existem certos requisitos para que um aluno seja liberado para batalhar em um ginásio. Um desses requisitos é ter um certificado de Duelo Pokémon, e todos os finais de semana a escola realiza um mini torneio para liberar mais alunos para suas respectivas batalhas de ginásio. Todos os sábados, para sermos mais exatos. – a explicação do Professor Patrice me abriu os olhos. Para eu prosseguir para o segundo ginásio tudo o que eu tinha de ter era a insígnia do primeiro ginásio (obviamente) e um certificado de Duelo Pokémon.

– Professor! – Me manifestei. – Eu estou indo para o segundo ginásio e o requisito para liberarem minha saída é um certificado de duelos. O que eu devo fazer?

– Ah, ótima pergunta, Y!

O Professor mexeu em sua pasta e retirou de lá de dentro um cartaz, ou pôster, tanto faz, de duelos Pokémon. Ele entregou em minhas mãos e disse:

– Tudo o que você precisa saber está neste folheto! Pode pegar, é seu. – Peguei o papel e guardei em minha mochila, dobrando-o ao meio. – Quanto aos demais, estão liberados. É o bastante por hoje.

Pegamos nossas coisas e ao invés de irmos para a sala, ficamos ali no saguão, aproveitando o ventinho fresco e esperando ouvir o sinal. Faltavam quinze minutos para a próxima aula começar. Então uma “nuvem negra” pairou sobre nós. Zack veio falar com Matthew.

– Ei, Matt!

– O que você quer? Eu não quero falar com você! – Matthew virou as costas para Zack, mas o garoto insistiu mais uma vez:

– Matt, a gente precisa conversar!

– Ah, é? E quem disse que eu quero? – Matthew virou as costas mais uma vez. Foi então que eu fui obrigada a me meter na conversa.

– Ah, qual é, Matthew! Por que você não dá uma chance para o Zack? Vai lá!

– Você acha que é o certo? – Matthew me olhou, com uma cara deprimida.

– Sim. Para o bem dos dois.

Matthew então seguiu meu conselho e se levantou, indo de novo até a quadra junto com Zack. Eu odiava ver os dois discutindo, porque eu sabia que tanto um quanto o outro ainda estavam apaixonados. E cá entre nós: eu só queria que tudo desse certo entre eles.

Na quadra então eles começaram a conversar estranhamente como se eles fossem estranhos, como se nunca tivessem se visto antes.

– E aí? Tá gostando das aulas?

– To. – Respondeu Matthew, secamente, ainda amargurado pela dor da separação.

– Olha, Matthew, eu só quero me desculpar com você. Eu... Eu sei que eu errei, mas eu estou disposto a recomeçar. Eu faria tudo pra te ver sorrir de novo. Foi por isso que eu me matriculei aqui!

– Está me perseguindo?

– Matthew, deixa de ser bobo! Matt! Eu quero te pedir desculpas! Só isso! – Os olhos de Zack se encheram de água (Era possível ver mesmo através das lentes escuras) – Eu sei que eu errei. Eu sei. E me arrependo. E estou disposto a fazer tudo pra te conquistar de novo.

– Você... Faria tudo?

– Tudo.

– Tudo mesmo? – Matthew queria se certificar.

– Tudo. – Tornou a repetir Zack.

– Muito bem... Eu não sei se vou te dar essa chance mais uma vez, mas... Bom, você vai ter que correr atrás. Eu não sou mais a criança que você conheceu.

– Tudo bem. Eu faço tudo o que você quiser.

– Mesmo? Então a primeira coisa que você vai fazer é me dar o Chespin! – Matthew apontou o dedo para o cinto de Zack, onde ele carregava suas pokébolas. Era óbvio o que estava acontecendo. Matt estava se aproveitando de Zack. Ele havia sido magoado e agora estava dando o troco. Aprendeu a ser forte, e acima de tudo, aprendeu a usar ao invés de ser usado.

– Você quer que... Que eu te entregue o meu Pokémon inicial?

– É isso aí. É um bom começo. – Matthew estendeu a mão, esperando receber a pokébola. As lágrimas escorreram pelo rosto de Zack, mas ele entregou o Poké do mesmo jeito.

– Aqui está. Cuida bem dele.

– Ah, pode deixar... Chespin seja bem-vindo ao time!

A pokébola, agora de Matthew, voou e voou pelo ar, liberando uma rajada de faíscas brilhantes, que tomaram vida e foram moldando a forma de um ser vivo, um Pokémon.

Baixinho, com braços e pernas curtos e a cabeça coberta por folhas-espinho surge Chespin, um Pokémon inicial do tipo Planta. Não era a especialidade de Matthew, mas um pokémon forte como aquele não era de se desperdiçar, ainda mais quando se tinha uma oportunidade de passar por cima do ex-namorado como essa.


– Ches! – O pokémon saiu da pokébola e logo reconheceu Matthew. Foi correndo dar um abraço no amigo.


– Ahh! Coisa boa o seu abraço, Chespin! Tá vendo, “Jack”? Eu o Chespin desenvolvemos uma ligação muito forte durante o tempo em que morávamos juntos.

– O que mais você quer que eu faça? – Zack enxugava as lágrimas que escorriam pelo rosto com as mãos.

– Eu vou pensar, Zack. Eu vou pensar. Por enquanto, continue sendo um bom menino! Trate-me bem e eu o tratarei bem. Trate-me melhor ainda e eu lhe tratarei melhor ainda.

Matthew virou as costas e chamou Chespin para vir junto com ele. No começo, o Pokémon ficou meio confuso, e relutava em ir, então, Matt recolheu-o
à sua pokébola e o carregou sem fazer nenhum alarme.

– E aí? – Perguntei. Matthew havia voltado ao saguão.

– Consegui roubar o Chespin dele.

– Peraí! Como assim “roubar”? O que você fez?

– Y... Pensa bem... O Zack tava se aproveitando de mim durante aquele tempo todo. Agora EU vou meu aproveitar dele. Simples assim. Agora tenho um novo pokémon no time...

– Mas, Matthew... – Tentei convencê-lo de que aquilo que ele estava fazendo era errado, mas o sinal tocou bem na hora e fomos obrigados a subir para a sala.

...

O pôr-do-sol logo chegou e fomos rapidamente para nosso dormitório. Estava quente e não pretendíamos ficar em casa. O que faríamos? Iríamos sair escondidos da escola e iríamos para o centro... Eu, Matt, Shauna, Tierno e Trevor. Mas quando chegamos ao dormitório naquela noite, percebemos que algumas coisas tinham mudado...

– Zack, o que está fazendo aqui? – Perguntei, intrigada.

– Fiz um plano de internato com o diretor Chevalier. Metade do meu salário como treinador Pokémon. Agora eu vou dormir aqui com vocês.

– E quem foi que te convidou? – Perguntou Matthew, rispidamente.

– Ei, calma. Isso aqui faz parte dos meus estudos. Foi o diretor que me ofereceu este plano. Eu não tenho um lugar para ir, então decidi que iria ficar por aqui durante as noites. – Zack defendeu-se perfeitamente.

– Ah, é? Mas aqui você não fica! Vai ter que me derrotar em uma batalha! – Matthew ergueu suas pokébolas, convidando Zack para um duelo.

– O que está acontecendo aqui?


Shauna, Tierno e Trevor – o Trio Risadinha – finalmente chegaram ao dormitório, se deparando com aquela cena entre os dois ex-namorados.

– E o que o aluno novo está fazendo aqui? – Perguntou Shauna.

– Zack e Matthew são ex-namorados. Aparentemente Matthew pirou quando Zack disse que seria nosso mais novo colega de quarto e agora quer uma batalha. Vamos ficar e assistir? – eu disse, animada.

– Claro. Será muito melhor do que sair escondido! – Concordou Shauna. – Não é mesmo, rapazes?

Tierno e Trevor apenas balançaram a cabeça, em concordância. Não iriam contrariar “a líder”. Caso isso acontecesse, eles é que iriam ter de batalhar. Então deixamos a porta de nosso quarto aberta e deixamos os garotos começassem a batalha lá dentro, enquanto assistíamos tudo dali de fora, afinal ainda estava quente. Agora mais quente ainda...

– Muito bem. Será 4x4, ok? O primeiro que derrotar os 4 Pokémons do adversário primeiro vence a luta.

– Tudo certo. – Zack deu uma piscadinha para Matthew.

– Muito bem, vai lá! Sylveon!


O Pokémon de Matthew já estava a postos quando Zack lançou sua pokébola, revelando a sua escolha.


– Noivern? Ah, qual é! Zack você sabe muito bem que os tipo Fairy tem vantagem contra os tipo Dragon! Por que fez essa escolha? Não está pensando em entregar esta batalha, está?

– De jeito nenhum! – rebateu Zack. – Noivern e eu não consideramos vantagens e desvantagens desde muito tempo.

 


– Certo, então. Sylveon, vamos atacar primeiro. Use o Quick Attack!

Sylveon começou a correr pelo quarto, indo em direção a Noivern com uma poderosa investida.

– Ei, não vai se desviar? Zack pede pra ele dará evasiva!

– Mas...

– Nada de “mas”, Zack! Eu disse que não queria que você me entregasse a batalha! Lute de verdade!

– Ah, você quer lutar de verdade, é? Então é uma luta de verdade que você vai ter! – Zack parece finalmente ter acordado. – Noivern, Dragon Pulse!

Noivern abriu sua enorme boca e criou uma esfera de energia, lançando-a n direção de Sylveon, que se desviou com um pulo. O contato da bola de energia com o chão gerou uma explosão extremamente audível.

– Agora, Sylveon! Moonblast!


Sylveon começou a juntar energia residual da lua, que já aparecia lá no horizonte e assim formou uma esfera de energia prateada à sua frente.

– Quick Attack! – Matthew ordenou uma mudança de ataque e Sylveon começou a correr em direção a Noivern – que agora voava pelo quarto – ainda segurando a esfera de energia à sua frente.

– Noivern, esquive-se com o Fly! – ordenou Zack.

Mas o quarto não era tão grande assim e não tinha espaço pra um bicho daquele tamanho voar tranquilamente. Assim, Sylveon deu um salto e logo atingiu Noivern, dando-lhe uma cabeçada bem no estômago.

– Agora, Sylveon! Libere o Moonblast!

E Sylveon, com a cabeça grudada no estômago de Noivern, dispara a esfera de energia prateada que segurou durante esse tempo todo, formando uma grande explosão no teto do quarto. A explosão acabou por atingir os dois Pokémons e os dois caíram com tudo no chão.

– Sylveon!

– @-@! – Mas Sylveon estava apagada. Parece que o feitiço virou contra o feiticeiro.

– Noivern!

– @-@! – O Dragão também parecia bem desacordado.

– Acho que houve um empate por aqui. Mas na próxima não tem chance disso acontecer! – Matthew e Zack retornam seus pokémons ao mesmo tempo, já se preparando para lançarem sua próxima pokébola. – Floette, é com você!


A pequena fadinha saiu dançando de sua pokébola e a primeira coisa que Zack fez foi dizer:

– Nossa! Sua Flabébé evoluiu! Mas nós também demos um upgrade no nosso time, não é... Clawitzer?!

A pokébola voou da mão de Zack e revelou um Pokémon crustáceo bem armado. Parece que o pequeno e mal-humorado Clauncher havia evoluído também.


– Witzer! – O Pokémon xibiu sua expressão de sempre e começou a abrir e fechar sua pincha gigante, fazendo um barulho de machados cortando ou algo bem afiado raspando. Era quase como se fosse o barulho de uma faca sendo afiada.


– Vai, Clawitzer! Vamos dar o primeiro movimento! Use Aqua Jet!

O corpo de Clawitzer ficou envolto por uma bolha de água e o pokémon investiu seu corpo contra a fadinha. Floette foi facilmente amassada contra a parede.

– Floette, não!

Mas Floette já havia voltado à luta.

– Use Vine Whip!

Da enorme flor que Floette carregava surgiram vinhas que foram crescendo e crescendo, indo em direção à Clawitzer e o enlaçando.

– Agora você está preso. Não tem escapatória.

– Do que você está falando? Clawitzer, use Crabhammer!

Mas o Pokémon não conseguiu se mexer. Estava apertado pelas vinhas malucas.

– Floette pode parecer pequena, mas tem alguns truques escondidos na manga! Aliás, ela pode se parecer um tipo Fairy puro, mas conhece muito movimentos tipo Grass. E Grass tem uma grande vantagem contra Water, que é o caso do seu Clawitzer.


– Estou percebendo. Esse Vine Whip aí é coisa de pokémons de planta! – Clawitzer fazia o maior esforço para se livrar de tanto cipó.

– Mas não é só o Vine Whip que a Floette conhece! Ela tem os seus truques! – Matthew piscou para a pokémon e logo ela começou a carregar uma energia amarela à sua frente.

– Mas o que—

– É isso aí, Floette! Solarbeam!

E Floette ficava cada vez mais e mais amarela, reunindo luzes do restinho de sol que ainda era visível no horizonte. Clawitzer, que estava preso, tentava e tentava usar o Crabhammer, mas não conseguia. As vinhas haviam prendido perfeitamente suas garras e ele não conseguia cortá-las.

Foi então que Floette soltou uma rajada de luz solar poderosíssima contra o Pokémon, que ainda estava preso pelas vinhas. Como não podia se mover, Clawitzer recebeu todo o dano do ataque. Isso foi o suficiente para declarar vitória à Matthew.

– Claw-- @-@!

– Ah, Clawitzer, não! – Mas não havia volta. Ele já havia sido derrotado. – Droga... Descanse! Você lutou bem. – Falou Zack, retornando o Pokémon à pokébola.

– Se prepara, porque agora o chão vai tremer! Hariyama arrase!

Da pokébola de Zack surge então um enorme Pokémon lutador. Parecia um saco de batatas, gordo, mas por baixo de tanta pelanca havia enormes e poderosos músculos, o que tornava o Pokémon um mestre nas lutas físicas e combates corpo a corpo.

– Yama!


– Vamos lá, Hariyama! Use Power-Up Punch!

Hariyama pula na frente de Floette, dando-lhe dois murros poderosíssimos.

– Floette, use o seu Fairy Wind! – Aproveitando que Hariyama estava próximo, Floette girou a flor em sua mão, formando um redemoinho de vento cor-de-rosa e o lançou contra o adversário.

– Hariyama, não!


Hariyama cai de costas no chão do quarto e não consegue se levantar.

– Agora, Floette! Pra cima dele! Use Vine Whip!

Floette vai pra cima do corpo de Hariyama e mira sua flor para o pokémon, mas Hariyama é mais rápido e prende a fadinha com suas mãos enormes.

– Hariyama, use Heavy Slam e acabe com isso de uma vez!

O enorme lutador energiza seu corpo com um brilho prateado e se levanta em um pulo, investindo contra a fadinha rapidamente e traiçoeiramente com um golpe tipo Steel.

– Flo-- @-@! – Floette vai parar esmagada na parede, derrotada enfim.

– Ah, Floette! Volte, você fez um bom trabalho. – Matthew faz a Pokémon retornar a pokébola e faz sua próxima escolha. – Gardevoir, vai!


– Gardevoir... – O Pokémon repetiu o seu nome pacientemente mantando os olhos fixos em Hariyama.


– Gardevoir, use Psychic!

A pokémon ergueu a pata, fazendo o corpo de Hariyama flutuar através de vibrações psíquicas.

– E termine!

– Hariyama, não! Use Arm Trust!

Mas Hariyama foi jogado com força contra o chão através da vibração das ondas psíquicas de Gardevoir. E ergueu-se de novo. E foi lançado contra o chão. E ergueu-se. E foi lançado mais uma vez. E assim, o Pokémon não resistiu... Foi derrotado.

– Yama, Yama... @-@!

– Vamos lá, você só tem mais 1 pokémon! Está acabado! – Matthew provocou Zack, mas ele não deu muita bola e retornou seu pokémon, que estava desacordado bem no meio do quarto.

– Avalugg, detone!


Uma tartaruga amassada. Exatamente o primeiro pensamento que me veio à cabeça quando eu vi o novo pokémon de Zack, mas não disse nada. Deixei que terminassem a batalha.


Matthew, todo confiante, ordenou que Zack atacasse primeiro. E assim foi. Só que Matt não sabia que Avalugg tinha um golpe tão poderoso quanto aquele...

– Crunch!

A tartaruga pulou em cima de Gardevoir, a derrubou no chão e deu uma mordida poderosa em seus braços, arrancando mais da metade de sua energia. Um golpe crítico.

– Gardevoir, livre-se dele! Teleport!

E Gardevoir se teletransportou debaixo de Avalugg para trás dele. O Pokémon gelado caiu no chão com um baque.

– Use Psybeam, agora!

Gardevoir levantou as mãos sobre a cabeça e começou a carregar uma rajada de luz multicolorida...

– Avalugg, Crunch!

Avalugg se virou pra trás e avançou contra Gardevoir, que disparou a rajada energética. O golpe não teve tanto efeito e a tartaruga amassada continuou avançando, até que atingiu Gardevoir novamente com uma poderosa mordida.

Foi o fim para o Pokémon psíquico. Dois golpes tipo Dark seguidos e toda a sua energia já havia sido gasta.

– Gar-- @-@!

– Gardevoir... Volte, fez um ótimo trabalho! – Matt fez a criatura psíquica retornar rapidamente à sua pokébola. – Mas daqui você não passa Zack! Minha última escolha é... Chespin!


– Ches! Pin!

– Escute Chespin! – Disse Matthew. – Estamos em uma batalha contra Zack. Acha que consegue batalhar contra aquele Avalugg?

– Ches! – O pokémon concordou, fazendo que sim com a cabeça. Nisso, seu corpo começou a brilhar e brilhar. Foi tudo muito rápido e muito mágico. Chespin uma hora era Chespin, outra um novo Pokémon.


– Ah, meu Arceus! Chespin evoluiu! – Zack gritou, do outro lado do dormitório.

– Parece que sim! Vamos ver... – Matthew ergueu sua pokédex ultramoderna e escaneou o novo Pokémon que estava parado bem ali à sua frente.


Quando Chespin evolui para Quilladin, os picos duros no seu corpo tornam-se ainda mais resistentes. Apesar da sua aparência espinhosa, Quilladin é considerado um Pokémon afável que evita as batalhas.” – Informou a inconfundível voz mecânica da Pokédex.


– Chespin! Quer dizer... Quilladin! – Zack correu e abraçou o Pokémon.

– Ei, tá pensando o que? Quilladin é o oponente do seu Avalugg! Você não pode sair correndo e abraçando seus oponentes!

– Ah, Matt! Se você pensa que eu vou batalhar contra o meu próprio Pokémon, está muito enganado! Eu não sei o que te deu na cabeça pra querer tirar o Chespin de mim, mas eu sei que eu não deveria ter feito isso. Eu fiz porque achei que você ainda era o mesmo, mas você está diferente. Está ranzinza! Mais ranzinza até que um velho! E está fazendo de tudo pra chamar atenção. Escuta aqui, se você acha que eu vou bancar o palhaço só pra te ter de voltam, pode ir tirando a sua Ponyta da chuva! Eu tô fora.

Matthew pegou suas coisas – que estavam em cima de minha cama – e saiu do dormitório, acompanhado por Quilladin, que deixou pra trás sua pokébola.

– Zack...

Matthew correu atrás de seu amado. Ele sabia que tinha errado. Tinha pegado pesado demais e nem ao menos tinha aceitado as desculpas sinceras e de boa vontade de Zack.

Puxei Shauna e Tierno pelo braço, trazendo-os de volta para dentro do quarto. Trevor percebeu e veio sozinho. Era uma briga de casal e nós não poderíamos estar nos intrometendo.

– Esquece! Se você pensa eu vou bancar o idiota só pra te ter de volta, pode esquecer. Eu não vou. – Zack se revoltou. – Você sabe que eu não te usei em nenhum momento! EM NENHUM! Mas você está me usando como se eu fosse um boneco no seu joguinho amoroso! Escuta aqui, eu tenho sentimentos também. Eu sei que eu errei, mas eu me arrependi e você não. Você mudou completamente. Se tornou abominável. Adeus, Matthew. Pra sempre.

– Zack, espere!

Dava pra ver de longe que Matthew estava chorando. Não dava pra ver por trás da porta, mas pela voz rouca era bem perceptível.

– Me perdoa, Zack! Me perdoa! Eu só queria te dar uma lição, mas acho que acabei ferrando tudo.

– Tarde demais pra se desculpar. Eu cansei de correr atrás de você. Sabia que eu fiquei TRÊS LONGOS MESES te procurando? Eu não sabia pra onde você tinha ido, até que eu estabeleci contato com o X e ele me disse que você e a Y estavam estudando em Shalour! Mas eu cansei! Eu cansei disso!

– Zack... Espere!

– Sem chances, Matthew! Você não é mais o mesmo. Tinha razão... A criança que existia dentro de você morreu, agora só tem um velho rabugento e orgulhoso!

– Zack!

Matthew agiu rapidamente: Colocou as mãos no rosto de Zack e roubou-lhe um beijo. Um longo e caloroso beijo.

– Eu... Estou disposto a recomeçar. Sem brigas desta vez. – Disse Matthew, em um tom baixinho. – Eu... Te perdoo por tudo se você me perdoar por tudo.

– Tudo mesmo? – Zack perguntou.

– Tudo. – E Matt confirmou e um longo sorriso se abriu no rosto do garoto loiro.

E assim, uma grande história de amor teve seu recomeço. Matthew e Zack agora estavam namorando de novo – e acima de tudo, se falando um com o outro –; Quilladin havia evoluído e decidiu que faria parte do time de Zack, mas ao mesmo tempo do time de Matthew. Ele queria ser cuidado pelos dois; E eu, que agora lhes conto essa história, posso dizer que arranjei um novo colega e um novo “hóspede” em nosso dormitório. Tudo estava bem novamente...




Pokémon XY Adventures || Forever and Always (Season 2) – Originalmente postado em Janeiro de 2014 / Republicado em Setembro do mesmo ano. – A cópia ou distribuição desse material é totalmente proibida.
Pokémon e todos os respectivos nomes aqui contidos pertencem à Nintendo. A(s) personagem (ns) – Matthew; Professor Chevalier; Zack; e Professor Patrice – foi (ram) criado(s) por “ #KEVIN_ ”, portanto é proibida a cópia ou o uso sem a autorização do mesmo.

~ Ao escrever a fanfic o autor não está recebendo absolutamente nada, ou seja, não há fins lucrativos. ~

0 comentários:

Postar um comentário

ATENÇÃO: Algumas páginas acabaram ficando muito longas e pesadas devido ao excesso de imagens e com isso, o blogger, plataforma na qual este blog está hospedado, começou a travar. Por esta razão, as páginas do Poké-Arquivo de alguns Pokémon (os mais "famosinhos", como os iniciais, os pseudo-lendários, as eeveelutions, entre outros) precisaram ser DIVIDIDAS em várias seções, a fim de evitar este congestionamento. Para acessar as imagens dos ataques nestas páginas, é só clicar no LINK da respectiva seção. Por exemplo, se você quer visualizar os ataques utilizados no anime, clique em "animes". Se você quer os ataques utilizados nos games, clique em "games", e assim por diante.