Pokémon Laços: DP - Volume 16 (Filme Dialga e o Protetor do Tempo)


Há muito tempo atrás, surgiu um ovo, no meio do caos... Este ovo eclodiu em um ser muito, mas muito poderoso, aquele que hoje chamamos de Arceus, o pokémon Alpha. Quando Arceus sai do ovo, o tempo e o espaço são formados,criando duas novas formas de vida, com energias totalmente opostas, mas que quando juntas podem mudar o mundo que conhecemos... A força que controlava o tempo passou a ser chamada de Dialga e a força que controlava o espaço, Palkia. Juntos, Dialga e Palkia governaram o mundo durante muito tempo e que a forma de vida original, Arceus, acaba caindo em um sono profundo... Agora, a divindade que controla o tempo parece estar fora de controle. Alguma coisa mudou o seu percurso e essa coisa não parece muito amigável...
_ Não pode ser! Esses gráficos não estão certos! Lucario, prepare-se para o pior! Estamos próximos do "Fim do Mundo"!
_ Luc! - O pokémon com forma de cão responde ao aviso.
_ O fluxo temporal está se alterando a cada segundo. Se continuar assim, o planeta entrará em crise! Estaremos perdidos!
_ Lu-cario! - o pokémon, confiante, tenta acalmar seu treinador, na esperança de que tudo ficará bem.
_ Oque aconteceu com você... Dialga?
Enquanto isso, nossos jovens treinadores, Diamond, Pearl e Platinum caminham pelas ruas de Past City, uma das cidades mais tecnológicas na Região de Sinnoh. Uma verdadeira metrópole...
_ Uau! Que vestido é esse? - perguntam os garotos, admirados...
_ Eu acabei de comprar ele num shopping! Dá pra acreditar? Acada esquina tem uma boutique! Isso é demais! - essa sou eu, a garota que tem medo do que está pro vir. Claro que na hora eu não sabia nada do que estava acontecendo. Eu me preocupava apenas com meu lindo vestido, que eu iria usar para o Contest da cidade. - Demais, né? Acho que vou estreá-lo no Contest!
_ É verdade! Nos contests da região de Sinnoh, o visual dos coordenadores também são avaliados! - Diamond, o sabe-tudo tinha que se meter. Como sempre. Ele deveria era ter elogiado... Mas isso não importa agora.
_ Ficou lindo, Dawn... Quer dizer, Platinum. - Sim, meu nome é Dawn, mas não gosto que me chamem assim. - Tenho certeza que você vai arrasar no Contest. - completou.
_ Luc!
_ Vamos, Lucario! Não temos mais tempo!
_ Hã?
Um homem com jaleco de cientista e um Lucario passaram correndo pela gente. A cara dos dois era de preocupação. Fiquei curiosa e fui logo trás dele.
_ Ei, moço! Espere!
_ Largue-me! Eu não posso agora! O apocalipse está começando! - Quando ele falou isso, eu não acreditei, mas deveria ter seguido o conselho dele e deixado ele ir.
_ Ah, tá! O dia tá lindo! Calma!
_ Você não entende! Estamos prestes a enfrentar o desconhecido! Estamos prestes a desaparecer nas lacunas do tempo!
_ Quando ele falou aquilo, parece que meu corpo paralisou e o meu coração,quase saiu pela boca. Troquei totalmente de humor, parecia que eu tinha entendido o que ele queria dizer. Era como se eu tivesse sentido o que ele sentiu...
_ Obrigado, Lucario!
_ Luc!
Agora estava tudo claro! Lucario, o pokémon daquele homem usou seus poderes especiais em mim para que eu pudesse tocar a sua mente. A aura dele encostou a minha e nós dois ficamos completamente "unidos".
_ Platinum o que você está fazendo? Temos que ir para o Contest! - Pearl ficou preocupado. Ele é mesmo um fofo, mas eu não tinha tempo para "atraçõezinhas bobas" ou qualquer outra coisa de adolescente. Estávamos em perigo constante.
_ Eu não vou mais para o Contest!
_ O que? - Diamond (Dia, como todos o chamam) ficou admirado, mas estava certo, eu nunca tinha me atrasado para um Contest antes. Só que desta vez, a questão não era essa.
_ Ah, vamos lá! Você vai se atrasar! Você só precisa de mais 2 fitas, não pode perder essa oportunidade!
_ Eu posso e eu vou! Ou melhor, eu devo!
_ O que deu em você? - Os dois começaram a fica preocupados.
_ Digamos que... Aquele que controlava o tempo, perdeu essa habilidade!





Aquilo não podia ser boa coisa. Não mesmo. Aquela sensação tão... Estranha... Tão... “Forte”... Eu sentia que alguma coisa estava para acontecer, mas o que? O que poderia ser tão ruim assim que eu pude sentir ao tocar a aura de Lucario? Com certeza era algo tipo o Fim do Mundo! Vasculhei minha mente para me lembrar do que acontecia exatamente no momento deste incidente. Pensei, pensei, pensei até que me lembrei de ter ouvidos gritos. Eram gritos de agonia. Um barulho de chamas ardendo e pilhas e mais pilhas de madeiras caindo... Foi exatamente o que Lucario havia me passado, e isso me deu a impressão de que o mundo estava para acabar.

– V-você está bem?  - Dia estava preocupado.

– E-eu... Eu tô sim... Mas... Eu... Eu preciso ir atrás daquele Lucario!

– Mas... Espera aí! Platinum! Platinum!

Corri. Corri mesmo. Corri mais que um Linoone em linha reta, deixando meus amigos pra trás. Movida por aquele sentimento, por aquele “medo”, corri atrás do cientista sem pensar nas consequências. Eu estava perdendo o meu Contest, mas não podia perder o meu querido Planeta Pokémon. Eu não suportaria vê-lo sendo destruído. Tive que correr. Eu tive que ir atrás. Era o necessário.

– Ei!

– Desculpe! - Parece que saí atropelando tudo e a todos. Mas não importava. Aquela agonia estava cada vez mais forte. Eu sentia mãos envolvendo e apertando meu pescoço e assim que eu passava por certos lugares eu podia ver imagens deles sendo destruídos até que tudo se apagava e voltava ao normal. Parecia que eu estava recebendo imagens do futuro.

– Ora, ora! Se não é a Platinum! Onde estão seus amigos?

– Eu não tenho tempo pra isso, Hugo! – Vitor Hugo Diaz era o rival de Pearl. Os dois eram muito diferentes e por isso estavam sempre brigando – Você não viu um homem com um jaleco ao lado de um Lucario?

– É, eu vi. Eu tentei batalhar contra ele, mas ele me disse que estava com pressa e foi correndo para a Torre da cidade! Ele me disse para eu tomar cuidado!

– Essa não! Tenho que ir!

Sai correndo mais ainda. Aquilo não podia estar acontecendo. O que se passava? Por que só eu via enquanto todo mundo estava cego? Aquilo era confusão de mais para mim. Eu senti que não podia deixar meus amigos não mão. Pensei em voltar. – E agora? Será que eu vou ou fico? – Resmunguei.  – Não! Eu vou! – Segui em frente, continuando minha trajetória até a torre da cidade, que já estava bem perto...

– Piplup... Eu vou precisar da sua ajuda! Arrase!



Soltei meu Pokémon inicial, Piplup. Ele era um pokémon-pinguim bem pequenino, mas igualmente forte a um Charizard.

– Piplup, eu preciso que me ajude achegar naquela torre o mais rápido possível! Use Whirlpool em mim!

– Pip?

– Por favor, Piplup! É para o nosso próprio bem! Agora... Use Whirlpool!

– Piiip... Lup!



O pokémon cria uma redemoinho de água e o lança sobre meus pés, me impulsionando com uma onda gigante, que me levara em segundo pra dentro da torre. E lá estava o cientista.

– Volte Piplup!

Apontei minha pokébola pra fora da janela e recolhi meu pokémon.


– O que está fazendo aqui, garotinha? – Finalmente achei o cientista. Ele era um cara alto, magro, jovem e de cabelos liro-escuros. Seus lindos olhos castanhos estavam por trás de óculos de grau e suas mãos, cobertas por luvas brancas. Imediatamente, olhei para ele e respondi:

– O que você fez?

– Hã? – Ele ficou estranho! Não entendia o que estava acontecendo...

– Lucario? O que você fez?

O braço do homem começou a se mexer e a pokébola na mão dele, começou a disparar uma rajada brilhante, que logo se transforma em um grande pokémon com aparência canina. Era Lucario.



– Lucario? - O cientista ficou surpreso.

– O seu pokémon me enviou cenas de uma possível destruição do mundo! Eu tive que vir atrás. Sabia que aquilo não era uma simples alucinação. Era uma premonição!

– Lucario... Aff! Está bem! Vou contar tudo desde o início. Eu primeiro lugar, meu nome é Austin!

– O meu nome é Dawn, mas todos me chamam de Platinum!

– Muito bem. Temos pouco tempo, então, vou contar o que está acontecendo da forma mais rápida o possível, ok? – Ele não me deixou responder – Bom, há muito tempo atrás um pokémon lendário chamado Dialga ficou encarregado de cuidar do tempo. Desde então, o tempo tem mantido certas linhas cronológicas que vem seguindo um mesmo padrão, só que esse padrão está se alterando a cada segundo. Alguma coisa está acontecendo com o nosso tempo e, obviamente, está mexendo com o Espaço também.

– Dialga? Mas... Ele... É uma lenda!

– Não mesmo! Estudos recentes provaram que os orbes de diamante e de brilhante podem invocar Dialga e Palkia, os pokémons responsáveis pela “manutenção” do espaço-tempo de todo o mundo. Se um deles sair de controle, o outro sai também e uma grande guerra se inicia entre os dois “polos”.  Se isso acontecer, todo o universo desaparecerá.
– E-eu... Nunca pensei que isso pudesse acontecer!

– Pois é, e é por isso que temos que impedir que Dialga perca o controle.

– Mas... Como faremos isso?

–Temos que invocar Dialga para sabermos o que está havendo, só que...  A localização atual do orbe que invoca este lendário é desconhecida!

– Acha que tem algo a ver com a Equipe Galáctica?

– Não... Eles são mantidos em segredo pelo governo, por isso todo mundo acha que os tais orbes nunca existiram ou que a lenda do espaço-tempo seja algo inventado pela religião! Muito pelo contrário! Tudo isso é real!

De repente, um alarme toca. O fluxo do tempo foi alterado de novo! Senti medo, não sei se pelo susto do alarme disparando ou se foi pelo que está por vir, medo do desconhecido.

– Os gráficos nunca estiveram tão elevados assim! Uma batalha pokémon e o planeta corre o risco de ser tragado para outra dimensão!

– Essa não!

Enquanto isso, meus amigos queridos estavam fazendo uma ”festinha” junto com seus pokémons. Eles estavam batalhando...

– Vai, Munchlax!



– Munch...

Munchlax era uma pokémon fofinho, peludo e meio gorduchinho que só sabia comer e dormir. Hoje ele estava alegre e cheio de energia, algo raro de se ver.

– Buizel, é com você!



– Bui!

Por outro lado, Buizel era um pokémon durão. Um tipo água perfeito, que combinava força e poder em um só golpe, sendo capaz de derrotar até o maior dos pokémons que aparecerem em sua frente.

– Munchlax, use Focus Punch!



Munchlax puxa um soco muito poderoso, focalizando toda a sua energia em seu punho. Por pouco o golpe não acerta a cara de Buizel, que se desvia em uma velocidade incrível.

– Buizel, use Sonic Boom!



Buizel dá um salto, energiza sua cauda com energias sonoras e a joga contra o ar, disparando uma bomba sônica muito poderosa, que acerta Munchlax com tudo, formando uma cúpula de fogo, que encobre o pokémon dorminhoco.

– Munchlax? Você está bem?

– Munch -- @-@!

Ele havia sido derrotado. Graças a Deus. A batalha chegou ao fim.

– Argh! Volte Munchlax! Aggron... Adiante!



Droga. Aggron era o Pokémon mais poderoso de Diamond e também um pouco... Nervosinho. Ele só obedecia quando queria e saía destruindo tudo por aí. Ele era perfeito para adiantar a nossa execução. Mas, para a minha sorte, ou melhor, para a nossa sorte, eu enviei um pokémon parar impedir que ninguém batalhasse...

– Buizel, Aqua Jet!



– Vesp!



– Olha! É a Vespiquen da Platinum! Será que ela tá bem? – Diamond conheceria meus pokémons em qualquer lugar do mundo, afinal, ele, além de treinador, era um ótimo criador e sempre cuidava dos pokémons dos outros, e isso incluía o Pearl e a mim.

– Não sei... Tem algo de errado! Ela parece estar tentando fazer a gente parar de batalhar! Por que será?

– Ah, não deve ser nada! – Mesmo sendo um ótimo criador, era um idiota, disso eu não tenho dúvidas.

 – Vesp! Quen!

Vespiquen começa a formar uma esfera de energia em suas mãos, disparando-a contra o chão...



– Hã?

– Minha nossa! C-como isso foi acontecer?

– E-era por isso que a Vespiquen não queria que a gente batalhasse...

O piro tinha acontecido. Mesmo que em uma pequena parte da calçada, era assustador. O mundo estava desmoronando, se despedaçando. Uma fina camada de chamas azuis percorria o chão, quando finalmente tudo começa a ficar da mesma cor...

– Tarde demais.

– Austin... Me desculpa... Eu não pude impedir! Esses dois batalham todo santo dia como um treinamento...

– Não foi culpa sua! É o Dialga que está fazendo tudo isso!

– Mas... Se eu tivesse conseguido impedir os dois...

– Mais cedo ou mais tarde isso ia acontecer!

Olhei pela janela e vi Diamond e Pearl pequenininhos, bem distantes, correndo em direção às chamas, que estavam se espalhando pela cidade. O engraçado era que as chamas não queimavam... Era uma coisa muito “mística”.

– Lucario, ajude aqueles garotos!

– Luc!

Lucario corre pela da torre e com uns movimentos marciais, ele cai de pé no chão, correndo em direção a Dia e Pearl.

– P-porque você fez isso?

– Eles estão preocupados! Você não deu notícias e agora a sua Vespiquen aparece destruindo a dimensão!

– Ah! Vespiquen... Onde ela foi? Eu... Não a vejo em lugar algum!
Austin olha pela janela e também não avista a pokémon-colmeia. Parece que ela sumiu mesmo.

– Vou ligar para o Dia!

– Ligue! Tem algo acontecendo lá em baixo!

Olhei pela janela mais uma vez e vi uma grande esfera se formando no centro da cidade. Ela era mais ou menos do tamanho da torre onde estávamos. Devia ter uns nove ou dez metros de altura.

– Está vindo! Boa sorte, Lucario!

– Mas o que está acontecendo?

– Dialga veio ao planeta por conta própria!

– Meu Deus... Isso não pode estar acontecendo!

– Acorde, minha querida!

Ouvi uma voz distante e de repente abri os olhos. Eu estava no Hospital e uma Enfermeira Joy que atendia pessoas, me socorria. Não me lembrava do que tinha acontecido. A última coisa que eu via em minha mente era o Austin gritando comigo. Ele perguntava se eu estava bem, se não tinham me machucado... Mas eu acho que apaguei.

– Platinum! Que bom que você acordou!

– Dia? Pearl?

– Cadê o Austin?

– Se está falando daquele cientista... Ele... Está muito mal... Ele te trouxe para cá com suas últimas forças...

– Ele... Morreu?

– Não, mas seu estado é gravíssimo! Ele está na UTI, em coma! – a Enfermeira Joy olhou para mim com uma cara triste, e continuou – Ele é um bom menino! Não podemos deixa-lo morrer!

– Essa não... Ei! E o Lucario? Cadê?

– Lucario despareceu junto com aquele monstro gigante!

– Peraí! O que é que tá acontecendo? Eu não me lembro de nada!

– Dialga veio ao nosso mundo! – Senti uma voz em minha cabeça, que latejava umas mil vezes por minuto. A dor então começou a aumentar. Eu... Estava recebendo outra transmissão de Lucario... A Aura dele entrou em contato com a minha de novo.

– Ah, meu Deus! Eu tenho que sair daqui!

– Você tem que ficar de repouso mocinha!

– Não há tempo!

– Você vai ficar aqui e pronto! Bateu com a cabeça, pode ter acontecido alguma coisa ruim com você! Agora, deite-se!

– Não mesmo! Eu preciso... Eu preciso salvar o mundo!

– Dawn! Calma!

– Sai da minha frente! Dei uma bofetada na cara de Dia, jogando no chão com tudo e passei pelos garotos, saindo do quarto do hospital. Arranquei todos aqueles aparelhos que me prendiam e pulei a janela. Caí do segundo andar, mas não tava nem aí. Eu precisava trazer Lucario de volta!

– Que idiotas... Minhas pokébola continuam comigo! Vespiquen?

– Vesp!

O pokémon vem voando pra perto de mim. Lembrei que não tinha colocado ele na pokébola, mas não pensei que ele estava tão perto assim para ouvir o meu chamado.

– Vespiquen? Leve-me até a torre do Austin!

Ela me puxou com seus braços e começou a voar, me levando junto. Dei as mãos para Vespiquen e me senti muito segura durante o voo. Sabia que podia contar com meus pokémons...

– Engraçado... Não consigo ver a torre...

– Vesp!

Quando chegamos ao lugar onde ficava a torre, eu pude ver um monte de sucata, um pó grosso, de cimento, e uma pilha de destruição. Concreto para todos os lados, blocos inteiros de tijolos e vigas enormes deitadas no chão, em cima de lajotas, telhas e de tudo o que estava por baixo do prédio. Olhei para o resto da cidade e as chamas, ou melhor, luzes, engoliam edifícios inteiros, incluindo escolas, lojinhas, centros pokémons, casas e até clubes de Poker, que eram a grande atração da cidade... Tudo, absolutamente tudo havia sido engolido pelo fluxo do tempo e do espaço. Estava tudo fora de ordem, como Austin tinha previsto.  Em breve, o planeta seria “tragado” para outra dimensão. Era inevitável! Dava para ver isso. Só que eu tinha que impedir. Mas... Como?



O laboratório de Austin foi destruído. Não restava mais nada a não ser poeira e sucata. Aliás, a cidade toda sofreu e ainda sofre com os danos. Mas eu sentia que isso não tinha acabado. Se eu não parasse Dialga a tempo, iríamos ser tragados para uma dimensão paralela... Eu mesma já sentia vibrações no tecido espaço-temporal se rasgando... Este era um problema, e dos enormes... Dialga estava com problemas e eu tinha que ajudá-lo, afinal, eu sempre ajudo pokémons que estão com problemas... Esse vai ser só mais um... O problema é que o pokémon é furioso e... "Gigante".

     – O que foi que aconteceu aqui?
     Não restava nada de pé. Estava tudo, absolutamente tudo destruído...
     – Ah, meu Deus! Que destruição... Vespiquen, por favor...
     – Vesp! Queen!
     – Esqueça... Vamos ter que ficar aqui...
     – Vesp...
     – Droga, o que eu faço? O que? Será que se eu... Se eu batalhar eu posso trazer o Dialga de volta? Mas a cidade pode sofrer também... Mas... É o único jeito... Vou ter que arriscar... Piplup, adiante!
     Piplup sai dançando de sua pokébola, como sempre. Logo, obedecendo à ordens de sua treinadora, ele começa a girar enquanto cria um redemoinho de água do tamanho de um prédio de 10 andares...



    O golpe é grande o suficiente para apagar o fogo de uma casa, entretanto, sua força não é suficiente para provocar um colapso no tempo-espaço...

     – Argh... Vespiquen, vamos lá! Use o Power Gem!
     – Vesp!
     Vespiquen cria uma esfera de energia na palma de suas mãos e a lança contra o chão, criando uma explosão... Nada aconteceu.
     – Droga... É tarde demais...
     Uma lágrima escorre pelo rosto da garota, que cai no chão, decepcionada, quando de repente o céu torna-se vermelho...
     – Hã?
     – Pip...
     Piplup se agarra em minhas pernas, com medo do que está por vir.
     – Vespiquen... Vá chamar o Dia e o Pearl! Eu preciso deles, urgentemente!
     – Vesp! – A pokémon voa pra longe, desaparecendo em questão de segundos no horizonte... Ela estava utilizando sua velocidade máxima...
     – Enquanto isso, Piplup, use o seu melhor BubbleBeam pra cima!

    Piplup pula e começa a disparar o BubbleBeam, graciosamente girando em torno de si mesmo.
     – Atenção, todos! Vou precisar de vocês!
     As pokébolas são lançadas e de dentro delas saem os duelistas, Cherubi e Glameow...
 
     – Vamos, disparem seus melhores ataques contra o chão, contra o ar... Pra tudo que é lado! Precisamos atrair um pokémon muito especial pra cá!
      – Meow!
      – Bi, bi, bi!
     Cherubi dá um salto e começa a brilhar, disparando uma rajada de luz solar pela sua boca que atinge o chão com tudo, criando uma grande e poderosa explosão...
      Do outro lado, Glameow bate palmas, disparando ondas ultrassônicas que explodem ao atingir o solo, formando novas ondas...
     – Será que está funcionando?
     Ruídos estridentes e ao mesmo tempo amedrontadores começam a rasgar os céus. Eu sabia que já tinha ouvido aquilo em algum lugar, mas não fazia ideia de onde eu tinha ouvido... Talvez fosse antes de eu acordar no hospital, mas nada estava claro... O que eu sabia era que o Austin tinha que aparecer o mais rápido possível...
     – Tive uma ideia! Piplup, use o Whirlpool! Glameow, combine com o Thunderbolt! Agora!
     Mas os dois pokémons ficam parados, como se fossem estátuas... Eles estavam admirados com alguma coisa.... Alguma coisa que eu não podia ver...
     – Andem! Por que não me obedecem?
     – Meow...
     – O que?
     Me virei de costas e olhei para o céu... Não consegui enxergar nada a não ser as nuvens no meio de tanto vermelho...
      – Cherubi!
      O pokémon do tipo planta pula no meu colo. Piplup e Glameow se aproximam dos pés da garota e tentam se proteger atrás dela... Algo de anormal estava acontecendo ali...
      – O que está acontecendo? Por que tanto medo? Eu estou aqui para protegê-los!
      – Ei, Platinum!
      Uma voz conhecida. Pearl. Diamond. Os dois haviam chegado no momento exato. Senti-me mais segura e é claro, mais confiante. Juntos teríamos muito mais chances de confrontar e parar Dialga, mas não sabíamos o que estava acontecendo e, obviamente, nossos pokémons não poderiam nos avisar, caso estivessem vendo alguma coisa que nós não víamos. Mas agora estávamos juntos e juntos podíamos vencer com certeza aquele desastre...
      – Meeooow!
      Glameow me derruba tentando se esconder atrás dela... Pânico. Sua cara expressava pânico... Foi nesse exato momento que um grande meteoro caiu sobre uma casa... Só pudemos ver uma flash de luz correndo pelo céu e logo depois uma explosão. Aparentemente este era um meteorito... Mas só aparentemente...
      – Screeeech!
      O ruído ecoou pela cidade e do centro da explosão surge uma criatura coberta por uma substância semelhante a Magma...
     – Ah, meu Deus! O que que é isso?
     – Não sei,Dia, mas tenho a impressão de que estamos prestes a descobrir!
     A criatura logo se levanta e voa novamente em direção às nuvens, que continuam fazendo ruídos aterrorizantes...
     – Meu Deus, essa é a sensação de estar em um futuro apocalíptico?
     – Meninos, temos que achar o Austin! Cadê a Vespiquen?
     – Vesp!
     – Beleza! Eu quero que você voe até lá! Tenta ver o que está acontecendo! Tenho quase certeza de que não é só o Dialga que tá lá em cima...
     – Vesp!
     O pokémon começa a voar e em segundos ele some... Estava muito alto para ser visualizado...
      – Tem certeza de que isso é seguro, Platinum?
      – Na vida tudo tem um preço a se pagar, Dia... Precisamos salvar o mundo, mas nunca conseguiremos salvá-lo sem nos esforçarmo e nos sacrificarmos!
      – Não gostei dessa parte de sacrifício...
      – Eu não sei estou falando de "matar", criatura! Estou falando de nos esforçarmos ao extremo!
      – Gente... A Vespiquen tá demorando pra voltar...
      – É mesmo... O que será que ouve com ela?
      Neste mesmo instante mais um meteoro desce dos céus com tudo. E adivinhem quem era? Vespiquen...
      – Vespiquen, não!
      A pokémon estava totalmente esgotada, derrotada. O que quer que estivesse lá em cima tinha tirado todo o HP dela em questão de segundos...
     – Droga! Temos que levá-la ao Centro Pokémon!
     – Não, ainda. Temos que nos concentrar aqui! Retorne, Vespiquen!
     – Vesp...
     Retornei a pokémon e continuei observando os céus. Piplup, Cherubi e Glameow, ainda paralisados...
     – Screeech!
     Relâmpagos começam a se formar e o céu começa a se fechar. As nuvens brancas logo se tornam cinzas, mas ainda claras por causa do vermelho do céu, que refletia toda a sua luz naquelas massas de gás atmosférico...
      – Eu não tô gostando disso! O que está acontecendo?
      Pessoas começam a passar pela gente e desaparecer no ar, como espíritos... Meninos, senhores e senhoras... Policiais, militares, médicos... Tudo surgindo e desaparecendo....
     – Como eu temia... Não existe mais passado e nem futuro... Estamos sendo tragados para sempre! Se deixarmos que isso aconteça, o tempo não vai mais existir e então, todos nós deixaremos de existir! Temo que Dialga esteja morrendo!
      – M-morrendo?
      – Se por acaso o Dialga morrer, o tempo deixará de existir e então tudo parará, para sempre...
      – É uma tese interessante, mas eu acho que não é bem assim, não!
      – Hã? Austin! Você está... Vivo?
      – Eu só deixo esse mundo quando a minha missão for concluída... Agora, temos que parar o Dialga... Eu suponho que ele ão esteja morrendo e sim passando por uma crise que o impossibilita de controlar o tempo. Ele perdeu todas as suas habilidades místicas e se tornou um pokémon tão comum quanto um Bidoof...
       – Mas e o que está acontecendo lá em cima?
       – Uma batalha... Dialga está sendo confrontado pelo ser que controla o espaço, Palkia e pelo ser que controla as dimensões alternativas, Giratina...
     – Mas... Por que?
     – Porque eles são irmãos e estão tentando ajudar Dialga assim como a gente. O único problema é que Dialga está revidando todos os ataques...
     Neste exato momento Dialga desce dos céus e cai no chão, bem na nossa frente. O impacto faz com que uma onda de vácuo nos jogue longe...
     Mas o pokémon divino estava diferente. Suas "veias" externas estavam cobertas por um líquido laranja cintilante, que brilhava no meio daquele caos. Ele estava diferente... Dialga não é assim de nascença... Isso nos leva a crer que a hipótese de Austin estava certa. Dialga está sofrendo uma crise e se não o pararmos, este será o fim dos tempos...
     – Então... Aquele meteorito era o Dialga?
     – Sim, e parece que este está muito zangado...
     Dialga levanta a cabeça e dispara meteoros de energia pra cima...
     – É, e ele realmente está atacando alguém...
     – Não disse? Sabem de uma coisa... É melhor sairmos daqui antes que o Palkia e o Giratina apareçam ou então iremos virar picadinho de pokémon lendário...
     – Mas... Austin, como você sabe que são os tais Palkia e Giratina?
     – Porque eu os vi... Eu vou explicar tudo direitinho, mas por enquanto é melhor sairmos desse caos! Vamos nos refugiar em algum porão abandonado... É o único jeito de sobrevivermos aos colapsos temporais!
     – Esse ali serve?
     – Serve, claro.
     Entramos na casa em que o Piplup havia apagado as chamas há pouco tempo com o seu Whirlpool... Passamos pela sala, ou pelo menos o que restou dela e descemos alguns degraus. entrando assim em um porão, ou melhor, em uma espécie de laboratório subterrâneo.
     – O que é isso?
     – Essa é, ou melhor, era a minha casa... Meu pai construiu este laboratório há anos atrás. Quem iria imaginar que algum dia isso seria útil...
     – Olhem pela janela!
     Subi em uma cadeira e espiei por uma janelinha alta, com um formato de trapézio, com barras de ferro, semelhante à janelas de uma cadeia... Não dava pra ver muita coisa porque havia um bloco de concreto bem na frente da visão... Logo um "Zapt" e o concreto sumiu. Uma rajada energética o derreteu, quase que desintegrando o negócio todo...
     – Groooar!
     Em seguida um dragão cor-de-rosa surge bem na nossa frente e dispara uma dessas rajadas de energia que desintegram as coisas, acertando Dialga bem no peito...
     O pokémon do tempo não deixou barato e logo revidou com um vórtice de meteoros de energia, acertando três casas das redondezas...
     Um terceiro dragão, mais sombrio e misterioso que os outros surge, cuspindo esferas de fogo que atingem os dois outros dragões...
    O bombardeio continua e quanto mais Dialga e Palkia tentam se livrar das chamas, mais elas os queimam.
     – Austin, é melhor você ver o que está acontecendo!
     – O que foi?
      Eles estão se matando! Olha só!
     – Eu estou achando que não será seguro ficarmos aqui, mas é o melhor que podemos encontrar por enquanto!
     – E aí, Austin... Vai contar como você sabe quem são esses lendários?
     – Pip... – Até já tinha me esquecido que o Piplup, o Cherubi e o Glameow estavam junto comigo...
     – Bom, quando o Lucario foi batalhar contra o Dialga, mais dois portais surgiram. Foi nesse momento em que o tempo e o espaço entraram em colapso. Uma luz muito forte me atingiu os olhos, mas pude perceber quem eram os pokémons causadores da explosão... Dialga, o tempo; Palkia, o espaço; e Giratina, as dimensões paralelas bem ali, entrando em um conflito que até agora não acabou...
     – E onde está o Lucario?
     – Eu creio que Lucario ficou preso em outra dimensão...
     – E qual é o plano?
     – O plano é ir até a dimensão oposta, tirarmos o Lucario de lá e batalharmos com força total contra os três dragões. Feito isso, a energia deles não interferirão uma sobre a outra e o tempo e espaço poderão, enfim, descansar.
     – Mas isso não resolve o problema do Dialga...
     – Esse não é Dialga. É um Dialga "Primitivo". O Dialga verdadeiro está morando dentro dele, só precisamos despertar o eu interior do Primitivo para que ele volte a ter posse sobre o tempo...
     – Mais alguma sugestão?
     – Mas se o tempo não parou até agora e é o Dialga que controla ele, quem é que está controlando o tempo?
      – Quem?Isso é um mistério...
      Me aproximei de Austin e perguntei para ele, baixinho – Você acredita em Deus? – E ele então me respondeu que sim, mas que ele acredita em um Deus só dele...
      – Ah, o que é isso, Platinum? Vai falar em Deus logo agora? Já estamos praticamente mortos!
      – Que positividade, em Diamond?
      – Ah, quer saber de uma coisa Pearl? Se nos arriscarmos a ir em outra dimensão pro Lucario, pode ser que a gente fique lá pra sempre! É isso o que você quer?
      – Lucario é um pokémon poderoso, Diamond! Se não arriscarmos a lutar do lado dele, nunca conseguiremos derrotar esses três! Lucario tem a capacidade de tocar a alma daqueles com quem ele batalha! Se ele fizer isso com os dragões, talvez ele consiga acalmá-los...
       – É isso mesmo, Platinum! E se nós não buscarmos o Lucario agora ele pode ficar preso lá pra sempre....
       – Quem tá junto levanta a mão... Platinum? Pearl? Mais alguém?
       Diamond levanta a mão. Com certeza ele não gostaria de ficar sozinho naquele inferno...
       – Beleza! Vamos para o Distortion World!!



Saímos do laboratório subterrâneo e corremos pela rua. O nosso plano era atacar alguma casa ou alguma coisa para um portal se abrisse e assim, pudéssemos ir ao mundo reverso, ao mundo da distorção... Austin, Diamond, Pearl e eu depositamos toda a nossa confiança em nossos pokémons... Tinha que dar certo...

     – Muito bem, eu quero que usem apenas um pokémon cada. Se criarmos um buraco muito grande a cidade toda pode ser tragada, e nós não queremos isso, certo?
     – Mas Austin, como saberemos que iremos mesmo para o Distortion World? Podemos ficar perdidos pelas dimensões!
     – Não se preocupem, Giratina deixou tudo preparado! Ele aproximou cada vez mais o seu universo paralelo do nosso, portanto, a próxima parada é, com certeza, o Mundo Distorcido! Agora vamos, não podemos ficar parados!
     – Ele tem razão! Vamos escolher nossos melhores pokémons...
     –  Vai lá, Pikachu!
     –  Pika, pika!
     Diamond saca Pikachu, um dos mais fortes pokémon que podem "habitar" seu time.
     – Bom, a minha escolha é... Monferno! Vai!
     Monferno é a escolha de Pearl. Uma ótima escolha, a não ser pelo fato de ele não ter evoluído ainda...
    – Piplup, arrase!
    Platinum escolhe seu inicial Piplup e assim, o time é formado...
    – Muito bem, como eu tô sem o Lucario, eu tô sem pokémons fortes o suficiente para isso, portanto, façam por mim! Ataquem!
     – Vamos lá, Pikachu! Use o Zap Cannon!
     Pikachu salta e com a sua cauda, cria uma esfera de energia elétrica, lançando-a contra o chão. O impacto do golpe cria uma explosão de faíscas...
     – Monferno, use o Flamethrower!
     Monferno cuspe uma rajada de chamas, mirando-a nas faíscas do Zap Cannon. O resultado é uma explosão ainda maior...
     – Agora é com você, Piplup! Use o BubbleBeam!
     Piplup dispara uma rajada de bolhas contra as chamas de Monferno, criando mais e mais faíscas, o suficiente para desestabilizar a energia espaço-temporal daquela área. Assim, um pequeno buraco negro se forma...
     – Está dando certo!
     – Vamos conseguir! Pikachu, use o Thunderbolt, agor--
     – Não! Espere mais um pouco!
     Alguns segundos e o tamanho do buraco é o mesmo. O tecido dimensional mantém-se aberto e em constante espessura.
     – Agora! Ataquem!
     – Pikachu, Thunderbolt!
     – Monferno, Flame Wheel!
     – Piplup, Whirlpool!
     – Ei, eu posso saber o que está acontecendo por aqui?
     Uma menina de longos cabelos morenos e olhos tão vermelhos quanto um rubi surge do nada, muito assustada com tudo o que estava acontecendo... Austin logo lhe responde a pergunta:
      – Estamos tentando salvar o mundo!
      – Salvar o mundo?
      – Este é o Apocalipse, minha querida! Se quiser sobreviver, junte-se à nós!
      – Apocalipse? O fim dos tempos? Ah, não! Me digam o que eu tiver de fazer que eu faço! Por favor, eu me perdi dos meus amigos e não encontro ninguém nesta cidade! Façamos o que tiver que fazer pra fazer tudo isso voltar ao normal! Por favor...
      – Tudo bem, use algum pokémon e ataque o chão! Estamos tentando desestabilizar esta dimensão para penetrarmos no mundo de Giratina e salvar um amigo!
     – Deixa eu ver... Dusknoir, Gliscor, eu preciso da sua ajuda!
 
     Duas pokébolas são arremessadas e delas saem dois poderosos gladiadores...
     – Vamos, Dusknoir! Use o Shadow Punch! Gliscor, use X-Scissor!
     Os ataques atingem o chão, formando uma explosão energética muito grande. Maior que a de Pikachu, Monferno e Piplup juntos...
     – Está funcionando! Ataquem mais e mais!
     – Piplup, Whirlpool, agora!
     Piplup cria um redemoinho de água e o lança contra a fenda no chão, aumentando mais ainda a sua proporção...
     – Que ventania!
     – Deu certo! Isso não não é uma ventania?! Estamos sendo puxados pra dentro do buraco! Estamos indo para o Distortion World!
     E assim, uma onda de energia púrpura é liderada pelo buraco negro, que passa a sugar nossos heróis pra dentro dele... Ao encostar na energia do buraco eles são tragados para outra dimensão, e vão parar exatamente onde querem...
      O lugar estava completamente de cabeça pra baixo. O céu e as nuvens ficavam sob seus pés e grandes blocos de rocha vermelha flutuavam no meio do nada...
     – Onde estamos? É aqui?
     – É! É como eu imaginava! Chegamos ao lugar certo!
     – Eu... Nunca vi nada parecido...
     Uma lágrima escorre pelo rosto da menina, borrando-lhe a maquiagem...
     – Ei, garota! Qual o seu nome?
     – Yumi.
     – Ei, Yumi. O meu nome é Platinum, aquele é o Diamond e o loirinho é o Pearl. Ah, e o mais velho é o Austin. Não precisa chorar, nós vamos sair dessa! Temos que confiar uns nos outros. Me dá a sua mão.
     A garota dá a mão para Platinum e ela a puxa para perto, dando-lhe um abraço de urso...
     – Own, que amor!
     – Agora não é hora, Dia! Temos que achar o Lucario e proteger o mundo!
     – Tem razão, Pearl!
     – Vamos, crianças! Guardem seus pokémons nas pokébolas e vamos seguindo à pé...
     Pikachu, Monferno, Piplup, Dusknoir e Gliscor são guardados nas pokébolas. Agora o caminho terá de ser explorado sem a ajuda de pokémons...
     – Sigam-me e façam tudo o que eu mandar fazer... Aqui, por exemplo... Pisem nessas crateras esculpidas na rocha vermelha. Elas servem para "chamar" outras rochas e assim criar o que chamamos de "ponte".
     Austin fica em cima de um buraco magnético e outra rocha vem flutuando em sua direção. Todos sobem na rocha e ela começa a se mover, como um tapete voador, transportando-os de um lugar para o outro...
     – Beleza, e agora? Como saberemos onde está o Lucario?
     – Teremos de enviar um sinal de aura... Uma ataque talvez... O único problema é que se atacarmos podemos formar outro buraco negro e voltar para o nosso mundo...
     – Oh, oh, temos um problema maior agora!
     Diamond aponta seu dedo para cima, mostrando um outro buraco negro, que começa a esvair uma energia intensamente eletrizante...
     – Groooar!
     – É... Giratina!
     – Ele deve ter sentido a gente aqui dentro! Somos intrusos no seu território!
     – Mas... Isso não faz sentido! Como o Lucario entrou aqui e passou despercebido então?
     – Talvez por Lucario ser um pokémon?
     Giratina fica irritado e começa a atacar. Ele forma uma esfera com sua aura de dragão e a dispara contra os "humanos".
      – Argh! Todo mundo, corre!
      Eles se separam e a esfera atinge as rochas flutuantes, explodindo...
      – Giratina está mais louco do que o Dialga! Temos que pará-lo!
      – Não, precisamos tirar o Lucario daqui antes, Pearl!
      – Mas vamos morrer...
      – Ah, morrer nós não vamos, não! Atenção... Atacar!
      Yumi lança sua pokébola e de dentro dela sai um poderoso Mismagius, pronto para atacar...
     – Vai, Mismagius! Use o seu Psywave contra o Giratina!
     O corpo de Mismagius fica envolto por uma luz azul, enviando ondas pulsantes de energia contra o lendário dragão...
     – Não, Yumi!
     – Temos que parar o Giratina! Vamos atacar, ora! Mismagius, vai lá!
     – Agora não! Se Giratina for derrotado poderemos ficar presos aqui para sempre!
     – Mas o que faremos então?
     – Tenhamos calma...
     – Groooar!
     Giratina se enfurece. Receber um ataque tão poderoso quanto o de Mismagius significa guerra. Agora ele não vai desistir até ter uma luta...
     – Droga! Olha o que você fez, garota!
     – Calma, Dia! Não fica bravo com ela! Ela não tem culpa de não saber nada do que tá acontecendo ou do que vai acontecer!
     – Ah, Pearl... Lá vem você, o defensor da justiça... Eu já tô de saco cheio de tanta bobagem! Vamos voltar agora e salvar o mundo! Estamos perdendo o nosso tempo estando aqui!
      – Calma, crianças! Não discutam! Temos que dar um jeito no Giratina agora!
     A serpente voadora energiza seu braço, se aproximando de Mismagius em alta-velocidade...
     – Defenda-se, Yumi!
     – Certo! Mismagius, use o Magical Leaf giratório!
     Mismagius começa a girar enquanto dispara folhas afiadas ao redor de seu corpo, formando assim um escudo que impede Giratina de se aproximar...
     – Groooar!
     E Giratina continua atacando, desta vez disparando uma bola de chamas azuis que cercam o corpo de Mismagius, queimando todas as suas folhas de proteção...
     – Ei, Diamond! Tive uma ideia! – Pearl puxa Diamond para um canto e começa a falar em seu ouvido...
      – Conta pra Platinum!
      – Ei, Platinum! Vem aqui!
      E assim, Diamond passa o recado para sua colega...
      – Ah, beleza... Se é assim...
      – Ei! O que vocês três pretendem?
      – Desculpe, Austin, mas temos que ir... Vocês vão precisar dar um jeito no Giratina aqui dentro enquanto nós três damos um jeito no Dialga e no Palkia lá fora! É o único jeito de evitarmos a extinção dos tempos!
     – Vocês não podem ir lá sozinhos!
     – Não estamos sozinhos! Temos um ao outro e aliás, temos nossos pokémons para nos proteger!
     – Está decidido, Austin... Não temos mais o que fazer por aqui! Salve o Lucario e dê o fora daqui junto com essa garota!
     – Ei! Vão me deixar aqui?
     – Prefere vir com a gente?
     – É claro!
     – Mas você não pode, querida! Entenda... Você iniciou uma briga com o Giratina, agora você e o Austin vão ter que dar um jeito nele! Enquanto isso, nós vamos tentar ajeitar a situação na nossa dimensão!
     – Sabe, Platinum... Vocês tem razão... Só assim poderemos derrotar esses três! Precisamos separá-los! Assim nossa missão torna-se menos... menos impossível... Mas isso é muito arriscado... Vocês tem certeza de que não querem voltar comigo depois que recuperarmos o Lucario?
      – Não, Austin. Isso tem que ser resolvido. E agora.
      – Tem razão. Eu não posso interferir. O tempo precisa ser restabelecido e quem sou  eu para proibi-los de ajudar? Ninguém, não é? Então eu quero que lutem. Lutem até o fim.
     – Pode ter certeza que a gente vai lutar, Austin!
     – Ah, e, antes de irem, eu quero que levem isto aqui!
      Austin põe a mão em seu bolso e retira um amuleto antigo, com uma espécie de relógio...
      – O que é isso?
      – Chama-se "Protetor do Tempo"... É a única coisa que sobrou do meu avô! Eu quero que levem isto e o usem, se necessário. E lembrem-se, o futuro, o passado e mesmo o presente está em suas mãos!
     Austin entrega o amuleto nas mãos de Platinum e deposita toda a sua confiança naquelas crianças...
     – E agora? Como saímos daqui?
     – Yumi, você pode nos ajudar! Pede pro seu Mismagius atacar essas rochas!
     – T-tudo bem! Mismagius, você ouviu! Use o Shock Wave!
    Mismagius dispara uma onda de choque contra as rochas vermelhas, que já haviam sido atacadas anteriormente pelo Dragon Rage de Giratina. O Impacto do golpe sobre as rochas que já haviam sido energizadas acaba formando uma grande explosão magnética. Grande o suficiente para formar um novo buraco negro...
     – Adeus!
     Os três jovens jogam-se no centro do buraco negro, sendo tragados de volta para a Terra. O buraco rapidamente se fecha e Austin e a garota Yumi agora ficam no Distortion World para dar um jeito em Giratina.
     Caminhos separados, muitos perigos e uma única certeza: O mundo precisa ser salvo, e para isso, todos terão de se sacrificar um pouco. Ninguém pode ficar parado. É hora de agir! O universo precisa mesmo é de um Protetor. Um protetor do Tempo!



     Totalmente confiantes de que poderíamos vencer aquela situação, nos jogamos no vácuo espacial, passando por dimensões paralelas até nos solidificarmos na que reconhecemos como "nossa". Os céus estavam mais vermelhos do que nunca, encobertos por uma poeria escura, como nuvens de chuva e muitos trovões, por todos os lados.
     As casas estavam em ruínas e o fogo tomou conta da vegetação. E no meio de tanta destruição, lá estavam os dois grandes dragões, se enfrentando como dois tiranos...

     – D-deu certo! Estamos na nossa dimensão de novo!
     – E lá estão os dois gigantes! Continuam batalhando!

 

     Os dois lendários se destacavam em meio de tanto caos. As chamas que brotavam do chão eram, nada mais nada menos do que esta épica batalha. O Tempo tentava engolir o espaço e o espaço tentava engolir o tempo...
    Chegando de mansinho as crianças ficam atrás de uma parede demolida, há mais ou menos duas quadras de distância dos gigantes...

     – Temos que parar esses dois... Mas como?
     – Precisamos de uma estratégia... Precisamos de algo de pare os dois, para que possamos separá-los e derrotá-los individualmente... Mas o que?
    – Está no caminho certo, Platinum, mas não tem nada que possamos fazer para impedir esses dois...
     – Ah, tem sim. Acabo de ter uma ideia: E se usássemos uma técnica simples como a aplicação de "Status" sobre eles? Poderíamos fazê-los dormir, ou... Paralisá-los! É isso! Ei, Pearl, me empresta a sua Roselia?
     – Mas é claro! Aqui está!
     Pearl entrega a pokébola na mão de Platinum...
     – Roselia... Arrase!
     – Muito bem, Roselia... Use o seu Stun Spore contra aqueles tijolos!
     Roselia fica meio indecisa por Platinum não ser sua treinadora, mas obedece e ataca a parede, lançando sues esporos letais em uma onda de vento poderosíssima...
     – Ainda está muito fraco! Precisamos achar um jeito de fazer com que os esporos atinjam Dialga e Palkia com 100% de chances!
     – E se usássemos o "Gust"?
     – É uma boa... Vamos testar! E Desta vez, vamos atacar diretamente os dragões...
     – Certo... Staravia? É hora de batalhar!
     Staravia sai da pokébola e se assusta com o ambiente ao redor...
     – Não, Dia... Deixa comigo. Eu vou até lá com os pokémons! Vocês dois façam o seguinte?Quando eu avançar em direção ao Dialga e ao Palkia, corram por outra rua e surjam atrás deles, atacando-os de surpresa assim que o Stun Spore fizer efeito. Está bom para vocês?
     – É uma boa. Vamos lá, Dia.
     – Claro. Ah, e Staravia, vê se obedece a Platinum direitinho, hein?
     – Star, star!

     Saímos de nossas posições iniciais e nos deslocamos em direção os pokémons lendários. Nosso plano tinha que dar certo. Tentei chamar o máximo de atenção possível para que os gigantes não percebessem Dia e Pearl se aproximando por trás, mas eles não davam bola. Só queriam se destruir.

     – Força...
     Fechei os olhos e  por um segundo, tentei me livrar de toda aquela realidade. Queria que fosse só um sonho, mas quando abri de novo, pude ver que nada mudou. Tudo aquilo era real e o que tinha de ser feito tinha de ser feito...
     – Roselia?
     – Rose!
     – Staravia?
     – Star!
     – Vamos botar pra quebrar!

    Os pokémons de Dia e Pearl começaram a se mover. Tomaram a minha frente e seguiram, avançando contra a dupla de lendários.
     – Agora, Roselia! Use o Stun Spore! Staravia, Gust!
 
    O grito parecia ter ecoado pela cidade toda, mas foi só quando os pokémons agiram quer os lendários prestaram atenção na gente. Roselia passa a produzir esporos letais, enquanto Staravia agita as asas, criando uma onda de vento que impulsiona os esporos contra os dois gigantes...
     – Groooar!
     – Screeech!
    Tentando se proteger do ataques, os lendários levantam uma barreira telecinética ao redor de seu corpo, bloqueando o efeito paralisante da combinação...
     – Groooar!
     – Essa não... Por essa eu não esperava...
     – Monferno, use Flamethrower!
     – Torterra, Energy Ball!
    Diamond e Pearl agem no momento certo, usando Monferno e Torterra, que acertam Dialga e Palkia (respectivamente) pelas costas.
     – Groooar!
     – Screech!
     Os pokémons começam a ficar com raiva, deixando de lado sua luta particular e passando a prestar atenção naquelas crianças humanas que os perturbavam...
     Palkia logo inicia um ataque, criando uma esfera de aura, disparando-a contra Torterra, que começa a pegar fogo, sendo eletrizado por uma corrente de luz...
     Dialga cria uma esfera em sua boca e a dispara na forma de um raio incinerador, atingindo Monferno em cheio. O Golpe, muito forte, acaba criando uma explosão que atinge o pokémon em cheio...
     – Monferno!
     – Torterra!
     Os pokémons já não se mexiam mais. Estavam completamente eletrocutados. Eletrocutados por puro poder... Não podiam mais lutar. Sua última gota de HP havia se esvaído completamente...
     – @-@!
     – @-@!
     – Droga! Retorne! – Os pokémons são retornados e assim, a visão dos lendários é voltada para Platinum e os pokémons emprestados...
     – Ah, não... Agora sujou!
     – Star! Staaaar!
     Staravia voa raspando o chão, ganhando um lindo brilho azul sobre suas penas. O pokémon continua avançando e acerta Dialga com tudo... Ao atingir o pokémon dracônico, ele cai no chão, se contorcendo e assim sofrendo por ricochete.
     – "Strike One"!
     – Tudo bem... Roselia, acha que aguenta? Petal Dance!
     Roselia dá um salto e começa a dançar no ar, disparando uma rajada de pétalas contra Palkia, que sofre alguns danos...
     – Não dá, eles tem muita energia vital! É difícil vencer eles, mesmo com golpes super efetivos!
     – Calma, Platinum! A Ajuda já está a caminho... Pikachu, é com você!
     – Pika!
     Nesse meio tempo, Dialga e Palkia começam a ficar energizados, carregando grandes golpes...
     – Grooar! – Dialga começa a aumentar de tamanho, emanando uma aura azul em torno de suas hastes metálicas...
     – Screeech! – As gemas nos braços de Palkia começam a emanar um brilho rosa, que logo se espalha por todo o seu corpo, na forma de raios da mesma cor...
     O Silêncio toma conta da área por um segundo. Nenhum músculo fora movido. Era como se o tempo tivesse parado, e logo retornado, com força total...
     Os pokémons lendários então se mexem, disparando seus mais poderosos ataques. Dialga, com o seu Rorar of Time, disparando uma rajada energética contra as crianças e Palkia, com o Spacial Rend, lançando uma "foice" de energia que ganha mais força a cada centímetro que se separa do corpo do pokémon...
     – Nããão!
     Os golpes atingem o chão ao redor de Platinum, criando uma explosão enorme, capaz de desintegrar qualquer célula viva em questão de milésimos de segundos. Mas nada disso aconteceu.
     A menina abriu os olhos e olhou para sua frente, avistando uma barreira azul que envolvia a ela e ao seus pokémons... Olhou para o lado e pode ver quem havia lhe salvado... Era um poderoso titã, capaz de aguentar até mesmo a fúria incompreensível do tempo e do espaço...  Seu nome logo veio à cabeça... "Lucario".

     – Você está bem?
     Uma voz penetrou na mente da menina. Lucario estava se comunicando via telepatia. Sua barreira de aura ia se desfazendo aos poucos e agora, ainda muito assutada (com o coração na mão, pra falar a verdade), entra em um estado de choque, não conseguindo falar nada...
     – Ei, vocês! O que pretendem fazer? Se matar?
     – L-Lucario... Precisamos... Precisamos derrotar esses dois!
     – É... Pelo visto eles andam causando muito estrago...
     – Screech!
     Palkia se revolta, disparando uma rajada energética contra Lucario...
     – Ah, não é assim que você vai me derrotar! Aura Sphere! – Lucario dá um salto e cria uma esfera de aura em suas mãos, lançando-a contra o raio, que explode no caminho, antes de se aproximar...
     – Onde está o Austin?
     – Peraí, ele não tá com você? Ele foi até o Distortion World pra te salvar e agora você me diz que ele não está com você?
     – Distortion World? Droga! Porque fez isso, Austin? Sem o Protetor do Tempo nunca conseguiremos derrotar esses dois...
     – P-protetor do Tempo? – Platinum se levanta com dificuldade, ainda muito assustada com tudo o que estava acontecendo. Ela se lembra do amuleto que Austin lhe entregara antes deles partirem, que continha o mesmo nome. O Protetor do Tempo...
     – É, você sabe onde ele está?
     – Se está falando disso...
     A garota levanta o colar e a luz vermelha dos céus reflete no ouro que cobre todo o corpo do objeto. Era impossível acreditar que aquela coisinha ali pudesse ser a salvação dos tempos.  Parecia-se muito com um relógio e ao mesmo tempo com uma navalha, ou algo do tipo, mas nada que pudesse ser crucial para o futuro da vida no universo inteiro...
     – Ah, meu Deus... Como Austin pode confiar isto nas mãos de uma criança? Agora que você o possui, terá que fazer o ritual de invocação você mesma!
     – Hã? Ritual? Invocação?
     – Você precisará invocar o Espírito Protetor do Tempo! A Lenda diz que aquele que tocar o amuleto terá de trazer à vida novamente o salvador, a não ser que seja doado de coração para outro ser humano que possa lidar com o cargo... Sinceramente os seus amigos aqui não tem chance nenhuma de invocarem o Espírito... Você é a única que resta, Platinum... A única capaz de salvar o mundo...
     – P-pessoal, não querendo ser chato, mas temos problemas maiores...
     Dialga começa a carregar sua chuva de meteoros...
     – O que estão esperando? Ataquem!
     – Pikachu?
     – Pika, pika!
     – Use o "Zap Cannon", agora!
    Pikachu dispara uma esfera elétrica contra Dialga, acertando-lhe as costas, mas isso só deixa o pokémon com mais raiva, o que acaba o levando a atacar com força total...
    Os meteoros caem no chão, criando várias explosões que vão aumentando gradualmente de força.
     – Pika! – Pikachu é atingido e passa a ter somente a metade de sua energia vital intacta...
     – Temos que agir, depressa! É com você, Platinum!
     – Mas, como é que eu faço isso?
     – Ouça a voz do seu coração! Encontre o "eu" perdido aí dentro e diga com suas palavras em voz alta exatamente o que você está sentindo!
    – B-bom... Pra começar, eu preferia estar agora batalhando contra algum coordenador gatinho ou capturando um novo pokémon, mas eu estou aqui, nesse inferno. A vida na Terra foi mudada por completo. Está um verdadeiro caos, e isso não pode continuar assim. Dialga e Palkia estão acabando com tudo e nós estamos aqui, lutando para que ainda reste alguma coisa viva no planeta... Por isso eu suplico... Eu preciso muito, muito da sua ajuda. Aliás, todos nós precisamos. Precisamos de você, senhor. Precisamos de um Protetor do Tempo.
     Nada acontece e o silêncio permanece...
     – Droga... Falhou! Temos que tentar mais uma vez ou seremos aniquilados!
     – Groooar!
    Palkia dispara mais uma vez o seu Roar of Time. O Golpe, poderoso como sempre, percorre o espaço ao seu redor na velocidade do som, como um verdadeiro rugido do tempo...  Ele vem com tudo e acaba avançando pra cima Platinum...
      – Droga! Continua, Platinum!
      Lucario ergue uma barreira com sua aura, tentando evitar o ataque de uma vez por todas, mas o golpe é muito forte. Ele sabe que sua aura não vai aguentar por muito tempo...
     – Por favor, Protetor do Tempo! Apareça! Precisamos muito da sua ajuda... Olha só pra gente... Olha só pra nós três, crianças tentando salvar o mundo. Olha o Lucario... Tá fazendo tudo o que pode pra me proteger. Olha pro Austin e pra Yumi, que estão em outra dimensão contendo um outro pokémon lendário pra nos ajudar por aqui... E acima de tudo, olhe para estes pokémons, que estão agindo como loucos, travando uma disputa mortal que está colocando a vida de todos em risco. Por favor, Senhor, não nos deixe na mão. Precisamos de você. Precisamos viver...
     Uma lágrima escorre pelo olho da garota, que se ajoelha no chão, em prantos. O medo toma conta de seu coraçãozinho, que estremece...
     – Platinum, eu não vou aguentar... mais...
     A barreira de aura criada por Lucario começa a Rachar com a força do golpe de Dialga. Mas de repente tudo parece "travar" na frente da garota. Tudo fica estático, exceto por Platinum, que pode se mover livremente pelo silêncio... Dialga, Palkia, Diamond, Pearl, Lucario, Roselia, Staravia, Pikachu... Tudo estava congelado. Menos ela...
     Olhou para sua mão e viu o colar emanando uma energia dourada, quando ouviu uma voz  suave e aconchegante tocando sua mente...
     – Não se preocupe, minha querida... Você está salva. Use-me com sabedoria.
     A garota aponta o amuleto para Dialga e a luz emanada pelo objeto antigo começa a tomar forma, e bem diante de seus olhos, a garota vê algo mágico acontecer... Eis que surge o Espírito Protetor do Tempo...
     Uma grande criatura celestial surge, doando-se de corpo e alma para a garota, que passa a aceitá-lo como seu pokémon...
     – Vamos, Platinum... Eu estou nas suas mãos...
     O tempo "retorna" e tudo parece se mover novamente. Platinum sai de trás de Lucario, que é atingido pelo Roar of Time de Dialga e começa a ordenar o Espírito Protetor, que desta vez estava presente entre os demais...
     – É hora de julgar esses malfeitores! Arceus, use Judgement! Agora!!
     A ordem expressa é clara e objetiva. O Pokémon conhecido como Arceus começa a atacar, utilizando o seu mais poderoso ataque, com o objetivo de julgar aqueles que ali estavam presentes...
    – D-de onde ele surgiu?
    – Ah, meu Deus... É... o Protetor do Tempo! Platinum, você conseguiu!
     Arceus dispara uma esfera de energia para os céus e esta forma uma grande explosão de meteoros, que cai sobre todos os que testemunhavam o fato...
     – Está na hora de pôr um fim em toda esta confusão! E que venha o renascer!
     – Groooar!
     De repente tudo fica branco e ao mesmo tempo, tudo se normaliza. Os pokémons feridos são curados, a sor passa e o medo é logo transformado em satisfação. Dialga e Palkia tomam "juízo" e se acalmam. Tudo chega ao fim, entretanto, a destruição é eminente. O Lugar continua em ruínas e em chamas...
     – Me perdoem...
     Dialga comunica-se assim como Lucario, via Telepatia. A mudança é incrivelmente notória. Ela é tanto física quanto Espiritual. Dialga já não é mais o mesmo...
     – Olhem, pessoal! A cor do Dialga! Ele... "Normalizou"!
     – Mas e agora? E o Austin? E a Yumi? E a fera conhecida como Giratina? Onde estão todos eles?
     – Calma. Na vida tudo tem o seu tempo e uma das maiores virtudes é saber esperar este tempo chegar...



     Um flash em nossas mentes nos faz acordar em um lugar totalmente diferente. Tudo estava perfeitamente intacto. As flores desabrochavam, o céu, lindo e azul ao lado de seu parceiro, o sol... As crianças brincavam pela rua e os Starly's voavam tranquilamente...
     Dia e Pearl parecem não se lembrar de nada do que aconteceu... Caminhamos rumo ao norte da cidade, onde era possível ver a torre do laboratório de Austin, perfeitamente intacta. No caminho, passamos por Yumi, a garota do Mismagius. Mas ela também não nos conhecia, seguiu conversando normalmente com seus amigos, como se nem estivéssemos ali. Subi a torre de pesquisa e avistei de longe o jovem cientista conhecido como Austin, concentrado em seus estudos sobre o espaço-tempo de Sinnoh ao lado de seu pokémon Lucario...
     Era como se nada tivesse acontecido. Mas era real. Eu ainda podia sentir meu coração vibrando depois de tantos sustos, mas logo me acalmei e cheguei à uma conclusão: Tudo foi desfeito. Dialga não perdeu a sua habilidade de controlar o tempo porque ele mesmo voltou ao passado e deu um jeito nisso. Como resultado, tudo continua normal e assim, nossa jornada continua, sempre olhando pra frente...


The End


Atenção: Contém Spoilers
(Só leia se você realmente leu o "filme")

Edit (18/03/2016 - Este texto foi escrito e publicado originalmente em 27/04/2013, portanto, muita coisa do que nele foi escrito não chegou a acontecer devido ao cancelamento da fanfic, e muita coisa REALMENTE aconteceu, como vocês puderam acompanhar nos volumes anteriores, que estão cronologicamente mais avançados que esta história)

Notas do Autor

Bom, antes de mais nada, este é o primeiro "bastidores" pra mim. Anteriormente eu só havia escrito Notas do Autor de capítulos comuns, enquanto eu apenas comentava sobre os filmes, mas desta vez vai ser diferente. Vamos falar dos acontecimentos e revisar tudo o que aconteceu, os erros, os fatos curiosos, as ideias, entre outras coisas...
Mas atenção, como dito anteriormente, só leia se vc realmente leu o filme, caso contrário, perderá toda a emoção quando ler...
Clique no link para continuar lendo...


O Lendário Principal

Entre uma das questões mais discutidas conscientemente pela cabeça do autor é como escolher o lendário principal para fazer o filme. O mais difícil de tudo aqui é escolher pokémons que não vão coincidir com a história principal da fanfic. Mas eu fiz exatamente o contrário. Os 4 lendários mais discutidos de Sinnoh se reuniram neste "filme". São eles: Dialga, Palkia, Giratina e Arceus. Todos estes pokémons tem previsão para um aparecimento futuro na fanfic e eu realmente só decidi fazer a história com eles porque esses acontecimentos estão no futuro (Não tão distante, mas ainda assim é futuro). O melhor agora é nos concentrarmos no eixo da história e de como tudo ficou depois que Dialga voltou no tempo...

Primal Dialga

Quem nunca ouviu falar de "Primal Dialga", o Dialga que perdeu seus poderes de controle sobre o tempo? Pois bem. Este Dialga "primitivo" acabou se tornando um pokémon tão comum quanto qualquer outro e é aí que eu entro na história, encaixando este pequeno grande detalhe no eixo central do filme.
Claro que se um dia o tempo realmente deixasse de existir, seria o fim para todos nós, não é mesmo? Imagina que não existiria nem o passado, nem o futuro e nem o efêmero presente. Seria como se nunca tivéssemos existido, literalmente como se estivéssemos parados no tempo.
Só que, na nossa história, tem um detalhe. Temos a ajuda de um "be greater", um ser superior chamado Arceus, que, por ter criado Dialga e consequentemente o tempo, também tem um controle sobre tal força. Só por isso que as coisas foram acontecendo lentamente...
Só que tem um porém (mais um porém): Arceus poderia controlar o tempo, mas não tão bem quanto Dialga. À medida em que Dialga ia perdendo seus poderes, Arceus ia enfraquecendo e é aí que entra o papel do Judgement (Julgamento).

O Protetor do Tempo

No final de tudo, o protetor do Tempo era Arceus. Eu, sinceramente estava pensando, no início no Dialga, mas o próprio Dialga era quem estava em perigo. Pensei também em Lucario. Só que não. Não dava pra colocar este pokémon com um papel tão importante. Eis que surge uma ideia brilhante: Platinum. Uma menina doce e ao mesmo tempo amarga que pode tocar a todos com o seu amor pela vida e pela liberdade... Ela seria perfeita para invocar Arceus.
Foi então que me veio a segunda ideia brilhante, um amuleto que serviria para invocar o "espírito", no caso, o Arceus e que por ventura viria a se chamar "Protetor do Tempo". Sim, esta joia mística, lapidada no ouro maciço passou a se chamar Protetor do Tempo e a criatura que habitava suas entranhas se chamou o "Espírito" protetor do tempo, ou seja, o "eu" por dentro de uma simples objeto sem vida.
Eu realmente pensei em "invocar" o Celebi neste filme, mas um grande erro que cometo em todos os meus filmes que escrevo em fanfics é adicionar pokémons lendários de outras gerações. Sem falar que a força que Celebi exerce sobre o tempo é nula, uma vez que ele só viaja entre as camadas temporais, ao invés de controlá-lo como Dialga (e consequentemente Arceus) faz.

Personagens

Originalmente eramos para ter apenas um "protagonista" no filme, que seria o Austin (com exceção de nossos heróis, Dia, Pearl e Platina, é claro), mas um leitor (leitora? é, acho que é) uma leitora queria quer eu colocasse um personagem seu na história. Foi aí que entrou "Yumi", uma garota insegura (e feminina) que usa seus pokémons para defender os seus medos. A princípio, Yumi era para ser uma espécie de exotérica psicopata, mas eu decidi moldar sua personalidade e deixá-la mais feminina. Em consequência disso, Yumi tornou-se uma garota tímida, e com muitas mágoas e medos obscuros, ocultados por sua face fofinha e carismática.
 A ideia original era que Yumi emprestasse seus pokémons (Gliscor e Dusknoir) para Platinum, mas como ela não pode prosseguir na história, por causa do seu grande erro ao provocar Giratina com seu astuto Mismagius, o Dia e o Pearl é que fizeram a boa ação, deixando Platinum no comendo de Staravia e Roselia.
Particularmente este deslize da personagem me ajudou bastante, uma vez que os pokémons que Platinum pegou emprestado para confrontar a fúria dos "Deuses", já eram seus conhecidos e por isso a obedeceram facilmente. (Ela deve ver ele todos os dias, já que esses três nunca se separam)...
Bom, e como citado anteriormente, Yumi não era a única personagem "inédita" no Filme. Tínhamos também Austin, o cientista maluco. Agora vamos passar para um tópico só dele. Queiram me acompanhar com seus olhos curiosos...

Confiem na Platinum...

Sabe a nossa coordenadora favorita? É ela mesma: Dawn Platinum (a "Platina"). Pois é. Como vocês podem ver no filme, apesar de ela ser meio "fresca" e às vezes alegre demais, ela é uma mulher menina de garra, corajosa, imponente e de sábias decisões. A nossa amiga aqui correria o maior perigo do mundo só pra salvar outra pessoa (ou ser vivo, no caso) e é claro, eu prometo lapidá-la "lasca por lasca". Vocês verão como ela realmente é e qual é a sua maior decisão neste confronto intergaláctico todo muito em breve... Ah, e por falar nisso, a biografia dela foi atualizada! Confiram que tá super demais!!! Segue o link: http://pokemon-platinum-dreams.blogspot.com.br/2012/06/platinum.html

Pequenos detalhes despercebidos...

Para aquele leitor dedicado, isso aqui não passou despercebido, mas como a maioria dos meus leitores são "desastrados", vou citar aqui pequenos "detalhes" no filme que fazem toda a diferença na história...

*Devolução?*

Como vocês podem ver no filme, Monferno, Staravia e Piplup, pokémons que já evoluíram continuam em seus estágios anteriores, mas isso não significa que é uma "devolução", ou "involução", como prefiro chamar. É tudo uma questão de tempo. Bom, pra começar, eu iniciei a escrita do filme em dezembro do ano passado e desde lá esses pokémons mudaram (e muito), mas só pra não cortar a cronologia do filme, eu segui com os pokémons daquele tempo...

*Cidade*

Caso não tenham percebido, a história se passa em uma cidade grande, com Hospital, Centro Pokémon, uma Torre de Pesquisas e, menos importante, a casa de Austin, com um laboratório subterrâneo. Aparentemente possui uma demografia elevado pela quantidade de casas espalhadas por toda a sua extensão (casas que logo viraram churrasquinho). Mas que cidade é essa? Bom, vamos considerar esta cidade como Veilstone City, em um período "pré-Maylene", quando nossos heróis ainda não tinham se encontrado com a líder. Ah, e percebam que se a cidade for Veilstone, a história central da fanfic e a do filme se encaixam perfeitamente... Mas é claro que, na nossa adaptação para a fanfic, a cidade é muito maior que a versão dos jogos (imagem), possuindo muito mais pessoas concentradas nela e uma população muito mais elevada. Aliás, a torre de pesquisas do Austin ficaria no canto superior esquerdo da imagem, ou seja, a noroeste do mapa... Como podem observar, nos jogos este lugar está cheio de árvores...

*O Fim dos Tempos*

Todos sabemos que esta catástrofe seria muito, muito "desastrosa". Imagina se o tempo parasse? Pois é. Só que tem um porém (outro) nesta história toda... Antes de eu escrever o filme eu queria mostrar todos os líderes de ginásio de Sinnoh batalhando para defender suas próprias cidades, entretanto, na versão final eu não adicionei este pequeno detalhe, então, eu acho que, erroneamente eu dei a impressão de que aquele evento todo só acontecia na cidade, embora eu tivesse citado "salvar o mundo" umas quinhentas vezes. Mas não. Todo o globo estava sofrendo por um evento muito maior e muito mais catastrófico do que uma 3ª Guerra Mundial, entretanto, Dialga e Palkia (e todos os outros) foram invocados justamente na cidade de Vielstone, por Platinum e os seus "amiguinhos", sendo a parte mais afetada no mundo todo, entretanto, isso não quer dizer que não houve destruição em massa nas outras partes do Mundo Pokémon!

Despedida

Bom, depois de tanto assunto e tanto debate, vou me despedindo por aqui. Eu espero que tenham gostado desta edição do "Bastidores" e espero que tenham gostado do filme também, kkk. Espero que comentem bastante também e espero, acima de tudo, que vocês tenham se emocionado e se sentido "tocados" pela história e seus fatos catastróficos...
Peço que me ajudem com o visual do nosso personagem Austin e também peço que, aqueles que ainda não seguem, sigam o blog, comentem, leiam. Como diz a Globo, "Ler também é Cultura"... (Ainda que seja só pokémon, kkkk)
Fora isso eu peço que fiquem atentos com a fanfic, que está entrando em sua melhor fase. Peço que prestem atenção no comportamento de certos personagens, como a Marley, que é a nova tutora dos Dex Holders e é claro, nos membros da Equipe Galáctica (E Galaxy também). Fiquem ligadinhos que em breve teremos episódio novo, hein?

Mas por ora é só!
Fui!



...

Em breve, o novo filme da Fanfic: Diavolo...

0 comentários:

Postar um comentário

ATENÇÃO: Algumas páginas acabaram ficando muito longas e pesadas devido ao excesso de imagens e com isso, o blogger, plataforma na qual este blog está hospedado, começou a travar. Por esta razão, as páginas do Poké-Arquivo de alguns Pokémon (os mais "famosinhos", como os iniciais, os pseudo-lendários, as eeveelutions, entre outros) precisaram ser DIVIDIDAS em várias seções, a fim de evitar este congestionamento. Para acessar as imagens dos ataques nestas páginas, é só clicar no LINK da respectiva seção. Por exemplo, se você quer visualizar os ataques utilizados no anime, clique em "animes". Se você quer os ataques utilizados nos games, clique em "games", e assim por diante.