~Jesse
Uma respiração ofegante e bastante audível se fez presente e mais alguns passos foram dados, até que o silêncio recaiu sobre nós.
— Será que ele... Se foi? — Perguntou Moon, com a voz vacilando de medo.
— Vamos esperar. — Disse Sun de forma quase inaudível.
Então, senti Growlithe escapar de meus braços.
— ESPERE! Growlithe, aonde você vai!? — Disse eu, um pouco mais alto, já ouvindo o rosnar de meu pokémon.
Levantei-me, esperando que não tivesse atraído a atenção de ninguém indesejável e então, o jato de fogo voou pelas paredes, iluminando a sala, no que todo mundo gritou desesperadamente:
— AAAAAAAHHHH!
Uma criatura enorme se projetou em frente ao fogo, pronta para atacar. Com pernas robustas e braços subdesenvolvidos, uma cabeça enorme e presas afiadíssimas do tamanho de um braço, o dragão colossal rugiu, preenchendo o ambiente com um som terrivelmente grave e um bafo do capeta.
— Um Bagon! — Gritou Sun!
Naquele momento, Growlithe não se fez mais necessário, pois outra luz surgiu. Era a incrível e inimaginável Pokédex Rotom de Sun, que se ligara automaticamente e agora emitia as informações do pokémon que ali se encontrava nos ameaçando.
Uma voz meio que de criança, meio que de máquina começou a falar:
— Bagon, o pokémon cabeça de pedra. — Ele então deu uma risadinha como que um hihihi e então prosseguiu — Eles têm o sonho de voar. Frustrados com sua incapacidade de levantar voo, eles se jogam de precipícios todos os dias para treinar, o que superdesenvolveu seus crânios, tão duros quanto metal.
A primeira vez que eu via Rotom, quase enlouqueci. A invenção era genial. Um pokémon capaz de dar informações sobre outros pokémon de forma eficiente e totalmente útil. Sun era um cara de sorte por ter Rotom como parceiro.
Mas não era hora para ter pensamentos como aquele. Bagon avançava pra cima de Growlithe e com uma cabeçada, jogou meu pobre filhote contra a parede, derrotando-o na hora.
— Cain--
— GROWLITHE!
Sun foi o que agiu mais rápido. Ele pegou uma pokébola e a lançou para o ar, chamando mais um para combater.
— Gruuub! — Disse o cascudo, abrindo e fechando suas presas em um som de tesoura.
— Grubbin? Ele vai esmagá-lo! — Gritou Moon, em desespero.
— Não se preocupe, eu tenho uma estratégia! — disse Sun, — String Shot! — Ele gritou, fazendo com que Grubbin disparasse um jato de fios de seda, que envolveram o corpo de Bagon tão rápido quanto sua aparição.
— Este Bagon é um tanto quanto grande! — disse Sun, enquanto o dragão tentava se desafazer das cordas que prendiam seus braços e pernas — Confere, Rotom?
— Bagon. Altura Comum: 0,6m.
— Este deve ter uns dois metros! — disse Moon, já mais calma. — Mas o que ele está fazendo aqui?
Essa eu sabia:
— É a Ilha dos Dragões, ora! Pokémons dragões nascem, vivem e se desenvolvem aqui quase como os tipos normais e os insetos nas primeiras rotas!
— Não, mas o que ele faz aqui? Neste templo? — Pergunta Moon.
— Talvez seja uma espécie de guardião. Talvez simplesmente viva aqui. O fato é que não vamos perder para este pokémon! Eu vou capturá-lo!
— Sun! — Gritou Moon, no momento em que as cordas de Grubbin começaram a se render.
— De novo! — Sun bradou, e mais cordas envolveram o alvo.
— Eu não posso deixar essa oportunidade passar, posso? — Pergunta Sun. — Olha só para o tamanho dele! Deve ter o dobro, senão mais, dos Bagon normais. Será que todos os Dragões de Aniuea são assim?
— Basicamente. A Ilha é conhecida por sua variedade de dragões. Aqui, neste solo, eles são mais fortes, o que pode explicar este supercrescimento,
— Está vendo? Não podemos deixar essa passar! Grub, volte. Você foi muito bem!
Grubbin ficou feliz por ter sido chamado e retornou com uma expressão de dever cumprido para a pokébola. Sun então escolheu seu próximo pokémon...
— Pop! Quero me ajude com essa batalha! — disse ele, bastante animado com a possível captura. — Use o Pound!
Popplio energizou a pata e avançou em direção ao Bagon, que continuava tentando se desvencilhar das cordas.
Mas, ao perceber a aproximação de Popplio, Bagon abriu sua bocarra e dela brotou uma saraivada de fogo, que não só atingiu ao pokémon de água, como também fez com que as cordas do tipo inseto se desfizessem.
— Pop! — Sun correu até seu pokémon, que jazia ferido no chão, e o reergueu.
— Consegue continuar? — Perguntou.
Popplio fez que sim com a cabeça. Era um pokémon muito frívolo e trabalhador. Deu a entender que possuía uma enorme determinação e confiança em seu treinador, quase como se ele respeitasse Sun por suas habilidades em batalha, embora ele fosse tão iniciante quanto eu.
E lá vinha o Bagon, furioso, com mais um ataque. De sua pata direita, surgem três grandes garras de energia que se alongam em um brilho verde muito cintilante. Era Dragon Claw.
Bagon saltou com um estrondo, indo pra cima de Popplio tão rápido quanto um trem. E em instantes, retaliaria o pobre tipo água, se não fosse Sun entrar em ação.
— Hydro Pump!
Pop, o Popplio, abriu sua boca, mas não muito e pressurizou uma grande quantidade de água, que brotou super rápido, engolindo o corpo inteiro de Bagon em uma explosão hidráulica, o que impediu o dragão de acertar suas garras do tipo dragão.
— Isso! — Comemorou Sun. Mas por pouco tempo. Bagon já estava de pé novamente, e lá vinha um Dragon Breath.
A rajada de energia dragonesa que era expelida pela boca de Bagon era tão vasta e tão poderosa quanto a bomba de água de Popplio. E tinha um poder tão destrutivo quanto, pois logo ao ser projetada, explodiu intensamente, causando danos em Popplio e também à construção antiga.
— Rotom, mais alguma informação? — Perguntou Sun, pegando a pokédex para ler as informações disponíveis sobre Bagon ele mesmo. — Ah, sim! Claro! Pop, Disarming Voice!
Popplio emitiu uma voz aguda que ecoou na forma de corações cor-de-rosa pelo templo, prendendo Bagon em meio ás rajadas sonoras, que lhe tiravam pontos de vida superefetivamente.
— Um ataque tipo fada! — Surpreendeu-se Moon. É claro. Pokémons do tipo Dragão são fracos aos do tipo Fada e o fato de Popplio ter um ataque como aqueles só ajudava. Mas não era só isso, pois Sun prosseguiu com uma tática diferente:
— Agora! Use o Pound novamente, mas mire no pescoço!
— No pescoço? Por que no pescoço? — Perguntou Moon, enquanto Bagon já vinha com mais um ataque: um Fire Fang, e dos poderosos!
— Popplio, esquive e acerte!
Bagon avançou pra cima de Popplio, mas o tipo água rolou pelo chão de lado, e escapou das presas do dragão. Agora Popplio se encontrava nas costas de Bagon, pronto para acertar seu tapa cruel no pescoço de Bagon. E acertou.
Com um baque, Bagon caiu de cara em uma pilha de pedras, nocauteado.
Black jogou uma pokébola comum, e a mesma se fechou em torno de Bagon, capturando-o em instantes.
— Por que no pescoço? — Perguntei, reforçando a curiosidade de Moon.
— A Cabeça de um Bagon é tão dura quanto metal. Para mantê-la "de pé", os músculos de seus pescoços se desenvolveram (e muito). Porém, músculo é carne, e se eles estiverem lesionados, a cabeça de Bagon não pode se manter.
— Caramba! Isso é muito inteligente de sua parte! — Exclamei, por fim percebendo que já não havia mais aquele clima tenso entre a gente.
— E agora? O que vamos fazer? — Pergunta Moon.
— Vamos explorar mais um pouco e voltar para o barco. — disse Sun — Ah, e só para constar, o nome dele vai ser Headhunter.
~Moon
A única coisa que vi de atraente naquele lugar era um brilho azul que vinha do final do corredor. Eu estava sozinha. Havíamos nos separado para procurar o que quer que estivéssemos procurando, quando esse brilho me atraiu. De longe, avistei o que emitia aquela luz. Era uma pedra em formato de losango, exatamente como a Mysterious Stone que Drad deu para Black, só que esta era de um azul tão intenso que parecia ser uma safira lapidada.
Corri para apanhá-la, quando de repente, o chão se desfez sob meus pés e caí em um alçapão que provavelmente se abriu por causa das pisadas firmes e fortes do Bagon.
— Ai... — Resmunguei, toda dolorida. Caí sentada na pedra fria, úmida e dura. Havia um túnel secreto por baixo daquele corredor e era extremamente escuro. — GENTE! — Gritei. — ME AJUDEM!
— Moon? — Perguntou Jesse. — Onde você está?
— AQUI EMBAIXO! CAÍ EM UM ALÇAPÃO!
Black colocou a cabeça na enorme cratera por onde caí.
— Vamos te tirar daí, ele disse. Aliás... Que pedra é essa? — Ele percebeu a safira azul brilhando intensamente no escuro.
— Essa pedra? Ah, é minha. — disse eu, pegando uma pokébola e libertando Bruce de dentro dela.
— Bruce, Psychic!
Os olhos do peixe brilharam em um tom muito azul, tão intenso quanto o da pedra, e o cristal flutuou, desencrostando da parede e indo pra baixo, pro alçapão, junto a mim.
— Obrigada, pode descansar! — E coloquei Bruxish de volta na pokébola.
Jesse me olhou através do buraco no "teto" e tive a sensação de que ele queria cortar os próprios pulsos. Coitado, ele não merecia ficar entre mim e Black.
A luz da pedra no andar de baixo era suficiente para iluminar toda a extensão do túnel. As paredes possuíam antigas escritas e aparentemente, no fim do extenso corredor, havia uma passagem que dava para uma caverna marinha.
Dei uma olhada pela parede... Junto das escritas em Unown, havia muita história. A Origem da Mega Evolução. Os desenhos eram simples, mas bem claros. Deu pra vislumbrar a Ultimate Weapon, uma arma usada para acabar uma guerra há 3000 anos atrás. A energia nuclear liberada pela arma se fragmentou e formou milhares de pedras com um potencial incrível. Em contato com pokémons determinados, essas pedras irradiavam uma energia inigualável e transformava seus corpos, deixando-os mais poderosos.
Mas os desenhos pareciam incompletos, pois a história da Mega Evolução parava por aí, e de repente, o assunto era outro. A região de Almia. Havia um mapa que eu reconheci ser de lá. Os desenhos contavam a história de algumas pessoas vestindo preto e roxo. E um símbolo estranho, uma espiral com chifres púrpuros. Eu já tinha visto aquele símbolo em algum lugar, mas não lembrava onde...
As pessoas de preto queriam controlar os pokémon. Havia um exército de pokémons desenhados, todos sob o controle de um cajado mágico, com o símbolo da Mega Evolução entalhado na madeira. Muitos pokémon mega evoluíam de uma só vez e ficavam malignos sob o poder do homem que empunhava o cetro.
E de repente, o assunto mudava novamente. Havia desenhos de antigos guerreiros de Alola, os 4 guardiões das Ilhas Maiores. Reconheci a figura de Tapu Koko, estampada por toda a Ilha Melemele. O homem com o cajado controlava os quatro guardiões para obter um novo poder.
Mais à frente, tinha os lendários Solgaleo e Lunala, irradiando muita luz de seus corpos. Eles também possuíam algum tipo de poder oculto.
Dei uma olhada pela parede... Junto das escritas em Unown, havia muita história. A Origem da Mega Evolução. Os desenhos eram simples, mas bem claros. Deu pra vislumbrar a Ultimate Weapon, uma arma usada para acabar uma guerra há 3000 anos atrás. A energia nuclear liberada pela arma se fragmentou e formou milhares de pedras com um potencial incrível. Em contato com pokémons determinados, essas pedras irradiavam uma energia inigualável e transformava seus corpos, deixando-os mais poderosos.
Mas os desenhos pareciam incompletos, pois a história da Mega Evolução parava por aí, e de repente, o assunto era outro. A região de Almia. Havia um mapa que eu reconheci ser de lá. Os desenhos contavam a história de algumas pessoas vestindo preto e roxo. E um símbolo estranho, uma espiral com chifres púrpuros. Eu já tinha visto aquele símbolo em algum lugar, mas não lembrava onde...
As pessoas de preto queriam controlar os pokémon. Havia um exército de pokémons desenhados, todos sob o controle de um cajado mágico, com o símbolo da Mega Evolução entalhado na madeira. Muitos pokémon mega evoluíam de uma só vez e ficavam malignos sob o poder do homem que empunhava o cetro.
E de repente, o assunto mudava novamente. Havia desenhos de antigos guerreiros de Alola, os 4 guardiões das Ilhas Maiores. Reconheci a figura de Tapu Koko, estampada por toda a Ilha Melemele. O homem com o cajado controlava os quatro guardiões para obter um novo poder.
Mais à frente, tinha os lendários Solgaleo e Lunala, irradiando muita luz de seus corpos. Eles também possuíam algum tipo de poder oculto.
Mas, logo abaixo deles, havia um exército de humanos, todos curvados, nus, reverenciando-os. Havia imagens de sacrifícios de sangue. As pessoas faziam tudo pelos deuses. E em troca, o que eles faziam? Havia uma imagem de plantas mortas, que deduzi que fosse a seca. E os lendários lutando entre si, enquanto as pessoas morriam.
E então os desenhos acabavam, sem mais nem menos, sem pé nem cabeça. Ouvi Black e Jesse descendo pela cratera logo atrás de mim, mas segui em frente, sem esperar por eles.— Caramba!
A água era muito limpa ali, e brilhava em um tom ciano, que parecia reagir com a luz da pedra.
— É lindo! — Exclamei. De fato, a caverna era realmente muito bonita por dentro. havia algumas ondas bem pouquinhas e o fundo era bastante raso e visível. E o que era menos visível estava a poucos metros de distância. Havia alguma coisa na água que eu não conseguia identificar o que era.
Curiosa, tirei os sapatos e entrei na água, que era fria pra caramba, contrastando com o calor que era dentro da caverna.
— Calma, lá, calma lá...
Aproximei-me pé por pé, com medo de tropeçar em alguma coisa ou atrair a atenção de algum pokémon aquático que por ali vivesse, mas nada aconteceu. Agachei-me e juntei uma caixa muito, muito antiga. Estava aberta e vazia, mas algo me dizia que não era só isso. A pedra em minha mão brilhava cada vez mais, como se quisesse que aquela caixa me encontrasse e que eu encontrasse aquela caixa.
Juntei a caixa e saí da água, o tom cintilante desaparecendo tanto do cristal quanto da água, e a caverna voltou a escurecer, ficando apenas o barulho do mar, as pedras batendo e lentamente lapidando nas rochas às minhas costas.
— Ei! O que é isso? — Consegui vislumbrar uma parte da caixa que estava descascada no meio do lusco-fusco. Puxei esta pequena parte, causando um desdobramento que revelou um fundo falso. Ali encontravam-se fixas duas pedrinhas muito pequenas, perfeitamente redondas, como bolas de gude. Elas eram iguais e emanavam a mesma energia misteriosa que saía do cristal de safira.
— Isso é... Não, não pode ser! São Key Stones! — disse eu, pensando em voz alta, surpresa. Em toda a minha vida, nunca achei que fosse capaz de encontrar um item tão valioso e raro quanto uma Key Stone, a pedra-chave para se alcançar a Mega Evolução, uma nova forma de evoluir os pokémon durante as batalhas, descoberta na região de Kalos.
Hoje em dia, a presença das Key Stones já se tornou algo mais comum, mas não na região de Unova. E tinha duas: uma para mim e uma para Black.
— MOON!
Black gritou às minhas costas. Desgrudei uma das pedrinhas do fundo falso da caixa e entreguei a ele.
— Guarde. — Disse, com a voz seca.
~ Jesse
Já estávamos do lado de fora das ruínas. O ar aqui era mais fresquinho por causa da brisa marítima, mas o sol castigava. Ainda era de tarde e tínhamos muito tempo pela frente. Mas tínhamos que voltar ao barco para que pudéssemos partir para uma nova ilha. De repente, algo me chama a atenção, como se alguém estivesse nos observando. E então, sinto um perfume tão suave que parecia a junção de mil pétalas de rosa. Uma voz abafada e turbulenta, mas doce e calma parecia chamar meu nome... Jesse, Jesse! Venha, Jesse!
— Ei! Estão ouvindo isso? — Perguntei, já procurando a origem de todas aquelas prazerosas sensações.
— Você está ouvindo muitas coisas hoje, Jesse! — Disse Moon.
— Não, eu também ouço! — Concordou Sun.
Começou com um leve ritmo, como se fosse flauta doce ou algum instrumento assim tocando bem baixinho, bem distante. Depois foi ficando mais alto e mais intenso, e quando percebi, já estava com os pés nas água, indo atrás do som.
— RAPAZES! — Moon me puxou, mas a atirei na água, me desvencilhando. Sun estava ao meu lado. Queríamos chegar à origem daquele som. — PAREM!!
— É tão... Lindo... — Não sei como as palavras saíram de minha boca, mas saíram. O canto era tão doce, tão suave, tão formoso, tão feminino... Era simplesmente lindo. Uma voz de soprano.
— BLACK! BLACK! — Gritava Moon desesperada, mas nós não estávamos nem aí. A água já estava acima dos joelhos. E a partir desse momento, tudo o que eu conseguia pensar era na bela moça que nos esperava debaixo do oceano...
A água já estava pelo cotovelo, e Black continuava caminhando em direção ao fundo do mar... Eu tinha que fazer alguma coisa, mas o que?
— BLACK!
Puxei o braço de Black, mas ele era forte. Foi arrastando para o fundo do mar, junto à Jesse e ao que eu deduzi que fosse o canto da sereia. Aos meus ouvidos, nada chegara.
— Hamlet, precisamos de você! Vai!
Mas antes que eu pudesse jogar a pokébola ao alto e chamar Rowlet para conter os meninos à força, lembrei-me de que ele também era macho. E Gas (Haunter) e Bruce (Bruxish) e Bill (Psyduck). Todos os meus pokémon eram machos. Me desesperei. O que eu faria?
De repente, uma cauda ictíaca brotou pra fora d'água. Era azul e repleta de escamas písceas, com a largura igual ao comprimento de um braço. Em instantes, a cauda desapareceu no oceano, e tanto Black quanto Jesse ficaram fissurados. Tentaram correr, mas a água era pesada e difícil de ser movida. Limitaram-se à caminhar mais rápido, empregando mais força nas coxas e a cada passo que davam, mais sem saída a situação parecia ficar.
Puxei Jesse pelos cabelos com a mão esquerda e Black pela cola da camiseta com a direita. Mas não adiantou. Eles cambalearam e se soltaram, fissurados por alguma coisa dentro do mar que eu não conseguia ver, sentir ou sequer imaginar.
Naquele momento de angústia e aflição, pensei no quão erradas estavam as pessoas lá do barco que discutiram, defendendo a inexistência das sereias. E foi então que Black e Jesse submergiram. Gritei por ajuda. Até mesmo peguei minhas pokébolas, mas então uma enorme estrondo atingiu a costa e a água explodiu para cima, Jesse e Black finalmente acordando do transe.
Era Popplio, que se libertara de sua própria pokébola em tempo hábil para utilizar o Disarming Voice e parar aquela catástrofe.
As ondas de som amplificadas de Popplio pareciam não ter fim, se espalhavam com incrível velocidade pelo mar, e o que quer que estivesse acontecendo, parou. Black ficou me olhando estranho, como se não soubesse como havia ido parar ali, com a água batendo no queixo. Talvez fosse por isso que o golpe se chamava Disarming Voice, ou seja, a voz que desarma. E se não fosse por isso, eles estariam fritos. Ou melhor, afogados.
Fiquei me perguntando... Será que Popplio era fêmea? Acho que não. Mas isso quer dizer que ele é imune à voz da sereia? Era uma questão para discutir mais tarde. Agora o que precisávamos fazer era sair daquela água e nos aquecermos de novo.
— Não façam mais isso. Por favor. — disse eu, por fim, suspirando de alívio ao mesmo tempo em que uma vontade enorme de cortar a garganta de Black me passou pela cabeça.
O que quer que tivesse acontecido, era culpa minha. Eu pensei que eles poderiam se dar bem, eram inteligentes, Todos eles. Pensei que eram como eu fui em minha adolescência. Como quando eu era em meus tempos de treinador. Mas algo estava errado. Eles não chagavam nunca e a noite estava cada vez mais próxima, o que significava que outro fenômeno extraordinário estava prestes a acontecer... A Dança... Dos Dragões.
~Moon
— BLACK! BLACK!A água já estava pelo cotovelo, e Black continuava caminhando em direção ao fundo do mar... Eu tinha que fazer alguma coisa, mas o que?
— BLACK!
Puxei o braço de Black, mas ele era forte. Foi arrastando para o fundo do mar, junto à Jesse e ao que eu deduzi que fosse o canto da sereia. Aos meus ouvidos, nada chegara.
— Hamlet, precisamos de você! Vai!
Mas antes que eu pudesse jogar a pokébola ao alto e chamar Rowlet para conter os meninos à força, lembrei-me de que ele também era macho. E Gas (Haunter) e Bruce (Bruxish) e Bill (Psyduck). Todos os meus pokémon eram machos. Me desesperei. O que eu faria?
De repente, uma cauda ictíaca brotou pra fora d'água. Era azul e repleta de escamas písceas, com a largura igual ao comprimento de um braço. Em instantes, a cauda desapareceu no oceano, e tanto Black quanto Jesse ficaram fissurados. Tentaram correr, mas a água era pesada e difícil de ser movida. Limitaram-se à caminhar mais rápido, empregando mais força nas coxas e a cada passo que davam, mais sem saída a situação parecia ficar.
Puxei Jesse pelos cabelos com a mão esquerda e Black pela cola da camiseta com a direita. Mas não adiantou. Eles cambalearam e se soltaram, fissurados por alguma coisa dentro do mar que eu não conseguia ver, sentir ou sequer imaginar.
Naquele momento de angústia e aflição, pensei no quão erradas estavam as pessoas lá do barco que discutiram, defendendo a inexistência das sereias. E foi então que Black e Jesse submergiram. Gritei por ajuda. Até mesmo peguei minhas pokébolas, mas então uma enorme estrondo atingiu a costa e a água explodiu para cima, Jesse e Black finalmente acordando do transe.
Era Popplio, que se libertara de sua própria pokébola em tempo hábil para utilizar o Disarming Voice e parar aquela catástrofe.
As ondas de som amplificadas de Popplio pareciam não ter fim, se espalhavam com incrível velocidade pelo mar, e o que quer que estivesse acontecendo, parou. Black ficou me olhando estranho, como se não soubesse como havia ido parar ali, com a água batendo no queixo. Talvez fosse por isso que o golpe se chamava Disarming Voice, ou seja, a voz que desarma. E se não fosse por isso, eles estariam fritos. Ou melhor, afogados.
Fiquei me perguntando... Será que Popplio era fêmea? Acho que não. Mas isso quer dizer que ele é imune à voz da sereia? Era uma questão para discutir mais tarde. Agora o que precisávamos fazer era sair daquela água e nos aquecermos de novo.
— Não façam mais isso. Por favor. — disse eu, por fim, suspirando de alívio ao mesmo tempo em que uma vontade enorme de cortar a garganta de Black me passou pela cabeça.
~Drad
O horário havia chegado. Estavam todos reunidos no barco, esperando para partirmos à pousada na cidade, mas os três não voltavam nunca de sua expedição. E aquilo era minha culpa. No que eu os tinha metido afinal? Quando os enviei lá, achei que encontrariam respostas para que o precisavam. O céu já estava respondendo ao chamado da noite, e a cor de tudo era laranja: a água, as nuvens, o infinito. O dia estava chegando ao fim e eles ainda não haviam voltado.O que quer que tivesse acontecido, era culpa minha. Eu pensei que eles poderiam se dar bem, eram inteligentes, Todos eles. Pensei que eram como eu fui em minha adolescência. Como quando eu era em meus tempos de treinador. Mas algo estava errado. Eles não chagavam nunca e a noite estava cada vez mais próxima, o que significava que outro fenômeno extraordinário estava prestes a acontecer... A Dança... Dos Dragões.
Continua...
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