Paralelas Sol & Lua #02

Eu fui uma criança feliz, inteligente e saudável até os 12 anos, quando eu descobrir ter leucemia. Minha história poderia ter acabado aí. Mas então qual seria a graça? Devo admitir que eu achei que minha vida realmente iria acabar naquela noite, no quarto 113 do Centro de Tratamento Cancerígeno. Com meu pai segurando minha mão esquerda e a médica, do outro lado, falando diversas coisas em termos técnicos sobre meu estado de saúde e o tratamento.
"Acumulo de..." , "Os glóbulos vermelhos e brancos", "a doença progride..." ,"Se não for tratada logo..." , "morte".
Eu havia estudado sobre o sistema sanguíneo, sabia dos diversos tipos de câncer e sabia qual era o destino final de boa parte dos pacientes. Mas até então era tudo apenas palavras num livro ou numa pagina de internet. Agora era a mais pura verdade.
Segurei a mão do meu pai mais forte e não chorei, não iria dar aquele prazer. A morte estava chegando e meus sonhos iriam morrer comigo.

A porta do quarto se abriu e uma mulher entrou. Ela não era enfermeira, tampouco médica. Nem alguém da minha família. Porém eu reconhecia seu rosto e estranhava o fato dela estar ali. A líder de GYM com pouco mais de 30 anos usava uma saia longa, azul e uma blusa regata verde. Ela se sentou na cadeira ao meu lado, onde meu pai costumava passar boa parte do dia, mas que estava vazia no momento. Ela me lançou um sorriso e perguntou:
- Como você está hoje?
- Bem, tirando o fato de eu estar com anemia, careca e morrendo. - Digo, o mais ríspida que posso. Meu pai havia dado a melhor educação possível e eu sabia que tinha que respeitar os mais velhos e não devia ser ignorante. Mas poxa! O que aquela mulher tava achando? Fechei a cara e voltei a falar: O que você quer aqui?
- Me desculpe. - A mulher não parecia ter se abalado com minha resposta. A maioria das pessoas fechava a cara e não enrolava muito mais, fazia mais uma ou duas perguntas e saia sem graça do quarto. Entretanto, essa era diferente. - Eu não devia ter sido tão indelicada. A maioria das pessoas devem fazer a mesma coisa e depois não entendem porque receberam palavras duras como essas.
- Exatamente! - falei rapidamente, sem conseguir me conter. A mulher havia falado exatamente o que eu sentia. Resolvi dar uma chance a ela, mas não iria facilitar só por ela ter falado o que eu queria ouvir. - Afinal, o que você quer?
- Você é direta, hein. - Lady Caitlin volta a sorrir.
- Sem enrolação. - Volto a fechar a cara e só resta a mulher continuar a falar.
- Eu quero lhe ajudar.
- Se nem os médicos conseguem mais me ajudar, o que você pode fazer? - Era a verdade. A leucemia havia sido descoberta a 6 meses no meu organismo e de lá pra cá minha situação pouco havia melhorado. Na verdade acabou piorando. O tratamento com quimioterapia havia apenas feito eu perder meus cachos e me deixado careca, além de me deixar enjoada e com mal estar. A doença progredia e se não houvesse mudança, em poucos meses eu morreria.
- Há certas coisas que estão fora do alcance dos médicos. - Ela afirma. Estreito os olhos e observo bem seu rosto. Olhos escuros, cabelos castanhos, o nariz e a boca combinavam com o formato do rosto. Ela era linda, além de ser uma incrível treinadora. E julgando pelo seu par de brincos, possuía uma boa condição financeira. - Você sabe do que estou falando?
É claro que eu sabia. Havia outro tipo tratamento, um mais caro e experimental. Envolvia Pokémons e mesmo ainda estando em fase de testes, os resultados eram positivos em 90% dos casos.
- Sei, mas não podemos pagar por ele. - Digo, melancólica. Os médicos já haviam nos informado sobre essa opção alternativa e eu havia sido burra em me dar falsas esperanças. Nós nunca fomos ricos, mas tínhamos uma boa condição e vivíamos bem. Porém todo o dinheiro havia sido gastado no meu tratamento e naquele hospital. Meu pai era só e não tinha como trabalhar e cuidar de mim ao mesmo tempo.
- Mas eu posso. - Informa a líder de GYM. Arregalo os olhos. Ela disse que podia. Se fosse verdade eu poderia me curar, poderia melhorar. Voltaria a ter uma vida melhor, meu pai voltaria para o trabalho e eu para a escola. E quando eu concluísse o ensino eu iria poder sair em uma jornada.
Entretanto, só poderia ser mentira. Porque uma mulher que nem me conhecia iria me ajudar? Eu sabia como o mundo funcionava e como eram as pessoas desse mundo, todas egoístas.
- Sua mentirosa! - Falo, entredentes. Minha simpatia com a mulher havia sumido da mesma forma que havia surgido.
- Não sou. Estou falando a verdade. Eu posso lhe ajudar! - A rosto de Lady Caitlin se retraí, como se tivesse sido ofendida. Percebo que seu tom de voz mudou.
- As pessoas são egoístas, só ajudam outras pessoas por dois motivos. - Faço uma pausa e olho bem para a mulher, mas seu rosto continua sincero. - Ou elas querem se tornar bem vistas pela sociedade ou querem alguma coisa das pessoas que estão ajudando. - Afirmo, com convicção. Eu poderia ter apenas 12 anos, quase 13, mas sabia das coisas. - Você já é bem vista, não ganhou o título de Lady a toa. Então só sobra a segunda opção. Mas não vejo o que posso lhe oferecer.
Pela primeira vez a mulher sorri verdadeiramente e consigo enxergar sua real faceta.
- Das meninas da sua idade, você é a mais inteligente que já conheci! - Fala Caitlin, sem truques na voz ou sorrisos simpáticos.
- Então é isso que você quer.
- É uma troca justa. - Dispara ela, sem rodeios. - Você me ajuda com essa mente afiada e lhe ajudo a não morrer.
Me espanto com a sinceridade com que ela fala. Eu estava acostumada com dois tipos de pessoas depois que descobri ter leucemia. As que tinham pena de mim e evitavam falar comigo com sinceridade e as medrosas, que achavam que se me magoassem iria ser um pecado, já que eu estava prestes a morrer. Mas Lady Caitlin não. E isso me fascinava.
- Eu aceito!

- Eu sabia que você faria a escolha certa. – Ela sorri.

- Então, o que eu terei que fazer? – Pergunto, curiosa.

- Por enquanto apenas descanse. – Ela se levanta e olha para o relógio na parede – Quando você estiver em condições de ficar em pé por mais de 30 minutos, eu voltarei.

Fico vermelha, nos últimos dias eu ficava apenas na cama, toda vez que tentava ficar em pé minhas pernas falhavam.

- Eu ainda não entendi o que você vai ganhar comigo. – Digo, Lady Caitlin era uma mulher inteligente, independente e tinha seu GYM, tudo que eu queria ser.

- Entendeu sim – Ela se aproxima de mim e ficamos cara a cara – Eu quero que você seja minha sucessora.

***

 Eu poderia dizer que era uma outra garota um mês depois. O tratamento com Chanseys, Audinos e outros Pokémon agiu extremamente rápido. Minha pele morena voltou a ganhar cor, eu comecei a me alimentar melhor e já tinha engordado mais. Até os enjoos e tonturas haviam passado e o melhor, nada de quimioterapia. Meus cabelos voltariam a crescer em paz, além de eu voltar a viver em uma casa de verdade.
A reação do meu pai não me surpreendeu. Ele era um tanto ingênuo e estava desiludido, então quanto anunciei que Lady Caitlin iria pagar meu novo tratamento ele nem questionou. Apenas assinou os papeis e ficou abraçado comigo, chorando.
Ele podia não admitir, mas eu sabia que ele tinha medo que eu morresse. Eu era a única família que havia sobrado e ele faria de tudo para não me perder.
Lady Caitlin não retornou durante quatro semanas, que me pareceu um mês. Eu estava ansiosa com sua volta e todas as noites imaginava o que ela iria me ensinar, o que eu iria ser capaz de fazer. Ela era uma líder de GYM formidável e meu novo objetivo era se tornar tão boa quanto ela.
A mulher surgiu pelo corredor do hospital enquanto eu andava sem fazer nada pelo prédio. O medico havia recomendado que eu começasse a caminhar, já que havia passado muito tempo na cama. No começo foi dolorido e cansativo, mas hoje já era bem mais fácil.
Eu estava quase conseguindo correr.
- Vejo uma melhora significativa. - Foi o que ela disse quando chegou próximo o suficiente. - Está pronta para dar uma volta?
- Sair do hospital? - Pergunto, mal podendo esperar. Eu queria sair daquele lugar desde a semana passada, quando eu tinha recuperado a força das minhas pernas e conseguia ir a qualquer lugar sozinha. Porém os médicos ainda não tinham me dado alta. - Vamos para onde?
- Você precisa de algumas coisas, se quiser ser uma treinadora.
- Então eu vou capturar um Pokémon? - Meu primeiro Pokémon, aquilo era fantástico.
- Exato. Existe uma rota cheia de Pokémon aqui perto.
- Espere. - Digo, quando já havíamos atravessado mais da metade do corredor. - Eu tenho que avisar meu pai e os médicos.
- Você já uma garota crescida, quase uma mulher. Sua saúde só melhora. Precisa avisar o que? - Olho para a mulher, seu tom de voz é tão convincente, que toda minha duvida some.
- Tem razão, vamos!
Minutos depois chegamos a uma rota afastada da cidade. Na metade do caminho eu já estava exausta, mas não dei o braço a torcer. Não falei nada e continuei seguido Lady Caitlin. Eu tinha escutado o barulho de chaves em seu bolso, o que talvez significasse um carro, mas ela não havia mencionado nada disso quando saímos do hospital, então fiquei quieta. Talvez fosse um teste, para ver se eu estava realmente pronta.
- Eu irei lhe emprestar um dos meus Pokémon, o mais forte deles, Gumshoos - Disse a mulher quando paramos em meio a natureza. Havia varias arvores em redor e o mato batia e nossas canelas. Pela primeira vez agradeci por meus cabelos estarem raspados, eu estava suando demais e com meu antigo cabelo encaracolado só estaria pior. - Seus ataques são Crunch, Bide, Shadow Ball e Rock Smash. Essa rota possui Pokémon de diferentes tipos, então você pode escolher a vontade. Não tenha pressa.
Pressa era tudo que eu tinha. Peguei rapidamente a pokébola da mão da Senhora Hall e corri pela grama, procurando algum Pokémon.
Um doce aroma surgiu no ar e respirei profundamente. No mesmo instante relaxei e até deixei a afobação de lado, não estava mais com pressa. Só queria que o tempo diminuísse para eu curtir aquele momento. Caminho procurando a fonte do cheiro, quando sem querer piso em algo.
A coisa grita e da um pulo, se revelando um pequeno e fofo Pokémon.
- Fooooo! - Grita o Pokémon, agitando sem parar seus braços-folhas. Sua cabeça estava amassada, onde eu sem querer pisei.
- É um Fomantis. - Fala Lady Caitlin, sem interesse. - Podemos procurar outro.
- Não - Digo bem baixo. O Pokémon havia me encantado de uma forma que eu não sabia explicar. Ele seria meu. - Venha Gumshoos.
- Gum Gum! - Resmunga o bicho, que tinha a minha altura. Ele me olha, estranhando quem o chamava. Mas assim que vê sua treinadora, ele volta sua atenção ao adversário.
- Fomantissss! - Exclama o pequeno Pokémon do tipo grama, não temendo a luta.
Crunch, Bide, Shadow Ball ou Rock Smash? O que eu deveria fazer? Olho para Caitlin, mas ela observa silenciosamente.
Puxo em minha memoria tudo que eu sabia sobre batalhas. Todos os campeonatos que assisti, todos os guias e manuais que li. Havia sido muita coisa, mas agora parecia nada. Era isso que me faltava, experiência.
Mas para ganhar experiência era preciso lutar e eu iria começar agora!
- Shadow Ball nele!
Gumshoos cria uma esfera negra em frente a sua cabeça e manda contra Fomantis, que se esconde em meio a grama.
- Onde ele foi? - Pergunto, perdida. Então surge do meio da grama uma esfera parecida com a que Gumshoos mandou, só que esverdeada e brilhante.
A esfera bate na cara do Pokémon da Lady Caitlin, mas o Pokémon permanece parado, feito um totem. Mesmo assim, o Pokémon havia recebido dano e eu queria impressionar Caitlin Hall, não podia deixar seu Pokémon perder.
- Gumshoos use o... - Estava pronto para dizer Crunch, mas eu não sabia onde Fomantis se encontrava. O Pokémon estava invisível no meio daquele mar de grama. Nem o Rock Smash adiantaria, sobrava apenas o Shadow Ball e o...
É claro. Era perfeito.
- Gumshoos, apenas espere. - Digo, com uma enorme vontade de olhar para trás e ver a expressão da Lady Caitlin. Entretanto me concentro na batalha.
Não demora muito para a grama voltar a se mexer não muito longe da onde surgiu a Energy Ball antes. Porém dessa vez é um ataque diferente.
- Gumshoos use o Bide! -  Falo, antes da Razor Leaf atingir o corpo do meu Pokémon.
Gumshoos não se move quando as folhas afiadas machucam seu corpo. Ao invés disso, ele concentra o dano para preparar um poderoso ataque.
Fomantis para de se movimentar e fica observando Gumshoos, que mais parecia uma estatua. Ele não estava entendendo porque seu oponente não atacava. O Pokémon do tipo grama resolve continuar atacando, o que era exatamente o que eu queria.
Novamente Fomantis ataca com uma Energy Ball, a esfera atinge o corpo de Gumshoos novamente. Mas seria a ultima vez. O Bide estava carregado.
- Dispare Gumshoos!
Gumshoos dispara um raio branco que atinge o corpo de Fomantis e explode. Fumaça surge e quando abaixa, o corpo do meu adversário estava caído no chão.
Olho para trás e vejo que Caitlin sorria. Não me segurei e comecei a sorrir também.
- Tome essa pokébola e...
- Eu sei o que fazer. - Devolvo a esfera de Gumshoos e pego a outra, que logo teria um dono também.
Resolvo não fazer como nos filmes, onde os treinadores lançam as pokébolas. Eu era péssima de mira. Então me aproximo e toco a pokébola no corpo desmaiado de Fomantis. A bola se abre e engole o Pokémon. Ela nem balança. Eu tinha capturado meu primeiro Pokémon.

***

O tempo pareceu passar mais rápido depois do dia em que capturei Fomantis. Na volta recebi um pai e medico preocupados e tive que enfrentar sozinhos, já que Lady Caitlin já havia ido embora.
O tratamento continuou, meu cabelo continuou a crescer e meu laço com Fomantis só melhorou. O pequeno adorava dormir o dia todo em frente a janela, pegando sol. A noite eu cuidava dele, limpando suas folhas, lhe dando água e brincando com ele.
Caitlin voltou um mês depois e dessa vez eu avisei meu pai que iria sair. Ela me levou para passear e tivemos nossa primeira batalha.
- Que Meowth estranho. - Falo, ao ver o Pokémon. Ele me era familiar, já tinha visto diversos Meowth. Eles estavam em praticamente todo lugar, selvagens ou domésticos, porém não naquela coloração.
- Ele não é de Alola, eu trouxe ele de outro região. - Diz Caitlin, olhando fixamente para o chão. Ela parecia perdida em pensamentos.
- Outra região?
- Almia. Eu vim de lá e trouxe esse Meowth. - Ela se agacha e acaricia a cabeça do felino. Aquilo havia sido uma grande surpresa. Caitlin parecia uma típica aloniana, ninguém poderia discordar. Sua pele bronzeada, suas roupas, até seu sotaque.
Naquele dia eu perdi. Assim como o dia seguinte e a semana que se seguiu. Todos os dias Caitlin ia me visitar e batalhávamos. Foi apenas na segunda semana que eu ganhei pela primeira vez de Meowth, no dia seguinte ela usou um Eevee e eu perdi. 3 dias depois eu venci, então ela passou a usar o Gumshoos. 10 dias depois dela passar a usar seu mais poderoso Pokémon, foi que Fomantis evoluiu.
- Você evolui para um Lurantis! - Grito, correndo para abraçar meu Pokémon, que agora tinha o triplo do tamanho. Levou ainda dois dias para vencermos Gumshoos.
- Parabéns, Hérmia. Você está pronta. - Ela diz, se aproximando e me entregando um pequeno objeto. Era uma insígnia. Mas não qualquer uma, era a insígnia do Sol Negro, que representava o GYM de Caitlin. - Você deu o primeiro passo para se tornar uma grande treinadora e está pronta.
- Estou!? - Quase grito, de animação. Meses atrás eu estava numa cama, achando que iria morrer. Hoje eu estava ali, sem qualquer dor ou enjoo, meu cabelos já estavam grande e começavam a forma um afro de respeito e ainda por cima tinha um poderoso Pokémon. - Pronta pra que? - Pergunto, depois de perceber as palavras de Caitlin.
- Para lutar!

***

- As regras de uma Battle Royal são simples, lute e vença simples. - Estávamos almoçando na pequena cozinha que havia no GYM de Caitlin. Junto conosco estava Kilgry, zelador do local. Ele e Lady Caitlin já haviam me mostrado todo o GYM e agora estávamos comendo, para mais tarde acontecer o grande evento. -  O diferencial da Battle Royal é que ele não se resume apenas a ataques e ataques consecutivos. Você precisa prestar atenção no ponto fraco dos oponentes, se aliar a algum no momento certo e trai-lo no movimento seguinte. É assim que se vence.
A mulher bebeu o suco de vinho e passou a me olhar. Ela já me conhecia muito bem e sabia que minha cabeça pensava sem parar. Não bastava ser apenas um bom treinador, você tinha que ser um bom ator também. Não se podia ter escrúpulos durante uma batalha dessa. Nada de pena, compaixão ou moralidade. Uma hora você se juntava ao oponente para massacrar outro adversário e em seguida você já o atacava pelas costas.
- Entendi, eu irei atacar com tudo, sem piedade. - Digo, seria. Aquele era meu teste final. Eu só precisava vencer a Battle Royal e eu ganharia...Na verdade eu não ganharia nada. Eu já tinha ganhado minha saúde, meu Pokémon. Agora quem ganharia era Caitlin, o que exatamente, eu não sabia, mas não iria decepciona-la.
- Assim que se fala. - Ela coloca o óculos e se levanta. Olho novamente para a marca em um dos dedos da sua mão esquerda. - Tenho que dar uma saída, mas voltarei antes de todos os competidores chegaram. Enquanto isso vai se preparando.
Ela se levantou e saiu. Acabei de comer e levei meu prato até a pia. Kilgry lavava a louça, desengonçado. O homem era grande e forte e era até ridículo vê-lo daquele jeito. Ele certamente não tinha nenhuma habilidade em lavar louças.
- Cuidado. - Falei, pegando um prato que quase caia da mão ensaboada do homem. - Acho que lavar louça não é sua praia.
Ele riu e falou:
- Minha praia é bem longe daqui. - Ele tinha falado pouco até então e pela primeira vez consegui reparar no sotaque em sua voz.
- Então porque está aqui? - Digo, fingindo que estava perguntando só por perguntar. Mas na verdade estava super curiosa. Kilgry parecia conhecer Lady Caitlin e eu tinha um milhão de perguntas sobre ela, porque saiu de Almia? Ela já foi casada? O que queria de mim.
- Ela. - Ele aponta com a cabeça para a porta por onde Cailtin saiu, já que suas mãos estavam ocupadas enxaguando um copo.
- Então vocês se conhecem desde Almia? - Pego uma toalha e começo a secar a louça. Kilgry me olha, antes de sorrir.
- Você é uma garota muito curiosa. - Ele balança as mãos e me molha, eu reclamo, mas ele apenas sorri. - Olha, eu gosto de você, Hérmia, mas chega de perguntas.
Ele pega a toalha e seca as mãos e saí da cozinha.
Quando acabo de secar a louça fico andando pelos corredores vazios, nervosa. Uma vez eu tinha lido que os GYM eram as casas dos Líderes, mas o de Caitlin não trazia nada que lembrasse um lar. Nada de fotos, objetos decorativos ou algo que expressasse seus gostos e crenças.
Cansada de ficar em pé já, vou para a arena, onde espero meus oponentes chegarem.
Os primeiros que chegam é um velho, vestido terno e usando um óculos de apenas uma lente. Ele acompanhava um jovem loiro de olhos azuis. O garoto observou a arena e se aproximou da arquibancada. Olhou com desprezo para os bancos e permaneceu em pé.
Os segundos a chegaram foi outra dupla, composta certamente por duas irmãos. As duas tinham cabelos e olhos azuis. A pequena não devia ter mais de 10 anos, então minha oponente seria a irmã mais velha. Ela brincava com a mais nova e parecia nervosa, estava agitada.
Cumprindo sua promessa, Caitlin chegou antes do ultimo competidor. Na verdade com o ultimo. Junto dela vinha um jovem de pele morena, queimada pelo sol. Ele tinha olhos incrivelmente azuis, de um brilho encantador. Ele sorria e conversava com Caitlin, que surpreendentemente também sorria.
Observei o jovem atravessar a arena e não percebi quando Caitlin se aproximou.
- Já vamos começar. - Ela me avisa. Vejo que o garoto esnobe, a de cabelos azuis e o que tinha chegado com Caitlin estavam na arena.
- Certo. - Minha vontade era perguntar quem era o garoto de olhos verde esmeralda. Ele não devia ser muito mais velho que eu e parecia confortável ali. Em vez de pedir o nome dele, eu digo: - Quem são meus oponentes?
- O loiro que veio com aquele senhor é o Sebastian. - Caitlin fala sem olhar para eles, ela sabia disfarçar muito bem. Porém eu era péssima e fiquei encarando o garoto, que percebeu. Por sorte eu não ficava vermelha. - Ele não é muito bom, mas tem dinheiro, então usa isso a seu favor.
Sebastian, esnobe e rico. Deveria ter um trilhão de itens naqueles bolsos.
- A de cabelos azuis é Lana. Ela não tem muita experiência e gosta do tipo Water.
Lana, está nervosa e eu terei a vantagem, será fácil.
- E o que chegou contigo? - Não aguento e acabo perguntando. Caitlin me observa atentamente e demora para responder.
- Jesse, está batalhando por diversão. Ele usará um Togedemaru.
Antes que eu pudesse perguntar como ela sabia aquilo, Lady Caitlin saí e vai conversar com o senhor que acompanhava Sebastian. Ela conhecia todos ali, é claro, ela havia convidado para a Battle Royal. Mas ela tinha uma intimidade com Jesse e havia outra coisa também, uma semelhança.
- Atenção! Participantes, na arena. - Desço da arquibancada e me junto aos outros 3 treinadores. A Battle Royal ainda não era uma forma de batalha oficial, por isso ainda não havia juízes especializados ou arenas próprias. Entretanto ela estava ficando cada vez mais popular e era basicamente uma batalha normal, o que mudava era a quantidade de treinadores.
Eram 4 pessoas, lutando contra os outros 3 ao mesmo tempo e vencia o ultimo que sobrasse.
- Todos sabem as regras, não existe juiz e nada de trocas. Comecem! - Fala Caitlin e se afasta, se juntando ao senhor e a irmã mais nova de Lana na arquibancada.
- Salandit, destrua eles! - Diz Sebastian, chamando seu Pokémon.
Salandit, Poison e Fire. Esse seria um problema. Caitlin tinha dito que Lana usava Pokémon do tipo Water. Eu já planejava derrota-la rapidamente, mas ela seria útil, enfraquecendo Salandit.
- V-venha Pyukumuku! - Diz a garota de cabelos azuis.
O pequeno não parecia ser muito forte. Porém um bom golpe do tipo Water já ajudaria.
- Togedemaru vamos nessa!
Togedemaru, Electric e Steel. O Pokémon era simplesmente a coisa mais fofa que eu já tinha visto. Vendo um ao vivo pela primeira vez eu entendia porque centenas de pessoas acabavam se machucando. Era impossível não querer apertar o bicho, porém ele possui espinhos nas costas que eram perigosos.
Era minha vez.
- Vença, Lurantis!
Eu confiava plenamente em meu Pokémon. Com ele eu havia vencido todos os Pokémon de Caitlin e tinham uma ótima sintonia, além de uma estratégia avassaladora.
A batalha estava começando.  Na minha frente estava Sebastian e seu Salandit. A direita tinha Jesse com Togedemaru e a esquerda Lana e Pyukumuku.
- Salandit use o Flame Burst no Lurantis!
- Togedemaru use o Quick Attack no Salandit!
- Pyumuku use o Water Gun!
- Sunny Day!
As quatro vozes explodiram na arena e no meio da confusão de gritos, os Pokémon de cada treinador reconheceram seus donos e fizeram o que eles tinham mandado.
O lagarto cria uma bola de fogo e prepara para jogar contra o meu Lurantis. Porém não iria acertar, já que dois golpes vinham contra ele.
Togedemaru avançou rapidamente e acertou a lateral do corpo de Salandit, fazendo perder o equilíbrio e mandar a bola de fogo para longe de Lurantis. Porém isso também impediu que o Water Gun o atingisse em cheio. A rajada de água acabou acertando Salandit superficialmente e o roedor elétrico também acabou levando dano.
Enquanto os três outros Pokémon lutavam entre si, Lurantis ergueu seus braços e disparou um raio de suas antenas. O campo de batalha foi inundado por um brilho intenso e agora Lurantis estava pronto para atacar com tudo.
- Solar Beam! - Disparei e todos os 3 competidores olharam para mim, surpresos. Eles não esperavam um ataque direto tão rapidamente. Sem precisar carregar o golpe, Lurantis conjurou a força solar e trouxe um poderoso raio vindo dos céus.
O raio solar, acelerado pela efeito do Sunny Day chegou de surpresa e arrebatou os outros 3 Pokémon. A explosão criou uma cratera no meio da arena e quando a fumaça dispersou, um dos meus oponentes já havia sido derrotado.
- Pyu! - Lana gritou e correu agarrar o corpo do seu Pokémon.
- O Pokémon de Lana está derrotado, ela está desclassificada! - Gritou Caitlin da arquibancada. A garota saiu correndo e chorando do espaço, com a irmã mais nova gritando atrás dela.
- Você é boa. - Disse Jesse, me presenteando com um sorriso brilhante. - Agiu enquanto estávamos ocupados.
- Boa nada, você é uma trapaceira. - Disparou Sebastian, certamente com o orgulho ferido. Mesmo não sendo efetivo contra seu Pokémon, o Solar Beam era poderoso e tinha machucado um pouco. Fazendo jus a trapaceira que Sebastian achava que eu era, comandei Lurantis, enquanto o garoto terminava de me xingar.
- Lurantis use o X-Scissor!
- Ei, espere...
Lurantis levantou seus braços e os cruzou. Eles ganharam um brilho intenso e quando chegou perto suficiente de Salandit, ele apenas brandiu-os, como se fossem laminas.
O ataque jogou Salandit para trás, porém deixou Lurantis exposta aos ataques de Togedemaru.
- Thunderbolt!
O raios elétricos atingiram Lurantis, que gritou de dor. Enquanto isso, Sebastian aplicou uma Full Restore em Salandit. Agora a saúde do Pokémon estava completa, era como se ele nunca tivesse levado um dano.
- Use o Toxic! - Gritou Sebastian, com um sorriso no rosto.
Salandit soltou um liquido toxico do seu corpo que respingou em Lurantis e Togedemaru e deixou ambos envenenados.
- Togedemaru! - Gritou Jesse, ele olhava do seu Pokémon para Salandit, com uma cara de espanto. - Como assim?
- É a habilidade de Salandit. - Informo, Jesse não devia estar entendendo como seu Pokémon, do tipo Steel, e imune a envenenamentos, estava envenenado. - Se chama Corrosion e com ela Salandit pode envenenar até os tipo Steel e Poison.
Jesse range os dentes, enquanto Sebastian sorri. Ele achava que estava com a luta ganha, porém eu não ia desistir tão fácil.
- Jesse, vamos atacar juntos! - Falo e o garoto balança a cabeça. Era hora de se unir para derrotar um inimigo em comum. - Solar Beam!
- Gyro Ball!
Mesmo sofrendo do envenenamento, Lurantis consegue criar um raio de energia, mas fraco que anteriormente, mas mesmo assim poderoso e dispara contra Salandit, enquanto Togedemaru literalmente vira uma bola e vai contra seu oponente.
Salandit consegue evitar o raio, mas é atingindo por Togedemaru.
- Fire Fang nessa coisa! - Grita Sebastian, frustado por seu Pokémon ter levado dano.
Salandit aproveita que Togedemaru esta perto e dá uma poderosa mordida. Fogo se espalha pelo corpo de Togedemaru, que não aguenta e desmaia.
Porém, Salandit também se contorce de dor e reclama.
- Agora é a vez da habilidade do meu Pokémon. - Jesse sorri e Sebastian volta a resmungar. Togedemaru tinha Iron Barbs, isso queria dizer que quem usava ataques físicos contra ele iria sofrer danos, como foi o caso de Salandit.
- Jesse está eliminado, seu Pokémon foi derrotado. - Fala Caitlin, olhando para o garoto. - A batalha final será entre Salandit de Sebastian e Lurantis de Hérmia.
- Boa sorte. - Fala Jesse antes de sair da arena.
Esqueço os lindos olhos de Jesse e foco em Lurantis, quanto mais tempo passasse, mas Lurantis sofreria e perderia saúde, por conta de estar envenenado. Era preciso atacar com tudo.
- Lurantis use o Solar Blade! - Grito. Aquele era o ataque mais poderoso de Lurantis e minha única chance vitória.
Com o poder dos raios solares, Lurantis cria uma lâmina, com o mesmo brilho do Solar Beam. A enorme "espada" tem o triplo do tamanho de Lurantis e desce contra Salandit.
- Saí da frente. - Grita Sebastian e o Pokémon saí da frente do seu treinador, mas continua no caminho do ataque, que o atinge em cheio. Sebastian era um péssimo treinador, só estava ali ainda porque do seu dinheiro e da sorte. Por isso eu iria vencer.
- Solar Beam novamente! - Grito, Lurantis estava quase desmaiando e aquele poderia ser meu ultimo golpe. Eu esperava que o Gyro Ball e o Iron Barbs de Togedemaru tinham ferido Salandit o suficiente para o Solar Beam o derrotar!
Dessa vez o raio atinge Salandit e o joga contra a parede da arena.
-Salandit está derrotado. Hérmia e Lurantis vencem a Battle Royal! - Grita Caitlin, já na arena. - Parabéns garota.
Ela me abraça e sinto lágrimas em meus olhos. Eu havia vencido, eu tinha  ganho. Eu era uma vencedora.
- Parabéns Hérmia. - Escuto o senhor falar, me cumprimentando. - Meu nome é Juan, é uma prazer finalmente conhecê-la, Lady Caitlin me falou muito sobre você.
- Falou? - Pergunto, olhando para Caitlin, que dá um sorriso forçado para o senhor.
- Juan é um rico empresário, com filiais em diversas regiões. - Não sei o que aquilo tinha a ver comigo, mas fiquei quieta. Conhecia Caitlin suficientemente bem para não discutir com ela. - Venha Juan, temos negócios a tratar.
Os dois se afastam e eu fico sozinha na arena com Sebastian.
- Eu que tinha que vencer, não você. - Reclama Sebastian.
- Se você fosse um bom treinador, teria ganho. - Disparo e no momento seguinte sinto uma tontura.
- Sua vadia! - Ele grita e se aproxima de mim. Ele era muito maior e  mais forte. Começo a recuar e tropeço quando outra tontura me atinge. - É ai onde você tem que estar, no chão...
Não escuto mais nada. Eu vomito e tudo parece girar. Me lembro de quando isso aconteceu pela primeira vez, eu estava assustada e não sabia o que estava acontecendo. Hoje porém eu sabia, era a leucemia, ela tinha voltado.

***

Dois dias depois, já no hospital, eu esperava a chegada de Caitlin. Quando o médico falou que o tratamento estava perdendo efeito e a leucemia tinha voltado a atacar, eu não chorei. Não era mais uma garota medrosa e frágil. O câncer estava me matando, mas me deixando forte também. Lurantis passou aqueles dois dias ao meu lado, junto a meu pai.
Quando Lady Caitlin não veio me visitar no primeiro dia, eu achei que ela tinha desistido de mim, mas ela apareceu no segundo.
- Como está minha garota? - Perguntou ela. Meu pai havia sido alguns minutos mais cedo. Eu estava desconfiada que Caitlin não gostava dele, ela sempre aparecia quando ele não estava comigo. - Nem pude conversar contigo lá no Ginásio.
- Foi... - Digo, lembrando da tontura, do idiota do Sebastian e de tudo desaparecer.
- Quero te entregar algo. - Ela pega sua bolsa florida e tira um livro velho. Sua capa era de couro e tinha o símbolo do sol e da lua. - Este livro fala sobre muitas coisas sobre Alola. Quero que você o estude, aprenda, porque quando chegar a hora, você não irá lutar apenas contra treinadores e Pokémon comuns, sua luta será contra deuses.



Pokémon Sol & Lua Adventures – Escrito em Agosto de 2016 – A cópia, venda ou redistribuição desse material é totalmente proibida. Pokémon e todos os respectivos nomes aqui contidos pertencem à Nintendo.
Ao escrever a fanfic, os autores não estão recebendo absolutamente nada, ou seja, esta é uma produção artística sem absolutamente nenhum fim lucrativo. A fanfic foi projetada apenas como uma forma de diversão, de entretenimento e passatempo para outros fãs de Pokémon. ~
Capítulo escrito por Joka
A fanart acima foi encontrada na internet, NESTE Link.
Todos os créditos vão para os artistas.

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4 Comentários

  1. Bom... Pela primeira vez eu venho comentar Sol & Lua e não me arrependi! Pra ser mais exato, me apaixonei por este capítulo!

    *Que história fantástica (As paralelas são sempre mais interessantes);

    *Hérmia é uma personagem fabulosa em todos os aspectos. Muito bem desenvolvida, com uma personalidade fantástica e um enredo deslumbrante a envolvendo;

    *Batalhas incríveis e muito bem detalhadas;

    *Que garoto abusado! E por que estas coisas só acontecem quando todo mundo sai? Kkkk!

    *Estou super curioso para saber se ela vai ter algum envolvimento na trama principal junto a este livro;

    Enfim... Incrível paralela, realmente fascinante. Parabéns, Joka!


    Au Revoir!
    Edulipe! ;)

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    1. Edulipe, meu caro companheiro. Que bom relê-lo kkkk
      Serio que vc gostou tanto assim? Eu devo admitir que não gostei de escrever esse capítulo e acho os outros que escrevi para SL melhores (principalmente o 04, amo aquele capítulo).
      Sobre a questão do envolvimento na trama principal, vai ter coisa sim, mas exatamente no capitulo que vem. No 09 teremos mais sobre Hérmia e os bad guys!
      Vlw pelo comente e até mais ;)

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  2. Fala, Joka. Bem, neste capítulo eu tenho direito de comentar, não é? Afinal, quando você postou, eu nem tinha revisado ainda. Anyway, eu gostaria de deixar claro que este foi um ótimo capítulo. Finalmente pudemos entender o que se passa dentro do time da Caitlin e até tivemos uma maior aproximação dela, que até então só era tachada de vilã e tinha seus objetivos e tal, mas não sabíamos como ela estava agindo, nem seu lado "eu te salvo, se tu me fizer um favor em troca". Achei super relevante a parte em que você citou os pokémon dela e ainda pincelou que o Meowth dela não é dessa região, já ligando à história do misterioso 8º Kahuna, que vinha da região de Almia. Gostei bastante também do Battle Royal, que até então havia sido deixado de lado por causa da destruição de Alola (ao menos da minha parte - eu sei que você tinha esquecido dessa modalidade haha) e gostei bastante da aparição de Lana Banana, ainda que o pokémon dela Pykumuku (piolho-nu-ku) seja muito esquisito (e você já parou pra pensar que ele parece um dirigível?). Achei o fato de haver um tratamento com os pokémon, mas ser caro. Isso faz sentido, pois deve ser muito difícil treinar um Audino ou uma Chansey para tratar doenças em seres humanos. Mesmo que eles tenham ataques de recuperação de HP, isso deve ter um certo efeito nos pokémon, não quer dizer que tenha exatamente o mesmo efeito nas pessoas, não é mesmo? Não sei pq, embora Fomantis>Lurantis tenha se desenvolvido pouco, criei uma simpatia pelo bicho. Acho que o movimento X-Scissor faz todo o sentido, mas faria mais ainda se ele fosse tipo Inseto. Inseto e Fada. Pokémon Company, o que você tem na cabeça??? Gostei desse Sebastian (nome do meu falecido coelho :'( ). Só de a Hermia ter ficado com "nojo" dele, já pode ser um indicativo que a história dele não vai parar por aí. Ao contrário da Lana, que se limitou a fugir chorando com uma de suas irmãs mais novas. OPA! Toquei num detalhe importante: que bom que você usou a característica da personagem citada no site oficial de SUn & Moon. Eu realmente estou nessa vibe de fazer tudo baseado nas informações oficiais. Só achei as regras do Battle Royal meio "descomplicadas". Na real, é bem mais do que simplesmente "vencer" e deu. Eu teria usado mais imagens, mas sei que você é econômico nisso. Enfim, minha nota para este capítulo é 9.5, pecando apenas no quesito das regras Battle Royal. Fora isso, está tudo ótimo, maravilindo, bom demais da conta!! Quando o Edulipe aí em cima diz que as Paralelas são boas, é porque são MESMO!!! Parabéns, espero que o 09 siga essa mesma vibe. Cuida bem da fanfic enquanto eu aproveito meu "tempo livre" hahaha Volto no 10 pra assombrar os espectadores u.u Me aguardem! Muahahahah

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    1. Chefinho, que textão ainda, "affu" eu deveria escrever uma resposta a altura, porém estou com preguiça.
      A protagonista era Hérmia, mas não havia como não focar em Caitlin. A mulher apareceu pouco e quando foi pintada como vilã (pensando bem, eu escrevi suas maiores participações e a pintei como vilã, então nada melhor do que eu mostrar o outro lado dela).
      Sobre o tratamento com Pokémon é algo que não pensei direito como funcionaria, mas como existe no nosso mundo tratamento com cães e outros bichos, porque não existiria no mundo Pokémon também?
      Sobre as regras da Battle Royal, foi preguiça mesmo, hahah. Estava sem inspiração e com preguiça, mas tinha que acabar essa paralela e resumi as regras e parti para a batalha. Mas como foi falado, a Battle Royal ainda não é uma modalidade oficial, então ela ainda está se formando e novos regras podem surgir. Se houver outra oportunidade de coloca-la na fic, pode deixar que não vai ser "simplesmente vencer"!
      Acho que é só. Vai curtindo suas férias, porque quando chegar sua vez de escrever é eu que vou tirar umas semanas de folga.
      Até mais e vlw pelo comentário ;)

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