Pokémon Black Dreams - Epílogo

Pokémon Black Dreams

Epílogo - O fim cerca a todos

Em uma Rota deserta, no meio do nada, onde prosperava a vida selvagem, alguns dias depois do ocorrido...

Satoshi suspirou. Aquele seria um dia amargurado para ele, dada as separações que teria de enfrentar.

 Então... Essa é a nossa despedida?

 Receio que sim.

 Foi muito bom o tempo que passamos juntos...

 Mas temos que ir agora...

 Manter a paz no mundo é a nossa missão!

 Satoshi, Katherine, Celery... Obrigado por nos salvarem. E N... Obrigado por trazer o Keldeo de volta para a forma Resolute!

 Nós é que temos que agradecer!
 Sem vocês, não teríamos conseguido deter Ghetsis!
 E também não teríamos a medalha de "captura ao lendário" .
 Eu... Vou sentir saudades.
Katy se abraça em Virizion, Satoshi em Terrakion, Celery em Cobalion e N em Keldeo.

 Temos de ir. Sempre que precisarem... Nos chamem.
 Mas como faremos isso?
 Nós simplesmente saberemos quando vocês precisarem da gente!
As Espadas da Justiça se alinharam uma ao lado da outra e então Cobalion rugiu bem alto, bradando:
 ESPADAS!!!!

Os quatro ergueram suas lâminas espirituais, marcando aquele dia pra sempre e então se foram, tão rápido quanto um relâmpago.
 Ih, olha só! Agora eu tenho uma Medalha de "Abandono de Pokémons" .
 INCRÍVEL! Faltam quantas agora?
 Umas seis só, contando com a de evoluir 3 pokémon diferentes que eu ainda não consegui.
 Gente, o papo está muito bom, mas estou no meu horário. O Barco parte às 18:30h.
 Ah! N, é mesmo!
Satoshi corre a dá um abraço bem apertado em N. Eles nunca se deram muito bem, mas nos últimos dias, Sato-kun encontrou um irmão perdido em Natural Harmonia Gropius. Ele sentiria saudades, pois algo lhe dizia que os dois não se veriam mais por um bom tempo. N estava partindo para uma região longínqua para recomeçar de novo, assim como todos os que estiveram envolvidos na ditadura de Ghetsis estão tentando fazer.
Katy e Celery cumprimentam o garoto e o observam descer o vale correndo, em direção ao porto mais próximo em um silêncio mórbido (todos sabiam o que vinha a seguir) seguido de um gélido sentimento de culpa e abandono, mas que eles achavam ser o correto a se fazer.
 Acho que... Agora é a nossa vez de dizer "Goodbye".
Satoshi ficou quieto. Estivera contendo as lágrimas durante um bom tempo e se ele falasse agora, receava se debulhar em prantos na frente de seus amigos. Era por um curto tempo, afinal. Ele não tinha com o que se preocupar.
 Você vai ficar bem, Satoshi?
Ele mente:
 Vou.
Os amigos se abraçaram em conjunto, sem dizer uma única palavra a mais e então Satoshi estava completamente sozinho no meio da estrada deserta. Foi quando lhe ocorreu um aperto no coração. Aquilo era solidão? Não, não deu tempo de ser, pois uma nova perspectiva cresceu em seu interior. Uma ideia tão maravilhosa que apagou imediatamente a tristeza que ele estava sentindo...

Satoshi utilizava o sistema de videofone no Centro Pokémon da cidade de Opelucid para onde retornara logo após vencer Ghetsis e Zekreshiurem. Ele precisava de um novo recomeço, assim como toda a região de Ishuu. O mal havia ido embora. Não se sabia se pra sempre ou não, mas o fato era que todos estavam são e salvos naquele momento, o que significava que tudo havia voltado ao normal e agora o único foco de Satoshi era superar seu próprio passado e vencer a Liga Pokémon de uma vez por todas.

 Aaaah, por favorzinho, Brock! Eu nunca te pedi nada! Seja amigo ao menos uma vez na vida!

Satoshi fez uma irresistível cara de súplica.

 Certo, Satoshi... Você venceu, seu chato! Eu vou, mas vou cobrar por meus serviços, hein?! Já vou avisando!

 Ora, dinheiro não é o problema! Nós vamos pagar tudo tim tim por tim tim, mas por favor, venha ser meu tutor na Liga Pokémon! Me ajude a treinar, falta um mês (mais ou menos) para a liga começar e eu preciso de alguém experiente junto comigo! E nada melhor do que um líder de ginásio para cobrir essa papel! Logo, pensei em você.

 Mas e a Katy? E o Celery? Não podem te ajudar?

 Pra falar a verdade, não. Katy também estará competindo nessa liga contra mim, assim como na Índigo, então ela também precisa de um tempo afastada pra treinar. Na verdade, não há necessidade, mas ela faz questão. De certo quer dar uns pegas nos matinho com o Celery sem ter a mim por perto... Ah, e por falar nisso, Cel-kun precisa arrecadar mais medalhas para a competição dele, então ele vai junto com a Katy, de uma forma eu de outra! Esses dois são inseparáveis...

 Mas e o Ginásio de Pewter? Eu não posso simplesmente deixar tudo por um mês!

 Na verdade, pode sim!

Um menino de mais ou menos 14 anos de idade aparece na tela do videofone, ao lado de Brock. Era seu irmão: Forrest.

 Aí está: deixe o ginásio com Forrest! Por favor, Brock! Me ajuda! Eu quero... EU PRECISO vencer essa Liga!

Brock respirou fundo, para evitar perder a calma e então se voltou para seu irmão. Se tinha uma coisa que Satoshi queria era vencer uma liga e se tornar um mestre pokémon. Não seria o momento para abandoná-lo.

 Forrest, você concorda em manter esse ginásio funcionando enquanto eu estiver fora?

 Mas é claro, irmãozão! Eu assumirei o seu papel e me portarei como o líder da cidade de Pewter e defenderei o ginásio dos participantes!

 Promete não fazer nenhuma besteira?

 Vou tentar.

Todos deram risada e o rosto de Satoshi se iluminou.

 Satoshi-kun... Estarei aí em uma semana! O preço de sempre.

 Obrigado, Brock! Eu não sei o que faria sem você!

E o menino, quase homem, desligou o monitor, encerrando a chamada.

 Satoshi? Com quem você estava falando?

 Com um amigo. Ele vai me guiar até a vitória!

 Ah, é? E que tipo de pessoa vai conseguir te fazer passar por cima de mim?

 Ora, um líder de ginásio muito poderoso!

 Não está falando de seu amigo Brock, o primeiro líder de ginásio de Kanto e que usa pokémon tipo pedra, está?

 E se eu estiver? Qual é o problema?

 Nenhum. Eu só te aviso pra tomar cuidado comigo, porque eu não vou dar mole nessa Liga!

 Ah, é? Ninguém aqui vai.

E os dois deixaram a sala para irem almoçar juntos. Satoshi, Brock e Iris teriam muito tempo para aprender coisas novas nesse 1 mês que restava até a Liga começar, e Satoshi tinha certeza de que era mais do que suficiente para colocar a vida nos eixos novamente. Estava tudo perfeito. Nada poderia estragar esse momento.

Exceto talvez, por um mistério jamais resolvido, tampouco esquecido...

A cada passo de Satoshi, a pokébola G.S. em sua mochila se selava cada vez mais, prendendo ainda mais a coisa que jazia lá dentro.

Enquanto isso, longe, muito longe dali...

 NÃO PODEM ME MANTER AQUI PARA SEMPRE! NÃO PODEM!
Ghetsis gritava por entre as grades, mas sabia que ninguém o ouviria. A única pessoa ali além dos outros presos era uma policial infame e certamente muito durona.
 Se eu ouvir mais um pio, fica sem janta.
 O QUE?! ISSO É INJUSTO!!
Mas algo no fundo de Ghetsis sabia que não era. Ele errara; E feio. Agora, estava ali, preso, pagando por seus pecados, e a menos que aprendesse a dirigir um submarino, ele nunca teria como escapar daquela prisão subaquática. Nunca.

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