— Lucy... Sabe o que eu estava pensando? Não é perigoso deixá-lo aqui? — Perguntou Matt. — Quer dizer, nesta semana, eu vi várias pessoas entrarem na sua casa para ver a descoberta! Não é meio... Arriscado deixá-lo aqui?
— Vaniville é uma cidade pequena e livre de crimes, Matt. Não há com o que se preocupar, ainda mais agora que a Team Flare se foi. Talvez na cidade grande ainda haja algumas gangues, mas aqui... Esta é a cidade mais tranquila de toda Kalos.
— Mas se você está saindo em todos os jornais e programas de televisão por causa disso... — disse eu, pensando que se Lucy estava sendo noticiada toda hora por conta de sua descoberta, isso poderia ser um chamarisco para pessoas má intencionadas.
— De qualquer forma, ele não vai ficar aqui por muito tempo. Estou quase terminado meus relatórios sobre Geleca e seus comparsas. — disse Lucy. — Eu só preciso descobrir os ataques deles e a tipagem. Assim que eu obtiver os dados, estarão todos livres.
— O.k. — disse Matthew, ainda com receio de alguma coisa.
E então: Ding Dong! A campainha ressoou, e Lucy deu um pulo.
— UI! Quem será? Os outros só chegam mais tarde. — Perguntou Matthew.
— Eu já vou ver. Fiquem aqui. — Ordenou Lucy, que saiu em direção à porta de entrada. Segundos depois, ela volta com um sorriso no rosto e uma moça de pele clara, cabelos oxigenados e cara amarrada lhe fazendo companhia.
— Calem, esta é a Lillie, minha assistente. — Apresentou Lucy.
— Bonjour! — disse Lillie, educadamente.
— Bonjour. — E todos nós a cumprimentamos.
Ela, muito quieta, apressou-se em direção aos Gelecas, fez algumas caretas através do vidro, e o pokémon respondeu com uma expressão facial que lembrava um sorriso.
— Então... — Mudei de assunto, perguntando:. — Como que vocês vão descobrir a tipagem dos Gelecas?
— Muito simples. Através de uma batalha pokémon. — Afirmou Lucy.
— Uma batalha? Mas que pokémon vai ser pequeno o suficiente para competir de igual para igual com esta criaturinha? — Perguntei, abismado.
— Bem, façamos um teste. Quero a ajuda de vocês e de seus pokémons! — Pediu Lucy, com um irresistível olhar que me lembrava sua irmã.
— Por mim, tudo bem. — Falou Matt.
— Estou dentro. — Logo concordei, desviando o olhar embaraçadamente da gêmea idêntica.
— Lillie, pode levar a estufa pra fora? — Pediu Lucy.
Ela assentiu com a cabeça e pegou o caixote de vidro nas mãos — Não era muito pesado — e saiu em direção à porta de entrada. Matthew e eu nos olhamos. Como ela era calada.
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