Pokémon Laços: Sun & Moon 15 (Parte 02)


~Sun

Lillie... Quer dizer... A mulher cujo verdadeiro nome eu não sabia, disparou seis pokébolas, liberando um time completo de pokémons que eu tinha certeza serem poderosos o suficiente para destruir qualquer oponente que aparecesse.
Mas não dei a torcer. Peguei imediatamente o saco de pokébolas que estava no chão e tentei procurar por meus aliados. Neste exato instante, Hermia, Malena e Kilgry atacaram.
  
A Tsareena de Hermia foi com tudo de Trop Kick, a Salandit de Malena usou Flame Burst e o Alolan Muk de Kilgry usou Gunk Shot. Mas quem disse que foi o suficiente?
  
A mulher, Lillie ou seja-lá-quem-for, deu uma risadinha sádica e disse calmamente:
— Zygarde: Land's Wrath!
O pokémon lendário que Lillie mencionara acaba por brilhar em um tom de verdade muito cintilante, abrindo a terra sob nossos pés e engolindo os três pokémon de uma só vez, antes que seus ataques pudessem ser lançados efetivamente.
 
— TSAREENA! — Gritou Hermia, que correu para tentar salvar seu pokémon. Kilgry e Malena fizeram o mesmo. Foram logo tentar desenterrar seus pokémon logo, antes que o ar acabasse e eles morressem soterrados.
Olhei para o saco de pokébolas em minhas mãos. Que chances eu tinha de lutar contra mais um lendário? E foi então que ouvi alguém chamando meu nome.
— BLACK! BLACK!
— Hã?
Olhei para trás e vi algumas pessoas correndo montanha acima. Primeiramente, o capitão do barco de excursões, Drad, vinha correndo acompanhado por dois pokémon bastante peculiares. O primeiro era um pequeno artrópode dos tipos Bug e Water, que o acompanhava grudado em seu ombro: Dewpider. O outro era um Shiny Alolan Golem, dos tipos Rock e Electric, esbanjando um brilho especial ao redor de seu corpo, característica única vista em todos os pokémon como ele.
Junto a Drad vinha também meu primo, o Professor Pokémon da Região, junto de Mestre Hala, Kukui e seu Alolan Grimer, dos tipos Poison e Dark.
E por último, mas não menos importante, Hau Marshadow Eclipse, o garoto que eu sempre suspeitei desde o começo e que agora vinha correndo em minha direção para me ajudar a combater o verdadeiro vilão. Ao seu lado, um Lycanroc Midnight, que deveria ser a evolução de seu Rockruff e um Torracat, evoluído do inicial de Fogo Litten.
 
— Mais convidados? Pois eu terei a honra de destruí-los um por um! — disse Lillie.
— VOCÊ?! — Kukui espantou-se. — Lusamine?!
Então esse era o nome real dela? Lusamine?
— Kukui... Há quanto tempo não te vejo? Vou dedicar esta destruição em massa especialmente para você! Kommo-o: Clanging Scales! Lapras: Ice Beam! Ribombee: Dazzling Gleam! Oricorio: Never-Ending Nightmare! Passimian, Hammer Arm! Zygarde: Thousand Arrows!
 
 
 
Quando abri os olhos, eu já estava no chão. Sentia alguma coisa em minha perna. Era o peso morto do Torracat de Eclipse me esmagando. Olhei ao redor. Lycanroc, Grimer, Golem e Dewpider... Estavam todos estirados. E foi então que me desesperei. Se ao menos eu soubesse quem eram os outros dois "escolhidos"...

POKÉMON SOL & LUA ADVENTURES
Capítulo 15: O Confronto Final! Parte 2 - Lusamine, Nihilego e o Buraco de Minhoca

Meu momento de aflição foi logo substituído por uma surpresa. Mais uma, para falar a verdade. De dentro do helicóptero caído, várias pessoas saíram mancando, meio feridas, junto de seus pokémon. O primeiro era um marinheiro forte e musculoso, praticante do chamado "body building" e um especialista em tipos lutador. Era Hoku, um líder de ginásio localizado em Melemele, Ilha regida por Tapu Koko, e o segundo líder de ginásio na ordem de sucessão, vindo após o confronto de Haou'li City e os tipos normal de Caitlin.
Hoku ordenou que Crabrawler usasse um movimento que eu nunca ouvi falar chamado All Out Pummeling e que Stufful atacasse com Take Down.
 
Ao seu lado vinha um Crabrawler com um olho inchado e um Stufful hiperativo. Em seguida, vinha Mallow Akala, da ilha de Akala, regida por Tapu Lele. Uma especialista nos tipos planta, de cabelos verdes e amante da natureza, acompanhada por Decidueye, evolução final de Rowlet e sucessiva de Dartrix, e um pequeno e não-evoluído Bounsweet.
Decidueye optou por um golpe tipo fantasma, seguindo sua segunda tipagem, o chamado Spirit Shackle e Bounsweet soltou uma saraivada de Magical Leaves.
 
A quarta líder de ginásio, também da Ilha de Akala é Lana do Rio, uma menina magra, de cabelos e roupas azuis, que trazia consigo um Pyukumuku e uma exuberante Primarina, evolução final de Popplio, sucessiva de Brionne.
Primarina foi com seu movimento-assinatura, Sparkling Aria e Pyukumuku logo atacou com um tal de Hydro Vortex.
 
O último líder de ginásio da Ilha Akala era Pablo Kiawe, especialista nos tipos fogo e um amante da música e da dança, podendo muito bem ser a Alola Form de Marlon Shizui. Trazia consigo um Alolan Marowak e um Incineroar, evolução final de Litten e a sucessiva de Torracat.
Alolan Marowak atacou com Will-O-Wisp e Incineroar veio com tudo em um físico de Darkest Lariat, do tipo Noturno.
 
Da Ilha Ula'Ula, regida pelo guardião Tapu Bulu, vinha Wicke, uma simpática treinadora especialista em tipos Fada. Seus pokémon companheiros: Comfey e Mimikyu.
Comfey já havia carregado o seu Solar Beam, provavelmente carregando um item que a permitisse fazer isso, enquanto Mimikyu usava Never-Ending Nightmare, o mesmo ataque do Oricorio Sensu Style de Lusamine.
 
Também de Ula'Ula, Sophocles, o mais novo dos líderes de ginásio de Alola e um especialista em tipos elétricos, raciocínio lógico e códigos de programação de computador. Seus parceiros eram um Oricorio Pom Pom Style e um Alolan Raichu.
De maneira perspicaz, Sophocles ordenou que seu Oricorio Pom Pom Style usasse Quiver Dance, um golpe de Status cujo alvo é o próprio usuário e que seu Alolan Raichu atacasse diretamente com Stoked SparkSurfer.
 
E o último, mas não menos importante: Ed Mohn D, que além de líder de ginásio, é responsável pelo sistema de armazenamento de pokémon no Poké Pelago, um especialista nos tipo Terra, que vinha junto de um Mudbray e um Sandygast.
Mudbray sai atacando logo com um Earthquake, enquanto Sandygast invocou uma Sandstorm para atrapalhar tudo.
 
A confusão estava armada. Todos os líderes juntos era muito poder para uma pessoa só aguentar, e Lusamine não iria durar nem meio turno. Ao menos, era o que parecia, até Lusamine dar o primeiro passo. A mulher deu uma de suas risadinhas gélidas e sádicas e então ordenou:
— Zygarde, assuma seu poder total!
Rapidamente, Zygarde começou a reunir energia vinda de todas as partes da ilha, assumindo uma diferente aparência, maior do que tudo o que eu já vi.
 
O megazord Zygarde era humanoide, possuía uma cauda de serpente e punhos bastante musculosos. Os hexágonos que formavam padrões em seu corpo agora estavam por toda a parte, incluindo alguns nas cores azul e vermelha. O som emitido pelo pokémon nesta forma era estupidamente grotesco, como se sua voz tivesse se transformado em pedra, fazendo eco em uma caverna há muito inabitada.
CORE ENFORCER! — Gritou Lusamine, ordenando que o lendário Zygarde atacasse e assim ele fez. Do peito do pokémon gigante, brotou uma energia multi-colorida, que reuniu força suficiente para formar uma rajada de energia cósmica que mandou seus oponentes para o ar todos de uma única vez. Agora sabíamos com o que estávamos lidando: com a força da natureza.
 
 
 — Kukui, quem é essa mulher? — Perguntei ao me aproximar de meu primo, visto que ele demonstrara conhecê-la.
— Esta é Lusamine, uma cientista com quem trabalhei há anos atrás em uma pesquisa que foi cancelada devido o alto grau de periculosidade, sobre as Ultra Beasts, pokémon ultra poderosos de outras dimensões!
— E se eu te disser que ela é Lillie?
— Ela o que? — Perguntou Kukui, espantado.
— Ela é Lillie! Na verdade... Lillie não existe! É só um disfarce criado por essa bandida! — Apontei então para o pokémon de vidro etéreo que flutuava ao redor a cabeça de Lusamine. — Ela se fundiu com aquela criatura, adquirindo a aparência que conhecíamos por Lillie!
— Céus! É Nihilego! — Espantou-se Kukui. — Aquele Pokémon... Ou melhor, aquela Ultra Beast é Nihilego, o fruto de nossa pesquisa! Nihilego é feita de uma substância aquosa, mas que pode enrijecer feito vidro, moldando diferentes formas de acordo com sua vontade! Nihilego nunca permanece no mesmo estado por muito tempo. Ha... E acredite se quiser: nossos antigos experimentos em Nihilego haviam concluído que a Ultra Beast era capaz de assumir diversas formas, mas a sua façanha preferida era imitar gestos e trejeitos femininos, como uma jovem garota. E agora... Você está me dizendo que Lusamine usou o poder de molde de Nihilego para se transformar em Lillie!
— Sim! Ela entrou em sue laboratório disfarçada! Estava espionando seus projetos, Kukui! Por isso queria ser sua assistente! Ela estava buscando alguma coisa que o pertencia.
— É claro. — Uma lâmpada se acendeu sobre a cabeça de Kukui. — Ela queria a chave para o Ultra Portal, o buraco de minhoca que liga o nosso mundo com o das Ultra Beasts. Há muitos anos atrás, quando estávamos trabalhando no projeto, eu descobri como chegar ao mundo das Ultra Beasts. Era noite e eu fiz isso sozinho. Adentrei na atmosfera rarefeita do outro mundo e quando vi o que tinha lá, percebi que era perigoso demais ficar muito tempo sem ser afetado pelas condições climáticas do local, bem como ser afetado pelos próprios pokémon de lá. Cancelei o projeto naquela noite e Lusamine nunca ficou sabendo como eu entrei lá. Então ela resolveu ir atrás de mim e de minhas anotações, se passando por minha assistente para descobrir como chegar até o poder ilimitado das Ultra Beasts!
— E como você chegou até as Ultra Beasts? — Perguntei.
— Eu fiz uma oração para Solgaleo e Lunala. — disse o professor. — E eles atenderam o meu pedido. Em meus projetos, descobri que o canto, tanto de Solgaleo quanto de Lunala, é capaz de abrir buracos de minhoca, atalhos tempo-espaciais que conectam nosso mundo à outros. E foi assim que os invoquei. Foi assim que descobri como chegar até às Ultra Beasts. Mas chegando lá naquele lugar... O mundo invertido... Decidi cancelar tudo, ao perceber o quão perigosa aquela excursão poderia ser. E Lusamine... Eu a deixei sem resposta. Simplesmente abandonei o projeto e dei as costas para ela, sem dar nenhuma explicação. Ela nunca se conformou com isso. A paixão que ela tem por essas bestas... É algo inquebrável. Então ela foi lá, se trajou como Lillie e descobriu meu segredo, vasculhando meu laboratório.
— Ela nos enganou direitinho... — disse Eclipse, que agora chegava da batalha, todo suado e encardido. — Foi aí que você resolveu se especializar em movimentos, Mestre Kukui?
— Sim. Com o final do experimento das Ultra Beasts, decidi investir em outra área e me especializei nos movimentos de pokémon.
— Isso é terrível. Quando Lillie... Quer dizer... Quando Lusamine finalmente descobriu a resposta para se chegar até a outra dimensão, ela então manipulou tudo o que aconteceu a seguir. Foi atrás de Caitlin e a incitou a criar um grupo de caça à Solgaleo e Lunala. Lusamine brincou com Caitlin e sempre a teve na palma da mão e a coitada nem sequer desconfiou, estando tão obcecada por recuperar sua alma que não percebeu que Lusamine a estava usando para descobrir o paradeiro dos lendários Sol e Lua e então capturá-los.
— E agora que nós arruinamos tudo... — Hermia chega da batalha, deixando com os líderes de ginásio. — Ela voltou para se vingar. Teria sido um plano genial se os Tapus não tivessem aparecido e reduzido Solgaleo e Lunala à Cosmogs.
— Eles o que...? — Perguntou Kukui, admirado.
— É uma longa conversa. A gente explica depois. — Eu disse.
— Onde está a White? — De repente Kukui me pergunta.
— Lá em baixo. Ela... Está inconsciente.
— Argh... Esses caras! — Kukui dá um soco na própria mão. — O que vamos fazer? — Ele pergunta, talvez se sentindo culpado por ter sido o responsável a enlouquecer Lusamine, que enlouqueceu Caitlin e assim sucessivamente.
— Precisamos sair daqui e buscar novas fontes de ajuda. — Falei, sinceramente não aguentando mais nenhum minuto naquela ilha.
— Isso. — Concorda Kukui. — Se Lusamine está trabalhando com o auxílio da Ultra Beast Nihilego... Então precisaremos de mais ajuda! As Ultra Beasts possuem um poder especial que faz com que seus stats se ampliem toda vez que um pokémon adversário é derrotado e isso significa que a cada pokémon que Zygarde derrotar,  a força de Nihilego crescerá mais e mais, atingindo níveis exponenciais. Eu chamo essa habilidade de Beast Boost.
— Vamos! — Chamei, mostrando o caminho para a base da Dim Moon.
— Eu ficarei e lutarei. Sinto como se... Se fosse meu dever ficar aqui e lutar. — disse Kukui. Senti a culpa recaindo sobre seus ombros. — Vão vocês! Cuidem da pequena White!
Ele saiu correndo na direção oposta, indo batalhar junto dos líderes de ginásio, enquanto que Eclipse, Hermia e eu fomos direto para a base de operações de Caitlin Hall e antigo quartel general da Team Dim Moon.
Chegando lá, a primeira coisa que fiz foi pegar o corpo inerte de White no colo. Tínhamos que sair daquele lugar e buscar mais ajuda. Talvez o meu time Pokémon de Unova ajudasse, mas era muito longe para ir buscá-los. Meu cérebro quase fritou tentando achar uma maneira de acabar com aquilo. Mas o que era preciso? O que eu não estava vendo?
— O que vamos fazer?
De repente, senti meu rosto ficar mais quente, as lágrimas escorrendo em desespero.

~Moon

— Ah, querido... Não chore... Estamos tão perto de conseguirmos o que queremos. — Olhar para Black daquele jeito e saber que eu não poderia fazer nada para acalmá-lo me deixou frustrada. Eu estava morrendo e a cada minuto que eu passava presa nesta dimensão horrorosa, fazia com que eu me sentisse cada vez mais impotente e incapaz de ajudar. Mas eu havia trazido todo aquele pessoal para ali, não havia? Consegui fazer tantas coisas do lado que cá... Salvei os pokémon que estavam morrendo, trouxe os líderes de ginásio, Kukui... Guiei Drad e seu filho Eclipse através do mar... Eu havia feito muita coisa. Mas tudo o que eu queria naquele momento era abraçar Black e dizer para ele que tudo ia dar certo, que todos ficaríamos bem.
— Tia... — Oliver me puxou, chamando minha atenção. — Você está sumindo. — Ele disse.
— Eu o que?
Olhei para meu corpo etéreo que estava ficando cada vez mais transparente, cada vez mais invisível. Eu estava mesmo sumindo e aquilo só podia significar uma coisa.... Eu estava partindo.
— Oliver, eu sinto muito... — Foi a última coisa que eu disse antes de ser arrastada para longe pela morte.

~Eclipse

— Black, ela está sem pulso! — Avisei, segurando o punho de White. Ela estava morta.
— O que? — Ele começou a chorar mais desesperado ainda. Mas não havia muita coisa a ser feita. A garota já havia partido.
— Calma, eu tenho experiência com essas coisas! — disse Hermia. — Coloquem-a na mesa! AGORA!
Não pensamos duas vezes. Colocamos White sobre a mesa onde ela estava anteriormente.
— Afastem-se! — Eu não havia sequer percebido quando ou como, mas Hermia já carregava dois desfibriladores. Ela havia rasgado aos roupas de White e pressionava o aparelho contra o peito dela, disparando uma rajada elétrica por todo o seu corpo, a fim de reativar o coração.
Seja o que for, não estava funcionando. White não reagia. Hermia gritou para eu amentar a carga. Eu aumentei. Mas não funcionou. A cada minuto que se passava, as chances de a recuperarmos diminuía bruscamente. E quem éramos nós para reanimarmos uma pessoa? Mas precisávamos fazer isso. Os gritos atormentados de Black nos impulsionava a continuar tentando e eu mesmo já não aguentava mais segurar as lágrimas. O que raios estava acontecendo? Por que tínhamos que passar por aquilo?
— De novo! De novo! — Eu insisti.
— Não adianta. — Disse Hermia entristecida. — A perdemos.
— NÃOOOOOOO! — O grito de desespero de Black preencheu a sala e eu não pude pensar em nada para acalmá-lo senão abraçá-lo com força. E foi o que fiz. Apertei o peito de Black contra o meu e não o larguei por nenhum segundo. Hermia se juntou a nós e de repente, os três despencamos em prantos agoniantes. Havíamos feito tudo o que podíamos.
Espere.
Havíamos?

Alguns minutos antes, no Barco de Drad:

— ARGH! — Drad caiu por sobre o timão, segurando o peito como se sentisse uma dor terrível. Estava infartando?
— DRAD! — Gritou Kukui, se abaixando para segurar o homem, agora caído no chão.
— Pai! O que está acontecendo? — Gritou Eclipse, desesperado.
— Eles... Eles se foram! — Respondeu Drad.
— O que? Quem se foi? — Perguntou Eclipse, aterrorizado.
E então o Capitão do Barco levantou o rosto, mostrando seus olhos cheios d'água, dizendo com um profundo pesar:
— Seu avô e todos os outros Kahunas. Eles se foram.
Kukui ajudou Drad a se sentar.
— Ele está tendo uma daquelas visões futuras de novo! — Explicou Eclipse.
— Não. Não foi visão. Dessa vez aconteceu mesmo. — Ex planou Drad. — Seu avô acaba de falecer Eclipse. Neste exato instante, não no futuro.
— O QUE?
Eclipse caiu de joelhos sobre o piso do barco. Então... Havia acontecido mesmo.
— Vovô...
— Ele está em um lugar bem melhor agora... — disse Drad. — Ah, meu pai... Ele era antigo, mas mesmo assim, soube arrepender-se de seus pecados e aceitou de bom grado o descanso eterno... Agora as coisas serão diferentes...
Drad se levantou, segurou o filho e o ergueu.
— Eclipse, seu avô rezava todos os dias para morrer. E finalmente este dia chegou. Não sei se devo sorrir porque ele finalmente conseguiu o que tanto almejava: a remissão dos pecados, ou se choro por saber que meu pai nunca mais estará entre nós. Mas uma coisa é certa. Tudo vai mudar. A magia Kahuna foi transmitida para uma próxima geração. Eu senti o poder entrando dentro de mim e eu sabia que meu pai finalmente tinha partido. Não foi uma visão, foi uma sensação de poder e consciência ao mesmo tempo. Você também não sentiu? Agora que ele se foi, talvez os seus poderes também comecem a se manifestar... Assim como os meus começaram quando meu pai me ensinou a usá-los e controlá-los.

***

— Deem as mãos! — Ordenei.
— O que? — Perguntou Hermia.
— DEEM A P*RRA DAS MÃOS, AGORA! — Ordenei, segurando a mão direita de Hermia e a esquerda de Black. Sem questionar, eles fizeram o que eu ordenei, formando um círculo.
Fechei os olhos e tentei sentir alguma coisa. Talvez uma onda de energia ou algo do tipo. Eu nunca manisfestei poder algum e só meu pai sabia fazer coisas fantásticas do tipo. E agora ele tinha dito que sentiu o poder de meu avô entrando dentro dele, o que significava sua morte. Eu, pelo contrário, não senti nada. Mas havia uma pequena chance de eu também ter herdado a ciência Huna. Havia uma pequena chance de eu também herdado as virtudes sagradas. E eu não podia desperdiçar essa chance, por mais ínfima que fosse. A vida de White dependia disso.
Comecei a entoar uma pequena canção que meu avô vivia oferecendo aos deuses. E ala e, Erga-se. E ala e ka la i ka hikina, Acorde, o sol está no leste, I ka moana ka moana hohonu, do oceano, do fundo do oceano, Pi'i ka lewa ka lewa nu'u, Escalando o paraíso, o mais alto céu, I ka hikina aia ka la, no leste está o sol, E ala e, Erga-se.
Repeti os versos várias e várias vezes. Eu não sentia nada diferente, mas quando abri os olhos, foi como num passe de mágica. Tanto Black quanto Hermia tinham seus olhos fechados, concentrados no som, que eu não parei de entoar. E de dentro deles, uma energia  colorida, suas respectivas auras, emanava para fora, preenchendo o corpo sem vida de White. A de Black, amarela como Tapu Koko. A de Hermia, rosa como Tapu Lele. E o mais surpreendente disso tudo, era que o mesmo acontecia também comigo. Meu fluido vital se espalhava, compartilhando meu princípio ativo com White, na cor vermelhada, tal como Tapu Bulu.
Cantei mais e mais alto, pouco me importando se minha voz era agradável ou não. Estava funcionando. Estava funcionando!
E ala e! Erga-se!
E ala e! Erga-se!
E ala e! Erga-se!
E ala e! Erga-se!
E com um estrondo, as energias pararam de fluir. A corrente foi cortada. Black e Hermia soltaram aos mãos, e eu caí para trás, sentindo-me tonto. Abri os olhos, tentando me erguer novamente quando senti, ou melhor, ouvi um suspiro que me fez arrepiar.
Levantei-me e lá estava White, sentada sobre a mesma, tentando respirar novamente, um fluido de cor diferente emanando de dentro dela. Era azul, como Tapu Fini.
— Meu amor! — Black abraçou-a com toda a força desse mundo, deixando que a emoção tomasse conta, mais do que já tinha tomado. — Eu achei que tinha te perdido.
— Deu certo. — Hermia disse, observando o amor entre Black e White aflorar, como se eles tivessem acabado de se apaixonar um pelo outro.
— Eu não acredito... Eu... Consegui. Eu consegui! Meu pai estava certo! EU SOU UM KAHUNA, P*RRA! EU SOU UM KAHUNA!!!

Continua...




Capítulo escrito por #Kevin_
A fanart acima foi encontrada na internet, NESTE Link.
Todos os créditos vão para o artista.



Pokémon Sol & Lua Adventures – Escrito originalmente em Novembro de 2016 – A cópia, venda ou redistribuição desse material é totalmente proibida. Pokémon e todos os respectivos nomes aqui contidos pertencem à Nintendo.

Ao escrever a fanfic, os autores não estão recebendo absolutamente nada, ou seja, esta é uma produção artística sem absolutamente nenhum fim lucrativo. A fanfic foi projetada apenas como uma forma de diversão, de entretenimento e passatempo para outros fãs de Pokémon. ~

2 comentários:

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