— Calma, Ul! — Tra segurou minha mão e aquilo arrepiou-me toda, dos pés à cabeça. Acho que fiquei um pouco corada também, mas esse toque me trouxe de volta à superfície e serviu para me acalmar. Eu agora estava me concentrando em meu companheiro de batalha. Nos doces olhos de Tra.
Pokémon Ultra Sun & Moon Adventures - Aventuras Tropicais
03 Desafio em Dose Dupla
Nossa segunda semana de aula e lá estávamos nós, descendo as escadas, conduzidos pelo Professor Gabriel Carvalho em direção a um ônibus escolar de Exeggutor, patrimônio da Academia Konikoni. Do lado de dentro, um homem de cabelos louros e uma franja louca tingida de azul sentava-se junto ao voltante. Ele usava um jaleco branco que não combinava em nada com o seu tipo de serviço e por baixo, usava um fino casaco de veludo preto.
— Crianças, apresento-lhes o Professor Colress, o motorista da Academia Konikoni! — disse o Professor Caralho — Ele é ex-presidiário! Parece que tava dando uns trampo de dominação mundial lá na Equipe Plasma, mas agora está aqui com a gente!
— Poxa, Carvalho! Tu sempre tens que dizer isso para os seus alunos?
— Ah, é que isso deixa a viagem tão mais empolgante! Ha ha ha!
Todos ficamos de olhos arregalados , mas graças a Arceus, a jornada com o ex-presidiário que queria dominar o mundo foi rápida. Não demorou muito e estávamos no porto, onde pegamos um barco conduzido por um tal Capitão Drad, até que chegamos em Malie City, na Ilha de Ula'ula, destino final de nossa viagem.
Malie era um lugar lindo, com arquitetura característica de traços orientais, que com certeza foram herdados de outros povos que não o de Alola.
— Chegamos! — disse o Professor Gabriel Carvalho, tirando várias fotos já no pórtico de entrada da cidade, iluminado por pequenos lampiões com fogo de verdade dentro, ao invés de lâmpadas convencionais como em Konikoni.
Logo na entrada, já se via uma árvore tropical cheia de Berries e pequenos pokémon alados devorando suas frutinhas. Foi a oportunidade de o Professor nos preparar para o que nos aguardava logo mais a frente.
— A capitã de desafio Kahili é especialista em tipos voador, como os Pikipek, logo ali! Logo, ataques elétricos, de pedra e de gelo irão funcionar perfeitamente, enquanto golpes tipo lutador, inseto ou grama apresentarão resistência. Observem bem enquanto Ul e Tra batalham, pois todos vocês irão precisar desafiar Kahili caso queiram passar nesta matéria!
Logo na entrada, já se via uma árvore tropical cheia de Berries e pequenos pokémon alados devorando suas frutinhas. Foi a oportunidade de o Professor nos preparar para o que nos aguardava logo mais a frente.
— A capitã de desafio Kahili é especialista em tipos voador, como os Pikipek, logo ali! Logo, ataques elétricos, de pedra e de gelo irão funcionar perfeitamente, enquanto golpes tipo lutador, inseto ou grama apresentarão resistência. Observem bem enquanto Ul e Tra batalham, pois todos vocês irão precisar desafiar Kahili caso queiram passar nesta matéria!
Fiquei observando aquelas pequenas aves alimentando-se das berries e fui o caminho todo nervosa, imaginando o que poderia estar me aguardando...
Kahili foi proibida pela escola de nos dar qualquer dica enquanto colegas de quarto. A única coisa que eu sabia era que ela filho do proprietário do Hano Grand Resort, um dos maiores hotéis de Alola, localizado na Ilha de Akala. Pelo visto, o hotel era tão grande que tinha uma filial aqui em Ula'ula, na cidade de Malie. E é lá, nesta filial, que o desafio acontecerá.
Bem, isto é tudo o que eu sei e é preocupantemente muito pouco. E se eu falhar? E o Travis? Onde ele entra nessa história? Será que ele é bom em batalhas? Não tivemos tempo de nos preparar para nada. Sequer sabíamos que Kahili usava tipos voadores.
Por sorte, tenho Ash aqui comigo. Bem, não o gostosão do Ash, o treinador, mas um Pikachu que batizei de Ash em homenagem a ele. Talvez fosse útil com seus ataques elétricos, como o próprio Professor dissera, mas... Aff, eu estava pirando já.
Foi quando chegamos a um hotel muquirana, bem pequeno até. Fala sério? Aquele lugar era do mesmo dono do Hano? Nem dava para dizer que era da mesma empresa.
— Ul! Tra! Vocês vieram! — Kahili surgiu de uma porta com um sorriso estampado no rosto. Então, logo se lembrou de que não podíamos ter nenhuma relação de amizade ali. Éramos rivais agora.
— Prestem atenção, crianças! O desafio já vai começar. — avisou o Professor Carvalho.
— Sejam muito bem-vindos ao primeiro Desafio da Ilha, liderado por mim, Kahili Hano, especialista em pokémon voadores com foco em batalhas em dupla!
Todos aplaudiram, menos eu. Eu estava nervosa demais para qualquer senso de grandeza. O que Kahili queria dizer com batalhas em dupla parecia significar vergonha em dupla. E se eu e o Travis perdêssemos a batalha bem em frente à toda turma e mais o Professor Carvalho? Será que eles iriam dar risada da nossa cara?
— Durante o desafio, vocês não poderão utilizar nenhuma pokébola para capturar nenhum pokémon e jamais poderão violar as regras de segurança.
Regras de segurança? O que ela queria dizer?
Dois lances de escada depois, e eu finalmente entendi. Chegamos à cobertura. Lá em cima, haviam dois balões de ar quente. Kahili entrou em um e fez um gesto para que as camareiras amarrassem cintos de segurança em mim e em Tra.
— Eu vou ter que entrar nisso aí? — Perguntei, terrificada.
— Sim. — Respondeu Kahili. — Nosso desafio será aéreo!
WHAAAAT? As camareiras começaram a distribuir binóculos para todos, que permaneceram na cobertura do hotel, enquanto eu sentia meu estômago se esvair à medida que as empregadas me enfiavam pra dentro daquele minúsculo balãozinho junto à Travis.
Sentia meu corpo ficando cada vez mais alto, cada vez mais longe do chão. O coração disparava e eu jurava (por Arceus) que era naquele dia que sairia meu atestado de óbito. Mas não. Depois de um tempinho, os balões se posicionaram e levantaram voo, indo em direção ao grande Jardim de Malie, a maior atração da cidade.
— É aqui, no Jardim de Malie, que as pessoas costumam fazer seus Safaris! — Gritou Kahili, do outro balão, para que pudéssemos ouvir.
— O que é que nós temos que fazer? — Gritou Tra.
— Desviar das nuvens até a linha de chegada! — Gritou Kahili, apontando até um barco voador lá no horizonte com a frase linha de chegada.
— O que? Desviar das nuvens?! — Perguntou Travis, sem entender. Foi quando entramos dentro de uma gigante gasosa, bem repolhuda. Uma nuvem fria de ventos de um pouco menos de 100 km por hora. Quase fomos arremessados para longe, e não parou por aí. Foi dentro da nuvem que a coisa complicou. Dois pokémon surgiram do nada, nos atacando.
Vullaby e Oricorio não deram descanso. Assim que viram nossos pokémon dentro do balão, incendiaram-se, jorrando golpes contra a gente. Oricorio Baile Style, que diferia do Senhor Pom-Poms por ser vermelho e, logicamente, do tipo fogo, disparou um jato de chamas vívidas de seu peito, enquanto que Vullaby disparava foices de ar cortante.
— ABAIXA! — Gritou Travis, que controlava o fogo do balão para mudar a direção e nos garantir um evasiva certeiro. Por pouco não fomos acertados.
— Litten, Brasas! Agora!
Litten cuspiu uma bola de fogo, atingindo Vullaby e torrando o tipo noturno e voador. O golpe não seria muito efetivo em Oricorio. Acho que Travis estava contando que eu atacasse ao outro pássaro, mas eu não conseguia nem pensar direito. Murmurei qualquer coisa para Pikachu e ele me obedeceu.
Kahili foi proibida pela escola de nos dar qualquer dica enquanto colegas de quarto. A única coisa que eu sabia era que ela filho do proprietário do Hano Grand Resort, um dos maiores hotéis de Alola, localizado na Ilha de Akala. Pelo visto, o hotel era tão grande que tinha uma filial aqui em Ula'ula, na cidade de Malie. E é lá, nesta filial, que o desafio acontecerá.
Bem, isto é tudo o que eu sei e é preocupantemente muito pouco. E se eu falhar? E o Travis? Onde ele entra nessa história? Será que ele é bom em batalhas? Não tivemos tempo de nos preparar para nada. Sequer sabíamos que Kahili usava tipos voadores.
Por sorte, tenho Ash aqui comigo. Bem, não o gostosão do Ash, o treinador, mas um Pikachu que batizei de Ash em homenagem a ele. Talvez fosse útil com seus ataques elétricos, como o próprio Professor dissera, mas... Aff, eu estava pirando já.
Foi quando chegamos a um hotel muquirana, bem pequeno até. Fala sério? Aquele lugar era do mesmo dono do Hano? Nem dava para dizer que era da mesma empresa.
— Ul! Tra! Vocês vieram! — Kahili surgiu de uma porta com um sorriso estampado no rosto. Então, logo se lembrou de que não podíamos ter nenhuma relação de amizade ali. Éramos rivais agora.
— Prestem atenção, crianças! O desafio já vai começar. — avisou o Professor Carvalho.
— Sejam muito bem-vindos ao primeiro Desafio da Ilha, liderado por mim, Kahili Hano, especialista em pokémon voadores com foco em batalhas em dupla!
Todos aplaudiram, menos eu. Eu estava nervosa demais para qualquer senso de grandeza. O que Kahili queria dizer com batalhas em dupla parecia significar vergonha em dupla. E se eu e o Travis perdêssemos a batalha bem em frente à toda turma e mais o Professor Carvalho? Será que eles iriam dar risada da nossa cara?
— Durante o desafio, vocês não poderão utilizar nenhuma pokébola para capturar nenhum pokémon e jamais poderão violar as regras de segurança.
Regras de segurança? O que ela queria dizer?
Dois lances de escada depois, e eu finalmente entendi. Chegamos à cobertura. Lá em cima, haviam dois balões de ar quente. Kahili entrou em um e fez um gesto para que as camareiras amarrassem cintos de segurança em mim e em Tra.
— Eu vou ter que entrar nisso aí? — Perguntei, terrificada.
— Sim. — Respondeu Kahili. — Nosso desafio será aéreo!
WHAAAAT? As camareiras começaram a distribuir binóculos para todos, que permaneceram na cobertura do hotel, enquanto eu sentia meu estômago se esvair à medida que as empregadas me enfiavam pra dentro daquele minúsculo balãozinho junto à Travis.
Sentia meu corpo ficando cada vez mais alto, cada vez mais longe do chão. O coração disparava e eu jurava (por Arceus) que era naquele dia que sairia meu atestado de óbito. Mas não. Depois de um tempinho, os balões se posicionaram e levantaram voo, indo em direção ao grande Jardim de Malie, a maior atração da cidade.
— É aqui, no Jardim de Malie, que as pessoas costumam fazer seus Safaris! — Gritou Kahili, do outro balão, para que pudéssemos ouvir.
— O que é que nós temos que fazer? — Gritou Tra.
— Desviar das nuvens até a linha de chegada! — Gritou Kahili, apontando até um barco voador lá no horizonte com a frase linha de chegada.
— O que? Desviar das nuvens?! — Perguntou Travis, sem entender. Foi quando entramos dentro de uma gigante gasosa, bem repolhuda. Uma nuvem fria de ventos de um pouco menos de 100 km por hora. Quase fomos arremessados para longe, e não parou por aí. Foi dentro da nuvem que a coisa complicou. Dois pokémon surgiram do nada, nos atacando.
— AAAAAAAH!
— Calma Ul! São só um Vullaby e um Oricorio na forma Baile! Vamos, En! Acabe com eles!
— P-pikachu! — Chamei o Pikachu mais por um instinto de proteção. Eu estava quase morrendo ali dentro.
— ABAIXA! — Gritou Travis, que controlava o fogo do balão para mudar a direção e nos garantir um evasiva certeiro. Por pouco não fomos acertados.
— Litten, Brasas! Agora!
Litten cuspiu uma bola de fogo, atingindo Vullaby e torrando o tipo noturno e voador. O golpe não seria muito efetivo em Oricorio. Acho que Travis estava contando que eu atacasse ao outro pássaro, mas eu não conseguia nem pensar direito. Murmurei qualquer coisa para Pikachu e ele me obedeceu.
— Cauda de Ferro? Poxa, Ul!
O golpe atingiu Oricorio, mas mal retirou algum dano, uma vez que tipos fogo tinham resistência a golpes de metal.
— D-desculpaaa!
Eu estava quase morrendo. Eu tremia de medo. O balão balançava-se desenfreadamente dentro da nuvem e cada bater de asas de meus oponentes só aumentava a velocidade com que tudo girava.
Oricorio soltou mais uma Dança da Revelação do tipo fogo e dessa vez, Vullaby optou por uma Vibração Sombria. Juntos, os dois golpes se fundiram e formaram um combo de destruição, que voou como fogos de artifício em nossa direção. Como eu não tinha percebido isso antes? Esses dois pokémon haviam sido treinados por Kahili para abordarem os treinadores de dupla!
— Use um ataque elétrico! — Gritou Tra, que tentava mudar o balão de direção para não sermos atingidos, mas eu não conseguia olhar para fora do cesto. Nessas alturas do campeonato, eu estava agachada no fundo do cesto do balão, me segurando firmemente nas paredes.
— P-Pikachu! — Eu não conseguia pronunciar nada. Nenhum ataque me veio à cabeça naquele momento, e tanto Litten quanto Ash foram acertados pelo combo, que atravessou o cesto do balão, formando uma explosão de fumaça. — Cof, cof!
— Pikachu! — Gritou Travis, tomando liberdade para conduzir meu pokémon, haja vista meu estado de pânico. — Use o Raio Carregado! Agora! E Litten, Presas de Fogo!
Travis tomou as rédeas da situação e ordenou que Ash atacasse. Um ponto para ele! O Raio Carregado de Pikachu fritou Oricorio e o Presas de Fogo do Litten só causou mais danos no Vullaby, que já estava em um estado crítico depois daquele Brasas. Nossos oponentes desapareceram, caindo em direção ao solo do Jardim Malie.
— Ufa! O-obrigada, Travis! E-eu... Eu acho que não estou muito bem...
— Calma, vai tudo dar certo! — disse Tra, me confortando. Porém, se naquele momento, Travis estivesse olhando sua trajetória e não para mim, não teríamos adentrado por acidente em outra nuvem, que fez o balão novamente rodopiar de forma ciclônica. E junto com a nuvem, dois novos oponentes vieram. Estes, um tanto improváveis: um Zubat do tipo venenoso e um Skarmory do tipo metálico, ambos compartilhando também o tipo voador em seus traços genéticos.
— Eu vou continuar com o En!
— Certo! E eu vou usar o Morelull! — Ainda que eu estivesse completamente atordoada, quase vomitando, algo dentro de mim disse que uma estratégia com Esporos poderia dar certo. E foi o que fiz. Ordenei que Frutinhas iniciasse diretamente com seu taque sonífero, mas o vento não estava a nosso favor e o pozinho desgraçado se esfacelou pelos ares... Skarmory voltou-se contudo contra nós com um Ataque de Fúria, então. — AAAAAAAAHHH!
— En, use o Brasas!
En cuspiu suas brasas, mas novamente o vento estava muito forte. Cada batida das asas metálicas de Skarmory produzia o triplo de vento que qualquer outro tipo voador que a gente tinha enfrentado até agora. Zubat foi esperto e atacou utilizando suas ondas Supersônicas, que imediatamente botaram Litten em um estado de confusão...
— E agora? — Perguntei, temendo por minha vida como nunca. O cesto do balão rodopiava e eu ia junto com ele, agarrada tipo inseto em teia de Araquanid.
— En, retorne! Dollar, é com você!
Tra trocou Litten por outro felino. Um Meowth de Alola, do tipo noturno.
— O que você vai fazer? — Perguntei.
— Dollar! Use o Dia do Pagamento!
Meowth começou a produzir medalhões de ouro exatamente iguais ao que tinha afixado no topo de sua cabeça. Saquei a estratégia.
— Esporos! — Gritei, e Morelull recheou aqueles medalhões de pó sonífero. Foi só Meowth jogá-los que acertaram Zubat e Skarmory, fazendo-os cair em um sono profundo e abrirem caminho para a linha de chegada.
— Os amuletos são muito mais pesados que os esporos, por isso, é muito mais fácil atirá-los contra o vento do que simplesmente saraivar todo o pó de Frutinhas! — disse Travis quando a nuvem já ia se limpando a linha de chegada estava a poucos metros na nossa frente, mas...
— Oh, oh! Parece que a Kahili já chegou!
Kahili havia chegado na nossa frente. Lá estava ela, nos esperando no barco voar que marcava o fim da corrida. Havíamos perdido o desafio.
— Essa não! Perdemos! — disse eu, exausta depois de passar por aqueles tantos turbilhões de vento.
— Quem disse que vocês perderam? Não, isso não era uma corrida! E ainda há uma última parte do desafio a ser cumprida! — disse Kahili com um olhar perverso, quase como que um dominador de "jogos mortais" preparando uma surpresinha letal para suas vítimas. — Apresento-lhes o pokémon totem... Toucannon!
Das janelas do bote flutuante, irrompe uma ave de bico espectral, totalmente gigante, quase do tamanho do nosso balão, gritando e urrando, enquanto uma aura dourada, muito semelhante ao fogo, brotava de suas penas.
— Derrotem Toucannon, meu mais forte pokémon, e o Desafio estará concluído! — disse Kahili.
— WTF?! — Tra estava boquiaberto, incrédulo. Nós teríamos de derrotar AQUELA criatura? Mas a sensação de espanto durou pouco. Ele sabia que tinha que fazer alguma coisa. — Bruxa, vai! Onda Psíquica!
— Ash, é com você! — Escolhi Pikachu. Ataques elétricos. Eu tinha de focar em ataques elétricos. Raio Carregado!
Bruxish e Pikachu começaram dando o melhor de si em ataques de longa distância, mas o gigante Toucannon apenas voou para cima e esquivou-se dos golpes, que destruíram as janelas do barquinho onde ele se escondia. Então, seu bico começou a brilhar em um tom muito vermelho. Estava aumentando a temperatura.
Ainda neste mesmo momento, Toucannon deu uma guinada com a cabeça para cima e deu um grito, chamando por ajuda.
— O que? — Uma nuvem formou-se ao redor de Toucannon e um pequeno Pikipek apareceu para seu auxílio.
— Pi pi pi!
Logo de cara, já deu para perceber que aquela não era uma batalha normal. Aqueles eram pokémon selvagens batalhando contra a gente, embora todos eles tenham sido previamente aperfeiçoados no quesito batalha por Kahili. A diaba só sorria enquanto Toucannon fazia a festa, devorando-nos com sua majestosidade e empáfia.
O bico do Pikipek então brilhou, mas diferentemente do de Toucannon, era um brilho branco. Então o passarinho se pôs a voar na direção de Pikachu. Bicada!
— Raio Carregado! — Ordenei, e Ash não pensou duas vezes. Fritou o pobre pássaro que se aproximava em pleno voo com uma descarga elétrica super efetiva e, de certa forma, crítica, já que derrotou o pássaro de uma vez só.
Então, Toucannon voou rapidamente na direção de Bruxish, encostando seu bico flamejante na Bruxa e torrando-a em uma explosão de chamas e muito, mas muito calor.
— O que vem agora? — Perguntou Travis, mas era melhor que tivesse ficado calado. Tanto Toucannon quanto Trumbeak dispararam um Rajada de Sementes, produzindo tiros de longa distância que machucaram, seriamente, toda a superfície da pele de Pikachu, durante 5 ataques consecutivos, cada um.
— A Habilidade de Toucannon e toda a sua família evolutiva, incluindo Pikipek e Trumbeak, é Liga-Habilidades, que permite que movimentos multi-strike, ou seja, que batem mais de uma vez no alvo, por uso, sejam sempre maximizados para bater o máximo de vezes possíveis no alvo, em uma única jogada. — Explicou Kahili.
— Essa não! Temos que lidar com isso! — disse Travis, que parecia muito concentrado no que fazia. Enquanto isso, eu me mantinha firme nas cortas, louca de medo de cair. — En, vai! Presas de Fogo!
— Acha que isto é suficiente? Toucannon é dez vezes mais forte do que isso, e Trumbeak também! — Debochou Kahili. E lá vinha mais um Rajada de Sementes, seguido de um movimento que ninguém esperava que ele fosse usar. Afinal, era um pokémon selvagem, mas desta vez, para a realização e performance daquele ataque, ele estava junto a Kahili: Strike Aéreo Supersônico, o Movimento Z do tipo voador.
Litten tentou cravar suas presas flamejantes em Trumbeak, mas este revidou rapidamente com uma rajada de sementes explosivas, que jogaram Litten de volta pra dentro do cesto do balão, enquanto Toucannon voava rapidamente, quebrando a barreira do som para ferir Pikachu em um jogo de corpo cruel e devastador.
— ASH! — Gritei, mas Pikachu estava fora de combate. E havia sido por minha causa, por minha total distração e medo.
— Eu vou continuar com o En!
— Certo! E eu vou usar o Morelull! — Ainda que eu estivesse completamente atordoada, quase vomitando, algo dentro de mim disse que uma estratégia com Esporos poderia dar certo. E foi o que fiz. Ordenei que Frutinhas iniciasse diretamente com seu taque sonífero, mas o vento não estava a nosso favor e o pozinho desgraçado se esfacelou pelos ares... Skarmory voltou-se contudo contra nós com um Ataque de Fúria, então. — AAAAAAAAHHH!
— En, use o Brasas!
En cuspiu suas brasas, mas novamente o vento estava muito forte. Cada batida das asas metálicas de Skarmory produzia o triplo de vento que qualquer outro tipo voador que a gente tinha enfrentado até agora. Zubat foi esperto e atacou utilizando suas ondas Supersônicas, que imediatamente botaram Litten em um estado de confusão...
— E agora? — Perguntei, temendo por minha vida como nunca. O cesto do balão rodopiava e eu ia junto com ele, agarrada tipo inseto em teia de Araquanid.
— En, retorne! Dollar, é com você!
Tra trocou Litten por outro felino. Um Meowth de Alola, do tipo noturno.
— O que você vai fazer? — Perguntei.
— Dollar! Use o Dia do Pagamento!
Meowth começou a produzir medalhões de ouro exatamente iguais ao que tinha afixado no topo de sua cabeça. Saquei a estratégia.
— Esporos! — Gritei, e Morelull recheou aqueles medalhões de pó sonífero. Foi só Meowth jogá-los que acertaram Zubat e Skarmory, fazendo-os cair em um sono profundo e abrirem caminho para a linha de chegada.
— Os amuletos são muito mais pesados que os esporos, por isso, é muito mais fácil atirá-los contra o vento do que simplesmente saraivar todo o pó de Frutinhas! — disse Travis quando a nuvem já ia se limpando a linha de chegada estava a poucos metros na nossa frente, mas...
— Oh, oh! Parece que a Kahili já chegou!
Kahili havia chegado na nossa frente. Lá estava ela, nos esperando no barco voar que marcava o fim da corrida. Havíamos perdido o desafio.
— Essa não! Perdemos! — disse eu, exausta depois de passar por aqueles tantos turbilhões de vento.
— Quem disse que vocês perderam? Não, isso não era uma corrida! E ainda há uma última parte do desafio a ser cumprida! — disse Kahili com um olhar perverso, quase como que um dominador de "jogos mortais" preparando uma surpresinha letal para suas vítimas. — Apresento-lhes o pokémon totem... Toucannon!
Das janelas do bote flutuante, irrompe uma ave de bico espectral, totalmente gigante, quase do tamanho do nosso balão, gritando e urrando, enquanto uma aura dourada, muito semelhante ao fogo, brotava de suas penas.
— Derrotem Toucannon, meu mais forte pokémon, e o Desafio estará concluído! — disse Kahili.
— WTF?! — Tra estava boquiaberto, incrédulo. Nós teríamos de derrotar AQUELA criatura? Mas a sensação de espanto durou pouco. Ele sabia que tinha que fazer alguma coisa. — Bruxa, vai! Onda Psíquica!
— Ash, é com você! — Escolhi Pikachu. Ataques elétricos. Eu tinha de focar em ataques elétricos. Raio Carregado!
Bruxish e Pikachu começaram dando o melhor de si em ataques de longa distância, mas o gigante Toucannon apenas voou para cima e esquivou-se dos golpes, que destruíram as janelas do barquinho onde ele se escondia. Então, seu bico começou a brilhar em um tom muito vermelho. Estava aumentando a temperatura.
Ainda neste mesmo momento, Toucannon deu uma guinada com a cabeça para cima e deu um grito, chamando por ajuda.
— Pi pi pi!
Logo de cara, já deu para perceber que aquela não era uma batalha normal. Aqueles eram pokémon selvagens batalhando contra a gente, embora todos eles tenham sido previamente aperfeiçoados no quesito batalha por Kahili. A diaba só sorria enquanto Toucannon fazia a festa, devorando-nos com sua majestosidade e empáfia.
O bico do Pikipek então brilhou, mas diferentemente do de Toucannon, era um brilho branco. Então o passarinho se pôs a voar na direção de Pikachu. Bicada!
— Raio Carregado! — Ordenei, e Ash não pensou duas vezes. Fritou o pobre pássaro que se aproximava em pleno voo com uma descarga elétrica super efetiva e, de certa forma, crítica, já que derrotou o pássaro de uma vez só.
Então, Toucannon voou rapidamente na direção de Bruxish, encostando seu bico flamejante na Bruxa e torrando-a em uma explosão de chamas e muito, mas muito calor.
— Bruxa!
E Bruxa foi derrotada com apenas um golpe! Mas que pokémon forte! Toucannon inclinou a cabeça mais uma vez e chamou ajuda novamente, desta vez trazendo uma nuvem com outro pokémon: Trumbeak, a evolução de Pikipek, o que só por este fato, já prometia ser muito mais difícil de derrotar.
— BEAK!— O que vem agora? — Perguntou Travis, mas era melhor que tivesse ficado calado. Tanto Toucannon quanto Trumbeak dispararam um Rajada de Sementes, produzindo tiros de longa distância que machucaram, seriamente, toda a superfície da pele de Pikachu, durante 5 ataques consecutivos, cada um.
— A Habilidade de Toucannon e toda a sua família evolutiva, incluindo Pikipek e Trumbeak, é Liga-Habilidades, que permite que movimentos multi-strike, ou seja, que batem mais de uma vez no alvo, por uso, sejam sempre maximizados para bater o máximo de vezes possíveis no alvo, em uma única jogada. — Explicou Kahili.
— Essa não! Temos que lidar com isso! — disse Travis, que parecia muito concentrado no que fazia. Enquanto isso, eu me mantinha firme nas cortas, louca de medo de cair. — En, vai! Presas de Fogo!
— Acha que isto é suficiente? Toucannon é dez vezes mais forte do que isso, e Trumbeak também! — Debochou Kahili. E lá vinha mais um Rajada de Sementes, seguido de um movimento que ninguém esperava que ele fosse usar. Afinal, era um pokémon selvagem, mas desta vez, para a realização e performance daquele ataque, ele estava junto a Kahili: Strike Aéreo Supersônico, o Movimento Z do tipo voador.
Eu estava tendo mais uma crise de ansiedade. Suor frio, tanto na testa quanto na palma das mãos, pernas tremendo, e aquilo se movendo pra lá e pra cá, de um lado para o outro... Eu não conseguia me concentrar na batalha.
— Calma, Ul! — Tra segurou minha mão e aquilo arrepiou-me toda, dos pés à cabeça. Acho que fiquei um pouco corada também, mas esse toque me trouxe de volta à superfície e serviu para me acalmar. Eu agora estava me concentrando em meu companheiro de batalha. Nos doces olhos de Tra.
— Certo! Frutinhas, vaaai! Esporos!
Frutinhas disparou ao alto seus esporos novamente, com o intuito de por Trumbeak para dormir. E não é que deu certo?
— En, Batedores de Fúria! — Ordenou Tra, fazendo assim com que Trumbeak enfim deitasse, tornando aquela uma batalha de dois contra um, finalmente.
— Certo! Frutinhas, vaaai! Esporos!
Frutinhas disparou ao alto seus esporos novamente, com o intuito de por Trumbeak para dormir. E não é que deu certo?
— En, Batedores de Fúria! — Ordenou Tra, fazendo assim com que Trumbeak enfim deitasse, tornando aquela uma batalha de dois contra um, finalmente.
Mas Toucannon não deixou barato não. Seu bico começou a aquecer de novo para mais um Bico-Explosão. Mas desta vez, comigo bem acordada e em total sincronia com Travis, eu não deixaria que medo algum me parasse ou prejudicasse a nenhum pokémon.
— Nó de Grama! Prenda Toucannon!
Pego de surpresa, o totem foi enrolado por raízes de gramíneas fosforescentes que brotaram lá embaixo, no solo, e subiram depressa, segurando Toucannon, que agora não podia mais fugir dando uma de suas manobras aéreas, nem avançar para estabelecer contato com seu bico-explosão.
— O que? — Kahili se surpreendeu.
— Agora, Frutinhas! Brilho Ofuscante!
— En, Presas de Fogo!
Morelull emitiu um brilho cegante e então choveu uma saraivada de raio laiser pra cima de Toucannon, seguido de uma mordida fatal, mais quente do que qualquer bico-explosão. BOOOOOM!
Uma cortina de fumaça se ergueu e Toucannon tombou no solo, sua aura amarela finalmente apagando e os olhos quase saindo de sua órbita, de tanto girar. O totem havia sido derrotado.
— Ganhamos! Hehehe! — Dei um grito de comemoração e me abracei em Travis, que a princípio ficou paralisado, mas logo retribuiu o abraço, cheio de alegria. Havíamos ganhado.
— Meus parabéns! — Kahili voou com o seu balão até o nosso. — Vocês conseguiram! Venceram seu primeiro desafio da Ilha! Chegaram até a linha de chegada, derrotaram todos os oponentes e por fim, o totem! E tudo isso com uma notória sincronia de batalha, ainda que Ul estivesse c*g*da de medo!
— Obrigada, Kahili! Sua sinceridade me comove!
— Aqui, isso aqui é pra vocês! Podem pegar! — Kahili estendeu a mão e entregou itens iguais, um para mim e outro para Travis. — É um Flyinium Z, item que permite que pokémons que saiam movimentos do tipo voador possam utilizar o Ataque Z, Strike Aéreo Supersônico, exatamente como o Totem Toucannon!
— Obrigado, Kahili! — Agradeceu Travis.
— Ah, e como este é o seu primeiro Z-Crystal, tenho também que lhes dar isto aqui! É um Z-Ring. Serve para afixar seus Z-Crystals no braço e até mesmo pedras de mega evolução! Bem útil, não?
Kahili entregou-nos o Z ring e imediatamente agradecemos, ainda que tudo aquilo parecesse estar acontecendo em um sonho. Quem diria que em apenas uma semana de aula, eu já teria conquistado meu primeiro desafio? Quem diria que estudar na Academia Konikoni seria tão... emocionante!?
Aaah, eu estava realizada.
Mas naquele exato momento, uma rajada de vento abrupta e inesperada chacoalhou, separando nossos balões, o de Tra e eu do de Kahili. Uma criatura passou raspando por nossas cabeças, voando às pressas pelos céus acima de nós, produzindo um sopro que instabilizou momentaneamente nosso voo. Mas... O que era aquilo?!
— Aquilo... Aquilo é um pokémon? — Perguntou Travis, perplexo. E assim como surgiu, a criatura negra desapareceu nos céus agora escuros da tardinha, sem deixar nenhum rastro, marcando para sempre aquele desafio com um quê de incógnita.
— Alola é uma região extremamente vasta e repleta de mistérios cultuados por um povo de tradições e crenças antigas! — Explanou Kahili. — Muitas coisas que vocês verão por aqui, durante seus desafios, não terão explicação lógica ou científica e talvez muita lenda venha a se tornar realidade bem em frente aos nossos olhos! Enfim, Alola é assim! Cheia de pokémon, criaturas e segredos! Vocês acabam de vencer o seu primeiro desafio e este é apenas o começo! Se vocês estão gostando, saibam que suas Aventuras Tropicais por aqui serão a melhor coisa que farão em toda a sua vida, e mesmo que passem perrengues como o balão de ar aqui, vocês amarão ter passado pelo que estão passando e amarão ter tido os colegas que tiveram.
Kahili não sabia o quanto eu estava amando aquilo tudo e nem que já havia bastante tempo.
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