Nada de especial acontecia naquela pacata região outrora dominada pela Equipe Rocket. Os cidadãos, outrora dominados pelo medo, agora são dominados pelo tédio. E é assim que as coisas são em Kanto. Mas só para aqueles que não tiverem um olhar muito atento, pois bem debaixo do seu nariz, pode estar acontecendo alguma coisa impressionante nesse exato momento, e é isso o que resume o Mundo Pokémon.
Neste exato momento, dois treinadores muito bem sucedidos estão sendo convocados para uma importante reunião secreta no porão do laboratório de um dos maiores nomes na pesquisa Pokémon: o Professor Carvalho. Eles não sabem o que os aguarda, mas uma coisa é certa. O homem que os deu seu Pokémon Parceiro não está ali para brincadeiras, afinal, seu tom parece mais sério que o usual.
— Muito bem, crianças! Vejo que ainda não se conhecem. — disse o professor, chegando bem pertinho para poder enxergá-las melhor, afinal, só de trabalho como entregador de primeiro pokémon, ele já tem mais de vinte anos. — Deixem-me apresentá-los.
Ele olhou para a menina ali presente e decidiu falar sobre ela, primeiramente.
— Esta é Go, uma treinadora muito forte e a primeira em muitos anos a derrotar toda a Elite 4 do Platô Índigo. Um fenômeno que conseguiu juntar 5 de suas 8 insígnias em apenas um mês de jornada. Ela arrasa!
— Obrigada! — Agradeceu a menina, de nariz arrebitado.
— E este é Lettus, nosso primeiro Top Coordenador também em anos! Ele juntou todas as 5 fitas necessárias para participar do Grande Festival e é um excelente performer!
— É isso aí! — Lettus ficou vermelho, sem jeito.
O professor continuou falando um monte de palhaçadas, sem chegar no assunto principal da reunião.
— Devemos falar pra ele que a gente tava junto no dia da entrega dos Pokémon Parceiros? — Cochichou baixinho, Go.
— Não, deixa pra lá! Pelo menos ele ainda lembra nossos nomes! — disse Lettus, em resposta à garota que já conhecia desde o primeiro dia de jornada.
— Acho que a idade 'tá pegando. — Comentou Go.
— Você acha? — E a ironia estampou-se na cara de deboche de Lettus.
— Mas o motivo que eu chamei vocês aqui é bem simples! — disse o Professor, erguendo o dedo indicador direito. — Uma nova espécie Pokémon foi descoberta!!
— O QUE?! — Lettus e Go se surpreenderam.
— E eu quero que vocês... — Professor Carvalho fez uma pausa dramática. — Eu quero que vocês... Ahn ... O que eu ia dizer mesmo?
— Você acha? — E a ironia estampou-se na cara de deboche de Lettus.
— Mas o motivo que eu chamei vocês aqui é bem simples! — disse o Professor, erguendo o dedo indicador direito. — Uma nova espécie Pokémon foi descoberta!!
— O QUE?! — Lettus e Go se surpreenderam.
— E eu quero que vocês... — Professor Carvalho fez uma pausa dramática. — Eu quero que vocês... Ahn ... O que eu ia dizer mesmo?
— Ah... Professor? — Chamou Go, pensando que algo estava errado.
— Acho que ele tá com Alzheimer! — Cochichou Lettus.
— Ai, nem brinca com isso! — Xingou Go.
— Onde eu estava mesmo? Ah, é verdade! — disse Carvalho, com o dedo indicador novamente levantado. — Eu preciso apresentá-los! Vocês ainda não se conhecem!
— Ah, meu Arceus! Tudo de novo, não!! — E com um tapa estalado na testa, Go perdeu todas as esperanças em estabelecer uma comunicação fixa com aquele velhote.
— Professor, você estava falando que uma nova espécie de Pokémon foi descoberta! — Afirmou Lettus.
— Ah, é verdade! Como eu poderia ter esquecido? — Pergunta para si mesmo o Professor, como se aquilo fosse muito difícil de acontecer para um senhor com quase 90 anos de idade. — Uma nova espécie de Pokémon foi descoberta e está vagando pela Pokémon Mansion neste exato momento! A missão de vocês é coletar os dados do novo Pokémon com suas pokédex e depois trazê-lo para mim!
— Genial! A gente faz o trabalho sujo e ele ganha os créditos pela pesquisa! — Comentou Lettus, de arriação.
— Bom, não temos tempo a perder, então! Pokémon, aí vamos nós!!
Não precisou de muita cerimônia para Go arrastar Lettus por um braço e tirá-lo de dentro daquele laboratório fedendo a naftalina. Mais uma jornada Pokémon estava prestes a começar! E quem diria... Rumo ao desconhecido.
— EI! LETTUS! EU ESQUECI DE TE PERGUNTAR! Você é um Menino ou uma Menina?!
— Pergunta pro seu neto. — Respondeu Lettus.
— Neto? Que neto? Qual o nome dele?
— Vamos, Lettus! Esse vovô não tem jeito! — E Go puxou seu amigo para longe daquela confusão, rumo à missão de coletar as informações necessárias sobre o novo espécime.
E naquela mesma manhã ainda, Go e Lettus chegam a Pokémon Mansion, um local levemente... abandonado. Digo, levemente porque a vida selvagem floresce aqui dentro.
— Que tipo de Pokémon você acha que é? — Perguntou Lettus, caminhando devagarinho, pois dentro da mansão, cada passo gerava um eco potencialmente perigoso (se é que Zubat me entende).
— Talvez seja a verdadeira identidade do MissingNo. — respondeu Go, imaginando como seria a forma do pokémon código-de-barras.
— Ou talvez o 'M! Esperamos que não seja um fantasma tipo o Ghost da Pokémon Tower em Lavender!
Jessie: Prepare-se para a encrenca!
James: Encrenca em dobro!
Jessie: Para proteger o mundo da devastação!
James: Para unir as pessoas de nossa nação!
Jessie: Para denunciar os males da verdade e do amor!
James: Para estender nosso poder as estrelas
Jessie: Jessie!
James: James!
Jessie: Equipe Rocket decolando na velocidade da luz!
James: Renda-se agora ou prepare-se para lutar, lutar, lutar!
Meowth: Miau! É isso aí!
— Tava na hora de o time dar uma mudada! — Murmurou Meowth.
— Ah, mas isso vai ser uma moleza! Eu escolho o meu melhor pokémon, vai! Eevee! — Lettus joga a pokébola para cima, revelando sua pequena Eevee, responsável pela maioria de suas conquistas no Contest.
— E eu escolho você... Pikachu! Vai! — Go agita uma pokébola com força, quase jogando-a por cima de Jynx, e bem na frente da Equipe Rocket, eis que surge o eletrizante Pikachu.
— Vui, vui! — disse Eevee, um pouco assustada com a aparência dos inimigos.
— Pika! — Mas Pikachu estava confiante de que não ia perder.
Parece que Eevee e Pikachu refletem bem a personalidade de seus treinadores. Como esta batalha vai ser?
— Jynx, use o Blizzard! — Ordenou Jessie, fazendo com que sua parceira pokémon soprasse uma rajada de vento congelante e extremamente destrutiva de sua boca.
— Pikachu! Revide com Dig!
Enquanto a nevasca de Jynx sobrevoava o campo, Pikachu girava como um parafuso, perfurando o chão do ginásio e entrando para debaixo da terra, onde se protegia com segurança das ações do golpe.
Imediatamente, o rato elétrico caminha por debaixo da terra e surge atrás de Jynx, acertando-a com um golpe físico.
— Que jogo sujo! — Indignou-se James. — Tangela! Vine Whip!
— Eevee, impeça-o com o Trump Card!
Sob a tutela de James, Tangela expande seus tentáculos, tentando pegar Eevee. Mas o pokémon de torneios é rápido e faz com que cartas de baralho mágicas (feitas totalmente de energia) surjam e saltem à sua frente, protegendo-o dos braços com uma explosão de faíscas. Os chicotes de Tangela se desprendem do corpo e nenhum dos pokémon é ferido.
— Pikachu, Iron Tail! — Ordena então Go.
A cauda do rato elétrico de repente começa a brilhar em um tom esbranquiçado, tornando-se dura como ferro. Ele tenta acertá-la em Jynx empenhando velocidade e pontaria em uma mesma investida.
— Jynx, proteja-se com o Psychic!
Mas Jessie é esperta. Ela usa os poderes psíquicos de Jynx para delinear o corpo de Pikachu com um brilho azul que o paralisa e depois o joga para longe, contra a parede do ginásio. Um ataque bruto, uma perda de pontos bruta.
— Vine Whip! — Berrou James. E as vinhas de Tangela preencheram o espaço vazio entre ele e Pikachu novamente.
— Vocês querem nos prender com os tentáculos, mas nós é que vamos os prender com o Electroweb!
Jessie, James e Meowth pegam Tangela e Jynx no colo e saem correndo, até desaparecerem no horizonte como uma estrelinha brilhante.
— Estamos decolando de novooo!!
Três palmas pausadas. CLAP. CLAP. CLAP. Esse foi o barulho que ecoou pelo campo de batalhas agora calmo após a feia derrota de Jessie e James.
— Parabéns, vejo que derrotaram meus capangas! Mas o desafio ainda está muito longe de acabar. — disse Archer, com um sangue maligno no olhar. — Os pokémon que vocês vieram buscar já não existem mais! Todos os Meltan que capturamos acabaram se fundindo. É a primeira vez que eu vejo uma evolução do tipo, mas eu posso deixar que vocês a conheçam! Curvem-se perante MELMETAL!
— Acho que ele tá com Alzheimer! — Cochichou Lettus.
— Ai, nem brinca com isso! — Xingou Go.
— Onde eu estava mesmo? Ah, é verdade! — disse Carvalho, com o dedo indicador novamente levantado. — Eu preciso apresentá-los! Vocês ainda não se conhecem!
— Ah, meu Arceus! Tudo de novo, não!! — E com um tapa estalado na testa, Go perdeu todas as esperanças em estabelecer uma comunicação fixa com aquele velhote.
— Professor, você estava falando que uma nova espécie de Pokémon foi descoberta! — Afirmou Lettus.
— Ah, é verdade! Como eu poderia ter esquecido? — Pergunta para si mesmo o Professor, como se aquilo fosse muito difícil de acontecer para um senhor com quase 90 anos de idade. — Uma nova espécie de Pokémon foi descoberta e está vagando pela Pokémon Mansion neste exato momento! A missão de vocês é coletar os dados do novo Pokémon com suas pokédex e depois trazê-lo para mim!
— Genial! A gente faz o trabalho sujo e ele ganha os créditos pela pesquisa! — Comentou Lettus, de arriação.
— Bom, não temos tempo a perder, então! Pokémon, aí vamos nós!!
Não precisou de muita cerimônia para Go arrastar Lettus por um braço e tirá-lo de dentro daquele laboratório fedendo a naftalina. Mais uma jornada Pokémon estava prestes a começar! E quem diria... Rumo ao desconhecido.
— EI! LETTUS! EU ESQUECI DE TE PERGUNTAR! Você é um Menino ou uma Menina?!
— Pergunta pro seu neto. — Respondeu Lettus.
— Neto? Que neto? Qual o nome dele?
— Vamos, Lettus! Esse vovô não tem jeito! — E Go puxou seu amigo para longe daquela confusão, rumo à missão de coletar as informações necessárias sobre o novo espécime.
E naquela mesma manhã ainda, Go e Lettus chegam a Pokémon Mansion, um local levemente... abandonado. Digo, levemente porque a vida selvagem floresce aqui dentro.
— Que tipo de Pokémon você acha que é? — Perguntou Lettus, caminhando devagarinho, pois dentro da mansão, cada passo gerava um eco potencialmente perigoso (se é que Zubat me entende).
— Talvez seja a verdadeira identidade do MissingNo. — respondeu Go, imaginando como seria a forma do pokémon código-de-barras.
— Ou talvez o 'M! Esperamos que não seja um fantasma tipo o Ghost da Pokémon Tower em Lavender!
— Você reparou que o Ghost é uma versão do Haunter misturada com o Gastly? — Perguntou Go, fazendo uma observação acerca da aparência do Ghost.
— Talvez seja alguma nova forma de Alola ou uma Mega Evolução! — Sugeriu Lettus.
— Acorda, Alice. Jogos de Extensão não são mais a mesma coisa em Pokémon. — Go não se importa em quebrar a quarta parede.
— É, tem razão. Mas espere! Eu ouço uma voz! Tem alguém aqui?! — Lettus e Go dobram uma esquina pelas paredes cheias de teia, quando de repente se deparam com duas treinadoras.
A primeira, de longos cabelos morenos e pele bem branquinha, perfumada e com uma expressão séria. Era mais velha, talvez uns dezesseis ou dezessete anos.
A outra, usando maria-chiquinhas no cabelo metade loiro, metade cor-de-rosa, falava com um sotaque esquisito. Como uma hippie. Paz e amor (tudo joia, coroa?)
— Pô, não sei o que dizer! — Falou a segunda.
— É estranho. E fofinho ao mesmo tempo. — Disse a primeira.
— Olá. Desculpe-nos por interrompê-las. — Lettus foi chegando devagarinho, observando que as duas estavam olhando para uma criaturinha minúscula e gosmenta no chão. Com um corpo feito de metal derretido, como se fosse mercúrio, uma cabeça formada por uma porca dourada e um olho flutuando devido à ação do eletromagnetismo. E nas costas, um fio elétrico vermelho, como se fosse um rabinho.
— É esta a nova espécie que o Professor Carvalho mencionou? — Observou Go.
— Nova espécie... Sim... — disse a primeira menina. — Quem são vocês?
— Eu sou o Lettus.
— E eu sou a Go.
— Muito prazer. — A primeira se apresentou. — O meu nome é Green e esta aqui é a minha amiga Mina.
— Beleza? — Perguntou Mina.
— Green Green? Tipo... a Leaf Green? — Perguntou Go, incrédula, como se já conhecesse a outra menina e não se lembrasse, até o momento de ela dizer o nome e as memórias virem como um flash em sua cabeça.
— Isso, Leaf Green. — disse Green, apresentando seu nome completo. Mas Lettus não identificou quem era a menina.
— Lettus, esta é uma das dex holders do Professor Carvalho! Uma das primeiras treinadoras femininas que Kanto já viu! — disse Go, com olhinhos lacrimejantes e um orgulho GRL PWR no peito.
— Aí, e eu, pô?! Eu também quero ser lembrada! — disse Mina.
— Foi mal, não me recordo de você. — disse Go, sem saber onde se enfiar.
— Mermão, a parada é a seguinte! Eu sou Mina, tá ligada? A Trial Capitain da região de Alola! Ilha Poni, Sacomé, né? Clima tropical, brisa fresca... Briiiiisa.
— Putz, essa mina tá viajando! — Observou Lettus.
— Isso. Mina é o meu nome, parceiro! — E ela não percebeu, mas todos ali podiam ser asfixiados com a enorme quantidade de cheiro de erva exalado pelas suas roupas. Estava tudo tão claro, de repente.
— Ex-Trial Capitain, você quer dizer! — Corrigiu Green. — Francamente, Mina! Francamente... Como você foi ser exonerada de um cargo como esse?
— Ah, fazer o que?! Eu sempre quis vender a minha arte na praia! Namoral... Eu to sussa com isso!
— Aff. — E dessa vez, foi a testa de Green que sofreu com um tapa.
— Então, esse é o novo Pokémon de que estão falando? — Perguntou Lettus, referindo-se à pequena criatura que se embolava nos pés de Green.
— Exatamente. Meltan, do tipo Metal e com ataques tipo elétrico. Não sabemos ainda com precisão o que diabos é esta criaturinha, mas sabemos que ele gosta de comer metais. Olha isso.
Green retira de sua pochete uma pequena ferramenta metálica, que logo começa a se desintegrar sob o corpo líquido de Meltan, que começa a absorver todas as propriedades do metal, quase como se ele se nutrisse exclusivamente daquilo.
— Óin, apesar de esquisitinho, ele até que é carismático! — Observou Go, tentando acariciar o Pokémon. Mas no que ela vai tocar na porca que forma a cabeça do novo Pokémon, para a sua surpresa, a menina leva um choque que faz seus cabelos arrepiarem.
— AAAAAAIII!
— Você está bem? — Perguntou Lettus, ajudando Go a se levantar. — Que violência!
— Agora sim.
— Vocês são os treinadores que o Professor Carvalho ficou de nos mandar? — Perguntou Green, ainda em um tom muito sério. Seu olhar era severo e rígido. Nada parecia amolecê-la.
— Sim, viemos para coletar as informações do novo Pokémon para a pokédex e levá-lo para o laboratório do Professor! — respondeu Go.
— Humpf. Vocês não sabem de nada, mesmo. — disse Green em um tom levemente debochado com um ar de superioridade. — Fomos nós que solicitamos ao Professor Carvalho a presença de treinadores aqui, mas não para coletarem informações. Isso nós já fizemos. Veem este Meltan? Fui quem o capturou. Todas as informações já estão registradas na minha pokéagenda.
— Então... Por que nos chamaram aqui? — Perguntou Lettus.
— Bem, nós não contamos para o ancião, tá ligado? O velhote é capaz de ter um infarto e morrer! — disse Mina. — Mas havia uma horda desta espécie neste prédio abandonado, se misturando com os Ditto selvagem. Só que eles foram levados.
— Levados? Pra onde? — Perguntou Go, ainda sem entender.
— Remanescentes da Equipe Rocket, um esquadrão de ordinários que não têm mais o que fazer da vida senão azucrinar os treinadores de bem. — Informou Green. — Eles levaram embora boa parte desta espécie em abundância, só sobrou este, que por ventura, eu capturei.
— Mas... E pra onde eles foram? — Perguntou Go.
— Eles ainda estão por aí. Mas sabe... Eu não estou a fim de procurá-los. Por isso pedi pro Professor mandar outra pessoa.
— O que?! — Lettus não podia estar acreditando naquilo.
— Somos NPC's, porr*! Não somos obrigadas! — disse Mina.
— Ah, meu Senhor! Então nós realmente viemos fazer o trabalho sujo? — Perguntou Go.
— Sim. — Disse Green. — Achem a Equipe Rocket, derrotem-nos e tragam de volta os Meltan roubados. Este é o seu DESAFIO!
— Poxa, não estamos em Alola! E você nem é mais uma Trial Capitain! — Reclamou Go.
— Não interessa. — Disse Mina. — Tragam os Meltan de volta e vocês terão a sua recompensa!
— Grrr! — Go se irritou.
— Calma, Go! Talvez possa ser divertido! — Agora foi a vez de Lettus puxá-la pelo braço.
— É, tem razão. Talvez a gente aprenda alguma coisa enquanto as madames aqui não fazem nada! — Resmungou a menina.
— É que eu recém pintei minha unhas, bonitinha. — Debochou Green.
— Canalhas.
Lettus puxa Go e os dois se afastam de Green e Mina. O que aquelas duas estavam pensando? Já haviam coletado todas as informações sobre a nova espécie, agora só queriam Lettus e Go ali para fazerem a parte mais difícil, que era resgatar os Meltan que elas (incompetentes) deixaram que a Equipe Rocket levasse...
— Eu sou muito a favor da sororidade — afirmou Go — mas ah se eu pego aquela garota...
— Que violência! Calma, Go! Elas talvez estejam tentando observar o nosso poder! Afinal, não somos qualquer um. Você é a nova Campeã da Liga Índigo e eu sou o mais novo Top Coordenador regional. Esse tipo de trabalho vai ser molezinha pra gente!
— É, pensando por esse lado, tem razão! Vamos lá, vamos achar esses caras e acabar com a raça deles!!
— É assim que se fala!!! — Incentivou Lettus. — Mas... Pensando bem, Go... Pra onde será que eles foram?
— Kanto é a menorrr das rrregiões! Uma horrra a gente os encontrrra! — Debochou a menina, puxando um "r" capira, como quem diz que viver em Kanto é antiquado. Não que ninguém saiba disso, porém desnecessário.
— Quanta violência! — Saudou Lettus com sua frase de efeito. — Mas falando sério agora... Eu não tenho muita referências de onde eles possam estar!
— Estamos em Cinnabar Island... Vamos ver... Esta ilha é um local bastante perigoso devido à presença de um vulcão que pode entrar em erupção a qualquer momento... A Pokémon Mansion fica aqui na ilha, assim como um ginásio. Em que local você acha que a Equipe Rocket vai se esconder?
— Não faço ideia. — disse o garoto.
— Pensa. Se eu fosse eles, eu iria para alguma caverna perto do vulcão, para onde a população geralmente não vai, com medo de uma erupção começar a qualquer momento (não deu nada até hoje). Mas depois de tantas experiências, de tantos jogos e tanta Kanto (já estou saturada), não há lugar mais óbvio para a presença deles! O GINÁSIO!
— O Ginásio? M-Mas por quê? — O garoto parecia não entender, mas Go estava forçando a quarta parede de novo, então a princípio, nem ela deveria saber. Mas vamos fingir que nunca passamos por Kanto antes na vida e que esta é a nossa primeira jornada nesta região. Faz de conta que é tudo imprevisível.
— Ora, porque eles são uns idiotas! Se eles tivessem a mim como conselheira, jamais que ficaríamos tão expostos! Mas é justamente assim que funciona a mente deles! Quanto mais às claras, melhor! Idiotas!
— Eu nunca estive em um ginásio antes! É muito... Violento. E-estou nervoso!
— Ora, deixa disso, homem! Deixa de ser fresco! Vamos!
Chegando no ginásio, o local parecia estar abandonado. Silencioso demais. E é aí que a coisa começa a ficar estranha.
— Psiu! Não faz barulho! Por aqui! — Go fez um gesto com o braço, chamando Lettus em sua direção, enquanto tapava a boca com o dedo, para ele manter-se quieto, o que parecia difícil nessas alturas do campeonato. Os joelhos subnutridos tremiam como as cordas vocais de uma cantora de ópera.
De repente, um vulto faz-se presente nas costas de Lettus & Go. É alguém que eles conhecem também desde o primeiro dia de jornada.
— Ora, ora... Olha quem eu encontro por aqui! — disse a voz de criança em um tom estranhamente maligno.
— Kanto é a menorrr das rrregiões! Uma horrra a gente os encontrrra! — Debochou a menina, puxando um "r" capira, como quem diz que viver em Kanto é antiquado. Não que ninguém saiba disso, porém desnecessário.
— Quanta violência! — Saudou Lettus com sua frase de efeito. — Mas falando sério agora... Eu não tenho muita referências de onde eles possam estar!
— Estamos em Cinnabar Island... Vamos ver... Esta ilha é um local bastante perigoso devido à presença de um vulcão que pode entrar em erupção a qualquer momento... A Pokémon Mansion fica aqui na ilha, assim como um ginásio. Em que local você acha que a Equipe Rocket vai se esconder?
— Não faço ideia. — disse o garoto.
— Pensa. Se eu fosse eles, eu iria para alguma caverna perto do vulcão, para onde a população geralmente não vai, com medo de uma erupção começar a qualquer momento (não deu nada até hoje). Mas depois de tantas experiências, de tantos jogos e tanta Kanto (já estou saturada), não há lugar mais óbvio para a presença deles! O GINÁSIO!
— O Ginásio? M-Mas por quê? — O garoto parecia não entender, mas Go estava forçando a quarta parede de novo, então a princípio, nem ela deveria saber. Mas vamos fingir que nunca passamos por Kanto antes na vida e que esta é a nossa primeira jornada nesta região. Faz de conta que é tudo imprevisível.
— Ora, porque eles são uns idiotas! Se eles tivessem a mim como conselheira, jamais que ficaríamos tão expostos! Mas é justamente assim que funciona a mente deles! Quanto mais às claras, melhor! Idiotas!
— Eu nunca estive em um ginásio antes! É muito... Violento. E-estou nervoso!
— Ora, deixa disso, homem! Deixa de ser fresco! Vamos!
Chegando no ginásio, o local parecia estar abandonado. Silencioso demais. E é aí que a coisa começa a ficar estranha.
— Psiu! Não faz barulho! Por aqui! — Go fez um gesto com o braço, chamando Lettus em sua direção, enquanto tapava a boca com o dedo, para ele manter-se quieto, o que parecia difícil nessas alturas do campeonato. Os joelhos subnutridos tremiam como as cordas vocais de uma cantora de ópera.
De repente, um vulto faz-se presente nas costas de Lettus & Go. É alguém que eles conhecem também desde o primeiro dia de jornada.
— Ora, ora... Olha quem eu encontro por aqui! — disse a voz de criança em um tom estranhamente maligno.
— Ora, se não é o perdedor! — Debochou Go.
— Aah! Perdedor! Há quanto tempo?! — Lettus aproximou-se para abraçar o colega de jornada, mas foi recebido com um corte. O menino se afastou.
— Eu estou farto de vocês me chamarem assim! — Berrou o menino, visivelmente irritado com aquilo.
— Foi mal, Trace. Mas é que você é um baita fura-olho! Você não sabia o que queria da vida, aí quando viu que eu e o Lettus estávamos nos dando bem nos ginásios e nos torneios, você resolveu fazer o mesmo. Sabe o que eu acho? Isso é inveja! E você se deu mal! Tentou nos derrotar em vários momentos de nossa jornada, mas nunca conseguiu!
— Para, Go! Quanta violência! — Lettus tenta acalmá-la.
— Calma, nada! Esse ordinário aí ficou batalhando contra a gente a nossa jornada inteira! E sempre que a gente tinha alguma coisa mais importante pra fazer, ele vinha pra encher! Poxa! Ele bem que tentou, mas nunca nos alcançou! Pena...
— Ah, é! Pois derrotem-me em uma batalha agora que eu estou do lado da Equipe Rocket, maninha! — Revidou Trace, o perdedor.
— Você o que? — Lettus ficou chocado.
— Ih, vai perder de novo. Não quero. Batalhar contra você já nem tem graça! Eu quero o GERENTE! Mande-me o seu superior, empregadinho de meio salário!
— WTF?!!! — Trace começou a espumar de raiva. Ele realmente não sabia o que fazer em uma jornada Pokémon e só seguia os outros, tentando passar por cima daqueles que já tinham um sonho construído. Poxa, que cara chato!
— Deixa essa pra mim, perdedor! Quer dizer... Trace! — diz uma quarta pessoa que entra no ginásio no mesmo instante. É um moço mais velho, de cabelos cinza, ligeiramente em um tom ciano. Ele usa um uniforme de executivo. Era o gerente que Go tanto queria.
— Até você, Mr. Archer?! — Trace começou a lacrimejar.
— Perdão. Talvez eles tenham um pouco de razão! Você ainda não ganhou nenhuma partida depois que nos ajudou a capturar os Meltan...
— BUAAAAAHHH! — E Trace sai correndo, deixando um rastro de lágrimas para trás.
— Já foi tarde. — Inticou Go.
— Bom, talvez seja meu dever me apresentar, não é? Eu sou Archer, da Equipe Rocket! — disse o homem, ajeitando seu lindo cabelo com a mão.
— Nós estamos aqui para pegar os Meltan de Volta! — Ameaçou Go. — E nós vamos fazê-lo!
— Go, talvez não seja muito interessante falar com eles dessa maneira! — Cochichou Lettus.
— Dane-se! Eu sou a Campeã, pô! E nós não vamos perder!
— Hum... Gosto dessa sua atitude. Mas eu sou só um pesquisador no momento. — disse Archer. — Eu me torno mais importante apenas na segunda geração e como este é um remake da primeira, então eu sou só mais um NPC descartável. Maaaaaassss... Eu quero que conheçam meus dois protetores, eles que há muito tempo mereciam destaque nesta série colossal! Entrem, EQUIPE ROCKET!
E uma fumaça toma conta do local, revelando duas pessoas ocultas e um Meowth falante.
Jessie: Prepare-se para a encrenca!
James: Encrenca em dobro!
Jessie: Para proteger o mundo da devastação!
James: Para unir as pessoas de nossa nação!
Jessie: Para denunciar os males da verdade e do amor!
James: Para estender nosso poder as estrelas
Jessie: Jessie!
James: James!
Jessie: Equipe Rocket decolando na velocidade da luz!
James: Renda-se agora ou prepare-se para lutar, lutar, lutar!
Meowth: Miau! É isso aí!
— Eles até que têm estilo! — Defendeu Lettus.
— Jessie, James... — Chamou-lhes a atenção, Archer — Estes pirralhos estão aqui e estão dizendo que vão levar os Meltan que vocês tanto custaram para pegar. Derrotem-nos e finalmente eu lhes darei o uniforme preto que vocês tanto apreciam!
— O QUE? — O Cabelo de Jessie chegou a se arrepiar com a notícia. — Pode contar comigo. Jynx, vaaai!
— Ah, essa eu não posso perder! Tangela, eu escolho você!
— Taaaan! — Tangela embrulha James com seus tentáculos azuis, antes de finalmente se desvencilhar e entrar em campo.
— Ah, mas isso vai ser uma moleza! Eu escolho o meu melhor pokémon, vai! Eevee! — Lettus joga a pokébola para cima, revelando sua pequena Eevee, responsável pela maioria de suas conquistas no Contest.
— E eu escolho você... Pikachu! Vai! — Go agita uma pokébola com força, quase jogando-a por cima de Jynx, e bem na frente da Equipe Rocket, eis que surge o eletrizante Pikachu.
— Pika! — Mas Pikachu estava confiante de que não ia perder.
Parece que Eevee e Pikachu refletem bem a personalidade de seus treinadores. Como esta batalha vai ser?
— Jynx, use o Blizzard! — Ordenou Jessie, fazendo com que sua parceira pokémon soprasse uma rajada de vento congelante e extremamente destrutiva de sua boca.
— Pikachu! Revide com Dig!
Enquanto a nevasca de Jynx sobrevoava o campo, Pikachu girava como um parafuso, perfurando o chão do ginásio e entrando para debaixo da terra, onde se protegia com segurança das ações do golpe.
— Que jogo sujo! — Indignou-se James. — Tangela! Vine Whip!
— Eevee, impeça-o com o Trump Card!
Sob a tutela de James, Tangela expande seus tentáculos, tentando pegar Eevee. Mas o pokémon de torneios é rápido e faz com que cartas de baralho mágicas (feitas totalmente de energia) surjam e saltem à sua frente, protegendo-o dos braços com uma explosão de faíscas. Os chicotes de Tangela se desprendem do corpo e nenhum dos pokémon é ferido.
A cauda do rato elétrico de repente começa a brilhar em um tom esbranquiçado, tornando-se dura como ferro. Ele tenta acertá-la em Jynx empenhando velocidade e pontaria em uma mesma investida.
— Jynx, proteja-se com o Psychic!
Mas Jessie é esperta. Ela usa os poderes psíquicos de Jynx para delinear o corpo de Pikachu com um brilho azul que o paralisa e depois o joga para longe, contra a parede do ginásio. Um ataque bruto, uma perda de pontos bruta.
— Que violência! — Exclamou Lettus. — Eevee! Vamos mostrar para eles o que é batalhar com elegância! Baby-Doll Eyes!
Eevee dá uma piscadinha, fazendo com vários coraçõezinhos disparassem de seus olhos na direção de Tangela.
— Jessie, me dê cobertura! — James pede ajuda e ele troca de posição com a parceira.
— Jynx, proteja o Tangela com o Lovely Kiss!
A boca de Jynx começa a brilhar em um tom cor-de-rosa, e ela começa a absorver todos os corações de Eevee, neutralizando a força do golpe de status e redirecionando-o de volta a seu atirador, tacando um beijão de sugar a alma em Eevee. Mas Eevee é rápido e no menor contato da boca de Jynx, pula sobre a cabeça do tipo psíquico e se esquiva, tomando apenas as dores do Baby-Doll Eyes e não caindo a dormir pelo Lovely Kiss.
— Vui, vui! >.<
— Aguente firme, Eevee! — Pede Lettus, com paciência. Mas a verdade é que ninguém merece ser beijado por Jynx. Aquilo deixava Eevee muito assustada.
— Tangela, Vine Whip no Pikachu! — Comanda James.
— Evasiva! — Grita Go.
E assim como o previsto, a velocidade de Pikachu é superior à de Tangela, que perde mais alguns tentáculos pelo chão do ginásio, ao errar o golpe. Eles são realmente frágeis, devo assumir.
— Não desista! Vine Whip de novo! — Mas James é persistente. Ele quer pegar o Pikachu.
E desta vez ele consegue. Tangela acerta suas videiras em cheio, dando uma chicotada ardida no lombo de Pikachu, que é jogado para longe...
Mas Pikachu cai de pé e se recompõe rapidamente.
— Hah! Francamente, vocês acharam que isso ia nos derrotar? — Debochou Go. — O que mais esse seu Tangela é capaz de fazer?
Enquanto isso, Jessie e sua Jynx dançavam pelo campo com maestria e perfeição ao executar os ataques contra Eevee.
— Vai, Jynx! Ice Beam!
Da boca de Jynx, brotava uma esfera e através dela, raios congelantes eram disparados com velocidade considerável contra Eevee. Um toque naquele raio e o Pokémon Parceiro de Lettus estaria condenado.
— Eevee, erga uma nuvem de areia com o Sand-Attack!
Mas Eevee é rápido no gatilho. Ele usa as patas para cavocar o chão do ginásio e ao contrário de Pikachu, ele não entra para debaixo do solo, mas ergue paredes de terra para o alto, bloqueando assim os raios de Jynx, que congelam a areia, e não ele.
De repente, uma escultura de gelo se forma à sua frente, protegendo ainda mais a Eevee, da Equipe Rocket.
A última frase de Go ainda ecoava na mente de James... "O que mais esse seu Tangela é capaz de fazer?". Mas a verdade é que Tangela nada mais sabia do que aquele singelo ataque.— Vine Whip! — Berrou James. E as vinhas de Tangela preencheram o espaço vazio entre ele e Pikachu novamente.
— Vocês querem nos prender com os tentáculos, mas nós é que vamos os prender com o Electroweb!
Pikachu então ameaça a lançar uma Electroball em Tangela, mas ela se parte no meio, formando uma teia de eletricidade que captura tanto o tipo grama quanto seus tentáculos em uma redoma de difícil escape.
— Eevee, tá na hora de darmos o nosso melhor! Last Resort! — Ordenou Lettus.
— Volt Tackle! — Comandou Go.
Eevee cintilou como uma estrela, jogando-se contra Jynx, enquanto Pikachu envolvia seu corpo todo em eletricidade para uma investida realmente poderosa contra Tangela. E foi assim que a Equipe Rocket viu seu fim, em uma eletrizante e barulhenta explosão.
— MIAU! — Gritou o Meowth, de repente se esquecendo de que podia falar a língua dos humanos.
Tangela e Jynx estavam derrotados.
— Vocês realmente acharam que poderiam nos derrotar só com isso? — Debochou Go. — Nós temos apenas 11 anos, mas somos os pirralhos mais fod*s que vocês já viram!Jessie, James e Meowth pegam Tangela e Jynx no colo e saem correndo, até desaparecerem no horizonte como uma estrelinha brilhante.
— Estamos decolando de novooo!!
Três palmas pausadas. CLAP. CLAP. CLAP. Esse foi o barulho que ecoou pelo campo de batalhas agora calmo após a feia derrota de Jessie e James.
— Parabéns, vejo que derrotaram meus capangas! Mas o desafio ainda está muito longe de acabar. — disse Archer, com um sangue maligno no olhar. — Os pokémon que vocês vieram buscar já não existem mais! Todos os Meltan que capturamos acabaram se fundindo. É a primeira vez que eu vejo uma evolução do tipo, mas eu posso deixar que vocês a conheçam! Curvem-se perante MELMETAL!
Archer se inclina, jogando para cima uma Ultra Ball, que revela um monstro de titânio: Melmetal, a evolução de Meltan. Com várias porcas ao longo dos braços, cabeça e peitoral e um corpo central feito do mesmo metal líquido que compunha os Meltan fundidos, Melmetal bota medo não só em Pikachu e Eeve, mas como também em Lettus e Go.
— Melmetal, Double Iron Bash! — Berra Archer, ordenando o ataque.
Melmetal começa a girar com muita força, erguendo poeira e acertando suas mãos de metal, uma vez em Pikachu e outra em Eevee.
— PIKACHU!
— EEVEE!
Os Pokémon parceiros são jogados longe, ficando extremamente feridos com o ataque...
Mas eles resistem. Estão quase esgotados, mas resistem.
— Pikachu, prenda-o com o Electroweb!
Pikachu rapidamente se recompõe e tece sua teia elétrica contra Melmetal, mas Archer não seria bobo o suficiente como os dois trapalhões anteriores para cair em um truque como esse...
— Earthquake!
Melmetal começa a fazer o piso do ginásio chacoalhar, quase como um terremoto de verde, e blocos de pedra começam a voar para cima, bloqueando a teia ao mesmo tempo em que acertava um super efetivo em Pikachu. Eevee também sai ferido com o movimento, mais muito menos do que o tipo elétrico.
— AAAH! Ele é forte demais! — Observou Go.
— Eevee, use Trump Card! — Ordena Lettus; Mas Archer rapidamente bloqueia:
— Flash Cannon!
Um raio de luz composto por metal líquido quente sai da porca central de Melmetal, atingindo os cards de Eevee e explodindo-os no ar com tamanha precisão que nem Archer sabia do real potencial daquele Pokémon.
— Caramba! — Exclamou o próprio Archer.
— Lettus, não há solução. O nosso alvo não é o Melmetal! Nós temos que levar ele para o Professor! — Explicou Go. — Não podemos feri-lo!
— Mas o que vamos fazer? — Perguntou Lettus, sem conseguir enxergar uma saída.
— Eu tenho um plano! Me dê cobertura! — Falou Go.
— Tudo bem! Eevee, Sand-Attack!
— Melmetal, não deixe a areia dele te cegar! Double Iron Bash!
Archer rapidamente reage, e de repente o campo de batalhas é preenchido por muita areia, vindo de ambos os lados.
O problema é que Archer, coberto de areia da cabeça aos pés, não conseguiu reparar no que Go estava pretendendo fazer.
— IRON TAIL! — Gritou ela.
Ele até pensou: "Iron Tail? Poxa, um ataque tipo Metálico não vai ter efeito algum..." Mas ele não sabia que o alvo não era o Melmetal, mas a Ultra Ball, que estava caída no chão desde que fora lançada...
CRACK!
A pokébola se partiu em duas com a força da cauda de ferro de Pikachu, e Melmetal foi liberto da influência da Equipe Rocket. Ele agora para de obedecer a Archer.
— Oh, oh! — Melmetal se volta contra Archer e o ataca com um poderoso Flash Cannon, que não só abre um rombo no teto do ginásio, como também o faz decolar, até desaparecer no horizonte assim como seus subordinados Jessie & James...
— Acabou, Melmetal! Agora você pode vir com a gente! — Go estendeu gentilmente a mão para o pokémon.
— Vamos te proteger de caras ruins como aqueles! — Disse Lettus, tentando transmitir confiança.
Mas o plano não deu certo...
Com um guincho insuportável, Melmetal começa a girar as suas porcas como engrenagens e dá um salto gigantesco até o buraco no teto do ginásio, por onde foge, desaparecendo de vista.
— Essa não! O perdemos! — Exclamou Go, preocupada. — E agora? Como fica a pesquisa do Professor?
— Não se preocupe, Go! Eu registrei tudo na pokédex! — Informa Lettus. — Agora vamos voltar para a Pokémon Mansion e falar com a Green e a Mina! Vamos ver o que elas têm a dizer...
***
— Então vocês deixaram a evolução dos Meltan fugir? — Caçoou Green. — É, talvez eu devesse ter ido lá pessoalmente mesmo!
— Escuta aqui, garota! — Rosnou Go — A gente deu o nosso melhor enquanto vocês ficaram aí paradas sem fazer nada!
— Mas a gente não ficou parada! — Retrucou Mina. — Estávamos investigando.
— Investigando? O que? — Lettus interessou-se em saber.
— Enquanto vocês foram lá (por isso que pedimos ajuda ao Professor para nos enviar treinadores), ficamos aqui observando a estrutura corporal de Meltan. E nós sabíamos que estávamos sendo observadas. Não sabíamos por quem, nem pelo que... Mas logo depois que vocês saíram, ele deu as caras... — Explicou Green. — Mewtwo.
— Aê! Ele tinha uma armadura irada! — disse Mina, viajando em seus pensamentos, quase como se voltasse ao passado e visualizasse o que tinha acontecido em tempo real.
— Um Mewtwo de Armadura? — Go começou a achar estranho. — A Equipe Rocket voltando à ativa depois de tantos anos?
— Pois é, eu também achei estranho. — disse Green. — E aquele Mewtwo... Ele é especial. Poderoso como nunca vi. Ele derrotou meu Blastoise em questão de segundos com um Psychic, e acabou com os tipos Fada da Mina. Eu nunca vi nada igual! No fim, ele derrotou todos os nossos pokémon e levou o Meltan que eu havia capturado consigo. Todos fugiram. Só sobrou os dados da pokédex.
— Mas pensando bem... Eu vi algo similar em algum lugar distante daqui, quando estava fugindo da polícia... er... Quer dizer... Quando ficaram descobrindo que eu roubei o Squirtle do laboratório do Professor Carvalho e eu tive que me refugiar fora da região por algumas semanas... — Continuou Green.
— Onde? — Perguntou Lettus.
— Laranja, Johto, Hoenn, Sinnoh, Teselia, Kalos, Alola... Em que lugar? — Perguntou Go.
— Ah, essa eu sei! É Oblivia! Não, não! Almia! Sevii! Ransei! Orre! Fiore..? — Chutou Mina.
— Bem... A gente havia lhes prometido uma recompensa por batalhar contra a Equipe Rocket por nós, não havíamos? Pois aqui está. Dois bilhetes... Duas passagens de ida. Eu quero que vocês vão até esse lugar e descubram o que está havendo com o Mewtwo e qual a relação do Meltan e do Melmetal nisso tudo e porque a Equipe Rocket está tão interessada neles. Além disso, como eles vieram parar aqui em Kanto, tão famosa por suas míseras 151 espécies?
Lettus e Go pegam os tickets da mão de Green. Uma passagem de avião marcada para o dia seguinte.
— Mas nós... Nós não vamos pra lá, vamos? — Perguntou Lettus, ao ver o nome da região gravado no bilhete.
— Sim, tem alguma coisa acontecendo por lá e está se espalhando pelo mundo todo. Eu quero que descubram. — disse Green.
— E por que a gente faria isso? — Perguntou Go.
— Vocês são a sétima geração de pokédex holders e sem sombra de dúvidas, muito bem sucedidos! Eu conversei com o Professor Carvalho e chegamos a uma conclusão: mandar um Top Coordenador e uma Campeã da Liga Pokémon para fora do país para realizarem uma investigação ultra secreta seria algo muito menos arriscado do que mandar... A Mina, por exemplo.
— Que? O que tem eu?!
E Green continuou.
— Aproveitem e se infiltrem por lá. Lutem na Liga, sei lá. Ajam naturalmente, e quando voltarem, relatem tudo para o Professor Carvalho, de preferência trazendo o Meltan e o Melmetal de volta.
Lettus e Go se olham por um momento... Eles eram apenas crianças de 11 anos cada, mas já haviam vivido muito e aquela não seria a primeira aventura perigosa no qual se meteram...
— E aí, você topa? — Perguntou Go, com um olhar confiante.
— Se você for, eu to dentro! Afinal, está ficando chato não ter mais o que fazer aqui em Kanto! Tá tudo tão repetitivo! — disse Lettus.
— Então a gente aceita. — disse Go, pegando com firmeza no seu passe e olhando no fundo dos olhos de Green. — Região de GALAR, aí vamos nós!
F I M
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