Pokémon Sword & Shield Adventures - Capítulo 01


Hoje é um dia muito especial na vida de Sword. O jovem está completando 15 anos e isso significa que ele já pode iniciar sua jornada Pokémon pela região onde nasceu, Galar. Mas o que o deixa mais excitado, é que está prestes a fazer isso ao lado de uma das pessoas que mais ama e admira no mundo, sua irmã.
Shield, como é chamada, está em jornada já há 2 (dois) anos, isto porque ela é mais velha. Tem dezessete. Mas Shield é especial (muito perspicaz), ela foi chamada para um intercâmbio na região de Sinnoh, e depois viajou para a região de Kalos. Agora, pela primeira vez, ela vai experimentar uma jornada por Galar ao lado de seu maninho mais novo.
  
O voo de Kalos está chegando às 10h da manhã, que é o momento que ela trará boas notícias para o irmão: a confirmação de sua jornada e uma surpresa, que segundo ela, será o ponto de partida para sua  missão de enfrentar os Mestres de Ginásio espalhados pela região.

Capítulo 01 - VS Sobble

Knock, knock. Alguém bate na porta. Sword vai correndo atender, ansioso para rever Shield depois de ter passado dois anos no exterior. Mas antes de chegar à porta... Ele hesita. Seu coração começa a palpitar, está muito ansioso. Mas o menino toma fôlego e com destreza, abre a porta, revelando quem estava do outro lado.
Sim, era ela. Shield, sua querida irmã e companheira de jornada. Sword já estava de mochila nas costas, mas a jornada só começaria a partir do meio dia. A irmã riu disso, na brincadeira, e depois deu um longo e apertado abraço no menino, que se sentiu abençoado por tê-la de volta após tanto tempo sem se verem pessoalmente.
— Maninho! Como você cresceu! — disse ela, admirada, notando que o irmão já estava passando da sua altura, fruto da puberdade.
— Você está tão linda, Shield! Cortou o cabelo! Está mais magra, vaidosa! — Elogiou o irmão.
Shield agradece e em seguida, o tom alegre e descontraído do reencontro toma um ar pesado e sombrio. Shield toca em um assunto que tem preocupado muito a Sword e também a toda a sua família...
— E o papai, como está? — Perguntou ela. E com profundo pesar, seu irmão dá as notícias, que nem sequer mais eram novidades:
— Bem... Você sabe. O mesmo de sempre. Imóvel. Sem falar nada. Piscando... Olhando para o teto... Essas coisas.
Percebendo a insegurança e aflição do irmão ao tocar no assunto, Shield fala:
— Escuta, maninho, eu sei que você se sente mal pela mamãe, de ela ter que ficar cuidando do nosso pai enquanto estamos em jornada, mas eu prometo! Nós vamos achar uma cura! Esses dois anos que trabalhei em Sinnoh e em Kalos não foram em vão! Eu estive com os melhores médicos de todo o mundo e eu estou trabalhando duro nisso! Nós vamos conseguir! Nós vamos dar um jeito! — Prometeu ela, segurando na mão do irmão.
— É que... É tão injusto eu sair em jornada com você e deixar a mamãe aqui sozinha... Antes... Antes ela brilhava nos Contests por toda a região e agora... Agora ela tá aqui cuidando do papai e vai ficar sozinha fazendo isso enquanto a gente estiver fora. É tão... Injusto!
— Não, não se culpe por isso. — diz uma terceira pessoa que chega naquele exato momento na sala de estar. É a mãe deles.
— MÃE!! — Grita Shield, correndo de encontro a um abraço gostoso com a mãe que não via há tanto tempo. Chegou a correr uma lágrima pelos olhos delas. Era um grande reencontro, por mais temporário que fosse.
— Que bom que está de volta, filha. Eu senti tanta saudade... — Disse a mãe, abraçando e alisando o cabelo (agora curto) da filha...
— Mãe, eu prometo que eu vou ajudar o papai! — disse Shield, com um tom esperançoso. — Você não vai mais precisar passar o resto da vida cuidando dele! Nós vamos curá-lo!
— Não se preocupa com isso, filha. Vocês estão se cobrando demais! Já faz dez anos que o pai de vocês está acamado. Nada nem nenhum médico no mundo foi capaz de nos dizer o que ele tem... Vocês precisam viver a vida de vocês. Eu já ganhei 3 contests, não preciso de mais fama! Está na hora de vocês fazerem a jornada de vocês. E sempre que precisarem, eu vou estar aqui. Eu os amo!
Sword sentiu vontade de chorar. Mas por mais que doesse, ele tinha de concordar com a mãe. Havia 10 anos que o pai deles não falava nem fazia expressão alguma. Estava na hora de eles começarem a trilhar o próprio caminho em sua própria jornada Pokémon, ainda que a mãe deles também estivesse em plena idade para isso. Mas ela tinha razão. Quinze anos é um marco na vida dos jovens de Galar.
— AH! Eu quase ia me esquecendo! — disse Shield, de repente saindo dos braços da mãe e indo até o irmão. — Parabéns, maninho! Pelos 15 anos! Eu te trouxe um presente! A surpresa de que falei pelo telefone!!!
Sword começou a ficar nervoso. Não gostava muito de receber presentes. Mas ele tinha a sensação de que seria algo muito bom, afinal, o rosto da irmã se iluminou quando falou na tal surpresa.
— Mas antes... — disse ela. — Eu vou... Ver como o papai está.

Chegando no quarto de seus pais, Shield deparou-se com um homem completamente vestido de branco. Pijamas. Estava sentado na cama, olhando para a janela com uma expressão fixa, sólida. Como se estivesse congelado no tempo. Vez ou outra, ele piscava. Mas não falava nada, não expressa nada. Absolutamente nada.
— Pai?
Ele não se virou quando ela chamou.
— Sou eu, a Shield! Lembra de mim? — A filha chegou perto e se ajoelhou perto do pai sentado. Ele continuava olhando reto, sem falar nada. Aquele silêncio mórbido que preencheu o quarto também preencheu o coração de Shield com uma enorme vontade de gritar. Ela estava com muita raiva. Sentia isso há anos. Raiva do pai, por não falar com ela. Mas ela sabia que não era culpa dele. Ele estava assim, nesse estado catatônico desde muito tempo atrás. Ela nem se lembra direito. Nem sequer se recorda da voz dele, pois era muito pequena quando tudo aconteceu.
— Eu vou encontrar uma cura, pai! Eu prometo. — disse ela. — Veja o que eu trouxe para te alegrar. Talvez eles te ajudem a se recuperar melhor. Pessoas com Pokémon de estimação tendem a melhor reagir a tratamentos.
Disse ela, enquanto o pai permanecia imóvel, selado como uma estátua.
— Tudo bem... Shield, não é culpa dele... Não é culpa dele... — disse a garota para si mesma, levantando-se e pegando um conjunto de 12 pokébolas de uma só vez, sendo 6 de cada região que ela já percorreu.
Jogou-as para o alto, revelando todos os seus parceiros Pokémon que coletou durante os dois anos que esteve em viagem. O primeiro grupo era formado por Lucario (Lutador/Metálico), Wailmer (Água), Wishiwashi (Água), Munchlax (Normal), Noctowl (Normal/Voador) e Raichu (Elétrico). São os Pokémon que ela pegou por Sinnoh.
  
  
Já o segundo grupo era composto por Minccino (Normal), Tyranitar (Pedra/Trevas), Meowstic  Macho (Psíquico), Vikavolt (Inseto/Elétrico), Braviary (Normal/Voador) e Vibrava (Terrestre/Dragão), o grupo de Kalos.
  
  
Os Pokémon previamente treinados cumprimentaram o pai de Shield com respeito. Eles foram avisados um tempo antes da situação no qual ele se encontrava, então ficaram bem quietinhos, exatamente como sua tutora os ensinou.
— Eles vão ficar aqui, com você e com a mamãe! — disse Shield, baixinho. — Mas não se engane, eles não vão dar trabalho! Estão muito bem treinados. Vocês só vão precisar dar comida e escovar o pelo de alguns deles enquanto eu não estiver aqui. Eu... Espero que eles possam te fazer mais feliz, pai!
— ...
Mas o homem nada disse, nada demonstrou. Continuou lá, mirando o vazio.
Triste, Shield saiu do quarto chorando e foi até o irmão, contendo as lágrimas com as mãos.
— Maninho...
— Você está bem? — Perguntou Sword, preocupado.
— Estou. Eu só não lembrava o quão horrível era... — disse ela, tentando esquecer disso. — Mas... Deixa pra lá, agora é um momento muito especial. Está preparado? — Perguntou ela.
— Desde o momento que você chegou aqui. — respondeu Sword.
— Tã-dã! — Shield retira do bolso uma caixa contendo três pokébolas novinhas em folha. Dentro delas, havia três diferentes Pokémon.
— Estes são os Pokémon iniciais oficiais da região de Galar! Você pode escolher dois, um deles fica pra você, o segundo você vai ficar encarregado de cuidar e dar para um treinador que você achar que merece e o terceiro... Hahah, o que sobrar fica comigo. — disse Shield, vendo o êxtase com que o irmão ficara.
— CA-RAM-BA!! — Sword não sabia nem o que dizer. Aquele era com certeza o melhor presente que ele já recebera. Seus primeiros dois Pokémon! Algo que ele nem sequer imaginava que aconteceria dessa maneira! Nem sequer cogitou que a surpresa da irmã tivesse algo relacionado a isto. Estava boquiaberto, sem ração. Não sabia o que dizer. Aquela era uma escolha tão difícil...
Na primeira pokébola, estava Grookey, um primata do tipo Planta. Era um tanto agitado e hiperativo. Utilizava o galho que prende em sua cabeça como uma baqueta. Perfeito para quem é descontraído.
Já na segunda pokébola, jazia o roedor do tipo Fogo, Scorbunny, um velocista com tremendo carisma. Um pouco apressado demais e por vezes, cômico demais. Mas ainda assim, um poderoso Pokémon.
E na última pokébola estava Sobble, um réptil do tipo Água, conhecido por sua capacidade de tornar-se invisível debaixo d'água e pela tímida personalidade que faz com que ele se camufle por qualquer coisa.
— É difícil, não é? — disse a mãe deles, que ainda estava na sala. — Lembro-me de quando foi a minha primeira vez. Eu escolhi o Scorbunny, mas não deu muito certo. Ele queimava o meu cabelo. — Riu ela.
— Eu... Posso escolher dois mesmo? — Perguntou Sword, duvidoso.
— Sim. — disse Shield. — Um será seu, o outro estará sob sua tutela e responsabilidade até que encontre um treinador que ache digno e o mereça ter como parceiro. O que acha disso?
— É... Fantástico! — Sword ainda está muito indeciso. Mas toma coragem, enquanto seu coração parece que já vai sair pela boca. — Muito bem, eu escolho... Scorbunny!
— Péssima escolha! — Brincou a mãe.
— Ah, que nada, mãe! Ele é fofinho! — Disse Shield, sorrindo.
— E o Pokémon que eu vou cuidar... Vai ser... O Grookey...? — Falou Sword na dúvida. — Sim! O Grookey! Esta é a minha escolha! Scorbunny e Grookey!
Shield pegou as pokébolas referentes à escolha de seu irmãozinho e disse:
— Muito bem. Ótima escolha! Agora você será responsável por duas vidas! Tome conta deles!
E entregou as pokébolas para o menino que vibrava de emoção (mas talvez fosse mais um excesso de ansiedade).
— Então eu fico com o Sobble! — Prosseguiu Shield. — É, ele é o mais legal mesmo!
— Ah, que bom que gostou! Eu estava com medo que eu escolhesse o que você queria, maninha! — disse Sword, mais aliviado.
— O que você quiser, eu também vou querer, irmão! — disse ela, dando um abraço no irmão mais novo. — Vamos, vamos para a nossa jornada, encontrar uma cura pro papai e botar esse país de cabeça pra baixo! — Incentivou Shield.
— É pra já! — Sword fez uma continência em confirmação.
— Aaah, não! — disse a mãe. — Primeiro vocês vão provar do meu almoço! Eu não estou cozinhando a toa! E além disso, você acabou de chegar, minha filha! Fica mais um pouquinho!! — Ela já estava preocupada.
— Eu sei, mãe! Nós não vamos agora já! — Shield acalmou-a.
— Talvez daqui a uns cinco minutos, mas não agora... — Brincou Sword, e todo mundo riu, quebrando de vez o espírito atordoante da doença do pai, que pesava aquele lugar.
E assim, inicia-se a jornada de Sword e sua irmã mais velha, Shield, pela região de Galar. Que tipos de aventuras os esperam por esta nova e vasta região? A resposta para isso, você confere nos próximos episódios desta grande aventura!


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