Shot IV: Unova
DIA 18
Quando chegamos na praia, fazia uma hora e quarenta desde o momento em que havíamos descido. Mas ao contrário do que a Team Ambition disse (mentirosos, estavam blefando para fazer eu me render), avistamos o Royal Unova intacto, cruzando a linha do horizonte.
— Partiram sem nós! — disse Best, desapontado.
— Cansaram de nos esperar, é claro! — disse eu, calculando o tanto de tempo a mais que eles ficaram aportados, esperando que nós aparecêssemos.
— E agora?
— Agora dane-se! Nós temos um Pokémon capaz de voar aqui.
— ESPEREM! — Gritou uma pessoa. A voz vinha de trás de nós. Ao nos virarmos, uma surpresa: Era Masamune e Hanbei, os irmãos de Oichi. Eles tinham um Braviary e um Chimecho, respectivamente. A evolução de seus Rufflet e Chingling.
— HANBEI! MASAMUNE! — Exclamei, indo correndo abraçá-los.
— WISH-CHAN! — Hanbei era muito meu amigo, demorando-se em seu abraço. Ele era pequenino e bem miudinho, mas suas roupas extravagantes, desta vez se ocupavam de fazê-lo soar maior.
— O que fazem por aqui? — Perguntei.
— Oichi nos mandou aqui. — Explica Masamune. — Para ajudá-la.
— Aah, Oichi... — Nesse momento, meus olhos começaram a lacrimejar. Ah... Que grande amiga eu tinha!
— Viemos lhe informar que na Ilha Paladin, sua última parada antes de chegarem à região de Unova, há um Pokémon muito especial que vocês podem capturar para incrementar sua defesa. — Esclareceu Masamune.
— É um Terrakion! — Disparou Hanbei.
— O que?! — Best arregalou os olhos. — Vocês estão sugerindo que capturemos o lendário Espada da Justiça?
— Sim!! — Sorriu Hanbei.
— Bom, agora a gente tem o Articuno, Best! — Tentei acalmar o menino. — Dá pra gente usá-lo para tentar combater o Terrakion!
— Não! — Exclamou meu companheiro de jornada. — Você tem um Articuno! Agora é a MINHA vez de ter um lendário! Está tudo bem para você?
— É claro!
Agora eu entendi. Os olhinhos dele estavam arregalados, mas era porque estavam brilhando.
— ILHA PALADIN, AÍ VAMOS NÓS! — Gritou Best, totalmente excitado.
— ESPEREM! — Gritou uma pessoa. A voz vinha de trás de nós. Ao nos virarmos, uma surpresa: Era Masamune e Hanbei, os irmãos de Oichi. Eles tinham um Braviary e um Chimecho, respectivamente. A evolução de seus Rufflet e Chingling.
— HANBEI! MASAMUNE! — Exclamei, indo correndo abraçá-los.
— WISH-CHAN! — Hanbei era muito meu amigo, demorando-se em seu abraço. Ele era pequenino e bem miudinho, mas suas roupas extravagantes, desta vez se ocupavam de fazê-lo soar maior.
— O que fazem por aqui? — Perguntei.
— Oichi nos mandou aqui. — Explica Masamune. — Para ajudá-la.
— Aah, Oichi... — Nesse momento, meus olhos começaram a lacrimejar. Ah... Que grande amiga eu tinha!
— Viemos lhe informar que na Ilha Paladin, sua última parada antes de chegarem à região de Unova, há um Pokémon muito especial que vocês podem capturar para incrementar sua defesa. — Esclareceu Masamune.
— É um Terrakion! — Disparou Hanbei.
— O que?! — Best arregalou os olhos. — Vocês estão sugerindo que capturemos o lendário Espada da Justiça?
— Sim!! — Sorriu Hanbei.
— Bom, agora a gente tem o Articuno, Best! — Tentei acalmar o menino. — Dá pra gente usá-lo para tentar combater o Terrakion!
— Não! — Exclamou meu companheiro de jornada. — Você tem um Articuno! Agora é a MINHA vez de ter um lendário! Está tudo bem para você?
— É claro!
Agora eu entendi. Os olhinhos dele estavam arregalados, mas era porque estavam brilhando.
— ILHA PALADIN, AÍ VAMOS NÓS! — Gritou Best, totalmente excitado.
DIA 19
Chegamos finalmente à Ilha Paladin, onde Best teria a chance de capturar Terrakion. O lendário fazia parte de um quarteto muito conhecido na região de Unova, o grupo das Espada da Justiça, responsáveis por manter o equilíbrio e a justiça quando a região entra em situações de conflito, tais como guerras e mais recentemente, nos atentados da Equipe Plasma, que chocaram o mundo inteiro.
Dos tipos pedra e lutador, Terrakin habitava o alto das montanhas florestais de Paladin Island e chegar até lá era complicado, porque vez ou outra, tínhamos de escalar de quatro para conseguirmos nos elevar pelos íngremes aclives que o relevo natural da região fornecia.
— Onde ele pode estar? — Perguntei, olhando por todos os lados e não o encontrando. É claro, não poderia ser tão fácil assim.
— A julgar pelo seu tipo primário, — Respondeu Best. — ele deve estar em alguma caverna por aqui.
— E como faremos para encontrá-lo? Eu não aguento mais caminhar! — Reclamei.
— Bom... Talvez a gente possa fazer o seguinte... Forretress, vaai!
Forretress, a forma evoluída de Pineco, que Best conseguira no calar da noite com nossas muitas viradas em treinamento, surgiu esplendorosa da pokébola.
— Forretress, use Explosion!
Forretress começou a brilhar em um tom amarelo e em seguida, sucedeu-se uma explosão colossal, que não só destruiu (e automaticamente reconstruiu) o corpo do Pokémon, como também afastou todos os outros que viviam por perto, assustando a fauna local.
— Agora tome isso, Forretress. — Best se abaixou e entregou a Forretress um item chamado Reviver. E lá veio outra explosão. E depois outra. E depois outra.
— Se isso não quebrar a ordem, eu não sei o que mais vai fazer Terrakion aparecer por aqui! — Comentou o menino.
Dito e feito. Com o caos instaurado na floresta, o lendário Pokémon que ali habitava, Terrakion, surge enfurecido, pronto para acabar com qualquer coisa que desestruturasse o equilíbrio. Pena que ele não sabia que era uma trapaça.
Terrakion mugiu fortemente, baforando uma onda de vento (fedorenta, diga-se de passagem) em nossa cara.
— Aí está você, Terrakion! — Os olhinhos de Best brilharam novamente. — Está na hora de uma pequena (nova) trapaça! Monferno, Armaldo! Vão!
— É ilegal usar dois Pokémon contra um, Best! Vai contra as regras da Liga Pokémon! — Tentei avisá-lo.
— Wish... As nossas vidas e os nossos sonhos estão sob perigo. Não é hora para nos abstermos à regras! A gente pode ser morto! — E eu temia que Best tivesse razão.
— Monferno, Armaldo! Formação de combate!
Os ataques todos se anulavam. Terrakion era muito forte e com certeza, sabia como se defender. Um verdadeiro espadachim, avoidando cada movimento.
— Armaldo, empurre sua Shadow Ball com o Metal Claw! Monferno, ajude-o com o Mach Punch!
Juntos, os dois ataques físicos implementaram a força e a velocidade (e inclusive, o volume) de Shadow Ball, enviando a bola das sombras diretamente para cima de Terrakion no que seria uma explosão certeira. Mas Terrakion ergueu sua espada, cortando a esfera de poder no meio e deixando que as duas metades explodissem às suas costas. O ataque foi completamente esquivado.
— Não... Nós viemos de muito longe para não dar certo... Monferno! Eu... Vou ter que pedir que faça um sacrifício por mim! Tudo bem?
Monferno concordou com um aceno de cabeça, entendendo completamente o que seu treinador havia pedido. Nós havíamos treinado aquela tática havia duas noites. Monferno nunca havia resistido. Mas dessa vez, era tudo ou nada. Ele precisava conseguir.
— Armaldo: Water Gun nas costas do Monferno! — Berrou Best, fazendo com que Armaldo cuspisse um jato de água extremamente pressurizada nas costas do tipo fogo, mandando-o para cima de Terrakion. Aquele era um movimento tanto superefetivo para Terrakion quanto para Monferno, mas ele tinha de aguentar. Monferno precisava ser resistente.
— MACH PUNCH!!!
Impulsionado pela água que Armaldo (que também lavou Terrakion), Monferno energiza seu punho e no último momento, antes de perder as forças completamente por causa do jato superefetivo, ele soca Terrakion bem no queixo, passando pela defesa de seus chifres e conseguindo, consequentemente, acertar.
Terrakion urra e cai de quatro no chão.
— Pokébola, vaaaaai!
Best é bom na pontaria e faz a superbola engolir Terrakion de uma só vez. Ele bem que tentou resistir à captura, mas aqueles dois superefetivos, um do tipo água e outro do tipo lutador, só poderia resultar em exaustão. E foi o que aconteceu. Best havia oficialmente capturado um lendário. E agora eram dois.
— É isso aí! Parabéns, Best! — Comemorei, faceira com a conquista de meu amigo. Agora era evoluir meu Dewott, mas para isso, ainda faltava muito treino. Tempo, no entanto, era o que tínhamos de sobra...
— E agora, Wish... Vamos realizar o seu desejo! Próxima parada... Unova!!!
Mas antes que pudéssemos fazer qualquer coisa, Monferno, que arfava cansado e à beira da derrota, dá o melhor de si para conseguir passar para o próximo estágio, forçando a si mesmo a evoluir para superar a fraqueza que sentia no momento. Era agora um radiante Infernape, cujas chamas eram quentes como os raios solares.
Mas antes que pudéssemos fazer qualquer coisa, Monferno, que arfava cansado e à beira da derrota, dá o melhor de si para conseguir passar para o próximo estágio, forçando a si mesmo a evoluir para superar a fraqueza que sentia no momento. Era agora um radiante Infernape, cujas chamas eram quentes como os raios solares.
— Wish... — Best me olhou. — Estou com um bom pressentimento. Não tem como a gente perder.
— Será?!
E ficamos em silêncio em nosso trajeto até Unova.
DIA 20
Era em torno de quatro horas da tarde quando finalmente avistamos o cais de Castelia City, a cidade portuária e também a maior e mais volumosa de toda Unova.
— Aaaah! Que sonho! — Agora foi a vez dos meus olhinhos brilharem. Era a visão do paraíso.
Mas nós já esperávamos que algo nos impedisse que chegar ao objetivo final... O céu começou a ficar escuro e o tempo a fechar.
— WTF?!
— Olhe! — Gritei para Best, que estava morrendo de medo de o voo de Articuno desestabilizar em meio à tempestade. — É o Twister daquele Pokémon!
Um Rayquaza preto, acompanhado de um nebuloso Zekrom, formava um tornado muito poderoso, corroborando em nossa direção.
— VAI COLIDIR! ARTICUNO, DESVIE!
Os ataques vinham em nossa direção, mas Articuno era rápido e se esquivou. Foi então que vimos um contorno negro surgindo no horizonte. Era um homem muito famoso... Nobunaga, o líder da Equipe Ambição.
— OLHA LÁ! — Exclamou Best, aterrorizado com o medo de cair.
— Parados, vocês dois aí! — Ordenou Nobunaga. — Nem mais um passo adiante! A Team Ambition falhou diversas vezes em pegá-los, mas desta vez, eu resolvi vir pessoalmente para acabar com essa palhaçada! Volte agora para o reino de Aurora comigo, princesa, ou sofrerá as consequências!
— Eu vim até aqui... Eu lutei. Batalhei. Sofri. Mas cheguei até Unova. Não vai ser agora que eu vou desistir! Articuno! Vaaai!
Peguei na mão de Best e pulamos na água salgada e fria do mar de Unova. Articuno saiu voando.
— Terrakion, eu escolho você! — Best escolheu Terrakion que, mesmo tendo desvantagem à água, ainda era um lendário e poderia sobreviver por algum tempo servindo de bote para a gente, pelo menos até que chegássemos a alguma pedra. E havia várias pela frente. Então foi mais fácil do que pensávamos.
— Articuno, mude a situação dessa chuva! — Ordenei — Hail!
Em um bater de asas, Articuno transformou toda a chuva em granizo. Poderia até ser dolorido, mas isso incrementava seu poder em golpes do tipo gelo, o que para nós, era grande vantagem.
— Zekrom, Bolt Strike! Rayquaza, Hyper Beam!
Os lendários oponentes atacaram Articuno de uma só vez, derrubando-o na água. Mas a sorte é que estava gelada. Articuno saiu de lá mais forte do que nunca, abrindo suas asas e criando uma forte nevasca que atingiu ambos os adversários ao mesmo tempo.
— Articuno! Ajude-nos à chegar à Castelia! — Comandei.
E a ave de gelo então cuspiu o seu raio de gelo, formando uma ponte (de dar inveja na Skyarrow Bridge) até Castelia.
— O gelo não vai ser forte o suficiente para segurar Terrakion. — Disse Best.
— Tem razão. Terrakion é lendário, mas não é de ferro. Com toda essa água, ele está enfraquecido. Nem vai conseguir lutar. Coloque-o de volta na pokébola e vamos nadando até lá.
E assim fomos, chegando à ponte de gelo e deslizando por sobre ela em direção à Castelia. Estava perto. Faltava apenas alguns metros para atingirmos o porto, quando de repente... Um Dragon Breath e um Night Shade acertam Articuno em cheio,
fazendo com que a ave lendário despencasse sobre a ponte de gelo e a partisse no meio, separando-nos mais uma vez de Castelia, logo agora que estava tão perto...
Articuno fora derrotado.
— Ai, não!
— Eu te avisei, menina! Você vai por bem ou por mal! — Ameaçou Nobunaga.
— Pode apostar que eu prefiro ir por mal! Eevinha, Rosinha... VÃO!
Eevee e Jigglypuff congelam seus pés ao aterriçarem na ponte de gelo. Mas estavam firme e fortes, pronto para a batalha final.
— Wish, use as pedras que eu te dei!
— Certo! Hora de evoluir!
Eevinha ficou tão... "simpática" na forma de Jolteon, mas Wigglytuff preservou sua fofura. Estava inclusive, até mais bonitinho.
Mas Nobunaga não deu pausa para evoluir. Seus lendários vinham com tudo em seus ataques.
— Eevinha, Wigglytuff! Thunderbolt & Sing!
A canção de ninar de rosinha faz com que Zekrom e Rayquaza despenquem dos céus, dormindo e esquecendo-se completamente de executar seus ataques. Eles caem no mar e nós, protegidos pela ponte de gelo, somos salvos da super condutividade da água, fazendo assim com que o raio de Jolteon eletrocutasse não só Rayquaza como também Zekrom.
Mas só isso não bastava. Os lendários haviam acordado devido à extrema força da eletricidade na água, e agora poderia continuar atacando.
— Jolteon, Shadow Ball! — Comandei.
Mas Nobunaga foi mais rápido:
— Protect!
E Rayquaza bloqueou completamente o ataque.
— Agora, Zekrom! Zen Headbutt! — Ordenou Nobunaga.
E lá veio uma cabeçada cheia de energia, cortando os céus e derrotando Rosinha na hora, mesmo com sua mais recente evolução.
— AAAH! Rosinha! — Gritei, indo até ela e colocando-a de volta na pokébola para que não se afogasse, afinal, o empurrão de Zekrom a atirou no mar. — Grrrr! Isso não vai ficar assim... Samurott... Eu conto com você! Vaaaai!
Olhei para Best. Ele me olhou de volta.
— Chegamos até aqui. Não podemos desistir. — disse ele.
— Eu sei, mas você não acha que seria melhor no meio da multidão?
— Concordo plenamente. Tá na hora de sair dessa água fria.
Imediatamente, Samurott reconstrói a ponte de gelo e deslizamos todos até o cais de Castelia. Mas Nobunaga não desistiria tão fácil assim... Ah, não.
— Zekrom, Bolt Strike! Rayquaza, Hyper Beam!
— JÁ CHEGA!!! — Comandou com firmeza uma voz que eu conhecia muito bem. De imediato, Nobunaga retrocedeu e os ataques pararam.
Virei-me costas para a batalha e lá estava ele, imponente como sempre.
— PAI?! — Exclamei surpresa. Ele estava de pé em cima do barco velho da Team Ambition, que estava toda reunida lá, com seus pokémon a postos. Estávamos encurralados.
— Minha filha... — De repente, a barreira começou a desmoronar. Ele começou a encharcar seu bigode branco. — Você fugiu, me traiu, traiu ao príncipe prometido e ainda abandonou Ransei!
— Sim, papai! — Dei um nó na garganta, mas fiquei séria e mantive minha posição. Eu estava em Unova agora e o que quer que ele tentasse, não valia de nada nesse território de liberdade e compreensão, amor mútuo entre humanos e Pokémon. — Eu não quero e NÃO VOU me casar com um completo estranho só por causa das suas políticas e dessa tolice de reinos! CHEGA!!! Eu não vou deitar!
— Você... Deveria ter me dito isso antes. Eu teria compreendido. — disse ele, surpreendentemente arrependido!!!
— O que?! — Estranhei.
— É claro, Wish! Eu sou seu pai, e não seu dono! Você tem toda a liberdade para dizer "não". Não precisa fazer tudo isso o que você fez. Você só deveria ter me dito, filha. Diálogo. Eu não sou seu inimigo.
— É, mas você não precisava ter mandado esse bando de carniceiros atrás de mim! — Esclareci.
— Bem, você sumiu... Traiu o trono... Mas ainda é minha filha. Eu estava preocupado com você, mas nunca faria algo assim! Foi o Imperador de Ignis quem mandou a Team Ambition atrás de vocês dois! Se por acaso você ficou ouvindo de fontes não confiáveis algo diferente, me desculpe. Mas esta é a verdade. Não fui e nunca teria sido eu.
— Grrr! — Fiquei com raiva. — Eu não vou voltar para Ransei! Não agora! Eu quero me tornar uma treinadora Pokémon, papai! Esse é o meu sonho! E não... Não ser uma princesa!
— E durante o tempo todo que estivesse nesse bote — disse ele, referindo-se à caravela da Team Ambition. Pelo visto ele estava lá escondido quando nos encontramos com a Equipe Ambição em Decolore Islands também. — Eu percebi que você já é uma, Wish! Você já é uma treinadora Pokémon.
— Sou! E vou me tornar a Campeã da Liga Unova! Custe o que custar!
— Muito bem, se esse é o seu desejo... Está livre para prosseguir em sua jornada. Eu só lamento não ter sabido desse seu fascínio antes. Eu teria feito de tudo para te ajudar... — disse meu pai, muito mais compreensivo do que o de costume. Talvez fosse preciso que eu tivesse feito tudo aquilo para ele compreender que não estava criando me criando para ser uma boneca. — Você não é uma princesinha, Wish. Nunca foi. E eu talvez não tenha entendido isso mais cedo... Uma pena. Eu estava criando uma mulher, e não um objeto de poder. Uma mulher forte e independente. Você merece o mundo, Wish. E eu te criei para conquistá-lo, e não para ser conquistada.
Dessa vez foi comigo. Não pude me conter. As lágrimas transbordaram meu rosto, e não só o meu pai, mas também o Best, me abraçou em um longo e forte gesto de carinho, que encerrava aquela trajetória maluca que ocupara 20 dias e 20 noites ininterruptas. Enfim, tudo estava esclarecido.
— Mas e quanto à nós? Fomos pagos para trazer essa menina de volta! — Reclamou Nobunaga, enraivecido. Ele já estava com Rayquaza e Zekrom prontos para atacar meu pai.
— Eu cubro o lance que o Imperador de Ignis fez para vocês, desta vez para deixarem-nos em paz! Ou melhor, eu pago o dobro! Contanto que nunca mais perturbem a minha filha e nem a este rapaz, pelo resto de suas vidas! Ah, e é claro... Vocês podem também mentir para o Rei de Ignis e dizer que nada disso aconteceu... Nunca ouve nenhuma negociação, entendido? — disse meu pai, com a nobreza de um homem rico.
— Perfeito. — Concordou Nobunaga. E os selaram o acordo com um aperto de mãos.
— E você, garotinha... Volte para Ransei depois que conquistar o mundo. Você vai ser sempre bem vinda na casa do papai. — Ele me abraçou mais uma vez. — Agora tenho de voltar. Tenho um reino para governar. Fique com Arceus. Que a luz dele sempre estava contigo.
— Obrigado, papai... E... Me desculpe por tudo.
— Eu é que tenho que me desculpar, filha... Por ter sido tão autoritário. Eu espero que um dia você me perdoe.
— Já está perdoado.
Dei mais uma abraço em meu pai, sem precisar dizer que eu o amava e vice-versa. Nos entendíamos e nos respeitávamos. Ele entrou de volta na caravela. A Team Ambition já estava a postos para partir de volta à Ransei, e meu velho iria junto (até porque, ele precisava cumprir com o que prometera. Cobrir o lance do rei de Ignis).
— Wish... Eu... Acho que vou ter de voltar com eles! — Falou Best. — O meu pai... Ele não tá sabendo que vamos ficar por aqui em jornada. Então... Eu queria muito participar dos Contests Musicais da região, mas... Seria bom eu voltar para casa! Não posso fugir!
— Mas você JÁ fugiu! — Observei.
— Não se preocupe com isso! — Gritou meu pai, que estava partindo, o barco desancorando. — Você está protegido agora, garoto! Eu cuido disso! Sigam seus sonhos! E nunca se esqueçam... Não deixem que a vontade de vocês seja reprimida! Falem o que querem e lutem por aquilo que acreditam! Desculpem-me mais uma vez! Eu espero que vocês sejam felizes nesta jornada!
E o barco desapareceu pelas águas de Unova, o céu voltando a clarear, agora exibindo um por do sol maravilhosamente único.
— Será que ele pensa que somos namorados? — Perguntou Best, sorrindo e acenando.
— Que jeito, poc?! Você não daria um bom namorado nem em um milhão de séculos! — Brinquei, rindo. E pela primeira vez em muito tempo, aquela sensação de alívio e a certeza de que tudo iria dar certo agora, brilhando no peito. Até que enFIM.
— Minha filha... — De repente, a barreira começou a desmoronar. Ele começou a encharcar seu bigode branco. — Você fugiu, me traiu, traiu ao príncipe prometido e ainda abandonou Ransei!
— Sim, papai! — Dei um nó na garganta, mas fiquei séria e mantive minha posição. Eu estava em Unova agora e o que quer que ele tentasse, não valia de nada nesse território de liberdade e compreensão, amor mútuo entre humanos e Pokémon. — Eu não quero e NÃO VOU me casar com um completo estranho só por causa das suas políticas e dessa tolice de reinos! CHEGA!!! Eu não vou deitar!
— Você... Deveria ter me dito isso antes. Eu teria compreendido. — disse ele, surpreendentemente arrependido!!!
— O que?! — Estranhei.
— É claro, Wish! Eu sou seu pai, e não seu dono! Você tem toda a liberdade para dizer "não". Não precisa fazer tudo isso o que você fez. Você só deveria ter me dito, filha. Diálogo. Eu não sou seu inimigo.
— É, mas você não precisava ter mandado esse bando de carniceiros atrás de mim! — Esclareci.
— Bem, você sumiu... Traiu o trono... Mas ainda é minha filha. Eu estava preocupado com você, mas nunca faria algo assim! Foi o Imperador de Ignis quem mandou a Team Ambition atrás de vocês dois! Se por acaso você ficou ouvindo de fontes não confiáveis algo diferente, me desculpe. Mas esta é a verdade. Não fui e nunca teria sido eu.
— Grrr! — Fiquei com raiva. — Eu não vou voltar para Ransei! Não agora! Eu quero me tornar uma treinadora Pokémon, papai! Esse é o meu sonho! E não... Não ser uma princesa!
— E durante o tempo todo que estivesse nesse bote — disse ele, referindo-se à caravela da Team Ambition. Pelo visto ele estava lá escondido quando nos encontramos com a Equipe Ambição em Decolore Islands também. — Eu percebi que você já é uma, Wish! Você já é uma treinadora Pokémon.
— Sou! E vou me tornar a Campeã da Liga Unova! Custe o que custar!
— Muito bem, se esse é o seu desejo... Está livre para prosseguir em sua jornada. Eu só lamento não ter sabido desse seu fascínio antes. Eu teria feito de tudo para te ajudar... — disse meu pai, muito mais compreensivo do que o de costume. Talvez fosse preciso que eu tivesse feito tudo aquilo para ele compreender que não estava criando me criando para ser uma boneca. — Você não é uma princesinha, Wish. Nunca foi. E eu talvez não tenha entendido isso mais cedo... Uma pena. Eu estava criando uma mulher, e não um objeto de poder. Uma mulher forte e independente. Você merece o mundo, Wish. E eu te criei para conquistá-lo, e não para ser conquistada.
Dessa vez foi comigo. Não pude me conter. As lágrimas transbordaram meu rosto, e não só o meu pai, mas também o Best, me abraçou em um longo e forte gesto de carinho, que encerrava aquela trajetória maluca que ocupara 20 dias e 20 noites ininterruptas. Enfim, tudo estava esclarecido.
— Mas e quanto à nós? Fomos pagos para trazer essa menina de volta! — Reclamou Nobunaga, enraivecido. Ele já estava com Rayquaza e Zekrom prontos para atacar meu pai.
— Eu cubro o lance que o Imperador de Ignis fez para vocês, desta vez para deixarem-nos em paz! Ou melhor, eu pago o dobro! Contanto que nunca mais perturbem a minha filha e nem a este rapaz, pelo resto de suas vidas! Ah, e é claro... Vocês podem também mentir para o Rei de Ignis e dizer que nada disso aconteceu... Nunca ouve nenhuma negociação, entendido? — disse meu pai, com a nobreza de um homem rico.
— Perfeito. — Concordou Nobunaga. E os selaram o acordo com um aperto de mãos.
— E você, garotinha... Volte para Ransei depois que conquistar o mundo. Você vai ser sempre bem vinda na casa do papai. — Ele me abraçou mais uma vez. — Agora tenho de voltar. Tenho um reino para governar. Fique com Arceus. Que a luz dele sempre estava contigo.
— Obrigado, papai... E... Me desculpe por tudo.
— Eu é que tenho que me desculpar, filha... Por ter sido tão autoritário. Eu espero que um dia você me perdoe.
— Já está perdoado.
Dei mais uma abraço em meu pai, sem precisar dizer que eu o amava e vice-versa. Nos entendíamos e nos respeitávamos. Ele entrou de volta na caravela. A Team Ambition já estava a postos para partir de volta à Ransei, e meu velho iria junto (até porque, ele precisava cumprir com o que prometera. Cobrir o lance do rei de Ignis).
— Wish... Eu... Acho que vou ter de voltar com eles! — Falou Best. — O meu pai... Ele não tá sabendo que vamos ficar por aqui em jornada. Então... Eu queria muito participar dos Contests Musicais da região, mas... Seria bom eu voltar para casa! Não posso fugir!
— Mas você JÁ fugiu! — Observei.
— Não se preocupe com isso! — Gritou meu pai, que estava partindo, o barco desancorando. — Você está protegido agora, garoto! Eu cuido disso! Sigam seus sonhos! E nunca se esqueçam... Não deixem que a vontade de vocês seja reprimida! Falem o que querem e lutem por aquilo que acreditam! Desculpem-me mais uma vez! Eu espero que vocês sejam felizes nesta jornada!
E o barco desapareceu pelas águas de Unova, o céu voltando a clarear, agora exibindo um por do sol maravilhosamente único.
— Será que ele pensa que somos namorados? — Perguntou Best, sorrindo e acenando.
— Que jeito, poc?! Você não daria um bom namorado nem em um milhão de séculos! — Brinquei, rindo. E pela primeira vez em muito tempo, aquela sensação de alívio e a certeza de que tudo iria dar certo agora, brilhando no peito. Até que enFIM.
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