Pokémon Sword & Shield Adventures — Capítulo 18

Capítulo 18


VS Galarian Weezing II

Uma semana havia se passado desde os incidentes envolvendo a Team Cloning e a Professora Magnólia em South Lake Miloch, na Wild Area. A vida de nossos heróis como treinadores Pokémon ia se restabelecendo e as questões éticas e morais, também.
Tendo Shield ganho sua segunda insígnia de ginásio sem ter derrotado a líder (Va)Nessa, hoje ela decidiu desafiar a líder de novo, em um duelo não pela insígnia (afinal, ela já tinha), mas por questões de honra. De que adianta acumular medalhas se você não as mereceu ganhar? É isso o que pensa  a menina, que prepara seu time de 6 Pokémon para a batalha de ginásio no qual apenas dois dos seus melhores monstrinhos serão escolhidos.

      
Sprites por Leparagon & Conyjams

Shield fechou seu time com Sobble, Wooloo, Impidimp, Yamper, Gossifleur e Drednaw (sem contar o ovo que a última pôs).
 
(Imagem Original)

Nessa, por sua vez, utilizava Goldeen e como já constatado, também um Drednaw.
 
— Está pronta? — Pergunta Nessa, soltando Goldeen (um peixe com cara de mulher) para batalhar.
— Só se for agora! — Responde Shield, já pegando sua pokébola e lançando Wooloo como sua escolhida.
— Você tem o primeiro movimento! — Diz gentilmente Nessa, dando prioridade à Shield.
— Goldeen é um Pokémon fêmea e Wooloo também, então a minha estratégia com o golpe "Atração" não vai funcionar... Mas eu tenho algo que pode servir... Wooloo, "Substituição"!
Wooloo coloca um Substituto em seu lugar. Um plush fofinho que passa a ser o alvo de qualquer ataque que Goldeen possa executar.
— Goldeen, "Jato D'água"!
Goldeen cuspe um jato de água pressurizada contra Wooloo, mas o Substituto a protege, evitando que qualquer dano fosse feito à Pokémon do tipo Normal.
— Agora, Wooloo: O "Faca de Dois Gumes"!
Wooloo começa a correr, energizando seu corpo com muita luz. Tal energia era perigosa tanto para ela quanto para sua adversária, mas no que diz respeito à danos, é Goldeen quem sai realmente prejudicada, pois Wooloo a prensa contra a parede, utilizando o peso do próprio corpo para amassá-la.
— Goldeen! O Chifre! — Ordena Nessa.
Goldeen então tenta sua técnica infalível, o "Chifre Furadeira", um ataque que se atingir o oponente com sucesso, o derrota na hora, sempre.
— Ahá! Eu estava esperando por este momento! Wooloo, "Guarda de Algodão"!
Wooloo começa a pipocar sua própria lã, formando um escudo inteiramente feito de algodão, ampliando sua defesa ao mesmo tempo em que Goldeen, na verdade atacava e destruía o Substituto com seu chifre.
— Nós ainda estamos de pé! E agora, com mais defesa! — Comenta Shield.
— Não por muito tempo! Goldeen, "Supersônico"!
— O que? — Por esta, Shield não esperava. O Supersônico é um golpe que emite uma frequência sonora enlouquecedora, deixando o Pokémon-alvo confuso e fazendo-o atacar a si próprio ao invés de atacar o oponente.
Mas Wooloo era rápida e Shield sabia como proceder.
— "Guarda de Algodão" novamente! Na altura da cabeça! — Ordena Shield, fazendo com que Wooloo ampliasse sua defesa novamente, mas desta vez criando sua parede de algodão em torno dos ouvidos, o que bloqueou com sucesso, as ondas sonoras de Goldeen, evitando da tipo Normal ficar confusa.
— Você é uma treinadora corajosa, Shield... Acha que pode me derrotar assim tão fácil, mas essa é a questão... Você "acha" que pode. Goldeen, "Ataque de Chifre"!
Goldeen energiza seu chifre e diferentemente do chifre furadeira, este é um ataque menos nocivo e menos arriscado.
— Wooloo, "Faca de Dois Gumes" novamente!
Um pokémon vai de encontro ao outro e colidem no ar. Ao mesmo tempo em que Wooloo causa danos em si mesma e em Goldeen, Goldeen a perfura com seu chifre, o que faz com que a energia de ambos seja esgotada. Um empate.
— @-@!
— @-@!
— Derrotar a Goldeen foi fácil, eu quero ver você derrotar esse aqui... Drednaw! Vai! — Escolhe Vanessa, já iniciando o processo de Dynamax no Pokémon, que fica gigante, ocupando boa parte do campo de batalhas da arena às suas costas.
— Um Drednaw, hum? — Shield faz-se de desentendida. — Então eu vou usar... A MINHA Drednaw! Vai!
Shield chama a sua Drednaw e agora era tudo ou nada. O melhor da espécie havia de vencer e Shield, sem muito treino com Drednaw, nunca havia ativado a Dynamax com ela, mas resolveu tentar.
— Drednaw... Eu conto com você! Dynamax, Vaaaai!
Shield coloca Drednaw de volta na pokébola e a Dynamax Band nova começa a reagir com a pokébola, fazendo-a crescer e espalhar muita, mas muita energia vermelha. Mas o que ela não esperava era que fosse acontecer uma mudança não só no tamanho, mas na aparência do Pokémon...
— O que é isso?! — Surpreende-se a treinadora, que havia pego Drednaw na Área Selvagem.

— Gigantamax! — Exclama Nessa, maravilhada com a visão. Ela amava os tipo Água, mesmo que  o Pokémon em questão fosse seu rival.
— "Gêiser Máximo"! — Comanda Nessa, dando a primeira ordem.
O Drednaw Dynamax então cuspe um jato de água cem vezes mais poderoso que o de Goldeen.
— "Gêiser Máximo"! — Comanda Shield também, mas devido à Gigantamax, seu ataque Gêiser Máximo agora tinha outro nome e também outros efeitos.
Um ataque foi na direção do outro. Não havia como dizer quem seria o vencedor. Apenas o Gêiser mais forte conseguiria a tão sonhada recompensa e gratificação pela vitória...

Enquanto isso, do outro lado da região de Galar, Sword estava passando um tempo em casa, com a família, afinal, sendo novinho e tendo saído em uma jornada há pouco tempo, ainda sentia muita saudade.

Ao contrário de sua irmã, Sword ainda tinha só quatro Pokémon: Scorbunny, Pikachu, Corviknight e Eldegoss, não tendo completado o time de 6, que é o padrão da Liga Pokémon. Seus Pokémon estavam conhecendo sua casa pela primeira vez e também o drama familiar do pai que não falava e ficava só olhando para o horizonte... A tal doença misteriosa que o acometera.

     
Sprites por Leparagon & Conyjams

Mas naquele dia, algo estava para mudar. Mal sabia Sword que ele receberia uma visita, não de seus amigos treinadores. Não de seu quase-mais-que-amigo Hop Armor, mas de uma pessoa que ele jamais pensou que fosse saber o seu endereço.
Shae, da Excalibur, apareceu sorridente à porta de sua casa, perguntando:
— Com a sua permissão... Posso entrar?
— P-pode...  — Responde Sword, sem ter muita certeza de sua resposta.
— O Avon está? — Pergunta Shae.
— Quem? — Questiona Sword.
Arcturus Avalon. — Diz Shae, seriamente.
— O meu pai? S-sim... Por quê?
— Eu... Quero vê-lo. — Diz Shae.
— Ele não está em condições de receber visitas, Shae. — Informa Sword, relembrando o triste caso da doença que acometera seu pai.
— Então acho que posso deixá-lo sob seus cuidados. — Diz Shae, pegando uma pokébola no bolso interno de suas vestes compridas e a entregando para Sword. — Ele é o Galarian Weezing que a Rainha costumava utilizar. O nome dele é Sir Industrial. Com a habilidade "Gás Neutralizante", ele inutiliza todas as habilidades de todos os Pokémon em campo, sejam adversários, sejam aliados.


— O Weezing? — Sword fica sem entender. — Por que você gostaria de entregá-lo ao meu pai? E como você sabe o nome dele?
— Aah... O seu pai não lhe falou, não é? Este Weezing foi um presente dele para a Rainha. Da época em que ele trabalhava para a Excalibur e ao mesmo tempo, na Team Cloning.
— O QUE? — Aquela revelação era chocante demais, mesmo depois de a Equipe Clonagem ter fechado oficialmente suas portas e a responsável por todos os delitos e barbaridades que aconteceram por lá, ter sido presa.
— Arcturus Avalon ou simplesmente Avon, como costumávamos chamá-lo, foi um general militar e um geneticista muito renomado em sua área, devido à criação de uma arma no formato de espada, capaz de penetrar em rochas e coletar e extrair o DNA de Pokémon fossilizados sem danificar os ossos ou a formação rochosa.

— E-eu... Eu sabia que o meu pai era general e que estudou genética por algum tempo, mas não que ele era membro da Excalibur ou que tinha inventado isso! — Surpreende-se Sword, sem saber o que dizer. Tais afirmações de Shae até batiam com o pouco que Sword sabia sobre o serviço do pai antes do acontecimento que mudou sua vida, o que fazia um pouco de sentido em sua cabeça, quase como uma teoria da conspiração que junta várias "evidências" para formar algo miraculosamente plausível, analisando a simbologia e as possíveis provas e pistas deixadas.
— Avon foi o nosso mais brilhante cientista e talvez ele não tenha levado a público o seu interesse pela genética porque bem... Você sabe... Magnólia resolveu espalhar para Arceus e o mundo que a Clonagem era algo imoral e anti-ético, prejudicando o trabalho de todos aqueles que se envolviam com pesquisas sobre a genética. — Explica Shae. — Mas, algo mudou na cabecinha de Avon durante o período em que ele trabalhou comigo na Excalibur. Ele... Ele simplesmente começou a ficar distante e pensativo, e foi se afastando e se afastando, até que ele desapareceu por completo, desligando-se integralmente da instituição. Estava doente. Não era mais a mesma pessoa.
— Por quê? O que aconteceu com ele? — Pergunta Sword. — Nós não sabemos até hoje. Ele vive sedado porque simplesmente... Simplesmente parou de responder aos estímulos externos do mundo!
— Avon ficou obcecado pela clonagem, assim como a Rainha. Ele começou a se ver e vestir como eu Rei. Mas... Não era algo saudável. Ele começou a se aprofundar e aprofundar no niilismo, ao observar que havia uma linguagem universal inteligente e (certamente) elaborada, que passamos a chamar de "programação", em todas as coisas. A órbita dos planetas e também dos elétrons em volta dos átomos poderia ser representada através de uma sequência de números e fórmulas matemáticas. As pessoas, os animais, Pokémon e todos os seres vivos, estes podiam ser replicados através da "cópia" do material genético do mesmo, ou seja, passamos a nos questionar se todos nós não fazíamos parte de uma grande programação, de uma grande simulação, uma matrix... Poderíamos ser frutos de um video game rentável feito por uma franquia bilionária, ou uma narrativa de um grande livro universal, talvez uma fanfic feita por uma pós-adolescente reprimido socialmente... Quem sabe? Começamos a questionar a natureza da realidade, e o seu pai... Bem, ele começou a ficar cada vez mais instável psicologicamente ao acreditar não estar vivendo de fato, mas sendo apenas um amontado de dados utilizado em uma simulação de computador. Para Avon, quando copiamos o código genético de alguém e o replicamos, estamos simplesmente fazendo uma "quebra" na simulação e provando para nós mesmos que estamos vivendo uma realidade simulada. Como se tudo fosse... Mentira.
— Mas a própria Rainha chegou à conclusão de que mesmo copiando o corpo de um ser, não é possível reproduzi-lo em sua integralidade. — Argumenta Sword, lembrando-se do discurso da Rainha, que perpetuava a existência de uma "alma", o elemento essencial que separava cada ser como uma criatura única e irreproduzível, seja através de uma cópia do corpo, seja através de rupturas na programação.
— Exato. — Concorda Shae. — Eu acredito nisso. Eu acredito na existência da alma devido a tudo o que eu vi e aprendi na Excalibur, muito embora eu também seja inclinado à pensamentos niilistas que explicam o "vazio existencial" que há dentro de mim. Eu consegui me libertar do pensamento de que tudo não passa de uma grande farsa e que nós somos apenas peões no grande jogo criado por aquele que chamamos (e somos obrigados a reverenciar), Arceus. Arceus existe mesmo ou é só uma forma que o programador egocêntrico e carente de atenção resolveu criar para que a sua própria prole pudesse idolatrá-lo como um ser superior e supremo, dando a ele um verdadeiro aspecto de Deus? Bom, eu consegui parar de pensar nisso quando eu entendi o Existencialismo. Eu posso até ser uma ilusão, um amontado de dados quânticos que alguém programou com algum propósito egoísta e particular, mas o significado da minha existência SOU EU (e apenas eu) quem crio. E seu pai nunca entendeu isso. Inconformado em não conseguir provar a existência da alma através da metodologia científica, ele mergulhou no vazio existencial, questionando e criticando tudo a sua volta. Ele passou a se perguntar se o amor realmente existia ou se era só uma reação química em seu cérebro, sendo este perecível e certamente descartável após sua morte. Tudo o que ele estava tendo a oportunidade de aprender e vivenciar... Ele começou a se questionar se não era uma brincadeira de mau gosto. Valia a pena viver mesmo sabendo que a vida não passa de um conjunto de reações findáveis que acontecem no subconsciente da linguagem universal, nas leis da física e da química, na matemática das coisas?
— Ele tem depressão!!! — Chega à conclusão, Sword.
— No mais pior nível. Ele não está mais triste ou amargurado com a própria existência. Ele está incerto sobre estar de fato de existindo... Ele não sabe sequer se vocês, filhos dele, são reais ou não passam de uma mera ilusão cósmica.
— Senhor... Então ele só não tirou a própria vida... Porque o medicamento que temos dado à ele por todos esses anos, está o impedindo de progredir com a melancolia, embora tenha o deixado apático e "sem vida". — Sword fica sem palavras. — E é por isso... Por isso ele não fala mais com a gente! Porque ele sequer nos reconhece como sendo reais e não fruto de uma simulação computacional... ARCEUS! — Lágrimas brotam dos olhos de Sword e começam a jorrar por seu rosto cada vez mais rápido, em um ritmo torrencial.
— Exatamente. — Explica Shae. — Avon perdeu a noção de espaço-tempo e acha que a vida é um filme narrado por um terceiro, até então desconhecido. Pela sua incapacidade de provar a existência da alma e de um lado "sobrenatural" na existência, ele sucumbiu às vicissitudes psíquicas de achar que nada mais vale a pena, pois tudo é material, findável e sem propósito algum. Ele foi fraco diante das próprias experimentações e agora... De certa forma, está pagando por isso.
E naquele exato instante, alguém chega na cozinha, onde estavam Sword e Shae, sentados à mesa,  ambos em prantos ao discutir a situação, atraído pela inconfundível voz deste último. Era Avon. Ele estava pálido, mas pela primeira vez em ANOS, o pai de Sword & Shield tinha uma expressão no rosto. Era raiva.
Quando ele abriu a boca para falar, foi a primeira vez que Sword ouviu sua voz e também o momento em que ele a conheceu, mesmo morando com Avon por anos:
Saia da minha casa! — Ralhou o homem, com um tom de angústia explodindo garganta acima.
— Eu sinto muito, Sword... — Shae agarra a mão de Sword e a aperta firmemente, pedindo sinceras desculpas pelo ocorrido.
AGORA!!! — Grita Avon. — Você não vai colocar na cabeça do meu filho o que você colocou na minha! Saia da minha casa! Eu não vou falar outra vez!!
Avon expulsa Shae de sua casa, mas Sword segue o treinador de Rolycoly até a rua.
— Posso te dar uma dica? Uma mera sugestão: Existe uma organização filantrópica e sem fins lucrativos chamada "Centro de Valorização da Vida", que pode ser acessada através do site cvv.org.br ou através do número "188", realizando apoio emocional e prevenção ao suicídio, atendendo de forma voluntária todas as pessoas que queiram conversar por telefone, email e chat 24 horas, todos os dias, de forma anônima, sigilosa e sem julgamentos ou críticas. Eles estão dispostos a conversar e ajudar a todos aqueles que precisam de um ombro amigo.
— Obrigado, Shae. — Agradece genuinamente Sword, aos prantos.
— E tem mais uma coisa. — Explica Shae. — Eu não posso ir embora sem deixar de frisar isto... Você percebeu que ele acabou de te chamar de FILHO? Talvez nem Avon esteja tão certo quanto à possibilidade de viver em uma realidade simulada. Talvez ele reconheça que a alma exista e que você tenha uma, só não conseguiu ainda, admitir a existência dela. Mas você terá de provar a ele que realmente há algo por trás dos corpos e que eles não são meramente replicáveis. Você não pode ser clonado, Sword. O seu corpo até pode, mas você, o ser pensante por trás de todas as ações e atitudes, não. Esta é uma lei Universal. Lembre-se disso.
Shae abraça o menino, vira as costas e vai embora, deixando Sword para trás com uma grande missão em mãos: Provar a existência da alma e fazer o pai acreditar novamente que ele é capaz de ser feliz,  mesmo não sabendo de todas as respostas e mesmo sabendo que quando dormimos, todos vamos para um lugar desconhecido.

Enquanto isso, no ginásio de água da Região de Galar, a luta entre Shield e Vanessa continuava a todo vapor. Literalmente.
A partida havia parado momento em que o Dynamax Drednaw de Nessa havia utilizado um "Gêiser Máximo" contra o Gigantamax Drednaw de Shield e este, por sua vez, havia devolvido com o mesmo ataque, só que os efeitos, eram visivelmente diferentes.
O Jato d'água máximo de Gigantamax Drednaw continha algumas pedras, que formavam atrito com a água do jato de Dynamax Drednaw, vencendo a competição e atingindo diversos lugares da casca dura do Pokémon da líder, fincando-se parcialmente na carne do gigante.
— Drednaw! — Exclama Vanessa, mas isso não parece resultar em muito dano. O Pokémon da líder ainda estava de pé.
— Os ataques são diferentes! — Constata Shield.
— Sim! Quando um Pokémon entra no modo Gigantamax, pelo menos 1 Max Move de um 1 tipo muda de característica, tornando-se um "G-Max Move". No caso de Gigantamax Drednaw, o seu "Gêiser Máximo" se torna "Máxima Onda de Pedra", emplacando o efeito de "Pedra Oculta" no campo adversário. — Explica a líder, especialista em tipos Água, sua maior paixão. — Mas agora, é a MINHA vez de atacar! Drednaw... "Strike Máximo"!
O Dynamax Drednaw de Vanessa começa a ejetar ondas de energia amarela de sua carapaça e o chão abaixo dele começa a tremer, espalhando-se o tremor por toda a extensão do estádio. Abaixo dos pés de Gigantamax Drednaw, contudo, a situação parece piorar. O chão começa a rachar e de debaixo de terra, é expelido um raio de energia amarelo, como um gêiser brotante, só que de pura radiação quente e nociva.
— Proteger! — Comanda Shield, no mesmo instante em que Gigantamax Drednaw começa a elaborar um escudo de proteção, evitando totalmente o ataque inimigo.
— É isso aí! — Shield comemora. Dois turnos haviam se passado e tanto a Dynamax quanto o Gigantamax estavam prestes a acabar. — Agora é "vai ou racha"!
— Drednaw, use o "Deslizamento Máximo"! — Comanda Nessa. Seu Dynamax Drednaw ergue à sua frente um enorme bloco de pedra e o empurra por cima do Gigantamax Drednaw de Shield.

— Segure! — Ordena Shield, mas Gigantamax Drednaw não tem tanta estabilidade nas pernas traseiras assim, e ao ficar de pé para segurar a rocha, não aguenta o peso e acaba sendo soterrado por ela.


Mas como a esperança é a última que morre, Shield ainda tinha um truque na manga. Antes de vir para o ginásio do tipo água de Nessa, havia ensinado à Drednaw um ataque do tipo Lutador, que em sua forma Gigantamax viria se tornar... "Máxima Articulação".
Um punho de energia é invocado por Gigantamax Drednaw, mesmo soterrado, e este se projeta de cima do "teto" do estádio até o chão, socando Dynamax Drednaw e libertando o Gigantamax dos escombros de pedra.
— DREDNAW! — Grita Nessa.
E uma nuvem de intensa cor vermelha, com raios e muita, mas muita energia, desse dos céus para roubar a força tanto do Dynamax quanto do Gigantamax, acabando com os efeitos da super transformação. Agora os dois Drednaw tinham exatamente o mesmo tamanho e formato.
Ambos estavam consideravelmente feridos e arfando. Mas a partida não demoraria muito a partir daí...
— DREDNAW!! — Gritaram as duas ao mesmo tempo, mas a verdade é que o Drednaw de Nessa foi o primeiro a tombar, declarando sua derrota à de Shield.
— @-@!
— Ah, Drednaw... Você lutou com muito empenho... Agora tenha um bom descanso! — Vanessa coloca seu Drednaw de volta na pokébola e volta sua atenção para a desafiante. — Você foi muito bem!
— Obrigada! — Diz Shield, sorridente. — Agora que eu te derrotei, minh'alma ficará em paz com o fato de eu já ter a sua insígnia...




Fala, Brasil! Aqui é o Kevin e se não havia acontecido no capítulo passado, esse é enfim o desfecho de toda a trama envolvendo a Team Cloning e também a resposta por trás da doença que acomete o pai de Sword & Shield. Confiram abaixo, a lista de informações relevantes que eu trouxe para vocês sobre este episódio:
  • Shae é baseado em William Shakespeare, o famoso escritor inglês, que também era conhecido como "Bardo do Avon". Bardo, na Europa antiga, era uma pessoa encarregada de transmitir histórias, mitos, lendas e poemas de forma oral, cantando as histórias do seu povo em poemas recitados. Era simultaneamente músico, poeta, historiador e acessoriamente moralista. Ou seja, na fanfic, Shae é o "bardo" do Avon, ou seja, a pessoa que veio para contar a história do Avon.
  • Avon é o nome de um antigo condado da Inglaterra e também o nome de um rio (wikipedia).
  • Na fanfic, "Avon" é uma abreviação de Arcturus Avalon.
  • "Arcturus" vem da lenda do Rei Arthur (wikipedia), um lendário líder britânico que, de acordo com as histórias medievais e romances de cavalaria, liderou a defesa da Grã-Bretanha contra os invasores saxões no final do século V e no início do século VI. O Rei Arthur é o mesmo que "retirou" a sua famosa espada Caliburn/Excalibur de uma pedra. Aqui na fanfic, isto é representado pelo instrumento que Avon criou para coletar DNA, afinal, era um geneticista, além de um general militar.
  • Já "Avalon" vem de uma ilha lendária da lenda arturiana, famosa por suas belas maçãs e lugar onde fora forjada a  espada Excalibur. (wikipedia).
  • O Niilismo é uma doutrina filosófica que atinge as mais variadas esferas do mundo contemporâneo (literatura, arte, ciências humanas, teorias sociais, ética e moral) cuja principal característica é uma visão cética radical em relação às interpretações da realidade, que aniquila valores e convicções. É a desvalorização e a morte do sentido, a ausência de finalidade e de resposta ao “porquê”. Os valores tradicionais depreciam-se e os "princípios e critérios absolutos dissolvem-se". "Tudo é sacudido, posto radicalmente em discussão. A superfície, antes congelada, das verdades e dos valores tradicionais está despedaçada e torna-se difícil prosseguir no caminho, avistar um ancoradouro". (wikipedia).
  • Já o Existencialismo é a ideia de que o indivíduo é o único responsável em dar significado à sua vida e em vivê-la de maneira sincera e apaixonada, apesar da existência de muitos obstáculos e distracções como o desespero, ansiedade, o absurdo, a alienação e o tédio. (wikipedia)
  • Uma música que considero importante para "ilustrar" os discursos deste episódio é "Eco" da Jade Baraldo, conforme vocês podem ouvir abaixo:
  • Na música, Jade canta "E mesmo cega de ilusões dos brilhos artificiais / Os que me induzem desejar colecionar coisas banais / Que me sufocam e me fazem esquecer a minha essência / Ainda escuto e sigo eco da voz da minha consciência", o que seria um bom apontamento para debater sobre o tema do episódio. Mesmo com todas as incertezas que temos e todas as "ilusões dos brilhos artificiais", ainda seguimos o eco da voz da nossa consciência. Quer um exemplo mais perfeito de existencialismo?
  • A última frase da seção do Sword neste capítulo, "mesmo sabendo que quando dormimos, todos vamos para um lugar desconhecido" é uma referência ao título do primeiro álbum de estúdio da cantora norte-americana Billie Eilish, "When We All Fall Asleep, Where Do We Go?" (wikipedia), que significa literalmente, Quando todos nós vamos dormir, para onde vamos?
  • O Centro de Valorização da Vida (CVV) mencionado na fanfic realmente existe e funciona 24 horas em todo o Brasil, assegurando total sigilo. Você pode acessá-lo para conseguir apoio emocional através do número 188 (sem custo de ligação) ou do site cvv.org.br. O autor não possui nenhum vínculo com a instituição, tampouco alega que este trabalho tenha alguma relação com a mesma. Ele foi incluído na história justamente como uma mera sugestão para aqueles que estiverem lendo a narrativa e passando por problemas semelhantes aos passados por Avon, tais como ansiedade e depressão, para que possam buscar a correta ajuda. Assim sendo, sua presença e referência na história trata de uma recomendação pessoal e de maneira alguma, uma forma de induzir o leitor a pensar que o texto foi escrito pela instituição. Como dito anteriormente, o autor (e tampouco a obra) não possui nenhum vínculo com o CVV, apenas sugere e recomenda seus serviços àqueles que precisam do mesmo.
  • O CVV — Centro de Valorização da Vida, fundado em São Paulo, em 1962, é uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica, reconhecida como de Utilidade Pública Federal, desde 1973. Presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo e anonimato. A instituição é associada ao Befrienders Worldwide, que congrega entidades congêneres de todo o mundo, e participou da força tarefa que elaborou a Política Nacional de Prevenção do Suicídio, do Ministério da Saúde, com quem mantém, desde 2015, um termo de cooperação para a implantação de uma linha gratuita nacional de prevenção do suicídio.
Enfim, essas eram as informações que eu queria trazer pra vocês hoje!

See ya! :)

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