Pokémon XY: Fusão de Destinos (EP23)

Anteriormente em Pokémon XY: Fusão de Destinos...
— Y parte desesperada para Coumarine City, onde Yveltal está causando uma enorme destruição.
— Chegando lá, ela encontra AZ e pede para que ele busque por ajuda, enquanto ela tenta pará-lo com a ajuda de Pikachu e dos minúsculos e inexperientes iniciais: Shiny Chespin, Shiny Fennekin e Shiny Froakie.
— Quando Y percebe, a "ajuda" que AZ foi buscar foi ninguém mais ninguém menos que sua rival Yvonne Gabena e Xerneas, os possíveis responsáveis pela ativação da Ultimate Weapon naquele mundo.


XY23 - Ally Switch

Local: Cidade de Lumiose — 23:00h

Havia uma festa rolando no AP. Toda a turma estava lá, se divertindo, empolgada com o fim da etapa dos ginásios. Bom, pelo menos para Yvonne Gabena, que já tinha conseguido suas oito insígnias com muita arrogância e teimosia, mas, não podemos negar, com muita habilidade e estratégia em batalha. As luzes estavam apagadas e um holofote colorido estava iluminando a "pista", enquanto uma enérgica música eletrônica em francês sobre um Albatroz, tocava a todo som (e os vizinhos que lutem!).

Alain estava tendo uma conversa séria com Miette em um canto, dizendo para a garota que não estava a fim dela e que não queria se aproximar de ninguém no momento, porque a própria anfitriã havia armado para o namorado dele ser expulso da escola com aquele lance dos nudes e tal, e todo mundo sabia que era armação, mas não falava nada.
— Eu só vim para essa droga de festa, porque precisava falar isso para você! Eu... Não aguentava mais!
— Entendo. — Diz Miette, cujos olhos estavam lacrimejando, mas ela entendia de verdade que Alain estava sendo sincero e querendo terminar aquilo de uma forma amigável e sem ferir mais ninguém. E decidiu que o melhor para os dois seria que ela se afastasse mesmo, antes que aquilo acabasse ainda pior do que se ela saísse agora.

Em outro canto, estava Shauna, comendo uns salgadinhos enquanto contava para Aria, Trevor e Tierno uma história que ninguém sabia se era verdade ou não.
— Então eu levei aquele Carbink pro Centro Pokémon porque eu achava que ele estava ferido e fiquei com pena do bichinho, ali abandonado na floresta e sem socorro algum.
— Aham. — Diz Aria, totalmente descrente no que sua amiga contava. — E aí?
— Aí a Enfermeira Joy me disse que ele não estava ferido coisa nenhuma. Não foi por culpa de uma batalha, ele estava mesmo era doente.
— Ah, e o que você fez? — Perguntou Tierno.
— Ora, fiquei com ele. Estou cuidando até hoje. — Diz Shauna.
— Ah, deixa eu ver! acho que ainda não fotografei um Carbink! — Diz Trevor.
Mas então, Shauna não tinha como comprovar se era verdade e ficou na defensiva:
— Ele não está comigo aqui, agora!

Hau Marshadow Eclipse, por outro lado, estava verificando uma pilha com os últimos Strange Souvenirs que Yvonne Gabena ainda não havia vendido, empilhados em uma prateleira, bem no alto, onde ele não podia alcançar. Ela havia se aproximado dele quando viu que ele era capaz de criar artesanalmente aqueles artefatos e que, se bem vendidos, eles poderiam lhe proporcionar uma bela de uma grana. Hau foi enganado. Yvonne não queria se tornar namorada dele, ela só usou o coitado para produzir aqueles souvernirs sem ganhar nenhum tostão pela mão de obra. Aquela pilantra.
Emma, junto de seu Espurr, então se aproximou.
— O que foi, Hau? Você parece triste...
— Não é nada, não. É só... Que eu fui muito burro no passado. — Diz ele.
— Foi mesmo. — Concorda Yvonne Gabena, que chegara por trás, percebendo que Hau estava observando os Souvernirs no alto daquela estante. — Mas eu devo te pedir desculpas. Eu admito que o que eu fiz foi... Frio e sem coração.
— O que? Yvonne Gabena pedindo desculpas? — Surpreende-se Hau, chocado com aquela fala de Gabena. Seria da boca para fora?
— É, eu não deveria ter feito isso. Mas foi por uma boa causa! Eu precisava de dinheiro, o meu pai queria me tirar da escola e me mandar de volta para o quinto dos cafundós que é Vaniville Town porque ele não acredita no meu sonho de me tornar uma Sky Trainer! Eu precisava de dinheiro para me manter aqui em Lumiose, já que a minha família não estava mais me dando suporte! Então eu fiz você produzir todas essas peças e superfaturei no Mercado Livre, dizendo que elas eram a chave para encontrar um monstro lendário na Região de Alola. Me Desculpe, Hau. Eu sei que foi... Imaturo, mas eu precisava.
O pedido parecia sincero e tanto Hau quanto Emma, que também estava ali, ficaram sem reação. Eles jamais esperariam uma atitude daquelas vinda de Yvonne Gabena, a menina que queria ser melhor que todos, passando por cima até mesmo dos próprios colegas para obter vantagem em alguma coisa. Então, Gabena sente uma vibração no bolso.
— Ahn... Desculpem, é o meu Holomissor, que está tocando. Eu já volto.
Yvonne Gabena se afasta dos colegas e vai atender.
— O que você quer? — Pergunta ela, rispidamente.
— Venha para cá, AGORA! — Diz a voz masculina do outro lado da linha.

Local: Cidade de Coumarine — 00:00h

— UAI! — Grita AZ. — O reforço chegou!
Então Y se vira na direção do homem e para sua surpresa, o "reforço" que AZ chamou era ninguém mais, ninguém menos que YVONNE GABENA!!!
— Você? O que está fazendo aqui?! — Pergunta Y, instantaneamente percebendo o coração acelerar. Por que ela sentia que algo estava errado naquela história e não se encaixava?


— Presta atenção! — Diz Yvonne Gabena direcionando-se à mulher do qual tentara rebaixar chamando de "estagiária" durante todo o semestre. — Eu ataco e você joga a pokébola! Ok?
Y olhou da cabeça aos pés para Yvonne Gabena, montada no Pokémon lendário que capturou, e decidiu não questionar e apenas aceitar a ajuda, de bom grado, pois se lembrou novamente das cartas de Pangoro e Malamar que Merilyn Flame colocara para ela... E assim, Xerneas (o Pokémon da Vida) partiu para o ataque contra o Pokémon destruição, Yveltal.

— Xerneas, Geomancia! — Inicia Gabena, fazendo com que Xerneas reunisse ao seu redor grandes quantidades de energia da vida.
As pequenas plantas que circundavam o Pokémon X então começaram a reviver, tornando-se verdes e brilhantes e algumas até floresceram neste momento. Enquanto isso, os três pequenos Pokémon que jaziam ali derrotados, começaram a ganhar forças para batalhar novamente.
  
E então, um grande flash de luz tomou conta do local. Os stats de Special Attack, Special Defense e Speed de Xerneas são ampliados em dois estágios cada, de uma só vez, enquanto Chespin, Fennekin e Froakie evoluem graças à energia vital que fluía enquanto Xerneas fazia tudo aquilo, nascendo assim Quilladin, Braixen e Frogadier.
— O que? Eles evoluíram AO MESMO TEMPO?! — Y se surpreendeu. Como aquilo era possível? Xerneas era mesmo o Pokémon da vida.
— Você sabe por que os Pokémon evoluem? — Pergunta AZ. — Para sobreviverem. Antes dos humanos aparecerem e interferirem na ordem natural, os Pokémon mais fortes devoravam os mais fracos e, somente aqueles que perseveravam com o tempo e com esforço, conseguiam atingir a Evolução, o que lhes permitia sobreviver por mais tempo sob as severas condições que afetavam o mundo naquela época. Isso também explica o fato de alguns Pokémon evoluírem duas vezes, para ficarem ainda mais forte. Então a evolução... É vida. Enquanto as flores desabrocham, os Pokémon evoluem.
— Então é por isso que os poderes de Xerneas têm essa reação no seu entorno... — Compreende Y. — Delphine, vamos acabar com ele! Os três, prontos?
Os Pokémon fazem que sim com a cabeça, compreendendo completamente sua treinadora. Naquele momento, Y se sentiu muito nostálgica. Olhar para Delphine, evoluída daquele jeito, lembrava muito o seu Delphox, quando ainda era um Braixen. A diferença é que Delphine era lilás e o dela, era amarelo. Só de pensar no Pokémon, ela já começava a lacrimejar.
Olhar para Frogadier também a fazia se lembrar do passado... Ambos os seus ex-namorados, X e Calem já tiveram um, só que na coloração normal, é claro. E por fim, Quilladin... Este a fazia se lembrar de Z, embora no começo de suas jornadas, eles não ficassem muito tempo juntos, apenas quando começaram as aulas na Academia em Shalour.
Decidida a não passar mais nem um minuto presa ao passado enquanto Yveltal continuava destruindo tudo, absorvendo a energia vital das árvores ao seu redor, ela decidiu atacar.
 — Quilladin, aqui diz que você aprendeu um novo movimento! Não... Todos vocês aprenderam! — Diz Y, observando na Pokédex. — Vão lá! Braço Agulha, Feixe Psíquico e Ataque Rápido!
Quilladin e Frogadier partiram para cima de Yveltal, enquanto Braixen utilizava seu Feixe Psíquico para energizar os corpos de seus dois aliados, sabendo que um ataque psíquico direto não funcionaria contra um tipo Sombrio como Yveltal.
— Xerneas, Força Lunar!
Os quatro Pokémon atacaram junto, como que em uma Horda, atingindo Yveltal e deixando-o sem escapatória. O Pokémon Y, que estava naquele momento, consumindo a energia vital de uma árvore gigante (a mesma que compõe a estrutura do ginásio de Coumarine), é pega de surpresa pelas costas, tombando com tudo no mar, gravemente ferida. 
— Agora! O que você está esperando?! — Grita Yvonne Gabena. — Joga a Pokéball!
— Ah! É verdade! Deixa eu ver o que eu tenho aqui...
Naquela realidade, Y não tinha mais as pokébolas azuis de Clemont, capazes de capturarem Pokémon até de outros treinadores, mas tinha consigo uma que poderia ser tão boa quanto, haja vista o fato de que já era noite... Uma Bola de Penumbra (Dusk Ball), que era mais eficaz durante este período do dia ou em ambientes escuros como cavernas.
Y jogou com força no Pokémon que se encontrava a severos metros de distância, por pouco não errando. Yveltal entrou na pokébola de penumbra e ela ficou se balançando, flutuando na água...
— Vai, vai, vai!
Mas a pokébola se quebra e Yveltal irrompe de dentro, relutando em ser capturado.
O Pokémon Y piou alto, atacando com um Asa do Esquecimento na direção de Delphine.
— Não se preocupe, eu te protejo! — Grita Gabena, pronta para defender Y.
— O que? — Y estranha muito aquele comportamento.
Força Lunar!
 
Xerneas mira seu ataque do tipo fada, superefetivo em Yveltal e assim, desestabiliza o Lendário Y, que erra seu ataque, não acertando Delphine.
— AGORA! — Grita Gabena.
Y pega outra Bola de Penumbra e lança em Yveltal, que desta vez, ainda mais ferido, não consegue resistir, ficando e sendo finalmente capturado por Y.
— E-Eu... Não acredito...
Y sente um enorme alívio, agora que aquele Pokémon altamente caótico e destrutivo estava preso e impedido de sair espalhando a morte por onde quer que voasse. Era como se um peso tivesse sido tirado de suas costas, mas ela continuava nervosa, de certo modo. A aflição ainda não tinha desaparecido. De fato, estava tremendo mais que o normal, suas mãos mal paravam de chacoalhar para qualquer coisa.
Foi aquele último Asa do Esquecimento. Y viu, em sua mente, Delphine morrendo com aquele ataque e Yveltal absorvendo toda a energia vital dela através do raio vermelho que se desprendia da envergadura de suas asas. Isso automaticamente se conectou com as memórias de Delphox doente. Ela não suportaria perdê-lo, assim como não queria perder Delphine nem nenhum dos iniciais especiais que Merilyn Flame e seus contatos incumbiram a ela de cuidar.
Então Y, que não é de ferro, começa a sentir tudo girar. Sua visão estava ficando turva e escurecendo, até desaparecer por completo. As pernas da menina fraquejam e ela mal tem forças para se manter em pé. Ela havia sido atingida de raspão pelo Asa do Esquecimento de Yveltal, ainda que de leve, e agora estava sentindo as consequências: sua energia vital estava se esvaindo, até que tudo ficou preto.

Continua...

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