Pokémon XY: Fusão de Destinos (EP24)

Anteriormente em Pokémon XY: Fusão de Destinos...
— Y parte desesperada para Coumarine City, onde Yveltal está causando uma enorme destruição.
— Chegando lá, ela encontra AZ e pede para que ele busque por ajuda, enquanto ela tenta pará-lo com a ajuda de Pikachu e dos minúsculos e inexperientes iniciais: Shiny Chespin, Shiny Fennekin e Shiny Froakie.
— Quando Y percebe, a "ajuda" que AZ foi buscar foi ninguém mais ninguém menos que sua rival Yvonne Gabena e Xerneas, os possíveis responsáveis pela ativação da Ultimate Weapon naquele mundo.


XY24 - Hyperspace Fury

Y se acordou em um local muito branco, banhado por uma luz incandescente que queimava seus olhos. Onde estava?
— Ah, ela acordou. — Disse alguém, mas ela nem sequer tinha condições de reconhecer aquela voz masculina.
— E-eu... Morri? — Pergunta Y, totalmente desorientada, como se tudo estivesse girando...
— Você não morreu, não! — Essa voz esganiçada era com certeza a de Yvonne Gabena. Y tentou focar a visão para tentar enxergar melhor, e viu a silhueta de menina por trás de um raio de sol que  advinha de uma janela aberta à sua esquerda, iluminando todo o quarto.
— Onde eu estou? — Pergunta Y, como se de repente, naquele momento, alguém estivesse martelando um prego em sua cabeça. A dor era aguda e insuportável, mas ela engoliu a seco e se segurou.
— No hospital de Coumarine, é claro. — Diz Gabena, que estava sentada um pouco adiante da janela em um banquinho.
— Ah, é? — Y ainda está muito grogue, ela fora sedada, por isso dormira tanto. Os seus ferimentos haviam sido graves, pelo visto. Mais do que ela imaginava. Então, as memórias foram aos poucos voltando e, de soco, ela se lembrou de perguntar: — E o que você faz aqui? Por que me ajudou?
— Fique deitada. — Diz uma pessoa enorme que se aproxima dela e faz com que Y se ajeite na maca. Era AZ. Aquele cheiro era inesquecível. Talvez fosse por isso que a janela estava escancarada e Gabena se sentara mais distante da maca. Então, o homem de mais de 3000 anos (que também era a quantidade de tempo que ele não tomava banho), a conforma: — Nós vamos lhe contar tudo.
— É melhor se preparar emocionalmente. — Avisa Gabena.
— Por quê? — Y de repente se senta na cama, puxando os fios que a prendiam pelo peito para monitorar os batimentos cardíacos. Eles estavam acelerados demais naquele momento.
— Por onde eu começo...? — Pergunta AZ mais para si mesmo do que para qualquer outra pessoa ali naquele recinto.
— Pode começar falando como você conseguiu recuperar a chave que liga a Ultimate Weapon que havia desaparecido no dia em que a Academia Lumiose visitou Coumarine para participar do desafio de ginásio local! Explique também como você tinha o contato dela e por que você chamou justamente Yvonne Gabena para nos auxiliar com Yveltal?
— Bem, ironicamente a chave foi parar com ela — e apontou para Gabena — devido ao movimento "Ladrão" que você ensinou para os Pokémon dela.
É verdade. Y se lembrou agora. Ela utilizou a desculpa de ajudar os Pokémon de Yvonne a aprenderem um novo movimento só para ela poder se aproximar e descobrir mais sobre a garota, suspeitando de que ela poderia ter um ataque e, do nada, ativar a Ultimate Weapon, destruindo aquele planeta, assim como Zinnia e os Draconídeos previram que aconteceria.
— Na Batalha de Ginásio, quando todos os estudantes estavam em Coumarine, o Fletchinder dela utilizou o golpe do Ladrão em meus Pokémon e meio que pegou de raspão em mim. Como o ataque geralmente rouba um item do adversário no momento da performance, a chave que eu uso no pescoço acabou indo parar com esta mocinha aqui — ele aponta para Gabena de novo — e ela me devolveu.
— Então... Foi aí que vocês se conheceram e começaram a tramar pelas minhas costas? — Diz Y, tentando ligar os pontinhos.
— Não. Eu conheço esta moça desde o ano passado. — Diz AZ. — Desde antes de você entrar para a Academia Shalour.
— O que? — Y se surpreende. Como aquilo era possível? — Então... Como no ginásio, vocês não pareciam se conhecer há mais tempo?
— Eu acho que eu atuo melhor que você, "Calem". — Diz Gabena, com um ar debochado, que era sua maior característica. Então, quando ela disse aquilo, deu um estalo na mente de Y.

Merilyn Flame disse que ela deveria se aliar ao seu lado obscuro. E lá estava ela congregando com Yvonne Gabena.

AZ, no momento me que Y chegara no Ginásio de Coumarine, antes da turma, para tentar conversar com o homem e convencê-lo de que Yvonne Gabena iria reativar a Ultimate Weapon, disse que ele sabia que Y era de outra dimensão, que sentia essa "aura" e que outros já haviam vindo antes dela.

AZ agora diz que conhece Gabena desde antes de Y assumir na Academia Lumiose como Calem. Mas, durante a batalha de ginásio de Coumarine, os dois fingiram não se conhecer. Por quê? Só podia haver uma explicação...

— Você TAMBÉM é de outra dimensão que nem EU? — Diz Y, olhando fixamente para Gabena.
— Sim. — Disse a Garota. — Finalmente você entendeu, não é?
O cérebro da "estagiária" bugou completamente neste momento. Ela já não estava entendendo mais nada.
— O meu nome não é Yvonne Gabena. — Diz Yvonne Gabena.
— E qual é?
— Yvette Serena. — Responde a menina. Graças a Arceus que o meu é Natalie, pensa brevemente Y.
— Yvette Serena... E onde está a verdadeira Yvonne Gabena, amiga de Shauna e dos outros? — Questiona Y.
— Você faz muitas perguntas. — Diz AZ.
— Deixa que eu assumo daqui, grandão. — Diz Yvette.
AZ então se cala e Yvette assume seu lugar para a explicação.

— Você é a Y de número 6.124, não é? Portanto, vamos chamar a sua dimensão natal de "Terra 6.124", para facilitarmos o entendimento durante a explicação, porém preste muita atenção. Cada detalhe é essencial para você entender porque AZ está do meu lado e não só do meu, do seu também. Ouça com atenção.
— Certo. Eu sou Natalie Serena, da Terra 6.124. — Diz Y, ainda meio grogue, mas disposta a compreender tudo o que estava acontecendo.
— Isso, e eu sou Yvette Serena, da Terra 535. — Diz Yvette.
— Você veio antes... — Y consegue compreender isso.
— Sim. Eu vim antes. Eu cheguei ao hiperespaço antes de você, embora lá não exista passado, presente nem futuro. Mas falaremos assim, só para que fique mais claro para você. Eu cheguei antes. Eu fui a 535ª Y a pisar naquele lugar, portanto, eu vim antes.
— Mas o que você faz aqui? A Zinnia me disse que Yvonne Gabena era uma menina do mal e que iria ativar a Ultimate Weapon e destruir esse mundo! Mas... Se você não é Yvonne Gabena e sim, Yvette Serena, então onde está essa tal de Yvonne?
— Ela morreu. — Diz Yvette.
E aquilo soou como um peso para Y. Foi um baque.
— O que?
— Deixe-me contar desde o início. Como o próprio AZ disse, você faz perguntas demais. Apenas fique calada e ouça enquanto eu falo.
— Certo. — Y não gostava daquele tom, mas decidiu concordar, afinal Yvonne Gabena foi quem salvara não apenas ela, mas também Delphine, e ajudara seus iniciais especiais a evoluírem com a energia vital que fluía através de Xerneas.

"Eu sou a única sobrevivente do meu mundo." — Começa Yvette. — "A Ultimate Weapon foi ativada por Lysandre em meu mundo também, mas diferentemente do seu, lá ele conseguiu vencer. Deu certo:
Ele destruiu o planeta e decidiu começar tudo de novo do zero, com a graça e a beleza que tanto importava para ele.

Zinnia, essa mesma que é única em todos os universos, me salvou, tirando-me de lá através de um buraco de minhoca e assim eu me tornei a Y de número 535 a pisar no hiperespaço. Ela me explicou dos inúmeros problemas nas inúmeras dimensões e que vez ou outra, algumas diferentes Y's de diferentes realidades surgiam no tecido do hiperespaço para tentar reparar estes problemas que poderiam destruir universos completos. Ela também me avisou que muitas não voltavam de suas missões.

Depois disso, Zinnia me mandou para este mundo em que estamos, o mundo de Yvonne Gabena, que vamos nomear como Terra 1269, porque a Yvonne Gabena original (a que faleceu) foi a de número 1269.

A minha missão na Terra 1269 era ajudar esta tal de Yvonne Gabena a impedir uma grande catástrofe que aconteceu no ano passado (e que agora não vem ao caso), aqui nesta dimensão. Missão essa que me foi dada por Zinnia.

Porém, durante essa minha missão que ocorreu no ano passado, Yvonne Gabena (minha aliada de combate) acabou morrendo. Com a ajuda de AZ, acabamos concluindo a missão e impedindo que esta realidade fosse aniquilada."

— Foi por este feito que, ano passado, a minha Floette voltou e resolveu me perdoar pelo que eu fiz há 3000 anos. Porque agora eu fiz o contrário: salvei todo mundo. — Diz AZ, fazendo com que Y se lembrasse do dia em que Diantha foi lecionar na Academia Lumiose e ela contou que, no momento da "posse" de Clemont, que se tornou o novo Campeão da Liga Kalos, AZ havia aparecido e Floette havia voltado e o perdoado por tudo o que houve no passado.
Foi nesta mesma ocasião em que ele assumiu o ginásio de Coumarine, tornando-se o mais novo especialista no tipo Grama.

"Retomando, Yvonne Gabena morreu e, naquela época, eu estava muito devastada pela minha realidade ter deixado de existir. Eu vi naquela tragédia, a oportunidade de recomeçar. Eu decidi me passar por Yvonne Gabena e assumi o lugar dela, afinal, os pais, os amigos dela... Eram os mesmos meus, só que de outra realidade.

Desde então, eu tenho tentado viver em paz aqui na Terra 1269, porém, Zinnia não ficou nada contente comigo pelo que eu fiz, e ela mandou você, Natalie, da Terra 6124, para me MATAR, porque ela achava errado eu querer recomeçar a minha vida aqui.

— Matar?
— Sim, ela inventou alguma coisa para você ficar com raiva de mim e me perseguir, não foi? — Diz Yvette.
— Ela... Disse que você seria a responsável por reativar a Ultimate Weapon e quando você me prendeu para capturar o Xerneas, isso só pareceu mais real para mim! Eu passei mais de meio ano pensando que você ia MESMO fazer isso, embora eu nunca entendesse como Zinnia poderia saber o que você iria fazer no FUTURO.
— É, eu admito que minha personalidade talvez não tenha ajudado. — Diz Yvette. — Mas o fato é que essa Zinnia te MANIPULOU para vir aqui e me matar. Esta era a sua verdadeira missão, e não me impedir de ativar a tal de Ultimate Weapon.
— Mas... Por que ela iria querer que eu te matasse? E por que mentiu para mim? — Perguntou Y.
— Yvonne Gabena morreu e não foi por minha culpa. Então, eu só assumi o lugar dela e tentei recobrar a vida que eu perdi, na minha realidade, que deixou de existir. Isso é errado? Mesmo que eu esteja em uma dimensão que não a minha natal, é justo eu ter perdido tudo, sendo que Yvonne Gabena tinha tudo o que eu precisava, aqui? Ela morreu e eu me aproveitei disso ficando no lugar dela, assim, ninguém mais sofreu, afinal, ninguém sabe e jamais saberá que ela morreu e que eu sou uma "impostora" que fundiu o seu destino com o da verdadeira Yvonne.
— Por isso os seus colegas reclamaram tanto de você ter mudado de uns tempos para cá. — Diz Y. — É claro, você não é a Yvonne, você nasceu em um lugar diferente, logo, tem uma personalidade diferente, e isso gerou inúmeros conflitos na escola.
— É difícil manter o disfarce. Você sabe do que eu estou falando. — Diz Yvette. — Eu sou durona, eu gosto de batalhar, eu não sou do tipo de vence corridas de montaria de Rhyhorn. Eu sou do tipo que evolui esse bicho para Rhyperior e vence a Liga Pokémon!
Então, uma lágrima escorre pelo olho esquerdo de Yvette, enquanto seu coração se enche de tristeza.
— Os pais da Yvonne são um saco... — Diz Yvette. — A mãe dela quer por que quer que ela se torne uma montadora de Rhyhorn, enquanto o pai não acredita nos seus (no caso, meus) sonhos e quer me tirar da escola...
"SÓ por causa disso?, pensa Y. Sua mãe havia se envolvido com a Team Flare e o seu pai... Bem, ele foi o "gerador" de Lysandre. Yvette tinha era sorte, porque os pais de Yvonne não eram tão ruins quanto os DELA.
Enquanto Y estava perdida em lembranças, Yvette a trouxe de volta, continuando com seu desabafo.
— Mas eles são iguaizinhos aos meus. Digo... Geneticamente falando. São as mesmas pessoa e... Pelo menos estão vivos. — Diz Yvette, com relação aos verdadeiros pais de Yvonne. Ao dizer aquilo, a "impostora" consegue tocar Y de um jeito que ela não sabia o que dizer. "Pelo menos estavam vivos", disse Yvonne. É, talvez Y deve pensar dessa maneira e não ficar incriminando os mesmos. Afinal, ela ainda os amava.
— Eu não podia manter o personagem por muito tempo, — continua Yvette, com lágrimas irrompendo pelo rosto — então eu acabei ficando cada vez mais "eu mesma" e isso irritou muita gente. Com isso, eu também acabei inventando algumas mentiras e armando algumas coisas só para me afastar dos amigos mais próximos dela, para eles não perceberem que eu não era Gabena. A única pessoa que sabia disso era AZ, que estava comigo no momento em que Yvonne se foi, durante a tal missão.
Y não sabia mais em quem acreditar, mas por alguma razão, ela sentia que Yvonne Gabena, quer dizer, Yvette Serena, estava falando a verdade.
— Quando você pisou na Academia Lumiose, eu logo vi meu reflexo em seu rosto. Eu sabia que havia sido mandada por Zinnia, porque nós tivemos uma briga feia quando decidi ficar e ela me disse que faria justamente isso: mandar um algoz para me eliminar e assim, não gerar os "erros" de realidade que ela tanto teme. Então eu fiquei na espreita, apenas esperando você agir. E você nunca agiu, você nunca tentou me matar. Eu até criei certa compaixão por você, porque eu vi que você era ingênua e não entendia muito bem o que estava acontecendo. Você não era uma pessoa má. Mas eu esperei para ter certeza.
Eu sabia que você estava manipulando os professores e o diretor Gurkinn. Isso estava na cara, mas só fazia eu pensar que você era mesmo muito poderosa para conseguir fazer isso. Então eu esperei... Esperei, esperei e esperei.
Foi quando eu comecei a suspeitar de que você era uma pessoa boa. Eu pedi ajuda para AZ e ele fingiu não me conhecer no dia da batalha de ginásio de Coumarine, só para poder ficar de olho em você. Como nós dois chegamos à conclusão de que você não era um perigo, então deixamos rolar para ver até onde isso ia dar. E, agora que você sabe de toda a verdade, diga-me "Calem", ou  melhor, "Natalie Serena"... Você quer me matar?

Y sabia que aquela era uma pergunta retórica, mas resolveu responder mesmo assim, entendendo o ponto de vista de Yvette.
— Não. É lógico que não.
— Diga-me: Se você tivesse a oportunidade de recomeçar, vivendo tudo de novo, com seus pais, amigos e todo mundo que você conhece VIVOS, em outra realidade da qual você tem acesso, você não recomeçaria?
— Recomeçaria. — Diz Y, concordando.
— Então, agora me diga você: quem é a verdadeira vilã? A patricinha da escola, de personalidade um pouco FORTE, ou a mulher que te enviou para cá e MENTIU sobre tudo, na intenção de fazer você enlouquecer e chegar ao extremo de me matar?
Y de repente se sentiu muito, muito usada. Ela estava tremendo e se segurando para não chorar, mas havia um aperto em sua garganta, uma angústia suprema que lutou contra a vontade dela de permanecer estável até vencer, entregando furiosas lágrimas vorazes por todo o rosto da menina.
— Prometa-me, Natalie... — Pede Yvonne, ou melhor, Yvette. — Prometa que nunca vai contar para ninguém que eu... Não sou ela.
— Prometo.
No fundo, Y sabia que Yvette estava fazendo a coisa certa. Y também recomeçaria. Ela então se lembrou da sua história, da sua realidade na Terra 6124, quando a Ultimate Weapon foi ativada por um breve tempo, arriscando a vida de todos os seres no globo. Ela não conseguia picturizar em sua mente o quão terrível teria sido se o mundo tivesse acabado ali, naquele momento, e ela tivesse sido a única sobrevivente. Ela teria ficado devastada, sem saber para onde ir. Qual a razão de estar viva depois que todo mundo já se foi? E mesmo que fosse resgatada para o hiperespaço por uma estranha, Y não ficaria feliz em viver o resto de sua vida saltando entre realidades paralelas, ela iria querer recomeçar, assim como Yvette fez. E pelo que foi dito, não foi culpa dela que a verdadeira Yvonne Gabena morreu. E mesmo que tivesse sido, será que dava para culpá-la por ter tentado viver no lugar dela? Y já não conseguia mais distinguir o que era bem e o que era mal. Ela sabia que todos mereciam uma segunda chance e com Yvette Serena, não era diferente. Y apoiava a decisão dela e agora o acerto de contas era com a Zinnia.
— Muito Obrigada! — Agradece Yvette, que também começa a chorar e cede por um minuto, abraçando Y, que estava deitada na maca.
Aquele toque, aquele abraço... Ela sentiu uma conexão. Sentia a verdade em cada palavra que Yvette pronunciava e então, seu intelecto apitou que sua missão naquele mundo havia acabado e tudo havia saído exatamente como nas previsões das cartas de tarot de Merilyn Flame. A velha bruxa não decepcionara...
— Eu quero voltar. — Diz Y. — Voltar para a minha dimensão natal. Todo mundo ficou para trás, devem estar preocupados.
— Ela te deu um prazo, não deu? — Pergunta Yvette, referindo-se a Zinnia.
— Sim. Ela e os draconídeos vão me buscar no dia de início da Liga Pokémon. — Explica Y. — Ela disse que até lá, a minha missão teria de estar cumprida, ou seja, até lá eu supostamente teria que te impedir de destruir o mundo, mas na verdade, eu teria que te impedir de viver...
— Então faça uma surpresa para ela. Zinnia não tem como saber o que conversamos aqui estando no hiperespaço, mas ela vai estranhar o fato de eu ainda não ter morrido...
— Pois vai ser aí que eu vou botar ela contra a parede! — Diz Y. — Eu prometo, Yvette, que eu vou te ajudar a sair dessa! Eu prometo! Se eu fosse você, se estivesse sob a sua pele, no seu lugar, eu faria o mesmo que você fez! Não há nada de errado nisso! Zinnia provavelmente tem medo que se você ficar aqui por muito tempo, isso possa causar alguma distorção no espaço-tempo, mas é só você manter o disfarce pelo resto da vida, que nada disso vai acontecer. Se nada aconteceu até agora por eu e você estarmos aqui, nada vai acontecer por você ficar mais uns anos... É tempo suficiente para sabermos que é seguro ficar. Você já está aqui desde o ano passado, não é?
— Sim, é o que eu acredito. Mas, por eu tê-la contrariado e feito o que ela não queria que eu fizesse, talvez Zinnia tenha ficado com raiva de mim. E talvez ela mande mais pessoas no futuro, talvez eu nunca viva em paz de verdade, mas vale a pena tentar, não acha?
— Com certeza. Me desculpe por qualquer coisa que eu tenha te feito, Yvette.
— Eu digo o mesmo. 
Yvette então segura as mãos cheias de fios de Y e as duas sentem a conexão universal fluir, como se aquele elo jamais pudesse ser quebrado. O elo em que uma pessoa encontra a si mesma em meio ao caos total que sua mente se encontra.

Continua...

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