Anteriormente em Pokémon Laços - GS: Após suspeitarem que a Equipe Rocket possa estar mandando seus agentes de Kanto para Johto através das linhas do Trem Magnético, Gold e Crystal não querem mais continuar sua jornada fazendo uso dos trilhos. Eles traçaram um plano, no entanto, que envolvia a aquisição do HM02 - Fly, uma técnica que pode ser ensinada a um Pokémon para que carregue seu treinador em segurança pelos céus enquanto voa, e assim, alterar seu meio de transporte. No entanto, eles chegaram à conclusão que nenhum dos dois possui um Pokémon apto a carregá-los, após terem obtido a Hidden Machine.
Temporada 02 - Episódio 07
Naquela noite, ainda em Violet, Gold e Crys alugam um quarto no Centro Pokémon da Cidade. Como a grana estava curta depois de pagarem a fiança para Mirei, eles alugam um único quarto para os dois. De igual maneira, eles estavam acima da idade permitida para isso. Mas, no meio da noite, Gold (que descansava em um saco de dormir, no chão), acorda em desespero, com gritos ao seu redor. É Crys, que estava sentada na cama, com os olhos arregalados. Ela tinha tido um pesadelo.




Crys tinha o rosto fechado, algo que Gold nunca vira em seu semblante. Ela estava séria e preocupada, diferentemente da sempre alegre Crystal, cheia de sonhos e de esperanças.




Crys estava sendo assombrada por um demônio azul. Ela já havia sonhado com ele outras vezes, inclusive, mas nunca contou ao Gold, em especial, porque decidiu não falar para ele sobre o episódio no Poço dos Slowpoke, já que ele lhe daria um sermão e ficaria preocupado por tudo o que ela fez e passou sozinha.







Crys corou à menção daquela palavra. Então ela percebeu que realmente, se continuasse não contando as coisas para Gold, jamais ele teria como saber o que se passava dentro da mente dela.


Crys expira forte e começa a falar com muita ansiedade, as mãos tremendo.





A menina estava realmente frustrada. A preocupação ardia em sua mente e pesava em seu peito.





No dia seguinte, mesmo nublado, Crys acorda motivada. Ou melhor, ela não "acorda", já que depois do pesadelo, não pregou o olho uma vez sequer. Mas, logo que o sol raiou, ela já se levantou, tomou seu café da manhã, um bom banho e saiu para capturar Pokémon. Gold, que também despertou (como sempre - esta era uma característica muito marcante dele), a acompanhou. Eles não tocaram mais no assunto. Crys parecia tão vívida e sorridente, que Gold achou melhor não lembrá-la do ocorrido e simplesmente ignorar a noite anterior, seguindo em frente.
O local era a Rota 36, saindo à direita de Violet. Repleto de árvores, o sítio fazia-se um ambiente perfeito para Pokémon-aves montarem um ninho.







Crys aponta para um pokémonzinho redondo, em formato de balão, que flutuava alegremente pela rota.






Mas Crys não estava nem aí para Gold. A garota encontrava-se fascinada pelo pequeno serzinho cor-de-rosa.



Gold aponta para o céu. Nuvens pretas estão se formando. A precipitação estava a caminho.


O Pokémon sai saltitante da Pokébola, com ares sorridentes.
Assim que Igglybuff vê Marill, ele interpreta aquilo como o prenúncio de uma batalha e já começa a atacar. Mas sua expressão angelical não muda, permanece constante, com uma fofura que acalentava o coraçãozinho de Crys, afastando-a do medo e da tristeza que a abatiam ultimamente. Foi pensando nisso que Gold resolveu deixar a garota se envolver com a captura, mesmo que demore mais para eles conseguirem um transporte aéreo eficaz.
Igglybuff inicia com um ataque mais fofo impossível: um beijo. Diferentemente de Smoochum, Igglybuff realizava o Beijo Doce à queima-roupa, literalmente beijando o alvo. Marill fica todo sem jeito e, portanto, adquire o status de confusão.



Marill atinge Igglybuff com um jato pressurizado d'água. O Pokémon atingido é erguido para cima com o impacto do ataque e, ao cair, desce suavemente de volta ao chão, como uma pena. Parece que era tão leve, que a gravidade não fazia efeito sobre ele.


Crys, no entanto, estava hipnotizada pela beleza encantadora do baixinho.

Igglybuff começa a entoar então uma bela Canção de Ninar, mas se engasga todo e arranha a garganta, falhando em atacar.

Isso, no entanto, abre espaço para Crys e Marill continuarem disparando golpes contra Igglybuff.

O gorduchinho Marill fecha os olhinhos e começa a entoar a mesma música de Igglybuff, mas com ele, dá certo. O golpe, que também era uma linda canção, dispara símbolos de notas musicais feitas de pura energia, que davam sono no oponente. Igglybuff tomba na hora.




Crys joga tal pokébola em Igglybuff e esta o engole por inteiro.
A bola amiga era uma pokébola verde com detalhes na parte superior em vermelho e laranja. Diferentemente das pokébolas comuns, esta tinha um efeito extra sobre o Pokémon capturado.


Naquele momento, a Bola Amiga para de piscar e exala fortes faíscas em formato de estrela, indicando a conclusão da captura.

Gold olha para Crys com uma cara de pena. Ele achava tão bom vê-la assim inocentemente feliz por uma coisinha tão boba quanto capturar um Pokémon-Bebê... Mas a pena era por sentir que a garota precisava frequentemente de momentos assim para não desabar, afinal, o mundo dela girava em torno de muito estresse: um Pokémon roubado para salvar, um emprego para recuperar, problemas com a mãe e a família e agora, ainda por cima, problemas em aceitar quem ela era, problemas em abraçar e fazer bom uso dos poderes que a natureza lhe ofereceu...
E o pior de tudo era vê-la em seus momentos tristes. Chorando ao mesmo tempo em que lutava para ser forte. Esse impasse que havia dentro dela, Gold não sabia como era, mas só de imaginar, já sentia que era tremendamente horrível, obscuro e amargo. Como ela conseguia aguentar, ele também não sabia, mas tinha ciência de que de dia, aquela era uma garota alegre e extrovertida que adorava o mundo e todas as belezas que nele foram concebidas, mas de noite, Crys era uma garota sombria e atormentada por pesadelos, com medo de viver.
Entretanto... Naquele momento, quem desabou não foi a Crys, foi a chuva!


E não era uma chuvinha qualquer. O vento assobiava e o céu clareava alguns segundos antes do som amedrontador dos trovões.


Gold estende a mão para Crys, que a segura. Assim, os dois saem correndo para bem longe dali. Mas eles não sabiam que iriam ter que aguentar os pingos gelados por mais tempo, sem jamais conseguir chegar à cidade antes da tempestade acabar.
Quando estavam próximos da entrada da cidade, Gold e Crys são abordados no meio da chuva por uma dupla de estranhos.


O primeiro era um garoto de cabelos muito pretos. Chegavam a ser oleosos de tão escuros que eram os fios, e roupa vermelha com branca, calça jeans. O segundo era uma pessoa de traços andróginos, não dava para apontar pelas roupas a qual gênero a pessoa se identificava. Os dois deveriam ter a idade de Gold e Crys ou ser um pouquinho mais velhos, no máximo um ano de diferença. Era muito pouca coisa.

Crys então se lembra da caverna abaixo do poço dos Slowpoke e do que o Rocket Hun disse a ela: que a Equipe Rocket iria persegui-la e não iria descansar enquanto não a encontrasse.

O encanto de Crystal se quebrou na hora. Antes, ela estava super alegre pela captura do Igglybuff. Agora, estava aterrorizada, com um pânico profundo. Dava para ver na cara dele, e no branco do olho, que se arregalava cada vez mais.





Gold então, vendo o desespero de Crystal, assume uma postura mais ofensiva. Não que ela precisasse ser protegida como uma donzela em perigo, mas por uma questão de autodefesa também.




Gold e o garoto de vermelho posicionam-se de frente um para o outro com espaço suficiente para dois Pokémon atacarem.








Aquele foi um soco direto no estômago de Crys.




A pessoa por detrás do chapelão de palha, aparentemente uma menina, já que utiliza pronomes e artigos femininos para descrever a si mesma, olha firme para Crystal, mas não de uma maneira ofensiva. Ela estava tentando... Ajudar?
Enquanto isso, a batalha entre Gold e o garoto de vermelho estava começando.







Aipom inicia jogando areia nos olhos de Pikachu, para que sua precisão baixasse, mas... O garoto de vermelho se acoca, com uma dar pernas apoiada inteiramente do joelho para baixo o chão, para poder visualizar a batalha mais de perto.


Pikachu começa a correr, ampliando naturalmente seu stat de velocidade. Com isso, Pikachu consegue atacar antes que Aipom.


Antes que Aipom pudesse sequer ver, Pikachu sacrifica um pouco do próprio HP e cria uma cópia idêntica de si mesmo, saindo pela retaguarda.

Aipom começa a atacar e golpeia diretamente o Substituto, não atingindo o Pikachu real. Ou seja, aquele foi um ataque em vão.

O Verdadeiro Pikachu salta por detrás do Substituto e dá solta um raio que se estende por todas as direções, fortalecido pela tempestade que não dava trégua. Aipom é atingido.


O primeiro dos seis Pokémon de Gold cai completamente esgotado. O garoto de vermelho dá uma risadinha e alfineta nosso herói:


CONTINUA...
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