Pokémon Laços: Let's Go, Sinnoh?



Pokémon Laços: Let's Go, Sinnoh?
é um Especial em One-Shot (Capítulo Único) derivado de:


Mentirosa era a palavra que ecoava na mente da jovem Platinum enquanto ela voltava para casa de trem após uma longa viagem de barco da ilha da Batalha da Fronteira para Sinnoh.
A garota havia crescido, estava mais forte. Seus Pokémon também haviam mudado graças ao treinamento intensivo que recebeu durante um ano na Batalha da Fronteira após VENCER o torneio comemorativo de 10 anos da instalação ao lado de Crystal Mind, uma jovem advinda da região de Johto.
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Mas não foi apenas lá que Platinum recebeu treinamento. A garota havia prometido para a mãe que iria se aventurar na Batalha da Fronteira, para se afastar dos perigos de Sinnoh e de todo o conflito na qual havia se envolvido no passado. Contudo, Platinum recebeu uma proposta de se juntar à Equipe de Jovens Treinadores coordenados pelo Detetive da Polícia Internacional Looker, e aceitou o convite, ficando ainda mais próxima do perigo que sua mãe imaginava.
O que quer dizer que ela não havia ficado esse tempo todo só na Batalha da Fronteira. De maneira alguma. Nesse meio tempo, Platinum esteve pelo mundo todo em missões que iam desde decorar as leis dos direitos humanos e dos Pokémon a até um duelo entre lendários na região de Unova, onde seu Palkia lutou contra Reshiram e Zekrom, da Equipe Plasma...
Mas um ano havia se passado desde que Platinum havia aceitado aquele emprego. Ela gostava do que fazia. O pensamento de impotência que a acompanhava bastante depois que a Equipe Galáctica a sequestrou, também desapareceu. Platinum agora se sentia plena. Sentia-se viva, sentia-se empoderada. Sentia-se Mulher.
Mas em razão disso, de sentir-se crescida, Platinum também se sentida incomodada. Incomodada porque a palavra "mentirosa" volta e meia surgia na sua cabeça, fazendo-a perder o sono. Mas isso estava prestes a acabar, porque agora ela retornaria à região de origem... Uma pena que, nesse momento, todo o medo e frustração que estavam guardados dentro dela, pareceram vir à tona, fazendo-a se questionar se havia feito a escolha certa.

Sozinhas, ela e a janela do trem,

Avaliando tudo o que lhe fazia bem,

Mas nada de bom a atém,

Sentia-se uma ninguém...


Horas de viagem

Convertidas em horas de desespero,

Em seu seio, dor selvagem

Consumindo-a por inteiro,

A Mentira e a Sabotagem

Superando o exagero.


Como ela pôde, por todo esse tempo,

Mentir para quem ama?

Agora perdida em desalento,

Afundando em seu próprio drama,

Colheu de seu próprio invento,

Mentirosa, fez-se a dama.


Como ela pôde fazer-se cega

Com os brilhos materiais?

Agora tudo o que ela pega

Enferruja nos finais,

Tudo que ela rega

Não nasce mais.


Como ela pôde violar por diversão,

Pensando apenas em si?

Agora para nenhuma canção

Ela jamais sorri,

Inunda a face em aflição

Na ilusão de mentir.


Como ela pôde, depois de tudo,

Esfaquear pelas costas?

Arriscando perder seu mundo,

Arriscando bater as botas,

O silêncio era castigo duro,

Mentirosa e idiota.


O arrependimento a levava

Para a não-percorrida estrada.

Como poderia encará-la?

Como poderia pedir perdão

Se sabia que estava errada,

Havia caído em tentação?

Ela mesmo se machucava,

Afinal, pela própria definição,

Aquilo era traição.


Como poderia viver com integralidade

Sabendo que escondeu toda a verdade?

Disse que estava na cidade,

Mas naquela fatídica tarde

Encontrava-se submersa pela metade

Em fictícios casos de vaidade.


Como poderia viver tranquila

Sabendo que sujeitou-se a feri-la?

Agora o peso em sua consciência desfila

A culpa, por dentro, a mutila

Ela é a última da interminável fila,

A ansiedade a devora e aniquila.


Durante um longo ano,

A mentirosa pagou pelo preço,

Para a farsa, passou pano,

Agora encontrava-se do avesso,

No fim, só sobrou dano

E um temor espesso.


Já não sabia o que fazer,

Como amava se torturar!

Depois de tanto acontecer

Ela precisava de ar,

Depois de tanto aborrecer,

Ela precisava contar.


A culpa era dela, bem sabia,

Mas como admitir o erro?

Sem a verdade, sentia-se vazia,

Mas ela também não queria

O próprio enterro.


Todas as estradas pareciam estar se fechando,

Toda a luz que um dia brilhou, se apagando,

A falsa vida criada por ela, a sufocando,

A ilusão da terra prometida se distanciando,

As nuvens se aproximando,

O céu cada vez menos brando

E seu coração, quase parando...


Por fim, não havia mais mentirosa

Só havia a mentira,

Sobrou a casca de uma vida rancorosa

Vida que em torno disso gira,

Não havia mais verso nem prosa

Nem a garota, mas a mentira,

Ou encarava o espinho da rosa

Ou ali, terminava-se em triste ira.


Não havia benzedura,

Não havia saída,

Ou ela optava pela cura

Ou tornava-se a própria ferida,

Mentira tem perna curta,

E Mentirosa tem que viver a vida.


Twinleaf Town, horas depois...

Platinum: Mãe? Cheguei.
Johanna: Dawn?
Johanna correu para atender a filha, esperando-a com muita saudade depois de um ano inteiro sem vê-la.
Platinum: Mãe?
A garota está de pé parada na porta da frente da casa onde viveu toda a sua infância e pré-adolescência. Ao ver sua mãe se aproximando, uma angústia tomou conta de seu corpo ao mesmo tempo em que as malas que segurava caíam no chão ao seu redor. Ela olhou para o rosto da progenitora e, tomada por vergonha, caiu em prantos.
As lágrimas eram audíveis, assim como o berro de toda a aflição que estava dentro dela, lutando para sair. Não havia mais sentido em segurar aquela dor.
Johanna: Filha? O que houve?! Está tudo bem?
Johanna fica bastante preocupada ao ver a filha soluçando daquele jeito. Era desesperador. Johanna a abraça, na esperança de acalmá-la, mas no fim das contas, Platinum era quem tinha de acalmar a mãe, e não o contrário.
Platinum: Mãe... Eu tenho uma coisa para te contar.
Disse a garota, entre soluços.
A mãe olhou nos olhos da filha e de repente, foi como se tocasse a alma da pequena Dawn, da bebê que saiu de dentro dela. Não tinha como Johanna não saber o que se passava com a filha...
Johanna: O que?! Que você se afiliou à Academia da Polícia Internacional e vem escondendo isso de mim já faz um ano?
Platinum: V-você já sabe?!
Platinum se sentiu uma idiota naquele momento. Sentiu-se primeiramente surpresa que sua mãe já sabia e segundamente, se ela já sabia, toda essa aflição havia sido em vão, porque o motivo da agonia era a mãe não saber. Ela passou um ano inteiro se culpando e se sentindo infeliz, quando tudo o que ela deveria ter feito era ter tido um pouco mais de comunicação e toda essa amofinação seria evitada.
Johanna: Claro que sei. Eu assinei papéis para a sua matrícula. Eu concordei em deixar você se tornar uma interna!
Platinum: Mas o Looker disse...
Johanna: Ah, o Detetive Looker esteve aqui em casa logo após aquela nossa conversa, sobre você passar um tempo na Batalha da Fronteira. Ele me convenceu que o melhor para você seria deixar que ele a treinasse e eu aceitei, só por isso você conseguiu se juntar a eles. A autonomia que um treinador menor de idade tem para sair em jornada não lhe dá emancipação total. Coisas como empregos, estágios e programas de treinamentos ainda precisam ser assinados pelos pais. E eu tive de assinar os seus papéis para finalizar a sua matrícula. Isso aconteceu no momento em que você estava viajando para a Ilha da Batalha da Fronteira.
Platinum: M-mas... Por que você não me disse nada?
Johanna: E por que você não contou do convite do Detetive Looker?
Platinum: B-bem... Eu achei que você ficaria zangada comigo se eu aceitasse. Porque havia me feito prometer ir para a Batalha da Fronteira não me meter em nenhum perigo. E eu queria aceitar, então achei que estaria violando o nosso trato concordando com isso.
Johanna: E você me jurou que eu não precisava me preocupar, não jurou?
Platinum: E você disse que é quando você mais se preocupa...
Johanna: Normalmente, tem razão, é quando eu mais me preocupo, mas dessa vez, eu decidi confiar em você. Se você quer se aventurar e se arriscar, é bom que esteja preparada para consertar os próprios erros e enfrentar os próprios riscos e consequências das suas decisões. Dawn, você já é uma Mulher agora e não cabe mais a mim te privar de fazer o que você quer. Então, da próxima vez que você disser para eu não me preocupar... Eu vou confiar que você vai fazer de tudo para que essa afirmação seja verdadeira.
Platinum: Ah, mãe...
Platinum volta a se desmontar em lágrimas, abraçando com força a mãe que tanto amava.
Platinum: Obrigada por confiar em mim, mãe.
Johanna: Eu nunca te dei motivos para acreditar que não confiaria. Afinal... Eu sou uma Top Coordenadora. Até que não sou uma mãe quadrada, para a minha idade, sou?
Platinum: É, tem razão. Você não é quadrada, nem um pouquinho!
Johanna: Fico feliz que tenha voltado. Saiba que aqui em casa, você sempre terá um lugar para voltar, mesmo quando achar que pisou na bola. Eu sempre vou te esperar de braços abertos, eu só quero que você seja feliz, filha!
Platinum: Mãe...
Platinum nem sabe o que dizer. Ela se sente embaraçada por não compreender aquilo antes: uma verdade que sempre esteve ao seu lado, a mãe a amava e fazia de tudo para vê-la contente, mesmo quando envolvia sacrifícios.
Johanna: Mas mudando de assunto... Vamos falar de coisas boas. Planos para o futuro! O que você vai fazer agora?
Platinum: Por mais que eu tenha feito algumas viagens para missões da Polícia Internacional ao longo das estações, eu passei mesmo um ano na Ilha da Batalha da Fronteira, como havia prometido, treinando e aprimorando minhas técnicas de autodefesa. E agora, só me resta uma coisa... 
Platinum: ...Voltar aos Super Contests ao lado do Turtwig que eu acabei de pegar com o Professor Rowan em uma nova jornada! Vamos lá, Sinnoh! Vamos lá!
Johanna: Veja só! Aquele brilho no olhar que me acompanhava na paixão que sempre senti pelos Torneios agora se faz presente nos seus olhos, filha.
Platinum: Não precisa se preocupar, Dona Johanna! Eu sou igualzinha à minha mãe!

[Fim]

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