
Cidade de Pallet, Dez Horas...
Naquela horrenda manhã chuvosa, toda a Associação vestia preto enquanto o caixão descia...
O infeliz evento contou com a presença de ilustres nome da cultura Pokémon, que prestaram suas devidas homenagem àquele que até então era considerado o maior Pesquisador no assunto. Todos eles discursaram, começando pela Professora Ivy, das Ilhas Laranja...
Seguida pelo Professor Elm, de Johto...
O Professor Birch, de Hoenn...
O Professor Hastings de Fiore, Almia e Oblivia...
O Professor Rowan, de Sinnoh e da Battle Zone...
Os Professores Juniper, pai e filha, de Unova...E sua conterrânea, a Dra. Fennel...
Os cônjuges de Alola, Professor Kukui e Professora Burnet...
De Pasio, a Professora Bellis...
De Galar, a recém-formada Professora Sônia...
Seguida do Professor Sakuragi, de Kanto...Do Professor Mirror, de Lental...
Da Professora Phorus, de Aeos...
Do renomado cientista do conglomerado Tohjo (Kanto + Johto), Bill...
E é claro, da própria família do Professor Carvalho, a começar por Samson, de Alola...
E Grand, de Galar.
Mas nenhum dos discursos pareceu atingir Blue de verdade. Para ele, todas aquelas falas eram vazias e distantes... Nenhuma daquelas pessoas conheceu o seu avô como ele. Nenhuma deles cresceu junto de Samuel Carvalho e, portanto, nenhuma delas sabia de todas as manias do velho, algo que Blue poderia listar de cor e salteado.
É claro que o neto do Professor Carvalho não iria impedir que os amigos pesquisadores discursassem em seu enterro, mas... Para ele, aquelas não passavam de palavras que exaltavam os grandes feitos de seu avô, privilegiando todas as suas qualidades em detrimento de seus efeitos, faziam-se afastadas da realidade de quem o verdadeiro Oak era.
Então, Blue subiu no palanque determinado a contar para todos quem o Professor Carvalho era de verdade. Ele não preparou nenhum discurso de antemão nem escreveu nada, mas sabia exatamente o que queria dizer. Utilizou toda a coragem que sabia que tinha e foi para lá confiante, determinado a prestar uma última homenagem àquele que o criou desde pequeno...
No entanto...

Todos ficam calados e encaram Blue, com uma maldita cara de pena. Era como se dissessem "coitado" apenas com os olhos.
Algo começa a acontecer dentro de Blue neste momento... É como se fosse vômito, revolvendo em seu estômago e então subindo, mas não no sentido literal...
Ele está prestes a desabar, mas seu jeito "durão" de ser não pode permitir que isso aconteça... Jamais! Ainda mais estando na presença de tanta gente... Gente que nem era importante, para falar a verdade, que não dava a mínima para ele ou para sua família, mas que só estava ali porque a grande "lenda" havia morrido. Haviam transformado a morte de seu avô em um grande espetáculo midiático e Blue estava PISTOLA com isso...
Blue então começa a tremer. Ele não sabia que era tão difícil, visto que ainda não havia processado o luto direito. Estava apenas na fase inicial e ainda doía muito. Blue não sabia o que falar... Ele começa a suar frio. Todos o estão olhando em silêncio, como que esperando a sua reação e isso deixa o jovem ainda mais nervoso. Seu coração acelera e sua visão fica turva de tal modo, que tudo começa a girar.
Blue fala a primeira coisa que lhe vem à cabeça... Mas todos ficam o encarando, como se quisessem mais do que uma simples declaração de amor. "Será que o neto do Grande Professor Carvalho não vai discursar sobre os Grandes Feitos do recém-falecido avô?". Então, ele respirou fundo e começou a falar tudo o que vinha borbulhando dentro dele desde que o velório começou, colocando pra fora toda a sua raiva e frustração, enquanto quentes lágrimas de rancor violentamente entram em erupção em seu rosto, escorrendo face abaixo.

Com raiva, Blue joga o microfone no chão e o som produzido é extremamente desagradável. Ele então grita para que sua voz se sobreponha à microfonia a fim de que a "plateia" pudesse ouvi-lo.
Blue deixa a capela marchando enfurecido e se vai para longe.
Green que também estava presente no funeral, desespera-se ao ver o seu companheiro assim. Imediatamente, ela correndo atrás do marido, preocupada com o bem-estar dele. Green sabia que o Professor Carvalho era muito importante para Blue e imaginava que ele estava sofrendo, mas não podia precisar QUANTO.















Green fica em choque com as falas de Blue. Ele foi longe DEMAIS.
Blue percebe o erro, mas já era tarde demais. Agora Green estava em chamas.

Green dá uma surra de verdades na cara de Blue, mas o ego inflado do treinador não o permite aceitar a verdade. Ele prefere acreditar que ELA está errada e ele está certo.

Blue coloca a mão sobre o coração, o qual está profundamente dolorido. A mágoa era tanto dentro dele que ele podia sentir fisicamente um aperto em seu peito.







Blue dá as costas para sua então esposa e começa a marchar para longe, de nariz empinado.



E Blue corre para longe, deixando Green arrasada para trás...
A esposa, no entanto, percebe que algo está acontecendo. Primeiro, Blue perdeu seu avô, depois terminou com ela e pediu para largar a Associação... Ele não estava sabendo lidar com aquela morte e isso era óbvio, mas Green sempre falou a verdade, por mais que doesse. Ela não gostaria de ficar passando a mão na cabeça de Blue, e dizendo que ele está certo só para agradá-lo, quando na verdade, ele está sendo um cuzão... Ela precisava dizer o que disse. E ele precisava ouvir o que eu ouviu... Só que ele não conseguiu processar. Ele não conseguiu, e agora ela se sentia preocupada, porque conhecendo o quão imprudente Blue era, só Arceus sabia o que podia lhe acontecer vagando por aí sozinho enquanto estava tendo um surto daqueles.
Sete Horas da Noite, na Floresta Viridian...
Blue está em uma clareira no meio floresta enquanto o sol vai desaparecendo no horizonte. A floresta começa a mostrar sua voz. Os Pokémon selvagem começam a sair de suas tocas e o local começa a ficar perigoso. Mas Blue não tem medo. Ele poderia capturar todos os Pokémon daquela mata sem desmaiar uma única vez, se quisesse. Mas o seu objetivo era maior.

Blue sempre foi ambicioso mas a morte de seu avô mexeu com a sua cabeça de tal modo que ele trouxe o seu pior lado para fora. Ele estava vivendo um momento terrivelmente difícil e não estava sabendo reagir à situação. Definitivamente, ele estava fora de si.
Blue surpreende-se com a pontualidade de uma estranha aeronave movida por quatro hélices que pousa na clareira naquele mesmo instante, à sua frente.
A porta da aeronave se abre e de dentro dela, sai um Corviknight carregando uma correspondência em seu pescoço. A ave desaparece pelos céus da Região de Kanto e Blue sente-se convidado a entrar na aeronave, cuja porta permanecia aberta.

Um homem de cabelos brancos, olhos verdes e um rosto e nariz igualmente finos, acompanhado de um pequeno Mime Jr. dá as boas vindas a Blue, que parecia conhecê-lo muito bem. Na verdade, ele tinha total ciência do que estava indo fazer e de quem eram aquelas pessoas.
Ele entra na nave e acompanha o homem até uma sala interna com uma mesa central redonda, ao redor do qual três outras pessoas encontravam-se acomodadas.

















O Professor Amaranth então pega seu Rotom Phone e pega quatro missões de testes pré-selecionadas.





Amaranth envia a missão para o smartphone de Quillon.











Continua no próximo capítulo que contiver a palavra "Kanto" no título...
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