Na semana seguinte, nossa turma da Ranger School foi convidada para uma viagem de estudos, uma viagem técnica para uma Região exterior, mais especificamente para a reservada Região de Holon.
Fomos em um ônibus da própria escola, dirigido por ninguém menos que o Professor Barlow, que aparentemente tinha uma carteira de motorista ampla o suficiente para permiti-lo dirigir um veículo daquele porte, enquanto sua parceira Pokémon Hariyama, a qual ele chamava carinhosamente de "Big Bertha", o dava assistência.
Além do mais, esta viagem havia surgido como parte da disciplina que ele próprio ministrava, então Barlow não apenas conduzia o meio de transporte como também nos servia de guia, repassando todos os ensinamentos que adquiriu ao longo de anos e anos levando seus alunos da Academia Ranger a este mesmo local.
"Mas por que Holon?", você deve estar se perguntando... Uma Região tão apagada, que pouca gente lembra de sua existência... Pois bem, as palavras do Professor Barlow ainda ecoavam em minha cabeça:

Enquanto o ônibus rodava e rodava, por estradas frias e nevadas, subindo e descendo montanhas que pareciam sem fim, nós discutíamos sobre o passeio, afinal, aquela havia sido a coisa mais legal que aconteceu conosco desde que entramos na Ranger School.

















Então, assim que Crawford termina sua fala, o ônibus freia bruscamente e somos todos arremessados contra o banco da frente. Barlow e Big Bertha, a Hariyama, rapidamente descem do ônibus sem dizer uma palavra e nos deixam sozinhos no interior do veículo...





Então, mais cedo do que imaginávamos, Barlow sobe as escadas e adentra no ônibus novamente, com um pequeno e familiar Pokémon em mãos... Ele então se pronuncia:










Mas Barlow nem deu tempo para que alguém pudesse responder. Ele mesmo já disse na sequência:




Barlow então se aproxima e larga o Gible todo sujo de óleo no meu colo. O professor bate umas palminhas enquanto esfrega uma mão na outra para limpá-las e volta para o volante, com Big Bertha fechando a porta e a viagem seguindo seu rumo outra vez...





Tenho certeza de que até hoje meus gritos de cor seguem ecoando por aquelas montanhas...
Holon era linda. A região era amplamente arborizada com um grande lago e pântanos ao sul. O lago também é cercado por uma enorme cordilheira. Localizada no litoral, com uma ilha contendo cristais únicos a alguma distância da costa. Uma pena que o clima estava frio e com cara de que, cedo ou tarde, iria chover.
Por onde passamos, tivemos uma breve introdução feita pelo Professor Barlow. E por breve, quero dizer, levou horas e horas, já que ele fala bastante...









Além disso, estão localizadas aqui as Ruínas de Holon... Grandes laboratórios que precisaram ser abandonados às pressas por circunstâncias misteriosas.












Caminhamos algumas quadras pela cidade que tinha formato de pokébola, com Gible brincando de morder minha já enfaixada mão, até que o Professor Barlow para em frente a uma casa de telhado redondo, bate à porta e de dentro, sai um velhinho bem baixinho de bengala.










































































Quando olhamos para o céu, a coisa estava feia. Nuvens carregadas envolviam a cidade e pareciam iniciar-se logo acima da Torre de Pesquisa. E raios vermelhos, algo que chegava a ser bonito, mas extremamente assustador, projetavam-se perigosamente para todos os lados, enquanto uma aurora tingia os céus com sua exuberância resplandecente.


E assim, toda a turma começa a entrar na residência do Professor Holon, que abrigava em seu interior, um laboratório particular. No entanto, no momento em que eu vou entrar com Gible em meu colo...


Gible morde minha mão com força e se solta do meu colo. Ele cai de pé no chão e, ao fazê-lo, ao invés de entrar na casa do Professor, escava o subsolo, entrando no buraco e "nadando" para longe com sua barbatana sendo a única parte do corpo visível do lado de fora.
















E lá estávamos nós, novamente metidos em uma enrascada por causa do Gible. Seguimos correndo o rastro do solo perfurado pela barbatana de Gible e percebemos que, na verdade, ele não foi exatamente para a floresta...



Dito e feito.
Gible não poderia escolher melhor horário para aprontar...

Gible estava do lado de fora, parado de pé, bem em baixo da Torre de Pesquisa de Holon, olhando imóvel para cima para todos aqueles raios e faíscas...


Mas Gible não nos dava ouvidos (como sempre)... Mesmo os nossos parceiros Pokémon, que não saíram do nosso lado em nenhum instante, pareciam conseguir convencê-lo.



Então, algo pareceu se mover no céu acima da gente, e não eram os raios. Era algo mais massivo, corpulento...

Gible rosnou na direção da coisa, que espiralava nas nuvens carregadas sobre nossas cabeças. E com isso, a criatura que nos observava de cima desce num rasante, surgindo de supetão à nossa frente.



O que havia surgido à nossa frente era Latias, um Pokémon Legendário com o qual eu já havia me encontrado no passado. Mas diferentemente da Latias que Sapphire havia enfrentado em seu desafio da Elite 4 contra o especialista no tipo dragão, Drake, esta daqui cintilava de uma maneira estranha...




Mas Latias não estava para brincadeiras... Estava brava com Gible, e vice-versa. Precisávamos acalmá-la.



Kate rapidamente puxa seu Capture Styler e lança o disco de captura, controlando-o à distância com a antena. No entanto, antes que o disco que se assemelhava a um pião completasse uma volta sequer em torno de Latias, um raio cai do céu e interrompe a linha de captura, o que sobrecarrega o dispositivo da menina.

Ela solta o Capture Styler, que começa a fumegar em suas mãos, derrubando-o no chão...





Ao perceber que Pachirisu havia eletrificado o disco de captura que agora rodopiava em sua direção, Latias simplesmente voa para o alto, escapando das investidas de Kellyn, e a captura se perde novamente...


Eu tinha razão, porque naquele instante, Latias soltou uma bola de energia verde pulsante, abrindo fogo contra o pobre Gible.



Mas antes que a bola explosiva pudesse atingir o embasbacado Gible, Gallade salta na frente dele, empurrando-o para longe e tomando a dor do ataque inteira para si.





Gallade estava ferido. Seu joelho direito havia sido pego pela explosão e agora ele tinha dificuldades para se locomover.







Nossos Pokémon parceiros atacam. Primeiro, Bidoof e Pachirisu tentam uma abordagem à distância, lançando uma onda e uma chuva de raios para cima de Latias, respectivamente, mas o Pokémon Legendário simplesmente se desvia dos golpes fazendo uma pirueta no ar ao mesmo tempo em que se esquivava também dos raios da Torre de Pesquisa, que tornavam-se cada vez mais intensos à medida que o tempo passava.
Na sequência, Starly cerca Latias por um lado e Gallade pelo outro. Desta vez não havia escapatória. Nossos parceiros acertam seus golpes, mas não parecem tirar muito dano de Latias. Pelo contrário, isso só a enfurece...

Movida pela fúria de ter sido atacada, Latias sopra um jato de vapor a partir da boca. Era uma substância tão estranha e tão quente que chegava a brilhar na cor vermelha.
O ataque bruxuleava em nossa direção e a julgar pelo tamanho da rajada energética expelida, ele atingiria a todos nós, não fosse por Kellyn, que tem uma atitude heroica em prol do bem da equipe...


Pachirisu começa a balançar os dedinhos, como que lançando um feitiço. Ele agora atrai o ataque de Latias todo para si, levando o dano sozinho ao mesmo tempo em que protege todos os demais Pokémon de sofrerem com o golpe...





Mas tentar vencer pelos números não deu certo, porque o pequeno bando de Starlys que surgiu pelo uso do golpe da multiplicação foi se esvaindo rapidamente graças à tempestade de raios, que atingia uma réplica após a outra, durante seu voo.







Bidoof solta um raio elétrico em Latias, mas o golpe não faz nem cócegas nela, algo que deixa Kate pensativa. Enquanto isso, Pachirisu acerta as asas de Latias com lâminas no formato de estrela, mas tal como as asas de um avião, as asas de Latias pareciam de uma dureza impenetrável, e o golpe termina não causando muito dano... E por fim, mas não menos importante, Gallade acerta Latias com uma velocidade incrível, desferindo um corte em seu peito, mas Latias não parecia sequer sentir algum desconforto...



Mas antes que pudéssemos fazer qualquer coisa, Latias começa uma inundação. Utilizando todo o seu poder, ela invoca um pilar de água abaixo de si, que quebra em uma onda gigante, à la tsunami, engolindo todos os seus adversários de uma só vez: Gallade, Pachirisu, Starly, Bidoof e até mesmo o pequeno Gible, que assistia a batalha num canto.






Kellyn cria um chamariz enviando para o céu múltiplos raios elétricos, que interagem com a tempestade magnética ao redor, criando uma teia fulminante ainda maior...

Bidoof começa a tecer um "Nó de Grama", movimento que basicamente consistia em dar pequenos nós na ponta das folhas da grama para fazer o oponente tropeçar.




Gallade energiza as lâminas projetadas de ambos os cotovelos e Starly manda uma lufada de vento em sua direção, espalhando aquela energia psíquica na forma de discos que voam contra Latias em alta velocidade, mandando-a na direção do Nó de Grama que a aguardava no chão.
Mas antes que Latias pudesse chegar próximo o suficiente da relva, ela dá uma guinada e sobe no ar novamente, tomando impulso e voltando para uma altitude segura.



Latias agora brilhava em um tom resplandecente de amarelo, enquanto todos os pequenos arranhões que havíamos lhe causado somem e ela retorna ao 100%.
A tempestade ruge acima de nós e o clarão dos relâmpagos clareiam os céus. Começa a chover e os pingos são grandes e gelados.


O pequeno Starly, que dominava os céus, então voa em altíssima velocidade na direção da oponente, cortando a atmosfera atrás de si e deixando apenas um rastro de vácuo por onde passou.

Mas antes que Starly pudesse atingir seu alvo... TZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ!!!!
Um raio cai dos céus e o atinge.
Fraco por natureza contra a eletricidade, Starly despenca dos céus enquanto voa...

...e cai no chão, debilitado.


Antes que Kate, percebesse, Latias já estava usando outro ataque. Desta vez, mas um Sopro de Dragão, mirando com toda a sua fúria no pequenino Bidoof.


Nesta altura, Kate já havia perdido ambos os parceiros: tanto Starly quanto Bidoof estavam fora de combate. A chuva aumentou e com ela, o frenesi de Latias...
Mais um Sopro de Dragão é disparado e desta vez, o alvo é Pachirisu, cuja energia já estava baixíssima desde que ele havia se oferecido como sacrifício na primeira vez que o Pokémon Legendário havia usado esse golpe... O resultado não poderia ser outro: mais um nocaute.






Mas Gallade não consegue correr para se esquivar do golpe, porque sua perna estava machucada. Fim de partida. Todos os nossos Pokémon haviam sido subjugados.



Latias voava muito velozmente acima de nós, em uma cólera sem precedentes. Eu podia jurar que a qualquer minuto, ela lançaria um ataque contra nós, humanos... Entretanto, nesse momento...

Gible replica exatamente o que Latias fez em sua última tacada e solta um Pulso de Dragão a partir de sua bocarra cheia de dentes. A bola pulsante de energia verde ciano avança pelos céus, esquivando-se dos raios, até atingir Latias, que é pega de surpresa por uma enorme explosão.








Gallade coloca a pata sobre o meu ombro para poder se colocar de pé.


Pego Gible e o coloco embaixo de um braço. Nesse momento, eu não estava nem aí se ele me daria uma dentada ou não. Eu ao apenas o fiz, porque precisávamos evacuar o recinto imediatamente.

Nunca corremos tanto na vida (nem mesmo quando eu fugi do hospital). Chegamos à porta da casa/laboratório do Professor Holon sem fôlego, molhados da cabeça aos pés, sujos de barro e com nossos Pokémon feridos necessitando de cuidados urgentes.

Dava para ver na cara do Professor Barlow que ele estava preocupado conosco.



Rhythmi, Crawford e Keith se dispõem a ajudar nossos Pokémon feridos, pegando-os do nosso colo e levando-os para o chão, onde imediatamente começaram a aplicar poções, dar-lhes berries para restaurar a energia e fazer curativos e talas.

Barlow estava branco, suando frio. Pelo visto, ele achou que havia nos mandado para a morte. Tudo o que eu consegui pronunciar enquanto arfava foi:




















Continua...
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