Pokémon Laços: Teal & Indigo 04: Cinco Anos Atrás...


Parte 04
Cinco Anos Atrás...

Sada e Liko estavam se acabando de tanto correr quando finalmente chegaram à aeronave dos Trovonautas "estacionada", por assim dizer, no bosque próximo à escola. Foi quando estavam embarcando na nave para regressarem ao seu momento presente, que Liko se lembrou de uma coisa:

"ESPERE!"

"Hã?" Sada voltou-se para trás.

"Eu me lembro disso."

Sada ficou encarando Liko, para que ela desenvolvesse mais o seu pensamento.

"Logo que eu cheguei à escola, eu fiquei sendo chamada de heroína. Mas eu não entendia o porquê. Diziam que eu tinha derrotado algum Pokémon selvagem muito forte, mas eu sempre achei que houvesse sido engano. Que não havia sido eu. Talvez estivessem me confundindo com outra pessoa. De alguma forma, entretanto, essa confiança que os outros depositaram em mim me fortaleceu, porque eu deixei de ser tímida e comecei a me relacionar melhor com os meus colegas e os meus Pokémon."

Sada ponderou por um instante e então disse:

"Essa memória sempre esteve aí, desde antes de voltarmos no tempo?"

"Pelo que eu me lembro, sim. Eu também me lembro de, durante a Palestra do Professor Carvalho, ter ouvido vários alarmes de carro soando ao mesmo tempo, mas os guardas da Escola disseram para ignorarmos e continuarmos prestando atenção no que o Professor dizia."

Mas Sada não estava satisfeita com aquela resposta.

"Nós estamos reescrevendo a sua história, Liko."

"Mas estas memórias sempre estiveram aqui!"

"É o que você acha. Se o tempo foi reescrito, você não vai conseguir se lembrar de como era a sua vida antes."

"..."

"Temos que sair daqui. Imediatamente."

A Professora Sada então pega seu notebook para coordenar o regresso ao presente.

"Está pesado." Ela estranha.

"O computador deve ter sobrecarregado tomando controle da nave e da viagem ao mesmo tempo."

"Sobrecarga o deixaria mais quente e não mais pesado." Constatou Sada, achando aquilo muito esquisito. Porém, resolveu deixar por isso mesmo, afinal, elas tinham preocupações maiores. De onde tinha vindo aquele Tauros? Como ele havia sido Terastalizado? E mais: Será que elas haviam alterado o fluxo do tempo?

Sada abre o laptop e a tela se liga automaticamente. O sistema de inteligência artificial reconhece seu rosto e lhe dá as boas vindas, mostrando a interface do programa que governa a viagem no tempo.

"IA, retornar para o presente." Comanda a professora.

O computador, entretanto, permanece em silêncio.

"IA, Retornar para o Presente!" Ordena Sada, mais uma vez. O computador permanece em silêncio, o que faz com que o coração de Liko acelere e ela comece a se sentir insegura.

"Você já se encontra no presente." De repente responde o computador, com uma voz de mulher robótica.

"O que? Não, não este presente. Queremos voltar para o momento em que estávamos quando partimos nesta jornada." Define melhor Sada.

O computador começa a pensar...

"É impossível. Aquele momento não existe mais na sua linha do tempo." Por fim relata o aparelho, a verdade caindo como um raio sobre Liko e Sada, que começam a transpirar e ofegar no mesmo instante.

"Nós... Alteramos o futuro." Constatou Sada, ao perceber os olhos arregalados de Liko. "Se aquele tempo que era o nosso presente não existe mais, isso quer dizer que..."

"Que as viagens no tempo ALTERAM, de fato, a linha do tempo." Completa Liko, cujas mãos agora tremiam, apavorada.

Sada então friamente solta uma gargalhada.

"HAHAHAHA! Não percebe, Liko?! A grandiosidade deste momento? Acabamos de fazer mais uma grande descoberta! A de que podemos reescrever nossa história!"

Por um momento, Liko teve um flashback. Lembrou-se de quando conheceu Sprigatito e de quanto tempo levou para que as duas finalmente sincronizassem seu coração. Talvez ela pudesse mudar algo pequeno como a simples relação entre treinadora e Pokémon. Mas ao mesmo tempo, Liko se pergunta quem seria ela hoje se as coisas tivessem ocorrido diferente. Será que ela e Meowscarada ainda teriam a mesma relação? Se elas ficassem mais próximas, ótimo. Mas e se fosse o contrário? E se elas se desencontrassem? A incerteza daquelas alterações fez com que Liko repensasse seriamente o que estava fazendo. E se elas estivessem estragando tudo? E se elas estivessem causando paradoxos que jamais poderiam ser resolvidos? E o que mais a preocupava: será que depois de terem agido imprudentemente, as duas estavam PRESAS no passado?

Como que lendo os pensamentos de Liko, o que não era muito difícil, já que a insegurança transpassava no semblante horrorizado da garota, Sada então fala:

"Não se preocupe. Nós ainda podemos retornar. Este é um computador quântico. Ele consegue fazer cálculos humanamente inconcebíveis, como a trajetória para um ponto específico no espaço-tempo, mas pode demorar até um dia para que a enorme quantidade de dados seja lida, decodificada e devidamente transformada em uma operação aritmética. Em outras palavras, precisamos dar um tempo para o computador nos dar o tempo certo."

"T-t-tem certeza...?" A máscara estava começando a cair. Liko não conseguiria manter o personagem por mias muito tempo. Sua cabeça sempre esteve mergulhada em uma tempestade de dúvidas e incertezas. Sua persona confiante era só um reflexo da euforia causada por estar participando de um projeto tão legal quanto o de Sada. mas agora que as coisas não parecem estar indo bem, ela treme na base, com medo da queda.

Sada suspira baixinho e então, utilizando sua voz mais calma e meiga, convence a adolescente de que tudo ficará bem:

"Não se preocupe, Liko. Eu trabalhei na construção da máquina do tempo a minha vida inteira. Eu sei que o estou fazendo."

Ouvir aquelas palavras tranquiliza o coração inquieto de Liko.

"O-o que você sugere que façamos, Professora Sada?"

"O computador não consegue calcular o trajeto de volta tão rápido e se ficarmos aqui, neste tempo, traremos ainda mais consequências indesejadas para o presente. Afinal, nós já fomos vistas. Estamos chamando muita atenção. O ideal agora é que saltemos em direção a outro tempo. Em algum lugar onde não seremos vistas... Apenas enquanto aguardamos uma resposta da IA. Você compreende?"

Por um momento, Liko se sente intimidada por Sada. Ela não pode fazer nada senão aceitar o que a Professora diz. Afinal de contas, ela é mais velha e sabe o que está fazendo.

"S-s-sim." Liko é compelida a dar aquela resposta. Mas em seu coração, ela se pergunta se aquilo era mesmo o certo.

Em um estalido, o dirigível do Professor Friede desaparece, deixando aquele momento para trás...




As estrelas cintilavam acima do céu noturno da Região de Johto.

Ecruteak, a cidade que todos os anos atraía milhares e milhares de turistas para ver o show das Garotas de Kimono, e que era iluminada pela característica vegetação alaranjada, de noite incandecia com o brilho de lanternas e lampiões espalhados por todas as ruas.

"Onde estamos?" Perguntou Liko.

"A questão não é onde, mas quando. Estamos sobrevoando a Região de Johto no ano 2000, cinco anos antes do nosso presente."

"Por que Johto? E por que esta data, em especial?"

"Não sei. Não queria sobrecarregar o computador fazendo-o pular para uma região nem para um tempo muito distante de onde estávamos. Agora tudo o que temos que fazer é ir para um lugar mais reservado, para não atrairmos olhares curiosos. Não é todo dia que se vê um dirigível, por aí, não é mesmo?"

"Mas eu estou vendo..." Diz Liko.

"Claro, bobinha. Estamos dentro de um."

"Não. Eu estou vendo OUTRO dirigível, que não o nosso."

"O que? Onde?"

Liko aponta pela janela, mostrando a Sada outro dirigível, pousado junto à saída oeste da cidade, próximo à Rota 38. Mas este não era todo personalizado como o que Liko e Sada estavam. Era simples, sem muitos atrativos, sem vida, tal qual saído de fábrica. Mas em compensação, era novinho em folha.

"Se não queremos chamar atenção, talvez devêssemos pousar perto dele."

"Você está certa, Liko. Computador, desça-nos em segurança."

O zeppelin desceu e logo pousou ao lado da outra aeronave. Se não fosse pelas milhares de implementações que Orla fez na máquina ao longo dos anos, dava para dizer que as duas tinham o mesmo tamanho.

As duas desceram. Ninguém à vista. Por que alguém deixaria uma aeronave como aquela parada em um lugar tão... deserto? No meio do nada?

"Vamos acampar por aqui." disse Sada. "Amanhã o computador já terá..."

Mas o que quer que Sada fosse dizer, foi interrompido. As duas viajantes do tempo ouvem ao mesmo tempo uma voz muito familiar, chamando-as pelas costas.

"Quem são vocês?!" Gritou a voz. Liko, por um momento, sentiu-se confortável, mas depois que o seu cérebro processou aquela frase *Quem são vocês?*, ela percebeu que não poderia ter acontecido algo pior. Liko e Sada viram-se então ao mesmo tempo, só para dar de cara com o Professor Friede e seu fiel Charizard, cinco anos mais jovens. E aquele dirigível, ainda sem nenhuma engenhoca extra e sem nenhuma decoração, deveria ser a mesmíssima nave que as duas haviam acabado de pousar ao lado, só que ainda sem ter sofrido as mudanças do tempo.

"Professor Fr--" Liko vai chamar o Professor líder dos Trovonautas, grupo ao qual pertence, mas Sada tapa a mão da garota com a boca, dirigindo à menina um olhar de advertência que dizia: Psiu, ele ainda não te conhece, lembra?.

Liko calou-se.

"Quem são vocês?" Perguntou Friede novamente.

"Somos viajantes." Mentiu Sada. Quer dizer... Mentira não era. Elas eram viajantes sim, só que do espaço-tempo. Mas Sada era muito boa em dissimular. Ela era uma atriz nata. "Percebemos que a sua aeronave estava aqui parada e pensamos que talvez precisasse de ajuda. Faltou combustível ou algo assim?"

"Nah, eu só parei um pouco para pensar na vida..." disse o jovem Friede.

Pensar? Liko estranhou. O Professor Friede que ela conhecia era imprudente e impulsivo. Ele nunca parava para pensar em nada. Devia haver algo que o estava preocupando. Mas o que será? Liko sentiu-se extremamente curiosa e tentada a perguntar, mas sua timidez não deixou. A sorte é que Sada estava junto, porque ao contrário de Liko, ela foi certeira.

"O que aconteceu?" Perguntou.

"Eu... Acabei de me graduar como Professor Pokémon. E aparentemente, eu penso demais em batalhas Pokémon. Bom, pelo menos foi o que me disseram." Desabafou Friede. Sada e Liko apenas ficaram olhando.

"Eu perdi uma bolsa de pesquisa, porque aparentemente o Professor Elm, o Professor Birch e o Professor Rowan são mais centrados em seu trabalho e não se distraem facilmente querendo batalhar contra qualquer Pokémon." Continuou o homem, que sem sombra de dúvidas, estava desolado para se abrir com duas completas estranhas que ele nunca antes viu.

"Não se preocupe." disse Sada. "Eu também sou uma professora Pokémon. É assim que as coisas são. As bolsas vêm e vão. Você só precisa continuar tentando."

"Você também é uma professora?" Friede ficou encantado. Sada estava sem seu jaleco. Ninguém diria que ela tinha a profissão que tinha.

"Você já tentou a Região de Paldea?" Perguntou Sada. "As bolsas de pesquisa de Paldea são uma das melhores em todo o Mundo Pokémon, porque a política Paldeana tem uma forte influência escolar, já que o povo de lá vê a Educação como a base de tudo."

De repente, Liko entendeu como Friede e os Trovonautas foram parar em Paldea como voluntários do Projeto de Pesquisa de Sada, cinco anos depois. Porque no passado alguém o direcionou ao país certo.

"V-v-vou tentar." disse Friede, ainda vacilante.

"E esse dirigível aí?" Pergunta então Sada.

"Ah, ele é novo. Comprei com o que restou da herança de meu pai, mas se eu soubesse que a minha pesquisa não seria financiada, eu não teria gasto tudo com essa bobagem."

"Bobagem?" Questionou Liko, surpresa por conhecer um lado tão frágil de Friede, que ela desconhecia.

"Eu queria viajar o mundo, mas como seria inviável apenas nas costas do meu Charizard, eu pensei que talvez seria possível com o Brave Asagi aqui." Diz Friede, passando a mão pelo casco do dirigível, cujo nome (pensou Liko) permanecia o mesmo até os dias de hoje.

"Faça isso." De repente intervém a adolescente, que de repente cria coragem para falar. "Faça isso. Viaje pelo mundo. Conheça pessoas e Pokémon de todas as Regiões. Eu tenho certeza que a sua pesquisa será muito, mas muito mais satisfatória que a de qualquer outra pessoa que trabalhe com Pokémon. Você tem paixão. Não pode desistir. Deve dar tudo de si por aquilo que ama."

"Hã?" Friede se surpreende. Como uma menina tão jovem podia lhe dar um conselho tão bom?

Sada sorri. Ela confirmou mais uma vez o potencial que enxergava em Liko.

"Ahn... Desculpe-me por não me apresentar. Eu me chamo Friede. E vocês, moças que pararam para me escutar reclamar da vida? Como se chamam?"

Que saia justa. O que responder? Liko odiava ter que mentir.

— ROOOOOAAAARRRR!

De repente, um rugido ecoa pelo vale. Salva pelo gongo, pensou Liko. Mas talvez "salva não fosse a palavra correta para se usar naquele momento. Algum Pokémon selvagem estava zangado e se aproximava depressa.

"Não olhe agora, mas temos companhia." Adverte Sada.

Atrás de Liko estavam correndo cinco Pokémon em absoluto frenesi: Baxcalibur. Rabsca. Kingambit. Lokix. E Killowatrel.


Mas eles não estavam agindo normal. Assim como o último oponente de Liko, os cinco Pokémon originários da Região de Paldea estavam brilhando enquanto seus corpos monstruosamente cristalizados irradiavam uma energia diferente da de seus tipos normais.

Baxcalibur,  e , agora era .

Rabsca,  e , agora era .

Kingambit,  e , agora era .

Lokix,  e , agora era .

E Killowatrel,  e , agora era  Puro.

 
  
 

"O que diabos?" Friede arregala os olhos, deixando o branco à mostra. Ele nunca viu nada parecido em toda a sua vida.

"Estão Terastalizados!" Comenta Liko, em choque!

É verdade. Por alguma razão, o misterioso Fenômeno Terastal que a Professora Sada havia encontrado na Região de Paldea as estava acompanhando nesta viagem.

Liko rapidamente pega duas pokébolas. Uma era de sua parceira Meowscarada, a outra, de um amigo de longa data... Ela não tinha tempo a parder. Precisava parar aquele surto.

"Não." A Professora Sada de repente intervém, colocando o braço estendido à frente de Liko, para impedi-la de atacar.

"O que?!"

"Vamos embora!"

"Mas e o Friede?" Liko está preocupada com Friede. Afinal, se elas podiam mesmo mudar o passado, Friede poderia morrer naquele instante e desaparecer em seu presente.

"Ele vai ficar bem. Pode entrar em seu dirigível e dar no pé." Diz Sada, praticamente arrastando Liko pelo braço.  Liko não sabe dizer não. Ela não sabe se impor. Ela queria falar para Sada que o Friede que ela conhecia jamais recusava uma batalha e que apesar de serem cinco Pokémon oponentes, ele não recuaria. Mas não deu tempo. Quando viu, ela já estava do lado de dentro do Brave Asagi atual.

Sada pega o notebook, que parecia ainda mais pesado do que anteriormente e aciona a máquina do tempo novamente.

TIC. TAC. A aeronave desaparece, deixando Friede e Charizard para trás...




Dentro do dirigível, que agora se endireitava na direção de um novo tempo, Liko suspira...

"Professora Sada, você acredita em Deus?"

"Que pergunta é essa, Liko?"

"E em Pokémon Legendários?"

"Pokémon Legendários? Bem... Eu vou lhe dizer no que eu acredito: em coisas que podem ser medidas e/ou mensuradas. Como o espaço, o tempo e as dimensões. Eu acredito no Universo e em tudo o que está contido nele."

"Mas e o que há para além?" Insiste Liko, com um monte de perguntas que começam a brotar em sua cabeça.

"Por que isso, hein, Liko? Assim... Do Nada?"

"É que... Às vezes algumas coincidências... São tão PERFEITAS que eu acho que tem alguém controlando..."

De repente, Liko perdeu-se em seus pensamentos novamente. Ela estava certa de que tudo o que havia acontecido não havia sido ao acaso. Ela se lembrou de histórias antigas que ouviu quando os Trovonautas visitaram a biblioteca de Canalave em Sinnoh que diziam que um Pokémon chamado Dialga era não só a personificação como também o guardião do tempo...

Ou mesmo do famoso templo de adoração a Celebi, a Voz da Floresta, na Região de Johto, sendo este um Pokémon que dizem poder viajar para o passado e para o futuro tão naturalmente quanto andar para frente.


"Coincidências? Isso pode ser explicado pela Matemática. Já ouviu falar sobre a Lei dos Grandes Números? A ideia é que não importa o quão improvável seja um evento. Se existe um grande número de oportunidades para esse evento acontecer, então ocasionalmente ele IRÁ acontecer."

"Ah..." Liko decidiu parar de alimentar sua ilusão após Sada parecer tão logicamente sensata, cortando seu barato.

"Mas por que você me pergunta isso?"

Sada insistiu. Ela queria saber o porquê de Liko começar a fazer tantas perguntas logo agora.

"É porque... Um dia eu perguntei para Friede como ele havia formado os Trovonautas..."

"Hã?"

"Ele me disse que era uma noite em que ele estava bastante chateado, como esta. Ele também disse que foi muito, muito estranho. Disse que umas pessoas estranhas que também tinham um dirigível o abordaram e de repente, uma horda de Pokémon selvagens que cintilavam como estrelas na Terra começaram a atacar. (palavras dele, não minhas!)"

Sada começou a prestar atenção. Será que...?

"Então, as estranhas desapareceram e ele teve de enfrentar aquela horda sozinho. Mas não demorou muito para que a ajuda chegasse. Seu Charizard gritava tanto enquanto batalhava que um pessoal que estava em um Centro Pokémon próximo veio correndo ver o que estava acontecendo. Adivinha quem era..."

"Mollie, a Enfermeira que atendia nesse hospital e que estava PISTOLA por causa do barulho, que poderia acordar os pacientes (que ela não queria ter que atender)..."

"Orla, uma engenheira mecânica da Região de Hoenn que veio buscar peças para montar um computador e neste momento buscava um quarto para dormir em Johto."

"Mudorck, um cozinheiro da Região de Alola que estava tentando mudar de vida, buscando novas oportunidades de trabalho no exterior."

"E Ludlow, seu avô paterno já velhinho, que pescava por ali em busca da lendária Magikarp dourada e havia cochilado, enquanto esperava, perdendo as horas e tendo ficado na floresta até de noite."

"Naquela noite, os cinco lutaram juntos e assim derrotaram os Pokémon selvagens, que desapareceram na mata e nunca mais foram vistos."

 
  
 

"Friede acabou ficando amigo de cada um deles, por terem-no ajudado e resolveu convidá-los para conhecer o mundo em sua aeronave. Por alguma razão, eles toparam. E estava formado assim o grupo dos Trovonautas, os pesquisadores que viajam por todas as Regiões estudando os Pokémon."

"Você está inventando tudo isso, não está?"

"Não!" disse a sincera Liko, que entendia por que a Professora Sada parecia tão incrédula. Era coincidência DEMAIS. "Depois disso, o Professor Friede conseguiu financiamento para a sua pesquisa e prosperou. Parece que alguém deu uns conselhos para ele que funcionaram, e muito bem! Alguns anos mais tarde, ele foi até a Academia Indigo, na Região de Kanto, oferecer bolsas de estudos para estudantes que quisessem ingressar em uma viagem ao redor do mundo. Já que não ofereceram para ele, ele quis oferecer para os outros. E foi assim, então, que Roy e eu embarcamos nesta expedição. Roy ganhou uma competição organizada pelos Trovonautas entre os alunos voluntários e eu... Bem... Eu fui escolhida a dedo. Nunca entendi o porquê, mas Friede sempre disse que eu o lembrava alguém."

Sada ficou quieta por instante e logo em seguida GRITOU algo que Liko não intendeu, assustando a adolescente.

"PARADOXO DE BOOTSTRAP!"

"O que?"

"Nós não alteramos a linha cronológica, Liko! Estávamos erradas! O tempo é cíclico! Tudo está acontecendo exatamente como deveria acontecer. Estamos influenciando no presente, que também está influenciando no passado. Passado, Presente e Futuro ocorrem simultaneamente."

Sada tinha um brilho nos olhos que era difícil para Liko compreender. Ela só estava assustada.

"Logo agora que eu achei que deveríamos evitar nos encontrarmos com pessoas conhecidas e nos lancei para um passado mais distante..."

"Err... Me desculpe a pergunta... Mas para que ANO estamos indo, exatamente?" Liko palpitava nesse momento. Ela tinha suspeitas de que Sada era louca. No mínimo, SÁDICA.

"Bom, para um tempo em que qualquer um que estivesse vivo, não esteja mais em nosso presente."

"Estamos falando de quantos anos?"

"Um século e meio. Estamos indo para a Região de Hisui."

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