Um mês após os incidentes na Área Zero, o Professor Friede vai fazer uma visita ao Professor Turo na Prisão de Segurança Máxima da Região de Paldea.
"Este é o máximo que você pode ir." Informa a Policial Jenny, que acompanhava Friede pelo gélido e silencioso corredor da penitenciária.
"Hã?" Friede fica sem entender.
Eles param então diante de uma porta selada pelo poder não um, mas sete diferentes Pokémon, emanando uma luz púrpura neon.
"Ele está aí atrás." Diz Jenny, acenando com a cabeça em direção à porta, onde podia-se ler em uma placa a seguinte informação: Gibeon Turo, preso por atentado contra a humanidade.
"Podemos ficar a sós?" Pergunta Friede, no que a Policial Jenny logo responde, enquanto vira as costas e volta pelo mesmo lugar de onde veio:
"Você têm dez minutos. Nem mais, nem menos."
Assim que a Policial desapareceu pelo emaranhado de celas de alta segurança, Friede se aproximou da porta misteriosa e tocou na mesma, colocando o ouvido para escutar o lado de dentro. Ele percebeu uma pequena movimentação vinda do interior da cela.
"Quem está aí?" Perguntou o Professor Turo do lado de dentro.
"Sou eu. Friede." Responde o também professor, do lado de fora.
"FRIEDE?!" Assim que ouviu aquele nome, o Professor Turo largou o livro que estava lendo (agora ele tinha tempo de ler vários) e correu em direção à porta, tocando-a como se pudesse tocar em seu visitante. "Como ele está? Como está o meu filho?!"
"Pelo que sei, Clavell o adotou." Responde o treinador do possante Charizard e do Capitão Pikachu. "Ele está bem."
"Ah..." Turo suspira aliviado, do lado de dentro. "Agora que eu virei um criminoso, eles não me mandam notícias!"
"Deveria ter pensado nisso antes..." Diz Friede.
"Eu sei que o que eu fiz foi errado. Eu levei uma inteligência artificial à singularidade e isso poderia resultar na extinção da raça humana. Mas... Fico contente que tudo tenha acabado."
"Ainda não acabou." Friede estava sério. Há um mês que estava sem dirigível e sem tripulação, e tudo por culpa desse gênio maluco com o qual ele conversava se segurando para não chamar seu Pikachu e Charizard para explodirem tudo, mandando-o aos ares. "Meus amigos AINDA estão desaparecidos."
"O que eu posso fazer? Aquela pokébola surgiu de repente, como um Arceus ex machina. Não é minha culpa que eles tenham sumido..." Responde Turo, amargamente.
Friede se enfurece e dá um soco violento na porta, que faz com que a mesma chacoalhe. Ele então sussurra em um tom de ameaça:
"Escuta aqui, seu professorzinho de m&rda! Ou você me ajuda a compreender o que aconteceu, ou eu te mato!"
Turo fica em silêncio por uns cinco segundos, enquanto Friede o aguarda responder. Então, após pensar, ele fala:
"Para compreender o que aconteceu, primeiro precisamos... Quer dizer... Primeiro VOCÊ precisa descobrir como a mecânica do Terastal funciona na prática."
Friede arqueia uma sobrancelha, escutando atentamente.
"O que quer que fosse aquele colar que Sada levou para o passado, ele definitivamente tem a ver com a mecânica da Terastalização. Mas como nem eu nem você viajamos no tempo, não há como saber com 100% de certeza o que aconteceu. O meu palpite é que talvez você devesse investigar a Terastalização e descobrir como esse fenômeno funciona... E como ele afeta humanos e Pokémon de maneiras tão diferentes!"
"Mas... Por onde eu começo?" Pergunta Friede, que vinha da região de Johto e, portanto, não tinha noção nenhuma do fenômeno descoberto na Região de Paldea.
"Hmmm... Que tal começar por Kitakami?" Sugere Turo.
"Kitakami?"
"A Terra de Kitakami é o único lugar além de Paldea que adotou o Terastal como mecânica oficial de batalha, e os treinadores de lá são os mais durões do mundo todo. Talvez eles possam lhe ensinar mais sobre a mecânica."
Friede fica em silêncio e então, após muito ponderar, confirma:
"Kitakami. É para lá que eu vou!"
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