Os Mugshots utilizados neste One-Shot foram retirados do site "Digimon Pixels", do antigo "The Happy Galgomon Gif Factory" e do "The Happy Galgomon Pixel Preserve".
1998. Um ano havia se passado e Taichi ainda tinha o mesmo sonho, repetidas e repetidas vezes...
Isso significa que teríamos que estar dentro do Arkadimon para fazer com ele o que o Lord Daemon fez com você, Kernel?
Exato. Assim como Daemon precisou estar DENTRO do meu Castelo para me excluir, vocês precisarão levar o código de remoção para dentro do Arkadimon. Mas quem quer que faça isso, também será deletado junto, afinal, a remoção é instantânea, não dá tempo de sair de dentro do Arkadimon antes dele ser apagado. Isso significa morte certa.
!!!!
Não esquenta! É como o jogo termina. Não há nada que possamos fazer. Como o próprio Hiro disse... Essa luta pode durar a eternidade. Precisamos tentar tudo o que for possível. Nós precisamos parar Arkadimon, nem que eu vá até o inferno atrás dele.
M-m-mas, Zero!
Nada de "mas"! Esse é o NOSSO mundo e nós vamos morrer protegendo-o!
E-e-eles estão certos!
Hã? Lord Dominimon! Você está bem?
Há coisas mais importantes para se preocupar no momento... Minha saúde é o que menos importa. Nós temos de parar esta ABERRAÇÃO chamada Arkadimon. Ele deixou de ser um Digimon e tornou-se um perigo para o Mundo Digital inteiro. Eu me ofereço para ajudar no implante do código de apagamento.
Eu sinto muito, Neo... Mas esse é o fim para você!
Pal, Pul, Minhoca e Gabo então mergulham na escuridão das estranhas de Arkadimon e se juntam a Zeromaru e Lord Dominimon na difícil missão de levar o Código até o DigiCore do inimigo. Com a força somada dos demais Digimons, entretanto, fica fácil e o transporte finalmente é realizado com sucesso.Código Implantado com sucesso!
Zeromaru confirma e Taichi, seu domador, recebe a mensagem do lado de fora via Digivice.Por favor, saiam daí!
Sequência de apagamento se iniciando em três... dois... um...
Saiam todos. O apagamento já vai se iniciar!
M-m-mas e você, UlforceV-dramon?
Alguém precisa FICAR e se assegurar de que este código não vai ser removido antes do serviço estar completo.
Mas...
Nada de "Mas"! AGORA VÃO! É uma ORDEM!!!!
Agora.
Sob o comando de Kernel, o Código implantado em Arkadimon começa a fazer efeito.ARKADIMOOOOONNN!!!!
Neo se esperneia, mas não há nada que ele possa fazer... Afinal, Arkadimon era o único ali que continha poderes... Sem ele, Neo era só mais um adolescente imaturo facilmente abatível.Então...Taichi...
Z-Z-Zeromaru não voltou...?
Eu sinto muito, Taichi. Ele se sacrificou para salvar o Mundo Digital.
E toda noite era a mesma coisa: Taichi acordava aos gritos, em prantos, fazendo sua mãe e sua irmã mais nova ficarem preocupadas. Mas nesta noite foi DIFERENTE. Antes que Taichi pudesse chegar ao final de seu tortuoso sonho ou, devo dizer, pesadelo, ele foi tragado de volta à realidade por um ruído que o despertou no susto.
Chovia muito lá fora. Aquele inverno estava sendo deveras rigoroso, então Tai pensou que poderia ser um trovão ou algum galho batendo na janela. No entanto, desde que se mudou para Tóquio, ele se lembrou, não havia nenhuma árvore próxima que se estendesse até a altura do 15º andar, onde morava.
Foi quando ele, ainda meio grogue, avistou um vulto em sua janela... Seu coração deu um pulo, mas não porque ele se assustou, e sim porque ele pensou que fosse um velho amigo...

Taichi levantou-se então de sua cama, e foi até a janela, onde encontrou uma pobre criatura amarela todo encharcada, que havia escalado até o décimo quinto andar, lutando para não escorregar enquanto a chuva se mantinha forte lá fora. Infelizmente, não era o Zero. Mas assim como ele, era um Digimon.







Taichi olhou para baixo e postado de pé na calçado, 15 andares abaixo, havia um rosto familiar, olhando para cima.


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O lado de dentro do prédio era quentinho e aconchegante. Ryo estava tão ensopado, que toda vez que ele pisava no chão, parecia verter água de dentro dos seus sapatos. Aquilo era, além de congelante, agonizante. Mas ainda bem que ele estava seguro, ainda bem que ele estava na casa de Tai Yagami.





























Taichi vira alguns Agumon durante sua estadia no Digimundo, mas lembrar-se de nomes não era exatamente o seu forte.





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Eu estava com o Hiro tentando descobrir o que aconteceu exatamente com os nossos Digimons e se havia a possibilidade de resgatá-los. Foi quando encontramos este Agumon em uma ilha chamada Ilha Arquivo. Mas eventualmente, quando tentávamos escapar de um ataque selvagem de um Monochromon, Hiro e eu nos separamos. O Agumon acabou ficando comigo.
Ele foi meu único amigo nesse momento de isolamento e me ajudou a manter a calma, embora (eu confesse), eu não tenha facilitado as coisas para ele...
Foi quando o Lorde Patamon entrou em contato comigo e disse que eu deveria sair do Digimundo imediatamente e voltar para o Castelo. Mas para eu voltar, eu teria que retornar ao Continente Pasta, que ficava há quilômetros de onde eu e Agumon estávamos. Como ele me disse isso, presumi que ele também havia mandado a mesma mensagem para Hiro e que nos encontraríamos de volta no caminho, mas isso nunca aconteceu.
Levei meses até conseguir chegar novamente no Castelo e quando o fiz, Lorde Patamon me explicou tudo o que estava acontecendo, que alguma força alheia, a qual ele não podia controlar, estava bagunçando o tempo do Digimundo, fazendo com que o Mundo Digital literalmente girasse mais rápido, e que eu precisava sair dali o quanto antes. Foi quando ele me trouxe de volta para o Mundo Humano...








A verdade é que aquele ano havia sido particularmente difícil para Taichi. Após ter firmado uma amizade com Zeromaru, seu V-mon, Tai sentiu que havia encontrado uma "alma gêmea", um amigo para a vida toda, mas após sua separação, ou melhor, após o sacrifício de UlforceV-dramon: Future Mode para salvar o Mundo Digital, Taichi entrou em uma profunda depressão que nem mesmo o futebol conseguiu sarar.
Ele tinha recorrentes pesadelos que o impediam de dormir adequadamente. Na verdade, por conta disso, ele mal conseguia fechar os olhos, estava muito mais desperto do que deveria. Começou a falhar as aulas, comia mal, afastou-se de seus amigos e parou de ser uma criança alegre e extrovertida como vinha sendo até o momento em que ousou se aventurar pelo Digimundo. Taichi Yagami havia mudado da água para o vinho e agora, profundamente arrasado pela morte do amigo, sentia-se vulnerável e incapaz.
A dor no peito era tão real quanto o que ele viveu do lado de lá. Na verdade, desde que voltou, Taichi se perguntou se não deveria ter feito o mesmo que Ryo e Hiro, e ficado no Digimundo à procura de seus amigos Digimons que se sacrificaram. Ele se culpava muito por isso. Sabia que esta havia sido uma decisão tomada por Zeromaru, e que nada o impediria de fazer o que fez, mas Tai sempre ficava se perguntando: "e se...?", "e se...?"... Sempre achando mil e uma soluções pra evitar a tragédia, depois se decepcionando porque lembrava que não era possível voltar ao passado para desfazer a cagada.







Nesse momento, o coração de Taichi estava fervilhando de inveja. Ele sentiu-se com raiva por Ryo estar ao lado de um parceiro Digimon e sentiu pena de si mesmo por ter perdido o seu para sempre, tornando a se culpar por ter voltado ao mundo humano ao invés de ter ficado e ajudado nas buscas. Então, reagindo muito mal à todo esse excesso de emoção, afinal, ele ainda é uma criança e seu cérebro não está desenvolvido o suficiente para que o faça entender, ele grita com Ryo, empurrando-o para trás com as duas mãos, de forma agressiva e violenta:

Mas a verdade é que Ryo entendia. Afinal, ele perdeu o Valente (seu Leomon) também. Mas ao invés de reagir com fúria, agora dois anos mais velho, Ryo age com calma e cautela.



Taichi então vira o rosto, envergonhado. Ele sente vergonha não só pelo que fez, mas também porque não quer que Ryo o veja chorando.


Taichi está arrasado. Tudo o que ele quer neste momento, é ficar sozinho. Mas neste momento acontece algo inesperado. Algo que, querendo ou não, acabou contribuindo para que Tai se aliasse a Ryo em mais uma Aventura Digimon. A porta do quarto de Tai é escancarada. Do outro lado do arco, duas meninas ficam postadas, a mais velha com uma expressão de indignação no rosto.




VRAU.










Sora tinha olho de águia. Ela percebeu que os olhos de Taichi estavam vermelhos e lacrimejantes, mas Ryo não havia reparado (afinal, Tai se virou para que o amigo não o visse chorando).

Taichi, extremamente, envergonhado, hesitou em responder...



A discussão estava acalorada. Sora dava pulos altos do chão, como se já fosse voar, mas bem nesse momento, o quarto foi inundado por um grito que os vizinhos debaixo com certeza devem ter escutado.




Hikari "Kari" Yagami, a irmã mais nova de Taichi, estava agarrando e tentando puxar a cauda de Agumon. O Digimon, que havia se enfiado debaixo da cama assim que viu a aproximação das duas meninas, não passou despercebido pelos olhos curiosos da infante, que se jogou debaixo da cama de Tai para caçá-lo.

Mediante a aparição repentina daquele lagarto amarelo falante de olhos esbugalhados, Sora Takenouchi não pode esboçar nenhuma outra reação que não surpresa (e medo extremo!)!




Agumon abre a bocarra e solta então uma bola de fogo, efêmera, porém perigosa passando por um triz pelo rosto da menina e queimando o teto do quarto de Taichi antes de se apagar por completo. Já Kari, ao avistar o fogo quente e vivo se aproximando rapidamente, desgruda da cauda do bicho e, com medo, começa a chorar... Ou melhor, BERRAR.


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10 minutos depois...
Taichi, Ryo, Agumon, Sora e Kari estão na cozinha. A jovem babá ainda tremendo, segura um copo d'água. Mesmo apavorada e sendo ainda uma criança, assim como TODOS dentro daquele AP, ela precisa manter uma postura rígida, de adulta, pois estava ali oferecendo seus serviços de babá...










De repente, Sora coloca as duas mãos na cabeça e arregala os olhos, dando-se por conta de que ELA era a responsável pela casa na ausência da mãe de Taichi e Hikari.












Taichi coloca seu óculos de aviador na cabeça, ajeita o cabelo e diz:










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Tóquio era uma cidade barulhenta e repleta de luzes neon, mas hoje, por pura coincidência, o céu carregado era quem estava causando mais som. E a precipitação, que já havia passado de uma simples chuva e se tornado uma tempestade, fizera com que as pessoas se recolhessem em suas casas, especialmente considerando o frio exacerbado que fazia no inverno.
Taichi e Ryo avançavam pelas ruas em direção ao Shinjuku Chuo Park, um parque no oeste de Shinjuku, Tóquio, Japão, pertinho da casa de Taichi (na verdade, a duas quadras de distância). O local era onde o sensor no Digivice de Ryo indicava que o Digimon maligno se encontrava, e exatamente o mesmo local onde Ryo havia aparecido quando saltou do Digimundo de volta para o mundo humano. Mas quanto mais eles se aproximavam do parque natural, menos luzes eles viam.
Aliado à forte chuva e os ventos perigosos que ameaçavam a empurrá-los para trás, Tai e Ryo ainda tinham que lidar com Sora, que vinha aos berros, ao lado de Hikari, em capas de chuva, tentando levá-los de volta para casa.
Mas Taichi havia entrado no "modo batalha", um estado mental que ele não acessava havia tempos! E por alguma razão, ele se sentia extremamente bem, mesmo diante de todo aquele temporal. A angústia, a inveja e a aflição que dominavam seu coração no momento em que a discussão se acalorou com Ryo, simplesmente evaporaram e ele agora estava completamente focado em encontrar e derrotar Parrotmon.










Mas antes que Ryo pudesse concluir seu pensamento, Sora gritou:

A garota que havia trazido luvas de borracha em um tom de vermelho berrante, apontou na direção de um poste a uns 700 metros de distância. Havia um vulto negro parado sobre um disjuntor do poste próximo a umas árvores igualmente obscurecidas pela falta de luz no parque, aparentemente fazendo alguma coisa com a eletricidade do local, daí o blecaute, daí o barulho escutado por Ryo.


Ryo então ativa a função de lanterna em seu Digivice e ilumina para que todos pudessem ver um periquito gigante, sugando toda a eletricidade dos fios do poste.








O Digimon pássaro então voltou sua atenção para os humanos que lhe cegavam os olhos com aquela lanterna na cara, e rapidamente bateu suas asas, voando em sua direção.


Mas Parrotmon não tinha a mesma impressão com relação aos humanos. Utilizando a eletricidade que ele havia coletado da fiação dos postes da cidade, o Digimon Papagaio começou a mirar seu Trovão de Mjölnir em Sora e Hikari, que estavam mais próximas dele.

Antes que Taichi pudesse fazer qualquer coisa, Agumon então saltou e colocou-se à frente do ataque, tomando todo o dano para si a protegendo as duas garotas.



Mas ele não estava nada bem. Ryo sabia que Parrotmon era um Digimon de Nível Perfeito e, portanto, dois níveis ACIMA de Agumon, que era apenas um Digimon de Nível Criança. Mais uma descarga daquelas e Agumon poderia MORRER!

Parrotmon então tenta atacar Kari e Ryo com suas garras afiadas, mas Taichi agarra a irmã no colo e foge com ela para longe, enquanto Ryo (acostumado a receber ataques assim no Digimundo) realiza uma manobra de defesa, deitando-se no chão molhado e rolando para o lado depressa, fazendo com que O Digimon voador errasse sua ofensiva.








Parrotmon, um pouco distante dos garotos humanos, continuava desorientado. Ele só queria voltar para casa, mas como não encontrava maneiras para desfazer sua materialização naquele ambiente selvagem e caótico do capitalismo japonês, a ave em estado de desespero só conseguia atacar tudo o que se movia à sua frente, encarando cada ser vivo como inimigo.
E lá vinha mais um ataque elétrico, com Parrotmon se preparando para lançar um raio em direção a Taichi.


Agumon se lança na frente do raio uma vez mais, levando todo o dano. Ryo praticamente desfalece em meio à confusão, preocupado com seu amigo.


O corpo de Agumon cai inerte no chão. O pequeno Digimon Criança parecia haver falecido, impactando o coração já abalado por uma perda de Taichi, e deixando Sora, Akari e Ryo completamente arrasados.




Um silêncio mortal se estendeu sobre o parque nos escuros enquanto o cérebro das crianças tentava assimilar o que havia acabado de acontecer, silêncio este interrompido apenas pelos trovões rugindo no céu tempestuoso logo acima, pela água propriamente dita derramando sobre o chão, e pelos pios de desespero de Parrotmon, que não poderia estar MAIS confuso...













Dito e feito. O Digimonzinho amarelo era guerreiro, não havia deitado para o ataque elétrico de Parrotmon amplificado pela chuva (já que a água é um ótimo condutor de eletricidade). Por alguma razão, ele havia conseguido se manter vivo e estava com fogo nos olhos, pronto para lutar até a morte contra Parrotmon.
A situação era tensa... Por um lado, Ryo sentia um alívio imenso de saber que seu amigo ainda estava vivo, por outro, ele estava completamente CAGADO, pois não sabia COMO ele poderia enfrentar um oponente tão formidável, considerando que até a chuva estava amplificando seus ataques. Além disso, Ryo conhecia o ímpeto imprudente de Agumon e sabia que uma vez que ele entrava em batalha, ele não sairia até que tudo estivesse terminado.












Ryo não discorda. Ele viveu coisas no Digimundo que Taichi jamais sonharia. Passou muito mais tempo do que Yagami confinado na realidade Digital que era muito, mas muito mais mortal do que o mundo humano moderno, e estava ressabiado de tanto apanhar por lá. Agora, Ryo era muito mais a favor de se retirar e elaborar um plano com calma, para fazer tudo da forma mais pacífica e indolor possível. Mas Tai também estava diferente. Ele viveu uma vida de tristeza e luto desde que voltou para casa, confinando-se em seu quarto, sonhando com a volta de Zeromaru. Agora que ele finalmente estava em contato com um Digimon novamente, ele sentia que sua vida havia voltado e que podia respirar novamente! Então, deixou que a ação tomasse conta de si e permitiu que toda essa excitação se transformasse em vontade de batalhar.
Mas coragem em excesso é imprudência, e os Digimons eram sensíveis a isso... O exagero das emoções humanas. Agumon pode sentir essa vibração emitida por Tai, fazendo com que essa imprudência e vontade de lutar chegassem até o seu Digicore...

O corpo de Agumon rapidamente encheu-se de vida e seus músculos e ossos ganharam massa, aumentando bruscamente de tamanho. Agora com um capacete ósseo dotado de três chifres pontiagudos e dentes e garras gigantescos, capazes de perfurar até mesmo aço, o dinossauro flamejante agora atendia por outro nome:




Ryo olhou para Taichi, depois olhou para Sora, para o Digivice em seu punho, depois para Greymon... Engoliu seus receios, pelo bem de todos e tomou a decisão. Ele iria batalhar. Então, quando abriu a boca para comandar seu amigo Digimon...


O próprio Greymon parecia fora de controle, atacando por conta própria. Ele emitiu um bafo de fogo ardente que parecia evaporar as gotas de chuva ao seu redor, atingindo Parrotmon com um ataque no peito que não só arremessou o Digimon voador para longe, como também o deixou com uma enorme queimadura em suas penas.

Parrotmon despenca no chão molhado, completamente imóvel... O toma-lá-dá-cá deu certo! Agumon se vingou pelos danos causados, e da melhor forma possível.







Nisso, focos de luz começam a se mover na direção de Tai e dos outros. Alguém vem correndo com lanternas na mão, cegando-os por um momento. O óbvio a se pensar neste momento é que se tratavam dos guardas do parque vindo abordá-los após todo aquele barulho, mas quando as pessoas que vieram afastaram as luzes dos olhos de Taichi e dos outros, nossos heróis puderam perceber que se tratavam de... CRIANÇAS!
Assim como eles...
















Com a batalha encerrada, Greymon degenera novamente para Agumon e desaba, exausto.













Enquanto a chuva abrandava por um breve instante e todo mundo dava risada, no entanto, um vulto sombrio começou a se mover às suas costas...




O papagaio gigantesco estende suas asas e dando um impulso com elas, reergue-se imponente nos céus ao passo que uma energia misteriosa se propaga por todo o seu corpo, envolvendo-o com uma força transformadora...


Parrotmon brilha e muda de forma, assumindo uma aparência ainda mais hostil.
Com asas agora de couro, um chifre afiado que lembrava uma barbatana de tubarão, garras de tigre na parte de trás e uma cauda de serpente, o novo Digimon de Nível Mega rugiu, deixando todos de cabelo em pé.






Não precisou nem dizer duas vezes. O grupo rapidamente debandou, correndo em direção às luzes da cidade, mas Griffomon, que já estava confuso, agora parecia particularmente irritado após aquele ataque que o deixou em frangalhos. Ele vinha voando com suas garras dianteiras de água para pegar e DEVORAR aquelas crianças, uma por uma!

Taichi escapa por um triz do aperto mortal de Griffomon. Se uma só daquelas garras se fechassem em torno dos ombros do garoto, ele seria atravessado!
Mas a esquiva no último segundo por parte de Tai não foi o suficiente para afastar o Digimon maligno, que seguiu atacando, desta vez abrindo o bico e soltando uma rajada supersônica que fez todos cobrirem seus ouvidos e gritarem de dor.





Eis que então, um milagre acontece. Enquanto Griffomon está deixando as meninas e meninos surdos com seu ataque sônico, um portal se abre. E no momento exato, a ajuda aparece...
Vários Digimons gigantescos, que podiam bater de mano a mano contra Griffomon, se pronunciam, lotando o parque com suas presenças que enchiam o ambiente.
Rosemon e Vikemon...
Hououmon e HerculesKabuterimon...
Goddramon e Holydramon...
...e Metal Garurumon!
Juntos, os 7 Digimons irromperam para fora do portal, cercando Griffomon. E se você pensa que mesmo diante de tantos adversários, o Digimon descolado de sua realidade fosse se acalmar, muito pelo contrário! Aí é que ele ficou furioso...
A partir deste momento, tudo se desenrolou de forma tão rápida, mas tão rápida, que se você piscasse um olho, perdia um detalhe importante! Com a ira tomando conta de seu ser, Griffomon começou a atacar mirando suas garras na Digimon Flor, a quem julgou (erroneamente) ser a mais fraca.
Um confronto simplesmente épico se desenrolou a partir daí. Com sua Rapieira de Rosas, Rosemon pôs-se a chicotear o adversário, impedindo que ele avançasse.
Griffomon então atacou com mais uma rajada sônica, na esperança de nocautear a dama à distância, mas ela estava muito bem acompanhada, pois seus parceiros Holydramon e Goddramon colocaram-se à sua frente para aguentar o golpe...
...e realizar o contra-ataque!
Com o Punho de Deus e a Chama Sagrada, respectivamente, Goddramon e Holydramon tiraram Rosemon do foco de Griffomon e empurraram-no com violência para perto do buraco de onde surgiram.
Mas Griffomon arrastou-se para longe com seus dois pares de pernas assimétricas, afastando-se do portal que parecia ter uma força de sucção tremenda.







O garotinho de laranja, que havia chegado ao parque acompanhado dos demais, então salta sobre Taichi e Ryo, derrubando-os no chão. Isso os salva de serem atingido por mais uma onda supersônica de Griffomon, que passa rasgando logo acima de seus corpos e atingem HerculesKabuterimon mais atrás.
Vikemon põe-se à frente do amigo insectoide e esmaga Griffomon ao arremessar suas duas maças contra o mesmo.
Caído, Griffomon é atingido pela Explosão Estelar de Hououmon, que consistia numa chuva de estrelas de fogo caindo sobre o Digimon confuso e o sapecando por toda a extensão de seu desconfigurado corpo.
Enquanto isso, HerculesKabuterimon se reergue e ataca com o poderoso Giga Blaster, enviando uma quantidade considerável de energia elétrica na forma de um raio, que nem mesmo como um Parrotmon, Griffomon seria capaz de consumir.
O ataque explode e empurra Griffomon para a beira do portal novamente, mas com as quatro patas e a ajuda da cauda em formato de serpente, ele se afixa no chão e impede novamente que seja empurrado para dentro do portal.
Resistindo com veemência, Griffomon reergue a cabeça e sopra mais uma rajada supersônica, desta vez mirando em todos os adversários, que lutam para não perder o juízo conforme as ondas atravessam seus corpos e danificam seu Digicore, perturbando sua materialização naquele mundo.
Mas então, um oitavo e último Digimon que Taichi não havia percebido antes, aparece. Ele é enorme e musculoso, protegido por uma armadura impecavelmente branca. Mas não porque nunca houvesse sido usada, mas porque (deduziu Taichi), tinha um poder sagrado insano embutido em seu metal. E ele estava certo. Omegamon, o último e mais poderoso Digimon a aparecer pra o resgate, encara Griffomon, enquanto direciona ordens ao grupo, como se fosse seu líder...


Com seu Chicote de Rosas, a Digimon que tinha uma fragrância absurdamente estonteante amarrou Griffomon, para impedir que se movesse. E mesmo que a cauda de cobra do Digimon assustado tentasse mordê-la, ela resistiu, segurando com força, enquanto Omegamon preparava o ataque final.

O Digimon absurdamente alto então desfere um corte no ar com sua espada sagrada, enviando um corte de luz para cima de Griffomon. Rosemon, muito ágil, solta o adversário no momento exato, segundos antes de ele ser atingido pelo corte e empurrado para dentro do portal, desaparecendo através da ponte que conectava o mundo humano ao Digimundo.
Missão Cumprida!
Com a mesma velocidade em que apareceram, os Digimons se foram, entrando um a um pelo mesmo portal em que Griffomon havia sido empurrado, e assim que todos passaram, o rasgo no tecido do espaço-tempo se fechou, deixando para trás 8 crianças mesmerizadas e um parque na mais completa escuridão, a chuva que fustigava Tóquio voltando a enfortecer.
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Agora, na aba do prédio onde o garoto loiro morava, bem próximo do parque, mas felizmente COM LUZ, as oito crianças tiram um tempinho para se conhecerem melhor, enquanto se abrigam da chuva...






































De repente, Tai sentiu um quentinho no coração.
Durante todo esse tempo, ele havia se privado do mundo e acabou se afastando de todos os seus amigos. Só não se afastou de Sora porque... Bem, com aquele jeitinho teimoso, ela não ia deixar...
Mas agora, sentindo a excitação e a alegria de todas aquelas crianças que se arriscaram a ir para o parque em pleno blecaute para lhes oferecer abrigo após a aparente derrota de Parrotmon... Isso dava a ele esperanças, esperanças de que daria para continuar, mesmo que ele jamais reencontrasse seu verdadeiro melhor amigo, Zeromaru...
Por mais que Zero ainda tivesse um papel muito importante na vida de Taichi, ele sentia que estava sendo direcionado ao caminho certo. Ele SENTIA que aquelas pessoas que agora o rodeavam o faziam bem, e que não havia razão para não se sentir feliz em sua presença.
Era como se algo sobrenatural os estivesse unindo, bem ali, naquele lugar. Taichi jamais havia interagido com nenhuma daquelas crianças na escola, e nem pretendia fazê-lo, mas agora, por alguma razão, o coração de Taichi e de todas elas estavam envolvidos na épica batalha que acabaram de testemunhar e todos eles, de alguma forma, haviam encontrado um assunto em comum.
Se isso não era um nascimento de novas amizades, eu não sei o que era... E nem Taichi. Para falar a verdade, ele estava tão contente, que havia se esquecido completamente dos momentos de solidão e tristeza profunda que vivenciou ao longo deste ano, e mesmo que ele ainda não se sentisse 100% resolvido com relação à morte de V-mon (o que, convenhamos, ainda estava bem longe de acontecer), algo cochichava em seu ouvido para que ele se deixasse levar e experimentasse mais uma vez a chama da coragem que outrora ardia em seu peito e permitia que ele se conectasse com os outros ao seu redor...
Então, não havia outra resposta a ser dada para Mimi Tachikawa que não fosse esta:

Taichi sorriu ao perceber que os rostos de todos (repito: TODOS) se iluminaram quando ele disse que sim. E isso o animou ainda mais. No entanto, alguém ali parecia não compartilhar da mesma animação...


Tai rapidamente despertou de seu transe, preocupando-se imediatamente com o bichinho que o salvara de ser eletrocutado, até que Ryo o tranquilizou:






[[ Fim ]]
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Será...?
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