Em uma pequena Região agrícola no Japão, chamada Kanto, mais precisamente na Cidade de Pallet, mora um treinador chamado Ash Ketchum. Ash está prestes a completar 14 anos e sua mente, cheia de hormônios, está causando problemas... Acontece que Ash nunca se sentiu tão para baixo... O ano está acabando e ele se sente inútil, como se nada do que ele tentasse fosse suficiente...
O coração de Ash pulsava com o desejo ardente de alcançar o título de Mestre Pokémon, mas as batalhas, desafios e obstáculos constantes pareciam conspirar contra seus esforços. A cada tentativa, a sombra do insucesso se alongava, deixando-o com uma sensação avassaladora de inadequação somada ao caos da puberdade.
Em meio a campos verdejantes e arenas de batalha, Ash investia toda a sua energia na jornada para se tornar o melhor treinador. Cada amizade com seus adoráveis Pokémon, cada batalha travada com determinação incansável, era um passo em direção ao seu objetivo. No entanto, a linha que separava o sucesso da derrota parecia borrada e evasiva, escapando de suas mãos como as próprias criaturas que perseguia.
A pressão do tempo, como o ano se aproximava do fim, exacerbava a sensação de fracasso que assombrava Ash. Seus olhos refletiam a tristeza de quem se esforça incansavelmente, mas ainda se vê aquém das próprias expectativas. Cada insucesso acumulado fazia com que ele duvidasse de si mesmo, questionando sua capacidade de superar os desafios que o destino lhe impunha.
Ash Ketchum, apesar de seu espírito determinado, se via mergulhado em um abismo de autocrítica. O brilho nos olhos outrora cheios de sonhos tornou-se opaco, eclipsado pela sombra da dúvida. A promessa de se tornar um Mestre Pokémon, que um dia pareceu tão alcançável, agora se dissipava como fumaça, deixando apenas o eco de um objetivo distante e quase inatingível.
Cada Pokébola lançada, cada estratégia elaborada, era como uma gota d'água em um oceano de desafios. E, apesar de seu esforço incansável, Ash se sentia aprisionado em um ciclo de derrotas que minava sua confiança e o afastava do título que tanto desejava. O peso de suas próprias expectativas o levava a um estado de melancolia, transformando sua jornada numa batalha não apenas contra treinadores e Pokémon, mas também contra os demônios internos que o atormentavam...
>> 1999, Cidade de Pallet, Região de Kanto...
>> Em cima do telhado...

Ash está agora deitado sobre as telhas, contemplando o céu, pensativo. Ele está olhando para suas pokébolas e falando com os Pokémon contidos dentro delas, lembrando-se das aventuras que teve no passado recente... Em 1996, quando saiu em sua primeira jornada pela Região de Kanto, ele e Pikachu conheceram muitos novos Pokémon, e formaram um time junto com Bulbasaur (o inicial entregue a ele pelo Professor Carvalho), Charizard, Blastoise, Pidgeot e Butterfree.
Já no ano seguinte, ao aventurar-se nas Ilhas Laranja, Ash fez amizade com Kingler, Mr. Mime, Tauros, Snorlax, Primeape, Muk e Lapras.
Mas o time que mais preocupava Ash era o seu último, do ano de 1998, Região de Johto. Por alguma razão, algo mudou desde que o garoto de Pallet saiu de casa pela primeira vez e agora... Ele encontra uma dificuldade para entrar em sincronia com seus Pokémon. Embora ele genuinamente ame cada um deles, Ash começou a ficar mais casca grossa com o tempo, e por casca grossa, leia-se carrasco. Seus treinos tornaram-se extenuantes e a cada pequena imperfeição encontrada, ele acabava fazendo comparações desnecessárias entre os Pokémon mais recentes e os mais antigos, apontando suas falhas, como se eles fossem os únicos culpados por seu insucesso como treinador...
Render de Ash & Pikachu por 8i-Emmz-i8, deviantArt
Durante sua Jornada por Johto, Ash conseguiu vencer cada um dos líderes de ginásio, seguindo essa ordem: primeiro, ele desafiou Falkner na Cidade de Violet e então Bugsy, em Azalea...
Contradizendo o mito popular de que ela era a Líder mais durona de Johto, Ash resolveu enfrentar a especialista em Tipos Normal, Whitney, em seu terceiro desafio de ginásio, na Cidade Goldenrod. Morty, em Ecruteak, foi o próximo.
Após uma jornada nas Whirl Islands e a busca por um remédio para o Ampharos de Jasmine na Cidade Cianwood, Ash derrotou Chuck e a especialista em Pokémon do Tipo Aço em sequência.
E não parou por aí! Enfrentou a destemida Clair com unhas e dentes, escalando até o topo, quando teve que enfrentar o último e mais PERVERSO dos Líderes de Ginásio... Pryce.
Especialista no Tipo Gelo, Pryce estava envolvido com a Equipe Rocket, algo que Ash não sabia na época. Porém, Ash jamais conseguiu derrotar Pryce, uma tarefa que lhe consumiu dias e noites, enchendo-o com preocupação e anseios, até que ele resolveu voltar para Pallet e "se aposentar" de sua árdua tarefa de coletar todas as insígnias do mundo...







Se Ash perdeu tantas vezes para um especialista no tipo GELO, que é um dos piores, senão o PIOR tipo dentre todos os tipos existentes, então por que ele deveria continuar tentando? Ao menos, era assim que Ash pensava, e foi assim que todo esse drama começou...



















Ash está tão perturbado ultimamente, que ele acabou se tornando um treinador muito ruim... Incapaz de lidar com o sentimento de insuficiência e abandono do próprio pai, ele colocou a culpa em cada um de seus Pokémon... Mas ele não percebe que, agindo desta maneira, a verdadeira ameaça é ELE... Coitado.. Desse jeito, vai acabar sendo rejeitado por todos os seus companheiros...

Mas para a sorte de Ash, seus Pokémon são fiéis e permanecem com ele até hoje, mesmo tendo que suportar este tipo de humilhação, conforme o estado da saúde mental de seu treinador só piora e Ash vai ficando cada vez mais deprimido e rancoroso...

Cuidado com o que deseja, Ash. Do jeito que você trata seus amigos Pokémon, você poderá acabar MORRENDO sozinho!
Pikachu, no entanto, preocupa-se com seu treinador, percebendo o quão sobrecarregado ele está. Ash está agora em prantos. Seu coração arde, ele sabe que o que está fazendo com seus Pokémon é errado. Ser um Mestre Pokémon significa tornar-se amigo de toda e qualquer espécie Pokémon que cruzar o seu caminho, mas nesse momento de rebeldia extrema, Ash parecia estar se autossabotando e indo na direção contrária. Por que ele está se sentindo assim? Por que ele sente o que sente?
Enquanto Ash se entregava às lágrimas, Pikachu sentia a angústia que se espalhava pelo coração do treinador. O laço entre eles era mais profundo do que palavras podiam expressar, e Pikachu percebia a carga emocional que pesava sobre Ash. O treinador, perdido em seu desespero, parecia não notar a preocupação genuína que brilhava nos olhos de seu leal amigo.
Ser um Mestre Pokémon não se tratava apenas de vitórias em batalhas, mas de compreender, respeitar e forjar laços com os Pokémon. Pikachu, como testemunha silenciosa, compreendia que, neste momento de rebelião contra si mesmo, Ash estava se distanciando desse princípio vital. O desespero de Ash era alimentado pela percepção de que, ao buscar desesperadamente o título de Mestre, ele estava perdendo a essência do que significava ser um verdadeiro amigo e protetor dos Pokémon.
Então, uma súbita interrupção ao drama adolescente de Ash Ketchum surgiu nos céus de Pallet. Uma estrela cadente, como um facho de luz brilhante, cortou os ares rapidamente, rasgando o horizonte alaranjado do entardecer. Sua trajetória deixava um rastro efêmero de faíscas, um lampejo de beleza celestial em contraste com a escuridão das preocupações que pairavam sobre Ash.


Ash fecha os olhos e pede para se tornar um Mestre Pokémon. Pikachu, por outro lado, pede para que Ash fique bem durante sua busca.
No entanto, Ash percebe algo estranho: A estrela cadente, que anteriormente cruzava os céus alaranjados em direção ao horizonte, agora parecia ter alterado sua trajetória, dirigindo-se diretamente para a Cidade de Pallet. Uma sensação de apreensão envolveu o treinador, enquanto a possibilidade de um meteoro colidindo com sua casa se tornava uma preocupação iminente.
Com a mente nublada pela turbulência emocional, Ash desceu do telhado com pressa, seus pés tocando o solo com uma urgência que refletia sua ansiedade. A escada de madeira rangeu suavemente sob seu peso, ecoando a tensão que preenchia o ar. Pikachu, seguindo de perto, emanava preocupação em seus olhos elétricos enquanto acompanhava seu treinador nesse momento de incerteza.

No solo, Ash ergueu os olhos para o céu, observando a estrela cadente agora cada vez mais próxima. A luz dourada que antes era apenas um rastro efêmero revelava-se como algo mais do que uma simples ocorrência celestial. A surpresa tomou conta de Ash quando ele percebeu que a luz se desdobrava em formas definidas, revelando a majestosa figura de um Pokémon, mas não um tipo qualquer, e sim, um Pokémon Lendário.



As penas de Ho-Oh brilhavam como um casaco de ouro, em perfeita sintonia com o pôr-do-sol ao fundo. O lendário batia suas asas rapidamente enquanto se aproximava cada vez mais do espaço aéreo acima da casa de Ash.
Instintivamente, Ash pega seu aparelho Pokédex da Região de Johto para analisar o lendário.



Pikachu tenta alertar Ash de que isso é muito arriscado, mas Ash ouviu falar que recentemente um treinador chamado Gold havia capturado um Ho-Oh, então por que ele não poderia tentar? Ash já estava até se imaginando ao lado de Ho-Oh...
Peeeeeeeeewwww!
Eu não tenho escolha! Eu quero ser um Mestre Pokémon. Por isso... Bayleef, vai lá! Heracross, você também!
Beeeei!
Hera!!

Já sei! Bayleef, acerte-o com as Folhas Navalha! Quando ele cair, Heracross, acerte com o Mega Chifre!

Evasiva!
HERACROSS! Bayleef, dê cobertura a Heracross enquanto eu chamo outro Pokémon! Bola de Energia!

Peeeeeeeeewwww!
BAYLEEEEF!!!
Oh, não! Bayleef, você tem que ser forte!
Beeei, Beeeeei!

Mega, mega!
Santo Arceus! É um Milagre! O Raio de Fogo de Ho-Oh fez Bayleef evoluir para Meganium instantaneamente!
Meganium, o Pokémon Erva. Possui um hálito capaz de reviver flores e plantas mortas. Isso pode torná-las saudáveis novamente. As pétalas em torno do pescoço de Meganium contém uma substância capaz de acalmar sentimentos agressivos. Qualquer pessoa que fique ao lado dela se refresca, como se estivesse relaxando em uma floresta ensolarada. Em batalha, este Pokémon exala mais de seu cheiro calmante para diminuir o espírito de luta do inimigo.
Meganium, por favor, você tem que levantar a Tela de Luz!

Pancada Corporal!


Uaaau...
Você viu aquilo, Pikachu? É! E nós vamos seguir o Ho-Oh! Com aquele raio podemos obter o nosso sucesso que nunca obtivemos!
PIKA, PIKA!!!
Ho-Oh está voando para Oeste! Está indo em direção a Johto! É para lá que devemos ir...
PIKA! PI-I-KACHU!
Oh! Tem razão, eu me esqueci deles! Heracross e Meganium estão debilitados... Vamos para um Centro Pokémon o mais rápido possível!
A sua Meganium está bem! Parece que ela levou um ataque forte demais! Tenha mais cuidado da próxima vez...
Licki, licki!
(Envergonhado) Ela ficará bem?
Claro, mas precisará ficar internada por, no mínimo, uma semana. O que foi que você fez com ela, afinal? Não sabe que um Pokémon não pode batalhar depois que seu HP chega ao fim, pois ele se machuca de verdade a partir daí?
Eu não fiz nada. Foi um Ho-Oh.
Ho-Oh? O Pokémon Lendário?
Isso mesmo. E eu vou capturar ele!
Bom, da próxima vez, utilize um Pokémon que tenha VANTAGEM ou vai acabar recebendo danos profundos como Meganium e Heracross.
Pode deixar, Enfermeira.
Alô? Casey?
ASH! Que surpresa!
Como você está?!
EU TÔ SUPER ANIMADA!!! 😍
O que foi? Os Electabuzz ganharam uma partida?!
Não! Você não vai acreditar! Eu vi um meteoro cruzando sobre a Cidade de New Bark! É a primeira vez que eu vejo um!
Não era um Meteoro...
Hã? Você também viu?
Era um Ho-Oh. Ele fugiu voando em direção a Johto.
Ho-Oh? Tipo... O Pokémon Lendário?!
Exatamente. Chame o Vincent e me encontre em New Bark. Eu estou indo para aí.
*fantasia*


Limpando as lágrimas que outrora enxercaram sua face, Ash puxou duas de suas pokébolas e as arremessou ao alto, trazendo para fora Bayleef e Heracross, um tipo Planta e um tipo Inseto/Lutador. Ash não dava bola para as vantagens/desvantagens de tipo e isso sempre foi uma característica muito marcante sua, mas em uma luta contra um Lendário, isso poderia não acabar bem.


Tentando chamar a atenção de Ho-Oh, Ash manda seus Pokémon atacarem o lendário diretamente. Bayleef ataca com Pancada Corporal, enquanto Heracross ataca com Mega Chifre.

Ho-Oh está voando muito rápido. Nem Bayleef nem Heracross conseguem alcançá-lo.


Deu certo! Os ataques atingem Ho-Oh em pleno voo, derrubando-o no chão, bem em frente à casa de Ash. Mas o Lendário arco-íris ficou muito irritado, e invoca um raio energético extremamente quente, seu característico Fogo Sagrado, que é disparado de sua boca em direção a ambos os Pokémon de Ash.

Bayleef consegue se esquivar do ataque, mas Heracross é pego em cheio pelas chamas, sendo envolto pelo golpe superefetivo e caindo nocauteado.


Bayleef cria uma esfera de clorofila pulsante e a arremessa velozmente para cima de Ho-Oh. O golpe explode nas penas lindíssimas da ave lendária, que com um pio ensurdecedor, anuncia sua fúria.

Ho-Oh abre a boca novamente e a partir dela, cospe um raio de fogo gigantesco. Um Lança-Chamas como Ash jamais viu, e que acaba acertando Bayleef...

O pobre Pokémon de Planta se contorcia, ainda sendo atingido pelo raio, que mais parecia uma flecha do apocalipse, causando efeitos catastróficos, muito maiores do que Ash jamais pôde imaginar.


Com o grito de Ash, uma lágrima escorreu pelo rosto de Bayleef e então... uma grande onda de luz branca irrompe da Pokémon temperamental, atingindo a todos em um raio de 3 km, como se fosse uma explosão...


...Mas não doía nem era quente. Pelo contrário, era morninha e serena, como que transmitindo paz e tranquilidade em meio ao caos que Bayleef estava vivenciando. E o resultado foi...



Com a evolução e todos boquiabertos, o Lança-Chamas cessa, mas seus efeitos infernais continuam: Meganium começa a sentir muita fraqueza seu corpo passa a tremer sem parar. Ela está no seu limite, mas Ash está tão obstinado, que ele não vai desistir de capturar o Pokémon Lendário em sua aparição única.

Mesmo sem forças, Meganium continua lutando. Ela ergue a cabeça e cria um campo de força feito de luz para diminuir a intensidade dos ataques especiais de Ho-Oh, mas em contrapartida, a fênix começa a convocar o seu Fogo Sagrado novamente...


Ho-Oh estava reunindo tanto poder em torno de si, que seu ataque estava demorando para carregar. Percebendo a oportunidade, Ash pediu que Meganium atacasse novamente nesse meio-tempo:

Cansada, mas ainda de pé, a recém-evoluída Meganium corre e salta sobre Ho-Oh, prensando-o contra o chão com seu corpo. Mas nesse momento, o Fogo Sagrado termina de carregar e Ho-Oh solta todo o seu extremo poder abrasivo de uma só vez...


...Incinerando o corpo da Inicial de Planta sem piedade. Meganium tomba, derrotada, e Ho-Oh alça voo mais uma vez...
Com velocidade e astúcia, Ho-Oh então vai embora de Pallet, fugindo para Oeste, em direção à Região de Johto, e nem sequer olhando para trás. Ash corre e cata uma pena que se desprende da ave lendária no momento em que ela voa para longe... A pena é brilhante e conforme Ash a segura em suas mãos trêmulas, ela brilha e reflete o espectro de cores do arco-íris.



Ash está boquiaberto. Ele nem acredita no que acabou de acontecer.


Pikachu tenta contra-argumentar, vendo o estrago que Ho-Oh causou: Heracross e Meganium completamente feridos e chamas dançando por todo o gramado. Mas a mente imatura e gananciosa de um Ash passando pela tensão da puberdade não vai desistir enquanto ele não tiver aquele PODER para si.



>>>No Centro Pokémon mais próximo, na Cidade de Viridian, após uma complicada cirurgia que a Enfermeira Joy e seu fiel assistente Lickitung precisaram realizar em Meganium...









Ash se afasta e vai para o lobby do Centro Pokémon, onde pega sua Pokégear, uma relíquia que ele utilizava para se comunicar com outros treinadores...

Ele disca um número que sabia de cor e começa a telefonar para alguém muito, muito especial, que o acompanhou durante suas aventuras em Johto no ano passado...





Electabuzz era o time de beisebol favorito de Casey. Ela vestia a camisa do time e só capturava Pokémon nas cores Preto e Amarelo, para combinar com o time favorito.






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