Com a vitória no primeiro Round, Ash embarca no Top 64 do torneio, mas ele não sabe se está com sorte ou azar, pois logo na sua segunda partida...




James... Ou melhor, Jamesquinho se posicionou em campo e Ash o reconheceu imediatamente por trás dos óculos escuros, sobretudo e chapéu preto.

Assim que Maractus sai de sua pokébola, o Pokémon cacto maraca vira-se de costas e se volta na direção de seu treinador, abraçando-o dolorosamente com seus braços de agulha.

É muito amor envolvido...

A segunda batalha de Ash começou com tensão: Enquanto Pidove subiu rapidamente, voando em círculos sobre o campo de batalha, Maractus, começou a disparar uma chuva de Míssil de Espinhos adoidado para o céu. As pequenas agulhas voaram em direção a Pidove, que respondeu com uma Lufada de Vento poderosa, espalhando os espinhos pelo ar como se fossem folhas ao vento.
No entanto, os espinhos não foram as únicas coisas espalhadas pelo vendaval...

De dentro do sobretudo de Jamesquinho, uma série de itens redondos e metálicos começou a se dispersar, tilintando ao caírem no chão, com a força do ataque de Pidove. Você deve estar pensando... "Eram moedas de ouro?" Não mesmo! Tampinhas de garrafa, que o infeliz colecionava como uma criança que coleta figurinhas para colar em seus álbuns...

James pede um tempo, enquanto Ash apenas o observa correr atrás das míseras tampinhas.

Passado o imprevisto, Jamesquinho retorna para a batalha.



Convenhamos, ele provavelmente havia se c****o nas calças por medo de perder suas preciosas tampinhas.
O pior de tudo foi o juiz concordar.
Quinze minutos depois...



O árbitro estava mais sem paciência do que o próprio Ash...

Retomando enfim a partida, Maractus começou a expelir espinhos para todos os lados criando uma armadilha pontiaguda ao redor de seu lado do campo, tornando o terreno traiçoeiro para qualquer ataque direto. Pidove, no entanto, mergulhou com um Ataque Rápido, passando por cima das tachinhas e tentando acertar Maractus de surpresa.
Ele de fato o faz, e quem cai sobre as tachinhas é o próprio Maractus, levando danos de um golpe que em qualquer outro caso, ele jamais levaria!


Maractus girou de lado e lançou um Golpe Envenenado na direção de Pidove, que desviou no último segundo com um giro ágil no ar, aproveitando o vento para escapar do veneno. Pidove usava sua vantagem aérea para evitar os golpes venenosos enquanto Maractus se mantinha firme no solo, sempre buscando um ponto fraco no voo de Pidove.
Sentindo que o ritmo da batalha estava a seu favor, Ash ordenou um Golpe de Ar. Pidove começou a bater as asas com força, criando uma lâmina de ar cortante que se dirigiu rapidamente em direção a Maractus. James então ordenou que Maractus usasse Míssil de Espinhos novamente, mas sem tentar mirar em Pidove, e sim, no ataque do pombo.
Os espinhos foram lançados com força, mas o vento os espalhou, fazendo-os se dispersarem pelo campo, perdendo o efeito...







Ao ver o pequeno Pokémon olhar para ele com olhos brilhantes e curiosos, algo mudou dentro de James: Ele hesitou... Gothita parecia frágil, e o pensamento de vê-la ferida fez com que ele tremesse da cabeça aos pés. A ofensiva de Pidove cessou por um momento enquanto James corria para abraçar Gothita (o inverso do que acontecera com Maractus), e o estádio ficou em silêncio, apenas observando...


Apertando as bochechinhas rosadas do Pokémon que ele tratava como um bebê, James percebeu que não podia colocar Gothita em uma batalha... Ele não queria machucá-la... Sua decisão estava tomada!
James então finalmente ergueu a mão, em sinal de rendição - e sinal de que de "mesquinho", ele não tinha nada! Os juízes confirmaram a desistência, e o "Ex-quipe Rocket" foi imediatamente desclassificado.

Mas James estava feliz, feliz porque estava com Gothita no colo, sem sequer dar-se por conta que havia jogado uma tremenda oportunidade fora!

Para Ash, no entanto, isso foi uma coisa boa... Logo após a vitória, Pidove pousou suavemente ao lado de seu treinador, que o recompensou com uma fruta. Então, de repente, uma luz brilhante começou a emanar do corpo de Pidove... Ash se afastou um pouco, surpreso e maravilhado, enquanto o brilho crescia, envolvendo o pássaro completamente. A energia ao redor do Pokémon parecia pulsar com vida, e a forma de Pidove começou a mudar...

Suas asas se expandiram, seu corpo cresceu, e a luz intensa finalmente se dissipou, revelando um novo Pokémon de aparência maior e mais robusta: Tranquill.
Tranquill deu um voo rápido pelo campo, mostrando sua nova agilidade, enquanto Ash sentia (através da aura), a felicidade do Pokémon em ter alcançado seu novo estágio ao seu lado, sensação essa que contagiava.

Vendo-o assim, radiante, Ash não pôde deixar de se lembrar como o conheceu... Nas grandes cidades de Unova, como Castelia, Nimbasa e a imensa New Tork City, os Pidove haviam se multiplicado rapidamente, adaptando-se ao ambiente urbano e se tornando onipresentes nos telhados, praças e parques. Como sua população crescia em ritmo acelerado, e eles não possuíam nenhum tipo de predador natural por perto, logo começaram a ser vistos como uma "praga"... Eles eram culpados por sujar monumentos, danificar construções, transmitirem doenças aos seres humanos e interferir na rotina dos habitantes por... Bem, cagar na cabeça de pessoas que estavam indo para o trabalho!
O governo local, pressionado pelas dezenas de milhares de reclamações da população, decidiu adotar medidas drásticas para lidar com o que todos consideravam um problema... Eles lançaram um plano de extermínio em massa, usando métodos cruéis como redes de captura, venenos e até drones que atacavam os Pidove com gases, afim de eliminá-los.
Quando Ash estava visitando a distante Cidade Anville, acessada pelo Metrô de Batalha, ele se deparou com um Pidove em desespero. O pequeno pássaro, ofegante e assustado, fugia desesperadamente pelos céus, com o olhar de puro terror enquanto voava baixo, tentando escapar dos ataques que o perseguiam. Ele havia se afastado de sua família, deixada para trás na confusão e pânico, e agora tentava se esconder entre os trilhos e vagões abandonados, com medo até mesmo da própria sombra!
Pidove estava tremendo, sofrendo um ataque de pânico, em um terror absoluto de ser aniquilado. Ash soube naquele momento que precisava protegê-lo... O treinador, percebendo que na verdade a Região de Unova não era tão legal quanto pensava antes de ir para lá, então resolveu tomar uma medida: ele chamou Tepig, que começou a conversar com Pidove, na língua de Pokémon. Tepig contou sobre como Ash o acolheu e pediu para Pidove dar-lhe uma chance... Pidove, entretanto, estava exausto, e simplesmente desabou no meio da conversa!
Ash o segurou no colo, levou para o Centro Pokémon e o curou. Quando Pidove se acordou, ele quis agradecer Ash por ter sido acolhido. E Ash aproveitou o momento para fazer-lhe um convite: convidou Pidove a batalhar ao seu lado no Torneio do Clube-Explosão, que estava por vir, emprestando-lhe seus poderes, em troca de proteção. Pidove não apenas aceitou, como ele mesmo entrou espontaneamente em uma pokébola vazia, se autocapturando. Naquele dia, Ash fez mais um amigo! E ele sabia que aquela amizade não seria apenas enquanto o torneio estivesse acontecendo, mas para a vida toda! Pidove era um Pokémon muito gentil e inocente, e contagiava o time com sua bondade. Ash gostava muito, muito de estar perto dele! Era inspirador! Todavia, vez ou outra, quando Pidove estava muito contente, ele ainda deixava escapar cocô na cabeça de Ash... (A sorte é que ele sempre usou boné...)
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