Desde que a Liga Índigo deixou de ser realizada a cada triênio para ser uma competição anual, a partir do campeonato de 1998, ela introduziu uma novidade por ano, a cada ano, ao ponto de que em 2003, quando eu participei de novo do evento, ele já não se assemelhava mais em nada com a edição de 1996 a qual eu havia participado aos meus 10, 11 anos... A regra mais recente, de 2003, é que treinadores domiciliados em Kanto (ou Johto) podem competir na Liga se tiverem conquistado 8 ou mais insígnias de outras Regiões dentro dos últimos 12 meses. Como eu havia conseguido as oito insígnias de Hoenn recentemente e possuo uma casa na Cidade de Pallet, então eu estava apto a me inscrever para a Conferência do Platô Índigo. E assim, eu fiz.
Desta vez, Yellow não participou. Devido a uma enchente que acometeu a Ilha da Batalha da Fronteira, em Hoenn, as Instalações de Batalha foram temporariamente movidas para Kanto, e Yellow se propôs a lutar pelos Símbolos da Fronteira como uma forma não só de testar a si mesma, mas também de treinar... A Fábrica da Batalha ficou localizada próxima à Cidade de Cerulean; a Arena da Batalha próxima a Saffron City; o Domo da Batalha ao sul de Lavender Town, na Rota 12; o Pico da Batalha próximo de Fuchsia City; o Palácio da Batalha na Ilha Metallica, próxima das Ilhas Seafoam; a Torre de Batalha em Cremini Town; e a Pirâmide de Batalha... Bem, diferentemente das outras instalações, esta era móvel, podendo voar para manter sua localização em segredo para todos aqueles que não derrotaram as outras seis instalações. Ficou por um tempo estacionada próxima a Pewter City, depois rumou para Fennel Valley.
Infelizmente, Yellow nunca conseguiu derrotar seu irmão caçula, Emerald, o Brain Master da Batalha da Fronteira, o que impediu que ela avançasse para conquistar os símbolos de ouro. Claro que Emerald ficou se gabando por isso, mas ela não se importava. Nem um pouco, pra falar a verdade...
Então, desta vez ela ficou na plateia, apenas torcendo por mim, junto de meus amigos... Gold, Silver, Crys e o próprio Emerald.
Durante a competição, a Vila da Liga Pokémon no Planalto Índigo se tornou o paraíso para tudo relacionado a Pokémon. Os Treinadores recebiam alimentação e hospedagem gratuitas na vila. Embora a maior parte das atividades ocorresse no Pavilhão da Liga Pokémon e nos campos de batalha, desfiles, cinemas e outras atividades semelhantes dentro da vila mantinham os espectadores entretidos quando não havia batalhas. Além disso, tinha alguns eventos cerimoniais importantes exclusivos da conferência.
Quando o grande dia chegou... A cerimônia de abertura invocou o espírito e a chama do Lendário Moltres para acender a chama que arde no topo do Estádio Indigo durante toda a competição. As virtudes de Moltres simbolizam as competições da Liga Pokémon... Uma galinha eternamente condenada a peegar fogo, eu sinceramente não sei que virtude isso representa, mas tudo bem... A chama mudava de mãos, com competidores aprovados para serem condutores da tocha e acompanhados por um Pokémon de sua escolha. Sem a chama, a competição não poderia começar. E assim foi... Todos os Treinadores Pokémon participantes foram convocados então a se reunirem no Estádio Indigo e a tocha central foi finalmente acesa. Com o ritual completo, as batalhas já poderiam começar, não é?
Claro que não...
Charles Goodshow, Presidente do Comitê de Competição da Liga, se dirige aos Treinadores com um discurso de abertura e todo um blá, blá, blá que durou horas! Sério, ninguém mais aguentava ouvir aquele velho falar. Eu mesmo fiquei com vontade de ir lá e arrancar o microfone da mão dele, mas Pika ameaçou me envenenar com o Tóxico caso eu o fizesse passar vergonha, então me obriguei a ficar sentado, entediado, Pikachu me acordou muitas horas mais tarde, quando a competição finalmente teve início!
A competição teve duração de oito rodadas... As quatro rodadas preliminares duraram quatro dias, sendo o Top 256 no primeiro dia, Top 128 no segundo, Top 64 no terceiro e Top 32 no quarto; seguidas de dois dias de descanso, e então começaram as rodadas finais (Top 16, Top 8, Semifinais e Final) no último dia de campeonato.
Nas rodadas preliminares, 256 Treinadores competiram em quatro campos de batalha diferentes: Pedra, Grama, Água e Gelo. Todas as partidas eram de três Pokémon cada e o campo de batalha foi decidido por um jogo de azar. Os competidores, por sua vez, foram escolhidos aleatoriamente pelo computador dentre os inscritos. E somente os Treinadores que vencessem em todos os quatro campos de batalha, ao longo dos 4 primeiros dias, avançariam para as rodadas finais. E assim foi. Eu caí m4t4nd0.
TOP 256 - VS O Estupendo Mandi
Minha primeira partida foi no campo aquático contra "O Estupendo Mandi"... Ou devo dizer estúpido? O ego dele só não era maior que a sua burrice em me desafiar. Ele gostava de mágica e fazia um bando de Pidgeys aparecerem do nada, mas não havia truque mais batido que aquele. Na vila, ele ficava fazendo isso repetidas vezes para ser visto pelos repórteres e aparecer na televisão. Dito isso, ele deve ter aparecido em uns 10 canais diferentes e toda vez, a mesma coisa: Era tudo sobre ELE e nada sobre seus POKÉMON.
Mas aqui suas habilidades estariam à prova.
Todas as câmeras estavam voltadas para o campo de batalha. Era agora ou nunca!
Mandi usou seu Exeggutor como seu primeiro Pokémon durante nossa batalha, enquanto eu escolhi usar minha mais recente captura, munida de Eviolite...
Algo me dizia que, embora em desvantagem, não seria muito difícil derrotá-lo. E, ah... Como eu estava certo!
O coqueiro com cara de chapado atacou primeiro com o Raio Solar instantaneamente carregado por uma Erva de Força, esperando nocautear meu Pokémon em um único ataque. Mas ele se esqueceu que nós tínhamos a vantagem naquele tipo de campo e tudo o que eu precisei foi pedir que Krabby entrasse na água.
Exeggutor usou então seus poderes psiônicos para transformar a arena aquática em um redemoinho gigante, prendendo Krabby no vórtice.
Exeggutor lançou uma saraivada de Bombas de Semente no vórtice, produzindo uma Parede de Água para impedir que eu chamasse Krabby de volta para a Pokébola.
No entanto, meu muito bem treinado Krabby finalmente conseguiu sair do vórtice e agarrou as folhas de Exeggutor com o Agarramento Viciado, causando-lhe tanto desconforto que ele se tornou incapaz de atacar e iniciar a ordem de Mandi para usar Hipnose.
Bastou então que Krabby diminuísse a defesa física da planta siamesa seguido da Pisada.
Lamentável...
(Para não dizer coisa pior!)
Mas Mandy ainda tinha forças. Ele poderia usar mais dois Pokémon ainda naquela partida (como ele mesmo fez questão de mencionar, para não ficar tão feio). Sua próxima escolha era...
...um Pokémon aquático, como Krabby, porém extremamente poderoso. Depois que catalogaram a evolução do Tipo Dragão em Johto, ninguém nunca mais quis ter um Seadra.
Eu deveria tomar cuidado.
Mandi se manteve calmo e disse ao seu Pokémon Dragão para usar Agilidade. E com esse movimento, ele conseguiu desviar facilmente de todas as nossas ofensivas.

Porém, fomos estratégicos ao transformar o campo de batalhas em uma piscina de espuma.
Com a visão bloqueada, Kingdra tornou-se uma presa fácil.
Mandi então pediu que Kingdra usasse a Atrocidade. Bastou pularmos na água para escaparmos que o golpe falhou e Kingdra entrou em estado de profunda confusão.
Agora, ele estava fazendo o trabalho por nós.
Mandi perdeu a compostura, gritando ataques 1, 2, 3 vezes... e NADA!
Krabby pisoteou sem resistência e depois agarrou Kingdra com força pelo pescoço, arremessando-o para o alto.
A batalha estava no papo!
Munido de uma confiança que precedia qualquer bom senso, Mandi mandou seu último e (segundo ele) mais poderoso Pokémon...
O morcego púrpura fazia um "x" no céu enquanto Krabby tentava se esconder dentro da piscina.
Todos os ataques de Crobat foram em vão. A água formava uma barreira natural para Krabby. Mas se quiséssemos vencer aquela partida, alguma hora teríamos que deixar a piscina e aí estaríamos encrencados. Com seu voo silencioso, o Pokémon de Mandi estava em vantagem, mesmo em um campo aquático, pois podia ver tudo de cima e atacar por todos os lados.
Tentamos fazer o mesmo que fizemos com Exeggutor, mas Crobat tinha o Giga Dreno.
Nessas alturas, pensei que "Krab" iria pro saco, mas ele aguentou!!!
Atacamos com tudo, mas lá veio outra decepção...
O Suga-Vidas do morcegão fazia com ele se parecesse um grande parasita, sugando os fluidos vitais mesmo através do exoesqueleto de artrópode do Krabby.
Krab já estava no seu limite. Eu optei por retorná-lo, mas antes que o raio da pokébola o atingisse, Mandi já havia mandado Crobat para cima com um golpe direto!
Então me ocorreu uma ideia... Desisti de trazer Krabby de volta e pedi para que ele se grudasse às asas de Crobat quando ele estivesse próximo o suficiente e montasse às suas costas.
Depois bastou usar a força do Jato de Bolhas para desestabilizar o voo da criatura e empurrá-la ao fundo da piscina, exercendo pressão em suas costas por tempo o suficiente até que ela ficasse sem ar.
E a partida estava ganha.
Mandi arrancava os próprios cabelos, frustrado que só! Eu não tenho culpa se até um Pokémon que não havia evoluído foi capaz levar o seu time inteiro. Ou talvez eu tenha... É, acho que sim. Eu reconheço minhas habilidades como treinador, modéstia à parte.
TOP 128 - VS Duplica
No dia seguinte, foi a vez de eu enfrentar uma Copycat... E "cat" aqui significa GATA! Ainda bem que a Yellow estava longe demais, na plateia, para não me matar de ciúmes!
Duplica lançou seu primeiro Pokémon, que me encarava com suas três cabeças. Eu acho que já assisti esse filme...
Então, a minha escolha já estava definida.
Quando eu estava em Johto, passando pelo portão norte da Cidade Goldenrod, perguntei as horas para o guardinha, Randy. Conversa vai, conversa vem, ele me convenceu de levar uma Spearow chamada "Kenya" com uma correspondência anexada ao seu amigo Webster na Rota 31. Eu, muito inocente, aceitei. Quando cheguei ao local indicado, não encontrei ninguém. Retornei então ao portão de Quinhão Dourado para devolver a Pokémon e me disseram que o tal Guarda Randy havia se demitido da vida. Fiquei sem entender bulhufas até que resolvi ler a carta que Kenya segurava. Era uma carta de despedida para sua melhor amiga, a Spearow. Ele desejava que ela encontrasse um bom treinador e que juntos formassem uma bela amizade, pois Kenya não merecia ficar presa a alguém que já não via mais sentido em continuar respirando. E então eu entendi...
Onde quer que Randy esteja agora, eu tenho certeza que ele está orgulhoso de sua Kenya, que agora havia crescido e se tornado uma verdadeira máquina de combate aéreo contra quem ninguém era páreo. Ele está nos vendo, de algum lugar, tenho certeza.
Quando o juiz apitou, Duplica foi a primeira a se movimentar.
Mas o truque que Dodrio sabia, nós também podíamos usar. Quem copiou quem? Fica aí a questão.
Eis então que o três cabeças decide usar sua deformidade a seu favor.
E com um Tri Ataque cuja eletricidade prevaleceu em relação ao fogo e ao gelo, ele paralisou Kenya.
Não tive escolha a não ser retirar Kenya da partida, pelo menos por enquanto.
Saur foi sagaz e devolveu a aplicação de uma condição de status...
...mas enquanto a Paralisia não impedia que Fearow atacasse completamente, o Sono impedia que Dodrio fizesse absolutamente QUALQUER COISA!
E depois disso, não foi preciso muito mais...
Em seguida, Duplica enviou a assistente de Enfermeira Joy...
Eu sabia que derrotá-la não seria fácil, pois Blissey tinha muita, muita vida! O que eu não esperava era que ela tivesse tempo de sobra para se concentrar e pulverizar fogo!
Soltei Kenya de novo e desta vez, ela estava furiosa! Torci para que a paralisia não fosse tão cruel conosco e desse certo... Pois Fearow conseguiu!
Mas a maldita estava preparada!
O Raio Congelante só não transformou Kenya num picolé voador porque ela já estava paralisada. Caso contrário, esse teria sido o nosso fim!
Blissey seguiu tentando arrebatar com o Trovão, mas Kenya, mesmo incapacitada de voar, com sua velocidade drasticamente reduzida, rastejou-se para longe, escapando ilesa.

Kenya até tentou atacar na sequência, mas não deu.
Blissey seguiu atingindo-a então com seu bafo dos infernos.
Kenya, paralisada, teve que aguentar tudo!
Ela tentou contra-atacar, mas a imobilidade atacou novamente e Blissey pode acertar um segundo Raio Congelante, deixando a pobre Fearow em frangalhos...
Mas não havia Pokémon mais VINGATIVO do que um Fearow! E essa raiva foi o que duplicou o poder da Garantia, causando um acerto crítico para nossa alegria!
Duplica recolheu sua incapacitada Blissey de volta e mandou seu último Pokémon... Que para minha surpresa, era muito mais do que uma simples gelatina com dois micro-olhos e uma boca.
Ditto se transformou na própria Kenya e com uma audácia escancarada...
...a versão do Paraguai levou a original embora.
Restava-me apenas 1 Pokémon, então eu apostei todas as minhas fichas em alguém que poderia derrotar a Kenya falsificada.
Pika entrou pulsando.
Bastou combinar sua inesperada peçonha cumulativa...
...com o Choque do Trovão...
...e VRAU!
Num movimento gozado, Pika deixou a gosma espalhada pelo chão!
No terceiro dia, mesmo após um excelente banquete no hotel da vila, eu acordei inexplicavelmente nervoso. As coisas estavam ficando acirradas e os piores treinadores já haviam sido todos eliminados. Por um lado, isso era bom... Significava que eu não era um deles...
Por outro lado, isso significava que agora eu tinha um verdadeiro desafio em minhas mãos, e isso se provou verdade no...
TOP 64 - VS Pete Pebbleman
Pokémon com pés lisos poderiam facilmente deslizar, ampliando muito sua velocidade. E foi isso o que Pebbleman pensou ao enviar Vileplume.
Eu hesitei por um momento, mas mandei alguém que poderia voar e facilmente seguir o adversário caso ele se transformasse subitamente numa Nancy Kerrigan da vida...
Eu me enganei.
Pebbleman queria me induzir ao erro. Ele disse que assistiu a minha última partida contra Duplica e resolveu aplicar o truque que Pika usou para derrotar Ditto, com a diferença de que Vileplume, sendo um verdadeiro Pokémon de Tipo Venenoso, tinha um Tóxico muito mais poderoso!
Furipe, o Butterfree, já entrou em campo condenado.
Nós tentamos mitigar o prejuízo com um superefetivo do tipo psíquico, mas...
...o vórtice que a raflésia gigante podia criar manteve Furipe preso em um redemoinho o qual suas finas asas não conseguiam ultrapassar.
Vileplume atacou múltiplas vezes, até que Butterfree deitou.
Não me restou alternativa senão mandar meu segundo Pokémon.
Por mais que fosse do tipo água, Gyara ainda era parte tipo voador, então nós não estávamos tão mal assim. Além de que a sua Intimidação sempre nos deixava em vantagem.
Vileplume comeu a Fruta Quí que ele segurava para não se tornar o Kingdra do Mandi, e manteve-se firme, de cabeça erguida.
Gyara ameaçou fincar os dentes...
...mas o fedor da raflésia era tão forte, que ele não conseguiu se aproximar.
Foi então que Pebbleman revelou o seu truque: os Esporos de Efeito que Vileplume liberava constantemente no ar haviam paralisado Gyarados!
E agora eu havia sido pego novamente pela maldita condição!
Não me limitei. Gastei uma dessas poções especializadas e deixei que Gyarados se sentisse 100% novamente.
Vileplume seguiu causando, porém.
Eu não dei muita bola, afinal, vida que segue.
E Gyara provou a que veio não deixando mais ele se aproximar.
Vileplume então começou a absorver luz e eu sabia exatamente o que isso significava...

...que tava na hora da COBRA FUMAR!
Gyarados, que apesar de não parecer, podia voar, usou todas as suas forças para se impulsionar para o alto e se arremessar na direção do adversário, que bem na hora, soltou seu jato.
A explosão foi épica...
...e a queda de Vileplume também!
Pebbleman sacou mais uma pokébola e seu tímido Cloyster manteve-se apertadinho dentro da concha.
Gyara tentou cair de boca...
...mas a casca era dura!!
Pebbleman riu da nossa cara e tornou Cloyster ainda mais impenetrável.
Mas uma serpente faminta é uma serpente faminta! Gyarados tentaria perfurá-la de qualquer maneira!
Então, soltando seu jato, Gyara atacou à distância e empurrou Cloyster com força contra a parede. Isso por si só foi mais danoso do que o próprio ataque.
Cloyster estava pegando fogo, e no momento de atacar, abriu-se toda para Gyarados.
Foi nesse momento que injetamos com tudo dentro.
...e Cloyster ficou toda molhada!
Agora Gyara sabia o que fazer! Com suas Presas de Gelo, solidificou toda a estrutura do Pokémon adversário, tornando-o ainda mais rígido.
Cloyster, é claro, era imune a congelamento, mas isso não queria dizer que a água ao seu redor não poderia congelar e atrapalhar os seus movimentos. Foi justamente o que aconteceu.
O gelo impedia que Cloyster se fechasse em sua concha novamente, deixando-a permanentemente aberta!
Bastou um sopro de sua Ira de Dragão direcionado à cabecinha do Pokémon bivalve...
...para fazê-lo esguichar todo o seu fluido vital.
Pete soltou Arcanine, um tipo Fogo, para lutar.
Estranhei, então saquei que ele devia ter algum tipo de carta na manga. Troquei por Lax e assisti uma troca intensa de ataques.
Com uma única Rajada de Fogo, ele derreteu metade do campo de batalha, deixando Snorlax sem área para correr. Agora, ele não podia se desviar de qualquer ofensiva de Arcanine. Não que Lax fosse o Pokémon mais ágil do mundo, mas o gelo ajudava.
E então, com a Ira de Dragão...
Eu já estava começando a desconfiar que Pete Pebbleman era o Copycat, e não a Duplica!
Gyara voltou para o campo já cansado.
E Arcanine seguiu utilizando o ataque dracônico à sua maneira...
E os dois vórtices que se erguiam como colunas gigantescas (dando um banho na plateia), colidiram ferozmente.
Como no campo só havia 1 Pokémon que não sofria em contato com a água, no entanto, ele obviamente saiu vencedor.
Ao final da partida, Pebbleman me estendeu a mão. Eu o cumprimentei. Grande treinador, ele.
Mas mais forte que Pete Pebbleman foi a treinadora que eu enfrentei a seguir, no...

Era o quarto dia e o último campo de batalha a ser enfrentado antes de entrarmos nas rodadas finais.

Scyther foi enviado logo em seguida.

Seu primeiro Pokémon não era nada demais...
Apesar disso, ele era bom em se esquivar. Mas meu Furipe também.

Ambos continuaram se esquivando dos ataques um do outro até que ordenei a Furipe que usasse o Supersônico pela segunda vez em Beedrill, aproveitando que a última Lufada de Vento o havia feito pousar e, por conseguinte, suas asas não estavam mais zunindo, impedindo que o som chegasse a seus ouvidos. Desta vez deu certo!
Finalizamos com grande estilo, deixando claro qual era o melhor inseto da Floresta Viridian!

Furipe foi literalmente CORTADO da partida!
Recolhi e chamei Kenya.
Ela sofreu ao ser arremessada direto contra um Quebra-Crânio!
Mas bastou um superefetivo bem dado para acabar com isso!
A essas alturas, eu achava que estava sendo muito fácil lidar com Jeanette. Ledo engando. Eu me deixei levar pelas duas vitórias fáceis e menosprezei seu último Pokémon...
Quando ela mandou Bellsprout eu pensei: Não tem como essa coisinha aí ser o Pokémon MAIS FORTE de todos os três! Afinal, os treinadores obviamente deixando os melhores por último...
Eu até já havia passado maus bocados na Zona do Safári com suas evoluções.
Mas a forma base era... como eu posso dizer sem soar ofensivo? INÚTIL!!!
Apesar de sua aparência fraca, Bellsprout provou ser um prodígio em batalha, sendo capaz de absorver os golpes desferidos pelo Ataque de Fúria de Fearow com seu corpo extremamente elástico feito uma raiz.
Ele até usou Folha Navalha para cortar as penas das pontas das asas de Kenya para impedir que ela voasse!
Depois bastou um pouco de cipó e...
...Kenya foi erguida e arremessada repetidas vezes contra o chão. Dezesseis, segundo a contagem dos árbitros. Tentamos nos recuperar, mas depois de tudo isso, ela já estava tonta... E com uma ofensiva de tirar o chapéu...
XABLAU!
Bellsprout jantou Fearow.
Escolhi arriscar com o terceiro Pokémon voador que estava comigo naquele dia...
Era agora ou nunca!
Aero não poderia errar contra uma coisinha que cabia inteira dentro da sua boca, podia?
Errado!
Quanto menor o alvo, mais difícil de acertar, e aquele Bellsprout era até que minguadinho perto daqueles que eu vi pela Zona do Safári...
Escondido no meio da grama alta, então, era praticamente impossível avistá-lo, não fosse por sua cabecinha amarela, que era a única parte que ficava mais visível.
Quando eu percebi, porém...
Aerodactyl já estava agonizando com o Pó Venenoso. Tentamos mais duas ou três vezes...
Mas os cambitos de Bellsprout eram difíceis de acompanhar.
Eis que Jeanette abre fogo contra nós, mas Aero não tinha penas para serem cortadas, tampouco tinha uma pele fina, a qual poderia facilmente ser lanhada...
O que ele tinha, porém, era a virtude de saber esperar. A tática de um Pokémon pré-histórico, um caçador muito bem sucedido e o predador Apex do seu tempo! Mesmo que seu sangue estivesse fervendo com tanto veneno, ele mantinha a cabeça no lugar e os olhos firmes na grama alta, à espreita do menor sinal de movimentação.
Quando Bellsprout finalmente esticou suas vinhas para tentar alcançá-lo, então...
...Aero prendeu-se a ele, com a intenção de não mais soltar!
Por fim, obliterou com uma baforada carbonizante, que não só pulverizou o corpinho delicado de Bellsprout, como também o arremessou com brutalidade.
Jeanette Fisher manteve a classe e não desfez o sorriso. Ela correu até o seu Pokémon e o pegou no colo, levando-o gentilmente ao interior de sua pokébola.
E foi então que ela comentou que Bellsprout havia sido treinado na Sprout Tower...
...junto aos Sábios e Monges da Região de Johto, o que explica a excepcional força do Pokémon e também o tradicional Kimono de sua treinadora.
Agora tudo fazia sentido.
Aproveitei os dois dias seguintes, nos quais a Liga entraria em pausa, para treinar e trocar o moveset de todos os meus monstrinhos. Uma pena que as MT's produzidas em Kanto e Johto são de uso único, mas era por uma boa causa...
Assim eu esperava.
TOP 16 - VS A.J.
Quando sobraram apenas 16 treinadores, as batalhas da Liga mudaram de cenário.
Todas agora aconteceriam no mesmo dia e no mesmo campo de batalhas, e todas elas seriam completas, ou seja, de 6 Pokémon contra 6 Pokémon.
Meu oponente era A.J., um jovem Youngster que era um prodígio! Ele havia aberto um ginásio não-oficial e havia um burburinho de que ele era extremamente rígido em seus treinamentos.
Nós já havíamos perdido 3 Pokémon cada. Estávamos no meio de nossa partida...
...quando ele chamou seu próximo combatente:
Se teve uma coisa que Jeanette Fisher me ensinou foi a não subestimar Pokémon adversários no primeiro estágio evolutivo. Aquele Rattata poderia ser pequeno, mas A.J. sabia como usá-lo!
Lancei meu próximo Pokémon ao campo...

...e ordenei que atacasse!
Então, o Roedor Chato do C*****o fez algum tipo de bruxaria para que Venusaur ficasse com a exata mesma quantidade de HP que ele: 1.
E finalizou atacando com prioridade!
Eu juro que naquele momento eu só queria enfiar a minha cabeça num buraco e de lá, nunca mais tirar!
Furipe foi o próximo. Ele percebeu que eu estava fervilhando em um misto de vergonha e raiva, e fez o resto do trabalho que o pobre Saur não conseguiu concluir.
Qual não foi a minha surpresa quando o Pokémon que A.J. enviou era da mesma espécie que o meu só que... ROSA!!!
E a ordinária da Butterfree cor-de-rosa era fêmea. Sua estratégia era fazer com que o meu Butterfree macho se apaixonasse com a Atração.
Bastou um olhar daquela súcubo para que meu Furipe ficasse perdidinho por ela!
E não deu outra!
Com uma sequência de superefetivos, ela tirou o póbi iludido da partida!
Só me sobrou um Pokémon, e era o cara certo para combater um tipo voador...
Pika saiu bombando!
Com uma sequência de ofensivas perfeitas, ele derrubou a Butterfree cor-de-rosa dos ares.
Eu não sabia, no entanto, mas eu acabei dando ideia para A.J. ao fazê-lo. Parece que aquela Butterfree de coloração especial também sabia derrubar oponentes, e ela nem precisava se aproximar muito para isso. Bastou fixar seus olhos em Pikachu e...
...BLAM!
Ela o prensou contra o solo, duplicando, triplicando, quadruplicando, QUINTUPLICANDO o peso da gravidade sobre ele!
Pobre Pika.
Nesse momento, eu temi. De verdade.
Achei que sujaria as calças, mas Pikachu era meu melhor Pokémon (além do Saur, é claro). Seu nível era excepcionalmente alto e ele não se deixaria abater por uma técnica tão simples quanto a Confusão.
Ele usou todas as suas forças para se reerguer e, de fato, conseguiu!
Mas assim que levantou a cabeça, ele começou a cambalear!
Oh, não! Por que as coisas não poderiam ser fáceis para mim?
Butterfree então se reergueu e tomou os céus, espalhando seus Esporos Atordoantes por onde passava.
Se aquilo acertasse, esse seria o nosso fim!
Mas eu não poderia desistir. Pedi então que Pikachu usasse um tática defensiva.
E mesmo confuso, ele conseguiu!
Isso foi o suficiente para evitar o ataque da Butterfree Rosa uma...
...duas...
...três vezes!!!
Mas em compensação, Pikachu atacava a si próprio toda vez que tentava realizar uma ofensiva, e isso o estava matando!
Todavia, nós não poderíamos ficar parados... Diante da falha de Butterfree em paralisar Pika, A.J. decidiu trocar para uma tática mais direta e colocou Butterfree para atacar, combinando dois de seus melhores ataques para gerar uma ventania ainda mais forte.
Pika e eu apenas trocamos olhares de desespero e, no último segundo, antes que aquela Lufada de Vento do varresse de uma vez por todas da batalha...
Deu certo!
Pika eletrocutou as asas membranosas da "livre de margarina", paralisando-a. Isso além de causar danos massivos, também a impediu de voar. Então, Pikachu sacudiu as orelhas e de repente estava livre da confusão!
Com mais um Canhão de Zap, então, a batalha foi encerrada e a Butterfree cor-de-rosa passou a ser uma mera lembrança dos espectadores!
Mas o meu medo só piorou quando A.J. revelou seu último Pokémon!
O Terror dos Pokémon Elétricos, o Tipo Terrestre!
Sandslash não apenas era um Pokémon bom ofensivamente, como também de forma defensiva, já que seus espinhos não permitiriam que Pikachu se aproximasse de forma decente. Pika até poderia não estar mais confuso, mas os danos que ele mesmo infligiu a si próprio foram muitos, e ele estava cansado.
Foi então que A.J. retirou de sua mochila um item que me deixou chocado.
Como podia a Liga Pokémon permitir que um treinador carregasse um instrumento de tortura como aquele? Só podia ser mais uma das influências negativas que a Equipe Rocket deixou no país... Mas então eu entendi. As chicotadas que A.J. dava não atingiam Sandslash diretamente, mas indicavam ao Pokémon espinhudo qual direção ele devia seguir e com qual ritmo ele deveria rolar...
Afinal, enquanto rolava, ele não podia contar com o sentido da visão, já que sua cabeça estava girando. Uma estratégia eficiente que fez com que Sanslash se grudasse contra Pikachu numa investida que desafiava os limites da Física. Mas eu fui mais rápido e ordenei que Pika erguesse uma barreira com o Refletir.
Metade do dano foi evitada, mas a outra metade foi suficiente para levar o HP de meu Pokémon ao vermelho. Mais um ataque de A.J. e estaríamos fora.
Eu sabia que eu perderia. Não havia mais o que fazer... A não ser...
A não ser que outro Pokémon pudesse assumir o lugar de Pika em batalha! Sim! ERA ISSO! Abri minha mochila e, aproveitando que era possível o uso de itens durante as batalhas da Liga, saquei um Reviver Máximo, o qual direcionei para uma pokébola específica...
Mas nesse meio tempo em que tirei os olhos de Pikachu...
Sandslash macetou, provocando um abalo sísmico em pleno campo de batalhas...
...que o levou ao fim inevitável!
Pobre Pika! Eu jamais me esquecerei do sacrifício que você fez em nome do nosso time...
Quando Poli surgiu de sua pokébola mais uma vez, completamente recuperado, os olhos de A.J. se tornaram amplos!
Mas a substituição de Pokémon também abriu brecha para que Sandslash atacasse mais uma vez! E com um ataque do Tipo Venenoso, algo que eu não esperava vindo de um Pokémon Terrestre!
Poli sentiu cada um daqueles espinhos penetrando a fina pele de sua barriga (tão fina que dava para ver os órgãos debaixo dela), e injetando veneno sob ela. Eu consigo imaginar como isso deve ser... E só de pensar, eu já passo mal!
Mas Poliwrath não ficou envenenado, por pura sorte, o que permitiu que continuássemos batalhando sem maiores empecilhos.
Poli espirrou sua Hidro Bomba, mas A.J. estava preparado. Ele ordenou que Sandslash girasse rapidamente no mesmo lugar, utilizando-se do próprio campo de batalhas como recurso, como uma Tempestade de Areia improvisada, e deixou que toda aquela terra absorvesse a água, saindo sequinho do ataque!
Logo na sequência, o Pokémon que havia aniquilado Pikachu atacou com precisão. Nisso, a plateia já estava indo à loucura!
Eu conseguia escutar uma multidão gritando o nome do A.J. e ninguém gritava o meu. Aquilo começou a me dar uma aflição. Eu estava suando frio, e sabia que Poli tinha a vantagem, mas mesmo assim... Eu estava começando a perder a confiança. Em mim e no meu Pokémon.
Poliwrath avançou com a Submissão, mas é aquilo, não é? Se a precisão de um ataque não é 100%, é de 50%...
A arremetida foi um fiasco.
Sandslash riu da nossa cara e A.J., ovacionado pela plateia, acenou para seus fãs, como quem se gaba por estar vencendo. Aquilo me atingiu de uma forma que eu não estava calculando... Não estava mesmo!
Olhei para meus pés e vi minhas pernas tremerem. Será que as câmeras estavam pegando isso?
Nisso, Poliwrath foi arremessado contra a parede! Mais um golpe bem sucedido de nosso adversário!
Por que aquilo estava acontecendo?!
Ordenei que Poli focasse em seus ataques de gelo, mas infelizmente, eu demorei demais para dar o comando...
Sandslash conseguiu atingi-lo girando como uma broca antes que o Raio Congelante ficasse pronto.
E foi quando eu levei uma surra.
Literalmente.
Poliwrath deu um soco em minha bochecha, e eu caí duro no chão. Cuspi sangue.
O olhar de Poli era de desprezo. Um olhar que me alertava de que eu estava falhando com ele. Um olhar que me dizia que ele não havia sido "revivido" para perder de novo...
Então eu assenti. Poli estava certo.
Ergui a cabeça, ajeitei o boné e com as mãos, limpei o sangue que escorria pelo meu queixo. Eu não deixaria aquilo acontecer novamente. Ordenei um ataque de gelo novamente...
E em instantes, Sandslash era um picolé. Com um punho cerrado, então, Poli finalizou, quebrando aquele bloco em milhares de pedacinhos, de uma só vez...
O Top 16 era meu. Os torcedores de A.J. murcharam na plateia e finalmente eu comecei a escutar pessoas gritando o meu nome. Aquilo foi um alívio.
Suspirei, cumprimentei A.J., que mantinha o sorriso no rosto. Ele era legal, até. Eu admito.
Então, deixei o palco em direção ao banheiro. Mais um pouquinho e eu teria me mijado nas calças.
TOP 8 - VS Macey
A luz do sol batia no campo de batalha queimando. O Raio Solar não precisaria de tempo para carregar, logo pensei, assim que pisei do lado vermelho da arena.
E do outro lado, ela já estava lá – Macey, com aquele sorriso de quem achava que o mundo girava em torno dos Pokémon de Tipo Fogo. Eu conhecia o tipinho dela... Treinadora barulhenta, do tipo que fala mais do que luta, e que não sabia quando calar a boca... (Segundo a Yellow, parecia eu! Sem graça...)
Macey havia me encarado antes da batalha, com uns olhos que tentavam dizer algo, algo que eu não queria admitir na época, mas aquela garota estava gamadinha em mim... Eu só eu ignorei.... Não estava ali para conversa fiada. Muito menos para namoro. Eu era homem de uma mulher só! E essa mulher era Yellow!
O juiz levantou a bandeira.
Ela foi a primeira a agir, claro. Sempre tinha que ser ela a dar o primeiro passo, como se isso provasse alguma coisa. A Pokébola abriu em um clarão, e o Pokémon mais lento que eu já vi escorregou de forma veloz para o campo, chamando a atenção de todos!
Eu não perdi tempo. Krabby surgiu com um estalo de suas pinças.
Ela não hesitou. O Magcargo avançou. Por suposto, ele deveria vir se arrastando com uma lentidão notória, mas dessa vez, Magcargo se movia rapidamente. Era como se ele estivesse derretendo o chão por onde passava, deixando um rastro de lava líquida que facilitava sua locomoção, transportando-o com a força do empuxo da mesma forma que a água leva o peixe.
Krabby se moveu para o lado, evitando o que poderia ter sido um ataque devastador, mas não rápido o bastante – o chão onde ele estivera segundos antes derreteu, ficando negro e fumegante. Eu senti os dentes cerrarem. Ela estava jogando sujo, usando o ambiente. Mas não sujo o suficiente para a Liga Pokémon desconsiderar. Pelo contrário, o narrador da partida estava AMANDO!
Na Batalha contra Mandi, Krabby tinha a vantagem por estar nadando, mas eu tenho certeza de ele só é capaz de fazer isso na água, e não na lava! Então decidimos que precisávamos acabar com aquilo o mais rápido o possível, e Krab pôs-se a afiar suas pinças...
Ele então investiu contra o combatente de Macey, as garras batendo no casco do Magcargo com um som metálico. O Pokémon de fogo recuou, mas não caiu.
Em vez disso, ele respondeu com um jorro de calor que fez o ar tremer.
Krabby pulou para trás, mas não conseguiu evitar completamente – uma das garras ficou vermelha, quase carbonizada.
Magcargo vinha com um golpe de Pedra quando eu recallei Krab. Não valia a pena arriscar.

Poli entrou no campo, e eu vi o olhar de Macey mudar. Magcargo tentou outra investida, mas Poliwrath foi mais rápido – um soco certeiro, seguido de um movimento giratório que arremessou o Pokémon de fogo para longe...
Magcargo bateu no chão e não se levantou.
Macey não pareceu abalada. Ela apenas sorriu, como se estivesse esperando por isso.
Ursaring veio em seguida, rugindo. Aquele urso era pura força bruta, e Poliwrath sabia que não podia enfrentá-lo de frente. Eles trocaram golpes, Ursaring ampliando sua força física e em seguida esmagando o chão com brutalidade, Poliwrath desviando e contra-atacando onde podia.
Mais uma pancada e foi o suficiente – Poliwrath voou para trás, atordoado. Caiu no chão sem possibilidade de retorno à partida...
Procurei inovar e trouxe Krabby de novo. Talvez ele pudesse usar suas pinças para se prender a Ursaring e provocar coceiras, como uma pulga. Ou talvez, pela enorme diferença de tamanho, fosse mais fácil para Krab se esquivar das ofensivas do urso, foi o que pensei.
Após mais um aumento significativo de poder, o Retorno de Krab deu a Ursaring um prova do que o meu amor como treinador Pokémon é capaz!
Mas o ursão tinha subsídios para nos derrubar...
Mandei Lax pro campo. Agora era urso x urso!
Ursaring estava recarregando, então Snorlax aproveitou para socar ele.
Só assim para ele conseguir ser mais rápido que qualquer oponente... Mas Ursaring se recuperou rápido. Ele mandou uma Explosão Focalizada a qual Lax se esquivou com maestria, na pontinha dos pés!
Tentamos então colocá-lo para hibernar...
...mas assim como um podia desviar de uma esfera de energia, o outro podia se esquivar de bolhas hipnotizantes.
Então Ursaring veio com o Braço Martelo...
E no perigo de manter ele em campo contra tantos ataques de Tipo Lutador, eu troquei Lax por Gyara, que recebeu o ataque numa boa.
O monstro aquático emergiu com um rugido que fez o estádio tremer. Ursaring hesitou por um segundo debaixo de seus olhos, mas Macey não recuou.
Ela gritou algo, e Ursaring avançou, ignorando o medo. Mas Gyarados respondeu com um jato de plasma que atingiu o urso em cheio, jogando-o contra a barreira do campo.
Ursaring tentou se levantar, mas Gyarados não deu chance – uma chicotada de cauda, e ele estava fora.
Ela não parecia frustrada. Apenas calculista.
Electabuzz entrou no campo, e eu sabia o que vinha por aí. Gyarados era forte, mas a eletricidade era sua ruína. Antes que eu pudesse substituí-lo, Electabuzz já havia agido – um pulo rápido, e um choque que fez Gyarados berrar antes de cair.
Mandar um Fóssil-vivo foi minha resposta.
O Pokémon ancestral das aves mergulhou do céu como um meteoro, suas asas cortando o ar com um assobio agudo.
Electabuzz tentou se defender, mas Aero era rápido demais – uma investida, depois outra, e Electabuzz mal conseguia acompanhar. E então, ele recuou. Macey o chamou de volta, substituindo por... um ALIEN?!
Macey estava jogando com substituições, trocando quando necessário.
Aerodactyl tentou agarrar e estrela esquisitona, mas Starmie era ágil – um disparo de Hidro Bomba, e Aerodactyl cambaleou.
Eu respirei fundo.
Snorlax entrou com seu passo pesado.
Starmie girou velozmente no ar e quicou contra a barriga molenga do ursão. O dano foi pouco, mas Lax começou a se coçar, perdendo a atenção. Aquelas pontas roxas devem ter feito cócegas.
Em seu lugar, Electabuzz novamente.
Snorlax avançou e tirou danos do Tipo Elétrico...
Mas então, num Ataque Rápido surpresa, Electabuzz agarrou Snorlax no ar, descarregando tudo nele com um acerto crítico. Os dois caíram juntos, mas Electabuzz caiu por cima da cabeça de Lax, e seu corpo robusto a esmagou, intensificando o dano...
Lax não se levantou mais.
Eu estava ficando sem opções. Os Pokémon de Macey eram fortes, seu nível estava acima dos meus.
Saur foi meu último recurso.
Starmie abalou as estruturas de Saur com um Psíquico ao substituir Electabuzz em campo pela segunda vez.
Macey sorriu, como se já tivesse ganho. Mas quem estava em vantagem era eu... Bastou uma Planta Mortal para quebrar o núcleo cristalino de Starmie, levando-a a nocaute...
Isso consumiu toda a energia de Starmie. Então Macey trouxe seu Pokémon anterior de volta ao campo...
Venusaur estava visivelmente cansado, necessitando de tempo para recarregar as energias. Macey aproveitou esse tempo para atingir Saur com dois ataques consecutivos.
Mas Saur era o meu Pokémon Inicial, que eu havia pego no Laboratório do Professor Carvalho. Nenhum outro Pokémon estava há tanto tempo comigo quanto ele...
Utilizamos uma técnica nova para drenar a energia do oponente e utilizá-la como combustível...
Electabuzz deitou.
O campo ficou quente e o ar pesado, abafado... Mas Saur não recuou! Ele avançou, suas raízes se esticando, agarrando Ninetales antes que ela pudesse reagir. Um puxão, e Ninetales foi arremessada contra o chão...
Mas ela devolveu com tudo! Nunca vi um Pokémon tão bravo, a fúria dela era maior que a do Gyara!
A Chama Furacão deixou Saur preso em um Redemoinho, que volta e meia retornava do além para nos atormentar.
Mas mesmo ferido, ele ergueu a cabeça e, para ficarmos quites, deixou Ninetales presa entre as raízes.
Ninetales tentou escapar, mas não conseguiu. E enquanto Venusaur recarregava, Macey a chamou de volta para a pokébola, mandando seu último Pokémon para o campo.
Typhlosion era forte. Eu sabia disso pois conhecia um muito bem treinado por um amigo querido...
Resumo: Lava eruptiu para todos os lados, e Venusaur foi feito de churrasquinho... Mas nós ainda tínhamos como nos recuperar.
Typhlosion rugiu e tentou uma segunda investida, pensando que Saur já havia sido enfraquecido o bastante para ir a nocaute...
Macey foi rápida e o chamou de volta à pokébola. Colocou Ninetales de volta em seu lugar.
Mas desta vez, nós fomos mais rápidos...
Quando Ninetales atacou, Venusaur continuou controlando suas vinhas para formar uma barreira, bloqueando completamente o que teria sido um superefetivo. E enquanto recarregava, formou uma parede de raízes em torno de seu corpo, protegendo-se...
Ninetales tentou penetrar a barreira, mas foi em vão.
Quando Saur finalmente estava recuperado, ele drenou o restante da energia vital da oponente...
...forçando Macey a trazer Typhlosion de volta.
O último Pokémon dela. O mais forte.
Typhlosion rugiu, as chamas ao redor de seu pescoço explodindo para todos os lados. Saur estava ferido, cansado, mas não quebrado. Ele enfrentou o fogo de frente...
Saur aproveitou seu próximo ataque para absorver mais um pouquinho de energia e se recuperar...
Typhlosion, porém, não iria deixar barato e usou do sol escaldante que banhava o campo para cuspir as maiores chamas que o Platô Índigo já viu!
Macey se gabou dos Pokémon de Fogo, dizendo que eles eram os melhores, mas eu não dei bola. Não dei porque eu ainda tinha um truque na manga. Pedi que Saur usasse o seu peso a seu favor e saltasse várias vezes no mesmo lugar enquanto soltava o Terremoto...
Como o chão da arena já havia sido dividido em vários blocos devido aos vários surgimento das raízes do Planta Mortal, o terreno já estava todo acidentado, e isso fez com que vários torrões fossem arremessados, atingindo Typhlosion num superefetivo crítico e deixando ele em apuros!
Macey se desestabilizou pela primeira vez em toda a partida. E num acesso de fúria, ordenou o ataque final! Ela queria MUITO vencer...
Mas as técnicas de Typhlosion eram repetitivas... Três movimentos de Fogo e um de Tipo Normal. E só. Saur esperou, firme. No último segundo, ele se moveu – não para o lado, mas para frente, adentrando as chamas com coragem enquanto absorvia a energia ao seu redor para se curar!
E eles colidiram...
Quando a poeira baixou, apenas um Pokémon ainda estava de pé.
Saur. Ele estava todo envolto coberto de terra, e isso lhe serviu tanto de escudo quanto lança.
Macey olhou para o campo, depois para mim. Ela não parecia mais brava. Apenas... aceitando. Mas foi aí que eu me dei por conta que ela só não havia ficado furiosa porque...
Bem, ela queria SAIR comigo!
Acreditem se quiser, a menina pediu o meu número, em rede nacional!
Ainda bem que o árbitro interviu, dizendo que informações particulares não podiam ser transmitidas. Macey murchou e eu suspirei aliviado.
Rezei para que eu não trombasse com essa pirralha chata nos bastidores, e me fui para os fundos me preparar...
Ainda havia mais batalhas pela frente.
TOP 4 (SEMIFINAIS) - VS Giselle
O sol continuava alto quando entrei no campo.
O estádio vibrava com o barulho da multidão, mas tudo que eu conseguia ver era ela do outro lado – Giselle, com seu uniforme super curto e provocante da Pokémon Tech, os olhos estreitos como se já estivesse calculando cada movimento que eu faria antes mesmo da batalha começar...
Ela segurava a Pokébola com quem segura uma faca. Eu conhecia o tipo... Riquinha metida a gênio, achando que livros e fórmulas podiam substituir a experiência real de uma batalha.
Ela tinha aquela postura de quem nunca tinha levado um golpe de verdade na vida, de quem acreditava que números venciam batalhas. Tanto que ela calculava DE CABEÇA os pontos de dano que seus Pokémon causavam e recebiam... Isso era, sem brincadeira nenhuma, UM SACO!!
Ela fazia parte daquela escola que ficava entre Cerulean e Vermilion, a Pokémon Tech. Lá, apenas os metidinhos a besta, que se escoram nas costas dos pais e que não têm o desejo de viajar pela Região, em busca das 8 insígnias, frequentavam.
Ouvi dizer que os estudantes de lá eram organizados em "classes"...
A Classe Iniciante possui as qualificações de um Treinador com 2 Insígnias;
A Classe Intermediária possui as qualificações de um Treinador com 4;
E a Classe Avançada possui as qualificações de um Treinador com 6.
Após a graduação na Pokémon Tech, o aluno recebe um diploma e se classifica automaticamente para a Conferência da Liga Índigo. E é claro que a Giselle, no alto do seu nariz empinado, havia se graduado com as maiores notas...
Que garota abusada... Ela agia como se o mundo girasse em torno do próprio "imbigo".
— O juiz ergueu a bandeira! —
BATTLE START!
E ela agiu primeiro, é claro.
Rapidash surgiu em um clarão de fogo, seus cascos batendo no chão com um som que ecoou pelo estádio. O Pokémon relinchou, as chamas da crina dançando como se já estivessem comemorando a vitória.
Eu não dei a ela o prazer de hesitar.
Aero rasgou o céu com um grito agudo, mergulhando em direção a Rapidash antes que ela pudesse reagir.
As presas do Pokémon antigo arranharam o flanco do cavalo de fogo, deixando marcas vermelhas na pelagem dourada.
Rapidash recuou, mas não caiu – em vez disso, girou no lugar, as patas traseiras chutando o ar em um movimento que atingiu Aero no peito!
Enquanto isso... Giselle estava (LI-TE-RAL-MEN-TE) calculando!! Eu via nos olhos dela. Cada ferimento, cada movimento, tudo era registrado naquela mente metódica. E ela murmurava baixinho as contas que fazia de cabeça... Estava tentando precisar quantos pontos de vida Rapidash precisaria para derrotar Aerodactyl depois daquele coice e qual ataque chegaria mais próximo desse dano.
Foi o suficiente.
Uma investida certeira, e Rapidash caiu de lado, as patas tremendo antes de finalmente ficar imóvel.
Giselle a chamou de volta queimando de raiva, os lábios apertados. Ela não gostava de perder, mesmo que fosse só o primeiro round.
Ampharos tomou o lugar, a cauda brilhando mais que o farol de Olivine City. Aero ainda estava no ar, mas eu sabia que não duraria muito mais...
Dito e feito! Ampharos saltou e sentou-se nas costas de Aero, pesando-o e derrubando-o. Com o Pokémon voador completamente desestabilizado no solo, bastou um ataque nas costas para levá-lo a nocaute...
Pika então saltou para o campo, os olhos estreitos, os pelos arrepiados.
Giselle sorriu, como se tivesse previsto isso. Eu não duvido... Ela deve ter stalkeado meu perfil de competidor no site oficial da Liga Pokémon, mas eu não ligava. Ela podia fazer um milhão de previsões, mas isso aqui era mais avançado que um jogo de xadrez... Havia um ZILHÃO de combinações possíveis! Ela jamais poderia prever todas elas...
Pikachu respondeu com um salto rápido, descarregando tudo de uma vez. Ampharos levou o choque de frente, o corpo tremendo, mas não caiu.
Ela continuava contando. Cada ataque, cada dano. Aquilo estava me dando nos nervos...
Ampharos contra-atacou, um pulso de energia que atingiu Pikachu no ar, arremessando-o para trás. Ele caiu de lado, ofegante, mas se levantou antes que o juiz pudesse decretar derrota.
Eu não chamei Pika de volta. Pikachu não desistiria, de qualquer modo.
Ele ergueu uma barreira física e então correu de novo, desta vez mais rápido, girando no ar antes de liberar outra descarga.
Desta vez, Ampharos não aguentou. O Pokémon elétrico caiu de costas, a luz da cauda apagando lentamente.
Giselle não parecia surpresa. Apenas… recalculando.
A outra evolução do Gloom apareceu logo em seguida, as pétalas se abrindo como um leque colorido.
Pikachu ainda estava ofegante, então pedi que ele se multiplicasse, para que fosse capaz de evitar um ataque direto... Que engano o meu!
Bellossom dançou, um movimento hipnótico que fez o ar ao redor vibrar... Pikachu tentou resistir, mas não conseguiu, os olhos pesando por um segundo – foi o suficiente. A dançarina de hula avançou, um golpe certeiro que mandou Pikachu rolando pelo chão.
Desta vez, ele não se levantou.

Butterfree entrou no campo, as asas batendo rápido, criando uma brisa que fez as pétalas de Bellossom se agitarem. Giselle observou, os dedos tamborilando no braço como se estivesse resolvendo uma equação em sua mente perturbada.
Furipe não deu tempo. Com um chacoalhar de suas antenas, soltou um raio multicolorido que atingiu Bellossom com tudo...
O Pokémon dançante tentou continuar, mas sua dança começou a ficar fora de compasso... Estava confusa! Furipe aproveitou, batendo as asas com força, criando mais um vendaval que levantou Bellossom do chão e a jogou contra a barreira.
Bellossom ergueu a barreira e tentou derreter (literalmente) as asas de Furipe com Ácido. Mas nós voamos alto o suficiente para que ela não alcançasse.
Então descemos com tudo, atingindo com uma cadeia de lâminas de ar.
Giselle chamou Bellossom de volta antes que ela batesse a cabeça no chão. Era isso... 3 dos 6 Pokémon dela já haviam sido eliminados! Giselle já estava suando de nervosa!
Golem rolou para o campo, a rocha rangendo com o peso. Furipe voou mais alto, mas Golem não precisava alcançá-lo – uma sacudida violenta, e pedras afiadas foram lançadas como projéteis.
Furipe tentou desviar, mas uma delas acertou em cheio, cortando uma das asas. Ele caiu em espiral, batendo no chão com um baque surdo.
Saur foi minha resposta.
Golem rugiu, as mãos batendo no peito como um desafio. Saur não se intimidou. As raízes se esticaram, envolvendo Golem antes que ele pudesse dizer "ai".
Um puxão, e o Pokémon rochoso foi derrubado, mas não por muito tempo. Ele se libertou com um movimento brusco, lascas de pedra voando em todas as direções (inclusive contra Saur e eu!).
Logo na sequência, o Pokémon Mineral surpreendeu...
E enquanto Saur recarregava, foi consumido até o limite, tornando-se agora uma presa extremamente fácil...
Mas ele não recuou. Suas folhas voaram, atingindo Golem no centro do corpo.
Foi HIPER efetivo!
A rocha rachou, lascas se soltando, mas Golem ainda estava de pé...
Embora visivelmente FU*$%#!
Dei uma Poção Máxima para Venusaur e Graças a Groudon... Tomei essa decisão no momento certo!
Isso porque em um último esforço, Golem avançou, os braços levantados para um golpe final e explodiu em milhares de pedacinhos!
Um golpe totalmente destrutivo, com 250 pontos de base power, como fez questão de lembrar Giselle.
Azumarill surgiu em seguida. Ele lembrava um Pikachu, só que inchado. Saur estava cansado, mas mesmo quase no finzinho, ele ainda podia virar o jogo.
Recuperamos um pouco de vida sugando a alma do Azumarill e logo em seguida ele pulou, o corpo girando no ar antes de mergulhar em direção a Saur com um impacto que fez o chão tremer.
Pensei que aquele seria o fim, mas Saur deu a evasiva no último instante. O rosto de Giselle branqueou! Ela murmurou para si mesma: "75% de chances de precisão... Ainda haviam 25% de chances de falha! Burra! Burra! Como eu sou BURRA!"
Então, Saur arremessou Azumarill para longe!
Giselle estava recalculando de novo. Eu via a mente dela trabalhando, os números se acumulando. Ela disse que não tinha como Venusaur resistir ao próximo golpe de Azumarill... Que era matematicamente impossível!
De fato, aquele Raio Congelante era mesmo preocupante, mas Saur resistiu, ficando no limite!
Azumarill atacou novamente, por instinto, mas não foi rápido o bastante.
O "Pikablu" evoluído tentou bloquear, mas as folhas a atingiram em cheio, deixando marcas vermelhas na pele azul. Ele caiu, os olhos girando.
Giselle gritou que era IMPOSSÍVEL. Eu sorri e provoquei "Não é?".
Ela estava começando a perder a compostura... Azumarill agiu por impulso, ela não deu aquele último comando! Aquilo não havia como prever... Não havia como calcular... Giselle estava simplesmente surtando!
Marowak foi o último.
O Pokémon segurava seu osso com uma firmeza que quase parecia desafiadora. Saur respirou fundo, mas eu sabia que ele não aguentaria mais.
Uma Giselle furiosa usou então um golpe de gelo para finalizar, mas ela não precisava ter sido tão cruel. Qualquer baquezinho daquele osso já seria o suficiente para derrotar Venusaur... Mas ela preferiu MASSACRAR, só porque estava com raivinha!
Kenya tomou o lugar, as asas abertas, o bico afiado pronto para a luta.
Marowak não esperou. Ele girou o osso no ar antes de avançar, os movimentos precisos, calculados.
Fearow voou para o lado, evitando o primeiro golpe, mas Marowak foi im-pla-cá-vel! Um salto e o osso girou no ar, atingindo Fearow na asa, fazendo-a gritar.
Ela não caiu. Em vez disso, mergulhou em um movimento rápido, o bico atingindo Marowak no ombro. O Pokémon tropeçou, mas recuperou o equilíbrio quase imediatamente.
Giselle estava contando os golpes. Sempre contando. Disse que mais um seria o suficiente para vencer. Mas eu estava ali para discordar... Ordenei que Fearow sobrevoasse o campo em círculos e se esquivasse de qualquer ataque que Marowak tentasse lançar. Mesmo o seu Ossomerangue, que praticamente voava, não foi o suficiente para atingi-la. Marowak até podia ter certa habilidade para arremessá-lo, mas era só isso. Alguns segundos depois a gravidade o atraía de volta ao solo.
Bastava agora que atacássemos de longe, e assim o fizemos.
Marowak tombou, mas ainda não estava derrotado. Giselle começou a puxar os próprios cabelos, tentando precisar quanta energia ainda restava ao lagarto cabeçudo.
Ele saltou o mais alto que pôde e atacou com o osso no momento de recarga.
Kenya, que teoricamente era IMUNE a golpes Terrestres, foi afetada. Isso não estava nos cálculos, mas Giselle curtiu a ideia. Claro! Quando isso beneficiava...
Mas Kenya não deu chance. Assim que se recuperou do uso do Hiper Raio, voltou a se movimentar em círculos, dificultando para Marowak novamente.
Dessa vez, ela deu outro mergulho, desta vez mais rápido, as asas metálicas dando com tudo no braço que segurava o osso.
Marowak soltou o osso por um segundo – foi o suficiente. Fearow agarrou-o no ar e arremessou para longe.
Marowak ficou parado por um momento, como se não acreditasse no que acontecera... Aquilo não estava descrito em teoria alguma! Giselle ficou imóvel, sem saber o que fazer! Ela jamais viu nada assim nos livros...
Kenya não esperou. Um último golpe e...
Giselle ficou imóvel por um segundo. Os números na cabeça dela não batiam mais.
Ela perdeu.
Em desespero, ela arrancou um punhado do próprio cabeço e correu desesperada para seu Pokémon, abraçando Marowak. Fui até ela e gentilmente ofereci a mão. Ela se levantou e, com um olhar choroso, me desejou boa sorte nas finais.
É mesmo. Eu havia me esquecido.
Havia SÓ MAIS UM passo...
A FINAL - VS Harrison
O estádio estava em silêncio.
Não o tipo de silêncio que vem antes de uma tempestade, nem o que paira sobre um cemitério. Era o silêncio pesado de milhares de pessoas segurando a respiração ao mesmo tempo, de corações batendo em uníssono, de olhos fixos no campo onde eu e ele estávamos.
Harrison da Cidade Littleroot e pupilo do Professor Birch. Estava tentando completar a pokédex para o Professor de lá, enquanto eu tentava mesmo com o velho Carvalho de cá...
Éramos parecidos. Mas nem tanto. Harrison era mais velho. Sábio. Legal. E tinha um perfume que dava para sentir do outro lado do estádio. Não vou negar. Isso me intimidava. (E me dava um pouco de ciúmes também, mas eu nunca disse isso!)
Ele não se comportava como os outros. Não havia arrogância na sua postura, nenhum sorriso de superioridade. Apenas uma calma estranha, como se já tivesse tido tanta experiência, que isso lhe dava confiança. Seus olhos eram os de quem já tinha visto derrota antes e não tinha medo dela.
O juiz ergueu a bandeira. Fui o primeiro a arremessar a pokébola...
Harrison veio logo em seguida, trazendo uma criatura peculiar que eu muito pouco conhecia...
Os Pokémon Nativos de Hoenn eram mesmo muito estranhos... A ansiedade era tanta que meu coração parecia que ia sair pela boca. Eu não esperei que ele desse o primeiro movimento, ataquei logo de uma vez, e Kecleon não ficou para trás...
A cada investida de Furipe, Harrison ordenava um contra-ataque. Estávamos nitidamente testando a força um do outro e não fizemos questão de esconder isso...
Furipe parecia cansado depois de tanto trocar golpes com Kecleon. O Choque do Trovão era o que mais me deixava preocupado, mas até agora estávamos indo bem. Ordenei que Butterfree atirasse suas rajadas de radiação...
Mas o nosso adversário era bom, devo admitir. Utilizando o mesmo ataque, ele bloqueou o nosso.
Os respingos feriram ambos os Pokémon, mas não muito.
Harrison sorriu, e eu fiquei analisando sua expressão, tentando entendê-la. Eu desviei os olhos do campo por dois segundos e quando voltei a atenção para a batalha... Kecleon havia SUMIDO!
Meu oponente se deu ao trabalho de explicar o que havia acontecido, e que aquilo era parte de uma habilidade especial do Kecleon. Então era verdade... Os treinadores de Hoenn realmente são entendidos do assunto habilidade. Uma pena que essa febre só tenha chegado muito recentemente a Kanto.
Mas eu sabia o que vinha a seguir...
Kecleon não desapareceu de fato. Ele certamente não era um fantasma e também não fazia mágica – ele simplesmente se misturou, tornando-se um com o ambiente. Butterfree girou no ar, tentando localizá-lo, mas não havia nada para ver...
Até que o golpe veio!
Uma pancada seca nas costas, e Butterfree caiu alguns centímetros no ar antes de se recuperar. Kecleon apareceu por um instante, apenas o suficiente para eu ver o sorriso dele, antes de sumir novamente.
Butterfree não esperou por outra surpresa. Pedi que batesse as asas com força e espalhasse suas escamas por todo o campo, cobrindo o chão, o ar, tudo. A Pokédex dizia que suas asas batem tão rapidamente que acabam deixando um rastro de poeira tóxica pelo ar. O meu objetivo, porém, não era intoxicar meu oponente. Se funcionasse, beleza! Mas este não era o foco...
Kecleon tentou se mover, mas agora havia um rastro – manchas douradas flutuando onde ele passava, marcando seus passos invisíveis.
Foi o suficiente.
Butterfree detectou e obliterou. Kecleon tentou desviar (dava para ver pelas marcas no chão), mas o tiro foi certeiro. O impacto foi rápido – um baque surdo, e Kecleon rolou pelo chão, visível novamente, os olhos girando.
A primeira vitória foi minha, mas aquilo foi uma pura questão de sorte...
Se Harrison realmente quisesse, ele teria nos destruído com o Choque do Trovão. Mas ele estava tentando entender como eu pensava, me observando lutar, e saber disso me deixava nervoso...
O próximo Pokémon foi mandado.
Butterfree tentou subir, mas Sneasel foi mais rápido – um salto, um corte preciso, e as asas de Butterfree se dobraram.
Chamei Furipe para seu merecido descanso e mandei Aero logo em seguida.
Sneasel não recuou. Os dois se enfrentaram no centro do campo, mas atingir Sneasel parecia uma missão impossível!
Foi uma dança mortal. E IRRITANTE!
Sneasel então saltou, as garras raspando o peito de Aerodactyl, deixando marcas vermelhas.
Aero respondeu com um movimento brusco, as garras agarrando Sneasel no ar e arremessando-o contra o chão. Sneasel se levantou imediatamente, mas agora mancava.
Harrison não parecia preocupado. Apenas observava, calculando.
Aero mergulhou novamente, mas desta vez Sneasel estava pronto. Um salto para o lado, uma contra-ataque rápido, e Aero caiu de lado, as asas tremendo.
"Você ataca sem pensar, Red!" Disse-me Harrison. De novo esse papinho. Ele não era a primeira pessoa que me falava isso... E certamente não foi a última.
Eu não entendia essa afirmação.
Com raiva, mandei Kenya em substituição.
Sneasel tentou repetir a estratégia, mas Fearow era diferente – mais imprevisível. Kenya subiu aos céus, longe do alcance do Raio Congelante de Sneasel.
Harrison então chamou Sneasel de volta e trouxe ao campo... Mais um Pokémon de Hoenn!!!
Aquele era o seu Inicial, então eu sabia que contra Blaziken eu não podia brincar. Era o Pokémon mais experiente do time de Harrison. E não pude mesmo! Blaziken usou seu Direto Celeste para atingir Kenya no alto, movendo-se como um raio com suas pernas que lhe permitiam saltar até lá.
Com isso, Voar falhou. Ordenei que Kenya desse tudo de si. E assim, ela o fez. Mas esse foi o nosso erro.
Blaziken tomou todo o dano do Hiper Raio para si e aguentou! Mas Kenya, por outro lado, agora não podia se mover...
Bastou que Harrison chamasse Blaziken de volta e trocasse novamente por Sneasel. Então era isso o que Harrison queria dizer com "pensar" antes de atacar? Usar substituições para pegar seu oponente desprevenido? Pois pode deixar, senhor Harrison! Eu anotei essa dica no meu caderninho...
E já eras... Perdi meu terceiro Pokémon em um piscar de olhos, e Harrison ainda tinha cinco!!!
Macey, na plateia, estava chateadíssima ao me ver perdendo...
Um pokédóf1l0 tomou o lugar de Sneasel.
Pika ergueu uma barreira e então...
Eu chamei ele de volta.
Gyara rugiu e Hypno hesitou por um segundo. Eu também sabia lidar com habilidades.
Quando eu percebi os olhos de Gyarados seguindo o movimento hipnótico do pêndulo de Hypno, porém, era tarde demais! Eu quase gritei para ele parar, mas já não tinha o que fazer!
Gyarados caiu no chão, dormindo.
Hypno avançou e com um movimento de sua mão perturbadoramente HUMANA, ele sugou a energia de Gyarados enquanto ele sonhava...
Agora eu sabia como os meus adversários se sentiam ao receberem um Giga Dreno do Saur...
Eu gritei. Chamei. Esperneei. E nada de Gyara acordar. Enquanto isso, Hypno continuou amassando, um ataque após o outro. Eu pensei em trazer Gyara de volta, mas a verdade é que eu não tinha uma Poção Despertadora para dar a ele, tampouco eu tinha algum Pokémon que fosse imune à Hipnose do Tipo Psíquico.
Tanto foi que Gyara finalmente acordou!
Ele já estava no limite, é claro... Mas eu lhe dei uma Poção Máxima.
Hypno aproveitou o momento para tentar hipnotizá-lo de novo. Desta vez, no entanto, Gyara me ouviu e fechou os olhos. O golpe de Hypno falhou!
Ótimo! Gyara mergulhou em direção a ele, a água ao redor de sua cauda subindo em um redemoinho violento. Hypno tentou se defender, mas o ataque o engoliu, arremessando-o contra a parede.
Harrison sorriu. Com uma confiança que me dava nos nervos, transformou aquela disputa numa batalha de serpentes!
Gyarados não se intimidou, mas eu sabia que a vantagem não estava do nosso lado. Ao menos, era o que eu pensava.
Steelix avançou, o rabo batendo no chão com força suficiente para rachar a terra. Gyarados tentou desviar, mas o impacto o atingiu em cheio, arremessando-o para trás. As pedras foram mais efetivas do que se a Cauda de Ferro tivesse sido usada diretamente contra Gyarados. Harrison estava jogando com tudo o que tinha a seu favor!
Gyara ainda se levantou para mais uma ofensiva.
Steelix sentiu todas aquelas chamas o DERRETENDO... Mas Gyara era do Tipo Água, não era o melhor soprador de fogo que poderia haver. Harrison gritou um segundo comando e então...
Não havia mais Gyara para contar história.
Botar Pika pra fora foi minha resposta.
Harrison recolheu Steelix por um momento e mandou Blaziken de volta.
O Soco de Fogo atingiu Pikachu nos últimos segundos antes do Refletir desaparecer. O dano foi diminuído, mas Pika estava agora em chamas!
Se era com status que Harrison queria brincar, nós também podíamos fazer o mesmo!
Boa, Pika!
O inicial de Harrison estava agora paralisado!
Mas por outro lado, as chamas continuavam consumindo Pikachu de dentro para fora...
Harrison deu recall no Blaziken e trouxe Steelix de volta.
Nós sabíamos que estávamos em apuros!
A serpente comportou-se como uma minhoca e desapareceu no solo. Era o segundo Pokémon de Harrison que se escondia!
Aproveitamos esse momento, então, para multiplicar.
Quando Steelix ressurgiu, o verdadeiro Pika já estava longe de onde estava originalmente.
Harrison demonstrou preocupação. Então ele tinha uma fraqueza?
Chamei Pika de volta e em seu lugar, mandei Saur. Harrison não podia nem reclamar. A ideia de ficar trocando de Pokémon toda hora foi dele!
Saur aproveitou o ROMBO que Steelix deixou pelo campo de batalhas ao escavar para fazer suas raízes se espalharem.
Elas vieram de todos os lados e cercaram Steelix, golpeando-o como mil Chicotes de Vinha!
Steelix tentou se recompor e atacar, mas mesmo tirando dano de Saur...
Nós ainda éramos ótimos ofensiva e defensivamente!
Houndoom entrou em seu lugar, os olhos vermelhos fixos em Saur.
Eu dei recall antes que ele pudesse agir.
Pika voltou ao campo.
Os golpes explodiram, e felizmente Pika não se feriu. Houndoom também não, porém...
E lá veio ele, mordendo Pika pela cauda e o arremessando para o alto. Pikachu, girando desorientado, no ar, foi vítima fácil...
Já queimado, Pikachu sofria com o calor.
Ferido, Pika se multiplicou numa tentativa de evitar ainda mais danos...
Mas Harrison foi esperto e ordenou que Houndoom cobrisse todo o campo de batalhas com uma neblina poluente. A Neblina foi conduzida pelas correntes de ar e em instantes, todos os falsos Pikachu já haviam inalado a toxina.
Atacamos novamente. Desta vez, Houndoom esquivou.
Harrison não dava trégua. Pikachu mal havia terminado seu ataque e Houndoom já mandou mais outro...
Pika quase deitou. Mas manteve-se firme e, num acesso de fúria, atacou sem nem mesmo eu mandar.
Houndoom não só foi atingido como também paralisou! Ótimo! Mas nosso oponente estava menos cansado do que nós. Rapidamente, já estava de pé.
Ele continuou soprando suas chamas. Para isso, não era preciso muito esforço físico: era só abrir a boca e mandar a ver, então a paralisia não nos adiantou muito.
Pika desviou-se graças à evasão aumentada do Time Duplo, por pura sorte! Então decidi arriscar... Aquelas palavras ainda me incomodavam... Todos diziam que eu só atacava sem pensar, mas não era verdade!
Pedi que Pika mirasse o Choque do Trovão para o alto...
Harrison não me disse nada. Apenas observou e falou alguma coisa muito baixinho... Um pequeno murmúrio que apenas Houndoom, com sua audição super aguçada de canídeo pareceu ouvir. Houndoom brilhou roxo por um momento e depois o brilho cessou.
Pika não perdeu tempo... Outro raio, e desta vez Houndoom não resistiu!
Pika se foi. Aquele último movimento de Houndoom foi um PACTO que só um dos lados assinou, mas que levou os dois JUNTOS de arrasta... E nesse caso, arrasta para baixo... Direto para o inferno!
Harrison só tinha mais 1 Pokémon. E eu também.
Saur VS Blaziken.
A Batalha final. Inicial contra Inicial. Isso estava parecendo a batalha contra Macey, mas... Tinha algo diferente. Blaziken era muito, mas muito melhor treinado do que aquele Typhlosion. Dava para notar na forma como ele automaticamente incendiava os punhos assim que entrava em batalha!
E com uma ajudinha de seu treinador, ele ficou ainda mais forte: com mais energia e livre da paralisia!
Mas aquele Venusaur tinha algo de especial! Eu realmente confiava nele!
Depois de muito sofrer graças aos experimentos malignos da Equipe Rocket, meu Venusaur, livre do Cristal de Sangue havia conseguido se redimir com seu corpo e regenerar-se das sequelas que tanto o atormentavam. Ele e eu sempre fomos próximos, mas agora... Depois de todas essas adversidades, parece que éramos MAIS!
Saur não precisou nem esperar o meu comando. Ele já sabia o que eu estava pensando... Atacou Blaziken com abalos sísmicos que botaram o campo pra chacoalhar!
Blaziken ainda estava se recuperando, mas suas pernas não tinham nada a ver com isso: elas o impulsionaram para cima e ele saltou! No ar, ele não podia ser afetado pelo Terremoto e o golpe que eu jamais pensei que falharia, falhou.
Blaziken caiu matando.
Um Chute Flamejante e um acerto crítico graças à força da gravidade que o puxava pra baixo, aumentando o seu peso e, consequentemente, a força do chute!
Saur tremeu, mas não cedeu! Ele tentou depenar a galinha, mas isso não deu em muita coisa...
Blaziken correu em direção a Saur, as pernas se movendo em um ritmo que parecia impossível! Um chute giratório, e Saur recuou, as folhas cortadas pelo impacto.
Saur respondeu com um golpe de suas raízes, mas Blaziken desviou com facilidade, contra-atacando com um soco que atingiu Saur no rosto.
Saur estava ofegante... Ele não tinha mais muita energia.
E Blaziken estava certo de que tinha a vitória nas mãos...
Porém...
As raízes que Blaziken menosprezou, deixando-as às suas costas... Harrison até tentou alertá-lo gritando assim que viu as raízes chegando, mas elas foram ágeis e o seguraram antes que pudesse saltar para longe... Elas se contorceram e o atacaram por trás, prendendo-o enquanto causavam danos massivos!
Era a Habilidade do Saur. Supercrescimento!
Engatamos com o Giga Dreno, sugando a energia de Blaziken enquanto a galinha lutava para se soltar.
Eis então que Blaziken usa seu Movimento Espelho... Duplica grita nas arquibancadas nesse momento, torcendo por Harrison!
Blaziken replica o último ataque do Saur e recupera parte de sua energia.
Com os músculos ganhando vitalidade novamente, ele faz força e se solta, correndo para longe...
DROGA!
A agilidade daquele pássaro era impressionante! Nós mal conseguíamos acompanhá-lo com os olhos! Blaziken se aproximou e deu um soco na flor de Venusaur, despetalando-a.
Aproveitei a proximidade e pedi para Saur atacar... O que restou das pétalas foi para o saco neste instante.
Blaziken foi atingido, mas não fazia muita diferença. Ele ainda era resistente.
Atacamos simultaneamente com Planta Mortal e Chute Flamejante...
Ambos caíram...
Nestas alturas... Ambos os Pokémon já estavam exaustos. Eu já nem me preocupava mais com as milhares de pessoas ao meu redor, assistindo a batalha e gritando. Eu já não escutava mais a torcida organizada de Harrison, que chamava seu nome com um sotaque levemente diferente (o sotaque Hoenniano). Eu também já nem me lembrava que aquela era uma final de uma Liga Pokémon... Eu só sabia que eu tinha uma missão: derrotar Blaziken, e foi nisso que eu foquei.
Saur se reergueu lentamente, enquanto recarregava as pilhas.
Mas Blaziken...
Blaziken fez o mesmo!
Harrison sorriu!
O Incêndio do Blaziken tinha praticamente o mesmo efeito que o Supercrescimento do Saur, só que relacionado aos movimentos de fogo. Se antes nós já estávamos em desvantagem, agora então...
O frango assado correu e mergulhou a própria pata em chamas. Venusaur sentiu o calor do soco se aproximando...
O estádio estava em silêncio novamente.
Saur respirou fundo.
E então, eu gritei:
TERREMOTO!
Saur se atirou com tudo no chão, de barriga. Seu peso pesado facilitou o processo. Uma onda sísmica abalou o estádio, seu corpo robusto sendo o epicentro da tremedeira.
O chão ficou instável. Blaziken tropeçou e caiu, seu punho se apagando no processo...
Harrison gritou para Blaziken se levantar e ele começou, de fato, a erguer a cabeça.
Mas...
Uma última raiz de Planta Mortal saiu por entre os novos buracos no campo de batalha e arremessou ele para longe, jogando-o com tudo na parede no estádio, logo abaixo das arquibancadas...
O juiz ergueu a bandeira.
Harrison me olhou. Eu olhei para ele, sem me dar por conta do que Saur e eu havíamos acabado de fazer...
Era o fim.
Apenas olhei para o céu, onde as nuvens começavam a se dissipar.
Eu tinha vencido.
0 Comentários
Gostou do nosso conteúdo? Deixe um comentário abaixo! É de graça! Caso você tenha interesse em nos ajudar a manter o blog atualizado, considere apoiar-nos financeiramente. Você pode doar qualquer valor, até centavos, para a seguinte chave PIX: contato.pokemonster.dex@gmail.com. Toda a ajuda é bem-vinda!
Siga-nos no Instagram: @plusmovedex
E não se esqueça: Mantenha o respeito e a cordialidade nos comentários!