Capítulo 14
VS Gogoat - Parte 1
– Ai, calma! Vestidos não são desenhados sozinhos!
– E os Gogoat's são não pegos sozinhos também!
– Mas e que concurso é esse que você precisa capturar o pokémon para participar?
– É um concurso onde só quem tem um Gogoat pode participar. Ainda tem uns pra alugar ali do outro lado da rua, mas eles custam muito caro. Prefiro guardar meu dinheiro, então... O jeito é pegar um eu mesmo.
– Vai nessa, então!
– Não vai comigo?
– Aff, tá bom. Espera aí!
O desenho permaneceu em cima da escrivaninha. A garota pegou suas pokébolas na mesinha e as colocou dentro da bolsa. Pegou um casaco e sua echarpe favorita, da cor vermelha, colocando-a no pescoço.
– E aí? É pra hoje, "X"?
– Nunca vi você se arrumar tão rápido.
– Quando eu decido, está decidido. Agora vamos?
– Tudo bem.
Saíram do Centro Pokémon e foram em direção ao sul da cidade, a pé. Eles precisavam ir para a Rota 4, que fazia uma espécie de fronteira com Lumiose City. E ali era o lugar com a vegetação perfeita para se pegar um Gogoat.
– E aí? Como é um Gogoat, afinal?
– Você não conhece?
– Não. Mas eu posso ver na minha pokédex, né? Afinal, é pra isso que ela existe. Lá vai...
A rua estava deserta. nenhuma alma viva. Era um beco. Não haviam casas, nem lojas naquela parte da cidade. Só se viam pokémons selagens mexendo nas grandes latas lixo que ocupavam a maior parte daquele estreito corredor. Mas algo intrigava Riley. haviam mais câmeras com sensor infravermelho naquele lugar, algo extremamente desnecessário uma hora dessas...
Em uma fração de segundo, as câmeras entortaram e o sistema explodiu. De novo. O homem levou um susto, mas não se machucou. Aquela já era a segunda vez que Riley via algo daquele tipo, e na mesma semana. Algo indicava que aquele ser misterioso estava ali de novo.
Ninguém respondeu nada.
– De novo. Eu sei que você está. Posso senti-lo... Por favor, apareça.
A criatura começou a tomar forma na frente de Riley. Ele estava ali e podia ouvir, ver e sentir tudo. Quase como um Deus, mas mais poderoso ainda. A figura sobre-humana aparecia ali, ao vivo e à cores, na frente do detetive...
Mas não era bem ela, Na verdade, uma projeção astral. O espírito da criatura estava ali presente, mas o corpo não. Era possível ver todas as suas feições físicas, mas todas, praticamente (obviamente), intocáveis, intangíveis, mas ainda assim, visíveis a olho nu. Não era ele, mas ao mesmo tempo era. É como se fosse um holograma, só que sobrenatural...
– Mewtwo.
A voz ecoou por entre o cérebro de Riley, dando-lhe uma incrível enxaqueca.
– O que você quer? Por que está aqui?
A criatura olhou para os lados e apontou seus dedos estranhos para uma das câmeras que explodiram, e que agora estava em pedaços no chão.
– Eles me querem.Vieram me buscar.
– Eles? Eles quem?
– Você sabe. Giovanni.
– Giovanni? Team Rocket?
– Sim, Ele está vivo. E mais vivo do que nunca. Ele me quer. E é por isso que a região está infestada de capangas do que você costuma chamar de "Team Rocket".
– Mas... Por que você está aqui? Por que você se apresentou para mim?
– Eu preciso de você.
– P-precisa?
– Sim.
Imagens aterrorizantes passaram pela cabeça de Riley. Mewtwo lhe contou toda a sua história em questão de segundos, via telepatia. Riley piscou os olhos e de repente sabia tudo. Todas as informações contidas por Mewtwo estavam presentes em seu cérebro, como se ele fosse a própria criatura.
– Eu... Sei.
– "Riley", você é uma pessoa pura, livre de maldades em seu coração. Eu preciso de você. Você precisa me ajudar.
– O... O que eu posso fazer?
– Venha comigo.
O pokémon estende sua mão para o humano, que consegue tocá-la. O espírito de Riley saía da corpo, que por sua vez, vazio, caía no chão, mortinho da silva.
– O que você fez?
– Não se preocupe! Quando você "voltar", abrirá seus olhos e acordará normalmente, como se estivesse dormindo.
– Mas eu...
– Vem.
Os dois de repente desaparecem no ar. E o corpo de Riley fica ali. Caído no meio do beco. Enquanto isso "do outro lado", Riley sentia seu coração disparando, como um Weavile fugindo da chuva. Mas sabia que ele não estava ali. Sentia todas as emoções que sentia anteriormente, mas não conseguia sentir sua pele. Não conseguia tocar seu rosto. Estava diferente, mas sentia estar vivo.
A alma de Riley atravessou uma dimensão paralela, dentro de um outro plano astral, criado por Mewtwo há algum tempo. Conseguia sentir suas emoções e é claro, tinha seus mesmos feitios físicos, no entanto, estava presente ali só telepaticamente.
Riley não estava sozinho. Ele podia sentir. Todos podiam. o toque mistico de Mewtwo fez com que suas percepções aumentassem, em níveis extraordinariamente telepáticos.
– Argh! O-onde estou? O que aconteceu?
– Bem-vindo à família...
– Agora você estará preso pra sempre em meu interior! Hahahahahah!
E silenciou.
...
X ergue sua pokébola para cima, comemorando a captura.
– E agora?
– Agora vamos comer um Coq au Vin, que você vai preparar pra mim! Que pergunta boba...
– Tudo bem. Vamos lá!
Os dois treinadores saem do campo, marchando rumo à cidade. Ainda faltava um tempo pro torneio. E é claro, agora que X já tinha um Gogoat, era tudo muito mais fácil de se resolver...
Mas enquanto isso, nos becos obscuros de Lumiose City, um Rocket se aproxima do local onde Riley e Mewtwo se encontraram. Nada havia ali, exceto por uma única coisa...
– Ei! Ralph! Destruíram as câmeras aqui também!
– Silêncio.
Um grito ensurdecedor penetrou na mente do capanga da Equipe Rocket. E um homem, moreno, barriga tanquinho, roupas formais, terno e gravata, desce do céu, voando... era Riley, ou pelo menos o olhar era dele. Ou quem sabe... O que restou dele.
– Q-quem é você?
– Eu sou Mewtwo, o seu "clone". E você é um a menos!
Um portal negro se abriu abaixo do homem, que era sugado rapidamente pra baixo, desaparecendo por completo.
– Menos um. Já foram seis... Faltam mais... "Alguns"... Muahahahahahah!
Riley, ou melhor, o "espectro" desparece no ar e a paz volta a reinar, escondendo o grande perigo em torno da criatura, que agora está com seu máximo poder, pronto para arrasar com tudo e com todos...
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