XY Adventures 2 (Truth or Dare Book) 08


Anteriormente em Pokémon XY Adventures, Y treina duro e finalmente consegue ganhar seu certificado de Duelista Pokémon ao lado de seu fiel Braixen. Agora, com o certificado em mãos, Y está pronta para visitar o Segundo Ginásio da Região de Kalos: o Ginásio de Cyllage City.



Aquela manhã estava radiante. O sol brilhava bem no alto e o frio havia sido espantado por uma massa de ar quente sobrevoando Shalour City. Mas o meu destino era outro. Eu estava com a hora marcada para ir aonde o sol realmente brilha todos os dias, uma cidade no litoral de Kalos: Cyllage City, a cidade onde se encontra meu segundo ginásio e onde eu, se Arceus quiser, conquistarei minha segunda insígnia.


08 - #Cyllage Gym: A Prehistoric Battle


O barco que me levaria de Shalour para Cyllage City estava marcado para as nove horas. Dessa vez não era o Sr. Louis que me levaria até o ginásio. Até fiquei um pouco contente, afinal, se eu fosse com o ônibus da escola, eu iria sozinha o caminho inteiro (até porque eu era uma das poucas alunas que não tinha as primeiras insígnias). Mas desta vez não. Eu iria de barco.
Acordei cedo e fui correndo na cantina para tomar meu café da manhã. Passei no Centro Pokémon da Escola para verificar meus Pokémons e a boa notícia: Todos estavam em ótimas condições. Agora eu só precisava escolher meus representantes no ginásio. Quem seriam eles? Talvez eu utilizasse Meowstic. Ou Braixen, que está bem forte. Talvez Helioptile. Dragonair, quem sabe... Ou a pequena Eevee, que eu tenho treinado todos os finais de semana? Não sei, vou decidir na hora.
Peguei minhas pokébolas e comecei a poli-las. Ainda faltava meia-hora para eu deixar a escola. Como já não tinha mais o que fazer, eu voltei para o dormitório, onde Shauna e Zack estavam. Era domingo e o nosso plano de internato não cobria domingos, entretanto, alguns se arriscavam a para dez pratas para passar o final de semana no quarto.
            – E aí, Y? Ansiosa para sua segunda batalha de ginásio? – Perguntou Zack, que já tinha umas cinco insígnias.
            – Sim!
            – E aí, pra qual ginásio vai? – Ele tornou a perguntar.
            – Para o de Cyllage. Você já passou por lá, não? – perguntei. Era óbvio que ele já tinha passado por lá. Só queria umas dicas antes de enfrentar o líder.
            – Sim, sim. Vai se surpreender com os Pokémons do Líder. Ele usa Pokémons Pré-Históricos!
            – Pré-Históricos? – Perguntei, abismada. Ouvi dizer que cientistas há alguns anos atrás desenvolveram uma máquina para “desfossilizar” pokémons antigos, mas nunca vi nenhum treinador com algum deles. – Sério mesmo?
            – Sério! Todos tipo Rock. Acho que um tipo Water ou um Tipo Grass seria o ideal... Vai ter que improvisar na hora, Y.
            – Eu dou um jeito. Eu dou um jeito.

Então ficamos conversando sobre o ginásio até que o tempo passou. Eram 8 e cinquenta. Faltavam dez minutos e eu já devia ter saído há cinco minutos. E se o barco passasse antes do horário. Saí me requebrando, peguei todas as pokébolas, a insígnia do ginásio anterior, o certificado, e então voei pelas ruas de Shalour. Corri, corri e corri até que finalmente cheguei ao porto da cidade. Comprei meu bilhete e logo, logo o barco chegou.
            Era um grande barco motorizado, todo branco e com detalhes cromados. Suportaria até uma casa cheia dentro dele, de tão grande que era. Quase como um navio. Eles então baixaram uma escadinha que encostou na tábua do cais e os passageiros começaram a subir. Eu estava tão animada que subi em dois passos largos.

            No barco, me acomodei e esperei ele partir. Depois de algumas horas viajando, já eram por volta das 11 horas, o barco finalmente ancorou. Onde estávamos? Finalmente! Cyllage City!


            O Barco ancorou próximo a um rochedo no mar e largou a mim e mais um monte de “tripulantes” na ponte próxima à praia. Por sorte não caminhei pela areia, caso contrário meu sapato enxeria de grãozinhos.
            – Enfim, onde que é o ginásio? – Olhei ao redor várias casas, todas com telhado azul, então eu entrei no prédio mais destacado dali.  Era o Centro Pokémon. Cheguei e perguntei para a Enfermeira Responsável onde era o Ginásio e ela me deu um pequeno mapa em um folhetinho que tinha no jornal.
            Agradeci e saí do Centro, me guiando pelo folhetinho. Foi então que cheguei a uma casa enorme, com a cor diferente das demais. Era ali. O Símbolo da Liga Pokémon estava exposto bem na frente.
– É, é aqui. – Abri a porta e pude perceber que ginásio era bem alto. Seu design era extremamente simples, bem diferente do ginásio de Santalune, onde a líder Viola tinha decorado com centenas e centenas de fotos, além da estufa gigante.
            E o desafio parecia simples também. Eu podia ver espécies de “rampas”, mas que não eram exatamente rampas. Eram paredes de escalada. Paredes completamente brancas que possuíam “pedrinhas coloridas”, os apoios para subir na escalada.
            Certa de que eu podia fazer aquilo, comecei a subir a primeira parede que apareceu em minha frente. Escolhi direito as pecinhas, onde pisar, onde me segurar, e depois de uns três ou quatro minutos, cheguei a uma plataforma, onde se encontrava um garoto.
            – Seja Bem-vinda ao ginásio de Cyllage! Eu sou Didier e sou o seu primeiro desafio! Atrás dessas paredes existe uma vasta quantidade de treinadores. Você precisa escolher a certa para ir até o líder. É como um labirinto. Quanto mais paredes erradas você subir, mais treinadores para batalhar. Compreendido?
            – São quantos treinadores ao todo?
            – Cerca de cem.                                
            Olhei pra ele com cara de espanto e ele sorriu.
            – É brincadeira. Tem só mais uns três. Mas como eu disse antes, quanto mais facilmente você chegar ao líder, menos desafios pela frente.
            – Tudo bem então. Meu nome é Y. Vamos batalhar? – Perguntei.
            – É pra já! – O garoto disse, sacando sua pokébola.
Didier lançou a bola para o alto e de dentro dela surgiu um Pokémon particularmente curioso. Nunca tinha visto um deles antes.
            – Deixa eu ver. – Mirei a pokédex no Pokémon e o escaneei. Então a vozinha mecânica inconfundível da pokédex alertou:
            “Omanyte, o Pokémon Espiral. Acredita-se que ele tenha vivido 2 milhões de anos atrás. Pesquisas recentes indicam que ele foi capaz de controlar a sua flutuação na água, armazenando e liberando o ar em sua concha.
            – Então é verdade! Existem mesmo Pokémons Pré-Históricos aqui neste ginásio!
            Didier confirmou apenas balançando a cabeça.
            – Então, para essa batalha mais do que especial eu escolherei... Helioptile! Vai!
            A Pokédex falava em “de baixo da água”, provavelmente um tipo aquático, então um tipo elétrico como Helioptile viria a calhar.
            – Ah, é? Então veremos! Rock Smash!
            Omanyte deu um salto e um de seus tentáculos começou a ficar mais longo, ganhando um brilho vermelho alaranjado.
            – Helioptile, a evasiva! – Mas Heli não foi rápido o suficiente e o punho de Omanyte acertou diretamente seu rosto.
            – Isso foi superefetivo! – Concluiu Didier.
            – É? Pois isso aqui também vai ser superefetivo! Parabolic Charge!
            O corpo de Helioptile começou a se energizar com eletricidade. Sua cauda foi se erguendo e ficando mais energizada. Suas “orelhas” então se abriram e o Pokémon disparou uma rajada elétrica contra Omanyte.
            – Protect! – Didier gritou e logo Omanyte estava envolto por uma barreira de luz verde, que o protegeu do Parabolic Charge, evitando arranhões.
            – Oh, oh... Vamos tentar um truque diferente! Bulldoze!
            Helioptile começou a pular no chão, criando um pequeno abalo sísmico no campo de batalhas. Com isso, Omanyte foi jogado pra cima e pra baixo, batendo no chão diversas vezes.
            – Heli!
            – Agora, Helioptile! Termine com Parabolic Charge!
            Omanyte ainda estava tentando se levantar quando o Parabolic Charge explodiu bem na sua frente, mergulhando-o em uma nuvem de faíscas eletrificadas. Foi o fim para o Pokémon Fóssil...
            – @-@!
            – Omanyte, não! – Didier correu para socorrer o Pokémon, mas não havia nada a ser feito. Estava fora de combate. – Ah, retorne! Você batalhou bem.
            – Olha, adorei a nossa batalha! O seu Omanyte foi incrível! – Eu disse, tentando consolar o garotinho. Mas também estava sendo sincera. Eu adorei o modo como aquele Pokémon antigo batalhou.
            – Escuta, “Uai”. – Ele disse. – Eu gostei de você. Realmente gostei muito. Então eu vou te dar algo que eu realmente não entrego a treinadores comuns. Toma.
            O garoto me entregou um item. Parecia uma pedra feita de mel. Não sabia oque era. Pelo menos não sabia até ele me dizer.
            – O que é isso? – Perguntei.
            – É uma Old Amber. Ou o “âmbar antigo”. Dentro dela há um código genético há muito tempo perdido. Serve para reviver um Pokémon como Omanyte!
            – Sério? Quer dizer que com isso eu posso reviver um Omanyte? Só pra mim?
            – Mais ou menos. É um Pokémon COMO o Omanyte, mas não é o Omanyte. Entendeu?
            – Hmm... É, acho que sim. Bom, agora eu tenho de ir. Adeus! E muito obrigado!
            Pela primeira vez percebi que atrás de Didier havia duas paredes para serem escaladas. Uma branca e outra amarela. Resolvi escolher a amarela.
            Demorou mais uns cinco minutos e eu a escalei. Quando cheguei lá em cima: Nenhum treinador avista. Então caminhei pela extensa plataforma (que era como um quarto ou uma sala) até chegar à outra parede de escalada, desta vez uma na cor azul.
            Escalei mais e mais até chegar ao topo do ginásio. Lá de cima dava para ver tudo: inclusive a localização do líder, que era um homem que ficava perto de uma cachoeira artificial lá em baixo. Ou seja: depois de subir tudo aqui eu teria que descer de novo.
            Mas foi aí que eu me deparei com uma treinadora, que estava atrás de mim, apenas observando meus movimentos.
            – Oi! – Ela falou.
            – Levei um susto ao ver que tinha mais alguém por ali. Pensei que eu era a única naquela plataforma.
            – O Meu nome é Manon! – Ela se apresentou.
            – Prazer. Eu sou Y.
            – O que acha de termos uma batalha? – Ela perguntou, como se desse pra escolher.
            – Eu sei que não tenho alternativas. – E assim, um confronto começou.
        – Kabuto, adiante! – Manon lançou a pokébola e de dentro dela surgiu um pokémonzinho parecido com Omanyte, só que mais “petrificado”. Talvez também fosse um fóssil revivido.
            – Krkrkrkrkrkrk! – O barulho do Pokémon era primitivo. Como uma faca arranhando um prato ou um pedaço de giz cortando a lousa. Mas apesar disso, Kabuto parecia ser muito fofinho.
            – Deixa eu ver... – Peguei a pokédex só pra confirmar se era um Pokémon Pré-histórico.
            “Kabuto, o Pokémon Peixe de Concha. Embora este Pokémon esteja extinto, ele possuía uma armadura na forma de concha ao redor de seu corpo que o protegia de tudo. Acredita-se ter sido um grande nadador.” – A vozinha mecânica da Pokédex confirmou o que eu suspeitava.
            – E aí? O que vai ser?
            Ela perguntou, enquanto eu pensava que Pokémon escolher... Decidi lançar Meowstic para o campo de batalhas...
            Meowstic saiu da pokébola lambendo seus pelos. Estava tomando banho. Apesar disso, seu olhar continuava inexpressivo como sempre. Parecia estar olhando para um universo onde só ele conseguia enxergar.
            – Stic...
            – Muito bem, Kabuto! Use Absorb!
            Kabuto começou a ficar brilhante, em um tom de verde, na verdade. Assim, ele disparou uma espécie de luz contra Meowstic, que começou a ter sua energia drenada. Por sorte, foi muito pouco.
            – Ah, é? Meowstic, vamos mostrar o que é um Combate Pokémon de Verdade! Vai, use o Psychic!
            Os olhos sem vida de Meowstic de repente ficaram azuis e de repente Kabuto começou a levitar, como se vibrações invisíveis o fizessem sair do chão. Em seguida punhos telecinéticos surgiram na sura frente, esbofeteando-o.
            – Kabuto, use o Mega Drain!
            – Meowstic, não deixe! Use Light Screen!
Kabuto tornou a ficar verde, mas Meowstic foi mais rápido e ergueu uma barreira de luz multicolorida à sua frente. Assim, as luzes verdes que emanavam do corpo de Kabuto não o afetaram.
– Meowstic, use Fake Out, agora!
Meowstic então rapidamente trocou de movimento e começou a dar tapas no ar, formando ondas de vento que empurraram e prensaram Kabuto contra a parede.
– Kabuto, não! Tente se livrar! Use AncientPower!
Mas Kabuto parecia preso pelo poder do vento e não pode realizar o ataque ou ao menos se libertar.
– Agora, Meowstic! Termine com Psychic!
Os olhos do gatinho então se tornaram azuis mais uma vez e Kabuto começou a levitar. Punhos de energia (maiores desta vez) apareceram e esbofetearam o Pokémon Pré-Histórico, levando-o assim a nocaute.
– Kabuto, não! – Manon correu, mas já era tarde. Kabuto estava desacordado. Ela então o fez retornar para a pokébola. – Eu tenho aqui alguma coisa que você vai gostar. Toma. É o HM04 – Strenght!
A garotinha me entregou uma espécie de “CD”, um disco, na verdade. Um item que servia para ensinar movimentos novos à pokémons. Os HM, em especial, servem para serem usados contra elementos da natureza.
– Muito obrigada!
– Não seja por isso! Eu tenho um zilhão deles! Estou entregando para todos os que me derrotam, a comando do líder...
– Entendo. Bom, eu já vou indo. – Me afastei da garota e peguei uma escadinha que levava para o andar mais baixo. – Adeus! – Gritei enquanto descia.
– Tchauzinho! – Ela foi para a ponta da plataforma me acenar.
Desci e desci as escadas até chagar no nível mais baixo. Parecia ser o subsolo. As paredes agora eram rocha pura e estava ficando cada vez mais quente. Foi então que avistei o “altar” do líder. Lá estava ele, sobre uma plataforma rochosa, aguardando por mim.
A plataforma de pedras do líder tinha vários “degraus”. Dava pra subir através de uma escada ou de paredes para escalar. Como eu não curto muito ficar escalando (ainda mais de saia), eu resolvi subir pela escada de pedras. Além disso, atrás dela havia uma cachoeira que agora eu já suspeitava não ser artificial.
– Ora, ora... O que temos aqui... Mais uma desafiante! – Falou o Líder. – Meu nome é Grant e eu sou o líder deste fabuloso ginásio!
– Meu nome é Y e eu estou te desafiando para uma batalha!
– Eu já esperava por você, “Uai”! A escola de Shalour me disse que uma menina com as mesmas características que você apareceria para batalhar hoje e que se ela não chegasse até o meio-dia era pra eu chamar a polícia.
– Aff... Essa escola não larga do meu pé! Essa gente é superprotetora, sabia?
– Pois é. Mas então, que tal batalharmos? – Grant se posicionou do outro lado da plataforma de pedras, abrindo espaço para uma pequena arena, onde nossos pokémons entrariam em ação.
A disputa então teve um início. Grant ditou as regras: “2x2. Trocas permitidas somente para o participante. O primeiro que derrotar os dois pokémons adversários vence.” E assim, iniciamos nossa batalha. MINHA TÃO AGUARDADA BATALHA.
Grant decidiu revelar seu Pokémon primeiro. Disse que seria mais justo. Então sua pokébola voou pelos ares e revelou um Pokémon extremamente distinto: Tyrunt.
Abri a Pokédex para analisar o Pokémon:
Este Pokémon foi restaurado a partir de um fóssil. Se acontecer alguma coisa que ele não gosta, ele tem um chilique e começa a correr como um selvagem.” – Explicou a voz irritante da Pokédex.
– Bom, acho que este é um tipo Dragão combinado com o tipo Terra, então minha escolha, apesar de arriscada, é óbvia. Vai, Dragonair!
Dois tipos Dragão Batalhando. Ou seja: Um tem vantagem sobre o outro. O tipo dragão é o único tipo que tem vantagem e desvantagem sobre si mesmo. Portanto, acertar um golpe é o ideal, mas sempre tentando desviar dos do adversário.
– Você pode começar, “Uai”!
– Certo! Dragonair use Twister! – Dragonair balançou a cauda e criou um tornado na ponta dela. O tornado foi ganhando força e vida, sendo furiosamente fundido com faíscas púrpuras. – Lance!
E então Dragonair mirou sua cauda em Tyrunt, lançando o tornado, que avançou com tudo em direção ao pokémon do líder.
– Tyrunt, evasiva!
E o pequeno T-Rex deu um salto, desviando-se o máximo possível da fúria do tornado.
– Tyrunt, use Dragon Claw!
O fóssil correu e correu, avançando pra cima de Dragonair. Quando chegou bem pertinho, suas garras ganharam uma coloração verde e foram em direção a Dragonair, que não pode se desviar. Entretanto, um golpe que exigia contato físico como aqueles era uma vantagem para nós.
– Dragonair, aproveite que ele está pertinho e use Slam!
O meu dragão enlaçou sua cauda serpentina ao redor de Tyrunt (O coitado tentou fugir, mas não conseguiu) e então o arremessou bruscamente contra o chão.
– Tyrunt! Levante-se! Agora! – O líder gritou.
– Dragonair, use Dragon Rage!
O Dragão-serpente subiu aos céus e de lá começou a formar uma esfera de energia azul em sua boca. Enquanto isso, Tyrunt tentava se levantar, mas seus braços pequeninos não o ajudavam. Então a esfera na boca de Dragonair foi aumentando, aumentando, aumentando e finalmente foi disparada na forma de um raio de chamas azuis que engoliu o fóssil por completo.
– Tyrunt! Não! – Mas era tarde demais. Dragonair havia sido mais ágil e lidou facilmente com o fóssil dentuço. – Você lutou bem. Descanse amigo. Se você acha que vai conseguir derrotar esse aqui facilmente como derrotou o Tyrunt, está muito enganado! Lá vai! Amaura!
O Pokémon que saiu de dentro da pokébola tinha um aspecto “dinossáurico”, com pescoço longo e pernas pequenas, mas uma aura brilhava em torno dele, como se tudo ao seu redor estivesse envolto por diamantes.
– Amaura, use Aurora Beam!
XY_Prerelease_Amaura_Aurora_Beam
O pequeno Pokémon então disparou uma rajada multicolorida de seus “chifres”, atingindo Dragonair em cheio. Quando percebi, Dragonair já estava caído aos meus pés, derrotado.
– @-@!
Foi então que percebi porque Amaura parecia brilhar. Ele era um tipo gelo e tipos gelo são superefetivos contra tipo Dragão.
– Retorne Dragonair. Você lutou bem! – Fiz Dragonair voltar à pokébola e logo em seguida peguei minha pokédex pra analisar o Poké.
Amaura, o Pokémon Tundra. Este Pokémon antigo foi restaurado a partir de uma parte de seu corpo que havia sido congelado no gelo há mais de 100 milhões de anos.” – explicou a voz da pokédex.
– Hmm... Bem, se ele é um tipo gelo, então minha melhor escolha seria... Braixen! Vai!
Depois que Braixen já estava fora da pokébola, Grant disse:
– Isso é um grande engano. Amaura é parte tipo pedra, o que significa que a tacha de danos do tipo fogo é dada como “normal”.
– Ou seja?
– Ao invés de um golpe de fogo ser superefetivo em Amaura, vai causar uma parcela de dano “normal”.
– Hmm... Disso eu não sabia. – Falei, juntando orações mentalmente pra Arceus. Eu precisava ganhar aquela batalha e não sairia dali enquanto não ganhasse.
– Por sua falta de informação, Amaura vai derrotar seu Braixen em 3... 2... 1... Avalanche!
– O que?
Tudo começou a tremer e uma onda de neve surgiu do nada, inundado o campo de batalhas, mais especificamente na parte onde Braixen estava.
– Braixen! BURN! – Gritei, mas mesmo assim o Pokémon foi soterrado na neve.
– Se ele conseguir se mexer lá dentro, pode ser até que consiga continuar batalhando! – Grant falou, me assustando. E se Braixen não pudesse respirar debaixo de tanta neve? Seria o seu fim?
– BRAIXEN! – Gritei, mas a neve permanecia imóvel...
– Escuta, eu vou tirar o seu Braixen de lá de dentro. – Grant falou, se aproximando da grande montanha de neve invocada por Amaura. Quando Grant finalmente chegou à neve, ele colocou a mão sobre ela e então teve de recuar repentinamente.
As chamas expelidas por Braixen atingiram níveis incríveis, fazendo com que toda a neve ao seu redor aquecesse e derretesse como mágica. Mas o fogo formava uma espiral violenta que quase partiu para cima de Grant quando ele tocou a neve.
Então reparei que Braixen estava diferente. Sim, seus olhos estavam vermelhos e seu corpo estava envolto por uma aura vermelha. Só podia significar uma coisa: Blaze. Quando alguns pokémons de fogo “apanham” muito em uma batalha, sua habilidade “Blaze” é ativada e seus poderes pirocinéticos são efetivamente ampliados.
– Me diga agora, Grant! Será que os ataques de fogo continuarão causando dano normal?
Ele não respondeu. Ainda estava assustado por quase ter sido queimado vivo.
– Braixen, use Flamethrower! – Falei, apontando meu dedo para Amaura. Braixen então saltou e começou a girar no ar, espirrando um jato de chamas em cima do Pokémon de gelo, que levou todos os danos golpe em quantidade dobrada.
– Amaura! Não! – Mas Amaura já tinha levado o golpe e estava meio zonzo. – Droga! Use AncientPower!
O poké pré-histórico então começou a brilhar em um tom branco, formando uma esfera prateada à sua frente. Ele então empurrou o pescoço comprido para frente, lançando a esfera contra Braixen.
– Braixen, desvie-se! – Mas o tipo fogo não foi ágil o suficiente e foi atingido pelo golpe, que caiu sobre ele como uma pedra pesada.
– Amaura, use Take Down!
Então, Amaura ficou repentinamente energizado por uma aura amarela, que se estendeu por todo o seu corpo. Assim, ele investiu contra Braixen, jogando todo o seu peso contra o tipo fogo.
– Braixen!
Mas Braixen parecia estar em outro mundo. Em outra dimensão. Talvez ainda estivesse “estranho” por causa de toda a neve que caiu sobre ele ou talvez seja por causa do Blaze.
– Grrrrr! – Braixen ficou enraivecido mais uma vez e então sacou sua varinha de condão (na verdade só um graveto), apontando-a para Amaura.
– Use Will-O-Wisp! – Minha melhor ideia até então. Este era um golpe que deixava, caso fizesse contato, o oponente com a condição de status “queimadura”.
Braixen então fez disparar de sua varinha bolas de chamas azuis/púrpuras que voaram pra cima de Amaura, acertando-o em cheio. Agora o corpo do antigo tipo gelo ardia em chamas azuis... Estava acontecendo. Amaura foi “infectado” com as queimaduras.
– Amaura, use Aurora Beam e detone com esse Braixen!
– Braixen, use Flamethrower!
De um lado, Amaura borrifava uma rajada de luz multicolorida que avançava rapidamente em direção à Braixen. Do outro, o tipo fogo expelia um jato de chamas vermelhas que corriam em direção ao tipo gelo.
“BOOOM!” – Os golpes colidiram no ar e formaram uma explosão que consequentemente deixou o campo coberto por uma fumaça branca, cobrindo toda a nossa visão.
– Braixen, use os ouvidos!
Mas eu sentia que o Pokémon Inicial estava se movendo de um lado para o outro, confuso por não poder enxergar nada.
Nisso Grant murmurou alguma coisa do outro lado da fumaça e eu não pude ouvir o que era. Foi quando Amaura surgiu cortando a fumaça no meio ao lançar um poderoso AncientPower contra Braixen.
– Bra...
E o tipo fogo se levantou furiosíssimo por receber o golpe.
– Use Psychic!
A raposa então usou suas vibrações do além para espantar toda a fumaça que havia ao redor, formando uma espécie de “campo de força” que varreu o resto de fumaça pra fora do campo.
– Amaura: Combine AncientPower com Aurora Beam!
O saurópode então lançou seu AncientPower para cima e incrementou a esfera de energia prateada com sua rajada de luz multicolorida, formando assim uma combinação letal para Braixen. Nisso, com o impacto do Aurora Beam sobre o AncientPower, a esfera original foi empurrada ao mesmo tempo em que se fundia com o raio de luz. Assim o golpe avançava como uma bomba pra cima do feneco.
– Braixen, Psybeam!
Então uma rajada de luz multicolorida (muito maior do que as luzes de Amaura) se formou na varinha de Braixen e o golpe foi disparado. O Psybeam bateu na combinação de Amaura e a penetrou, destruindo-a por completo antes mesmo de atingir seu alvo. Em seguida a rajada de luz superpoderosa avançou e avançou até atingir o Pokémon do líder de ginásio...
– Amaura! – Grant gritou, mas Amaura não conseguiu se desviar a tempo com as perninhas tão curtas. Assim, ele recebeu todo o dano do Psybeam, o que ocasionou em um nocaute...
– @-@!
– Amaura... – Grant correu até o Pokémon, todo torrado pela rajada psíquica e o fez retornar à pokébola. – Você lutou bem, agora descanse.
– É, parece que eu venci!
– Tem razão. Seu Braixen foi brilhante. A forma como conseguiu ativar o Blaze para se livrar da Avalanche. Ainda conseguiu fazer Amaura ficar cheio de queimaduras usando Will-O-Wisp. Depois utilizou o Psychic para limpar a fumaça e por último conseguiu destruir uma combinação de dois golpes poderosíssimos usando apenas um movimento. Vai se tornar um ótimo Delphox quando evoluir.
Braixen, ao invés de ficar lisonjeado, cruzou os braços e empinou o nariz. Era o seu jeito de dizer obrigado.
– E quanto a você, Y! Merece receber sua insígnia! Aqui está! Essa é a Cliff Badge, a Insígnia do Penhasco. É ela quem te dá o direito de usar o HM04 – Strenght fora das batalhas. Toma, é toda sua. – Grant estendeu a mão, entregando-me a pequena insígnia reluzente.


– Yeah! Eu ganhei... A Cliff Badge! – Ergui a insígnia para cima, comemorando minha vitória!
– Brai! Xen! – E Braixen comemorou ao meu lado.
– Sua próxima parada é no ginásio de Shalour City! Acho que fica pertinho da sua escola, não fica?
– Se pertinho significa na mesma cidade, sim fica. Bom, então eu já vou indo! Foi um prazer batalhar com você, Grant!
– Ah, aí vem um dos meus assistentes: Didier! – Grant falou e então me virei para ver o menino, que foi tão generoso comigo.
– Y, você ganhou a sua insígnia? – Ele perguntou.
– Ganhei sim! Aqui está! – Mostrei pra ele, contente por ter recebido a Insígnia.
– Ei! – Ele chamou minha atenção. – Sobre aquilo que eu te dei... Leve até o museu da cidade e peça uma restauração completa!
– Ah, É mesmo! Estou indo pra lá agorinha!
Então desci da plataforma de rocha e subi escada para as plataformas de ferro, refazendo todo o meu trajeto, até sair do ginásio...
– E aí, Didier? Ainda entregando fósseis para os desafiantes como se eles fossem os únicos a receberem esta recompensa? – Perguntou Grant.
– É, eu gosto de fazer as pessoas se sentirem especiais.

Fora do ginásio corri para o Museu, que ficava próximo ao Centro Pokémon. Chegando lá, fui direto no balcão. Uma mulher me atendeu.
– Em que posso ajudar, moça? – Ela me perguntou.
– Olha, eu ganhei isto aqui. – Mostrei a Old Amber para ela. – Será que vocês poderiam fazer uma restauração completa?
– Podemos. Dê-me uma pokébola e aguarde alguns minutos sentada aí no banco. – Ela me apontou um luxuoso e cômodo sofá depois pegou a pokébola que eu entreguei a ela e entrou em uma salinha.
Fiquei imaginando se o Pokémon que sairia da Old Amber era um Omanyte... Talvez fosse um Kabuto. Ou um Tyrunt. Quem sabe ainda fosse um Amaura? Bom, seja lá qual Pokémon sair, qualquer um desses ia me agradar, e muito.
E então começou a demorar. Eu comecei a andar pra lá e pra cá. Trinta Minutos. Quarenta e Cinco Minutos. Uma Hora. Uma Hora e Meia. Duas Horas. Duas Horas e Meia. Quando deu exatamente duas horas e cinquenta minutos depois, a mulher retornou com um sorriso no rosto.
– O procedimento foi um sucesso! Aqui está o seu novo Pokémon!
Ela lançou minha pokébola para cima – Aquela que eu tinha entregado a ela – e de dentro surgiu então uma criatura colossal, encantadora, fabulosa: O meu mais novo Pokémon: Aerodactyl!


Continua...



Pokémon XY Adventures || Forever and Always (Season 2) – Originalmente publicado em Janeiro de 2014 - Republicado em Setembro do mesmo ano – A cópia ou distribuição desse material é totalmente proibida.
Pokémon e todos os respectivos nomes aqui contidos pertencem à Nintendo. 

~ Ao escrever a fanfic o autor não está recebendo absolutamente nada, ou seja, não há fins lucrativos e nenhuma obtenção de lucro com a escrita dessa história. ~

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