XY Adventures 2 (Truth or Dare Book) 09


09 - #Banette, the Guardian of Halloween

Quatro dias se passaram desde minha última batalha de ginásio e a essas alturas do campeonato, já fazia quase dois meses que as aulas tinham começado. Isso só podia significar uma coisa: a época mais esperada do ano estava finalmente chegando: O Halloween!
O “Dia das Bruxas” era com certeza minha data favorita. Desde pequena eu construía minhas próprias fantasias e ia à porta das casas pedindo doces. Meu pai achava que isso era “coisa de pobre”, ficar mendigando doces. Então, todos os Halloween, eu saía escondida junto com Shauna à procura de diversão.
            E esse ano não seria diferente. Teríamos com certeza muita diversão. Mas seria uma diversão um pouco mais... “madura”. Shauna e eu estávamos ansiosas para nosso primeiro Baile de Halloween. Sim. O Diretor Chevalier permitiu que fosse organizado um baile na noite do dia das Bruxas dentro da escola. Adivinha de quem foi a ideia? Da Srta. Le Blanc, é claro. Nossa melhor professora e com certeza uma grande amiga.
            E pra completar, o baile estaria cheio de garotos. Fantasiados, mas ainda garotos. Seria como naqueles filmes que vemos passar na TV. A jovem estudante sendo convidada pelo príncipe encantado para um baile da escola. (Morram de inveja, Líderes de Torcida).
            Mas talvez eu devesse ficar com os pés no chão. O baile aconteceria naquela mesma noite e eu ainda não havia sido convidada por ninguém... Mas e daí que eu não fosse convidada? Eu poderia muito bem me divertir ao lado de Shauna. Ou de qualquer alguém não tivesse um par. A gente poderia sair com nossas fantasias e pedir doces ou poderíamos aproveitar o baile, deixando pra lá o fato de estarmos... “avulsos”.
            Saímos correndo de nossa última aula do dia (Matemática Pokémon) e fomos rapidamente para o dormitório, que parecia bem vazio por sinal.
            – Certo, Y. Primeiro eu. – disse Shauna, que sorria feito bobo.
            Ela correu para o banheiro, tomando uma rápida ducha e depois voltou dando pulinhos, indo direto para seu armário, de onde retirou um sacolão cheio de faixas (daquelas utilizadas por médicos) e uma caixinha de alfinetes e presilhas.
            – Shauna! Eu ainda preciso tomar banho! Acalma, aí! Sua fantasia de múmia não vai sair correndo! – avisei. – E eu não vou demorar. Vou sair do banho e vou logo te ajudar a se preparar.
            – Aaah... – Ela exclamou, fazendo uma carinha triste.
            Fui direto para o chuveiro, preparando-me para a festa. Tomei um belo de um banho. Passei condicionador novo, bastante sabonete hidratante e assim que saí do Box, passei um pouco de creme na pele.
            Já pronta, vesti um pijama que estava por ali mesmo e fui para o quarto. Shauna parecia que ia ter um ataque.
            – Você disse que não ia demorar! – Ela gritou.
            – E não demorei.
            – Eu preciso de minha fantasia, Y! É demorado! Vamos chegar atrasadas e-- – Parei de ouvir as reclamações e agouros a partir daí. Se tinha uma pessoa que gostava do Halloween mais do que eu, essa com certeza era a Shauna. Não sei como a mãe dela aguentou preparar as fantasias para ela durante esses anos todos...
            – Enquanto você não calar essa sua boca, eu não vou te enfaixar! Senta aí, vadia! – Avisei bem avisado.
            Shauna pegou o banquinho e sentou quietinha.
            Peguei o sacolão cheio de faixas e rasguei o primeiro saquinho de faixas. Iria começar pela cabeça. Resolvi fazer um coque bem bonito em Shauna e só depois de feito que eu parti para a mumificação. Comecei pelos Cabelos. Eu precisava cobrir tudo bem direitinho. Tudo mesmo, com exceção dos olhos e da boca.
            Comecei o processo de “enfaixamento” às Seis e Meia. Sete e Meia – exatamente uma hora depois – e finalmente Shauna estava pronta. (Ufa) Agora era minha vez. Por sorte, eu mesma havia costurado minha fantasia e ela já estava inteiramente pronta.
            Fui para o banheiro e me troquei lá. Shauna só poderia ver minha fantasia depois que eu tivesse colocado ela no corpo. Agora que já estava colocada, eu finalmente poderia voltar para o quarto e fazer minha maquiagem.
Artwork original por Eneko-nya (Deviantart)
Todos os Créditos vão ao criador
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Ou-Mai-Góde! – Gritou Shauna ao me ver. – Você é a bruxa mais linda que eu já vi! – Ela correu pra perto de mim e começou a me analisar. Pela frente, pelas costas. Pelos lados e depois concluiu com um belo sorriso estampado no rosto.
– E os meninos, onde será que estão? – Perguntei, me lembrando que até agora eles não haviam aparecido no quarto.
– Tierno e Trevor foram à Make Your Party comprarem uma fantasia de última hora, como fazem todos os anos. Matthew e Zack devem estar dando uma trepadas depois de tanto tempo longe um do outro e—
– SHAUNA! – Gritei! – Como você é bagaceira! Uma menina não devia falar essas coisas, sabia? Sua vadia!
– Tá, vou considerar que você não me chamou de vadia e você não considera que aquelas duas bichas loucas estejam atrás da moita. Quem será que é a passiva, hein?
– SHAUNA! – Gritei mais alto ainda. Acho que a escola inteira pode ouvir. – Se comporta! E o Calem, hein? Não viu ele?
– Calem? É mesmo. Nem me lembrava de que ele existia... Não tem feito muitas aparições na fanfic ultimamente e... Bom, mas de que é que interessa? Vamos aproveitar enquanto estamos sozinhas e vamos tirar fotos bem sensuais para postar no “Spacebook”! Gosto de tirar fazendo biquinho. Os garotos ficam doidos!
– Shauna, quando é que você vai entender que essa sua “sensualidade” é promíscua demais, hein?
– Hmpf. – Ela bufou. – E então? O que quer fazer?
– Primeiro, uma maquiagem bem bonita! Pode me ajudar?
Ela começou colocando uma sombra bem escura em meus olhos, depois passou um pouco de delineador e ainda um rímel para realçar bastante meus cílios. Em seguida, passei um batom bem vermelho (Daqueles que dá pra ver do outro lado do país) e deu. Estava pronta. Pronta para a farra.
– Y, sabe de uma coisa? Aquele seu Pokémon, o Meowstic “combina” com o Halloween! A pelagem escura dele lembra aqueles gatos que as antigas bruxas tinham. E o olhar inexpressivo e fixo daquele bicho me lembram espíritos zombeteiros! Porque não deixa ele fora da pokébola para “compor” a fantasia?
            – Você acha? – Shauna me olhou como quem diz “é claro”, então lancei a Pokébola, revelando Meowstic.
            – Não estou dizendo? Agora sim ficou perfeito!
            – Shauna... Isso parece errado. É como se... Como se estivesse “usando” o Meowstic.
            – E está. Como acessório! – Ela piscou pra mim e eu retribuí com uma cara fechada.
            – Não. Eu não vou fazer isso e ponto final. Meowstic, retorn-- – Shauna de repente pulou em ciam de mim e retirou a pokébola de minha mão.
            – NÃO! – Ela disse. Esqueceu que os Pokémons ficarão livres esta noite? Todo mundo irá soltar seus pokémons durante o Halloween para eles se divertirem também!
            – Ah, é mesmo! Mas isso eu deixo pra depois. Vamos encontrar os garotos primeiro.
            – É. Vamos! – Shauna concordou. Coloquei Meowstic de volta na pokébola e então deixamos o quarto. Trancamos a porta e colocamos a chave debaixo do tapete. Não tinha o que roubar ali dentro, mas por precaução dei duas voltas com a chave.
            Descemos as escadas e fomos em direção à quadra coberta, que havia sido “transformada” em um belo salão para o baile. Passamos pelas salas, contornamos no corredor e corremos em direção ao saguão.
            Nisso, uma coisa me chamou a atenção: A porta da biblioteca estava fechada, mas uma luz púrpura estava saindo pelas frestas da porta.
            – Vem! Já são oito horas! – Shauna me puxou por um braço. – Que foi?
            – Essas luzes...
            – Ah, alguém deve estar dando uma festinha na Biblioteca! Não se preocupe! Vamos achar os garotos que a gente ganha mais!
            – É, tem razão! Deve ser isso mesmo!
            Deixei de lado as luzes roxas que piscavam e fui em direção ao pátio. Lá passei pelo saguão, pelas academias próximas ao bosque e cheguei à quadra.
            – Ou-Mai-Góde! – Exclamou Shauna, que admirava a decoração de “Zubat” que eles haviam colocado no “salão”. As paredes estavam cobertas de TNT preto sobre branco e haviam muitas abóboras decoradas para a festividade.
            As luzes que pulsavam com auxílio do equipamento eletrônico de última geração eram em um tom de azul escuro, que brilhava na decoração preta. Uma grande mesa cheia de “rango” foi colocada no canto à direita, enquanto diversas mesas menores, com lugares para quatro foram colocadas próximas à entrada da quadra. Também foi deixado um espaço para dançarem. No palco, ao fundo da quadra, estava a banda de nossos colegas: Darkstorm e Wicked. E sim, eles estavam “fantasiados” de gente normal. Deixaram os spykes e cabelos espetados de lado para vestirem roupas brancas e comuns. Essa era a maneira deles de dizer que nós, “do lado comum da força” éramos aberrações como os monstros que estampávamos em nossos corpos nesta festividade.
            – Ei, Y! Vamos liberar nossos pokés pra eles curtirem! – Sugeriu Shauna.
            – Ok, mas onde eles vão ficar? Aqui, entre as pessoas?
            – Não, há uma área especial reservada só para Pokémons próxima à casa do diretor Chevalier. Ele disse que prefere passar o Halloween cuidando dos pokémons do que perto de “gente”.
            – Vamos lá, então!
            Saímos do salão, que ainda estava vazio e fomos para os fundos da escola. Lá havia uma casinha onde morava o diretor. Batemos na velha porta de madeira e ele abriu-a, com um sorriso no rosto.
            – Y! Shauna! Que bom que vieram, meninas! Entrem!
            – Não, diretor! Na verdade a gente queria saber onde deixar nossos Pokémons!
            – Ah, pode ser aqui comigo mesmo!
            – Com o senhor? – Perguntei de volta.
            – Sim, sim. – Ele confirmou. – Eu irei cuidar dos monstrinhos enquanto está todo mundo dançando. Sabe, os pokémons também merecem se divertir!
            – Tudo bem, então...
            Joguei minhas pokébolas para cima e liberei minha equipe de monstrengos.
     
            – Escutem todos: Eu quero que vocês se comportem muito bem hoje à noite, hein? Deixarei vocês sob o comando do Diretor Chevalier! Obedeçam a ele sob quaisquer circunstâncias. Ah, e Braixen... Se eu souber que você andou brigando com o Meowstic... – Fiz uma cara séria para Braixen. – O mesmo vale pra você Meowstic! Nada de incomodar o Braixen! Entendido? – Mas a expressão de Meowstic continuava a mesma. Não demostrava ter entendido, mas também não demonstrava não ter entendido. Divirtam-se!
            – Minha vez! – Gritou Shauna. – Todo mundo pra fora!
    
            – Divirtam-se, hein? Mas não vão aprontar! – Shauna deu uma piscadinha com o olho, como se dissesse que era pra eles fazerem exatamente o contrário.
            – Uee... – Senti uma patinha peluda em minha perna. Era a Eevee.
            – O que foi Eevee? Não quer ficar aqui? – A Pokémon balançou a cabeça em negativa. – Tudo bem, você pode vir conosco, mas vai ter de ficar quietinha e entrar na pokébola quando eu disser pra você entrar, está bem?
            Eevee saltou em meu colo, com um grande sorriso no rosto.
            – Diretor, a Eevee vai comigo. Tome conta dos outros. Ah, e... Deixa-os “livres”. Acho que não será uma boa ideia pra eles ficarem dentro de casa.
            – É... Você tem razão, pequena Y. Eu vou deixar todos soltos pelo pátio. Apenas vou ficar cuidando. – respondeu o diretor.
            – Então vamos indo! Precisamos achar os meninos! – Disse Shauna, já me puxando pelo braço.
            – Que meninos? Acabei de ver o Calem por aqui. Parecia que estava... “Estressado”. Talvez alguma coisa não tenha saído do jeito que ele imaginava.
            – Sabe pra onde ele foi? – Perguntei.
            – Sim, ele disse que ia sair da escola. Disse que precisava de uns conselhos do Matthew e dos outros.
            – Tudo bem, então. Vamos indo! Aproveite bem o Halloween, diretor! – Shauna só faltou me arrancar o braço, de tanto que me puxava. Não era novidade que ela queria “aproveitar”, mas também não precisava agir feito uma louca.
            Assim, saímos da escola, em direção à cidade procurando pelos meninos. E logo na saída acabamos esbarrando com dois deles.
            – A cama do Motel era confortável? – Perguntou Shauna.
            – Que Motel? – Matthew respondeu com outra pergunta, não entendendo nada. – Do que você está falando?
            – Ah! Esqueça Matthew! Essa Shauna é uma bagaceira mesmo! – eu disse, tentando amenizar a situação.
            – Tenho a impressão de que essa menina quis dizer que eu e você estávamos em um motel, Matthew! – Zack não era bobo. Percebeu a palhaçada na hora. Tudo o que eu menos podia querer era uma briga entre colegas de quarto, ainda mais em uma noite tão especial como essa.
            – Meninos, não viram o Calem, o Tierno e o Trevor? – Perguntei, tentando redirecionar o foco da conversa.
            – O Calem nós vimos sim. Estava todo nervoso. Tremendo. Sabe o que ele queria Y? Ele falou pra eu não falar, mas eu tenho que te falar antes que ele mesmo diga pra você. Afinal eu sou seu Best! – disse Matthew, me puxando para um canto. – Ele quer ir ao baile com você! – Matt cochichou em meu ouvido, mas tenho a impressão de que todos ouviram.
            – Sério? Pobrezinho, ele é muito tímido! Não chegou em mim até agora! Era capaz de alguém ter me convidado antes dele...
            – Falando no diabo, aí vem ele. – Matthew apontou Calem com queixo. O garoto já estava todo fantasiado de zumbi e pra dar mais “consistência” para o traje, andava rengo de uma perna, tipo aqueles mortos-vivos que se vê em The Walking Dead.
            – E aí, galera! – Calem cumprimentou a todos com naturalidade. Isso pelo menos significava que ele não tinha ouvido o que estávamos conversando agora a pouco. – Y... Será que... – Ele começou a ficar vermelho e notei que suas mãos tremiam. – Será que a gente poderia conversar?
             – É claro! Gente, eu já volto! – Me afastei do grupinho pra poder conversar com Calem. Talvez assim fosse mais fácil pra ele.
            – Então, Y... – Ele começou. – Você... Bom, eu... Não, você... Você... Você... Você Quer... Você quer ir ao baile do Halloween comigo? – Ele estava tão vermelho quanto um pimentão.
            – Seria uma honra! – Respondi na hora e pude notar a sensação de alívio pelo rosto dele.
            – Olha, Y... – Gritou Matthew, de longe. – Eu e o Zack precisamos colocar nossas roupas de vampiro! Estamos indo! – Ele acenou e pude perceber Shauna correndo atrás dos dois.
            – Calem, você por acaso viu o Tierno ou o Trevor? – Perguntei, voltando minha visão para o garoto.
            – Tierno e Trevor estavam comprando suas fantasias, mas pareciam meio que... Indecisos. Como sempre.
            – Ah, eu já imaginava. Então... Vamos atrás deles? A festa não pode começar sem todo mundo estar reunido, não é mesmo?
            – C-claro! – Calem continuava tremendo, mais vermelho ainda.

Fomos direto à Make Your Party e ajudamos Tierno e Trevor a escolherem suas fantasias de última hora. Tierno vestiu um macacão e cobriu-se com uma fantasia de lobo, enquanto Trevor vestiu uma roupa de abóbora que combinava muito bem com aqueles cabelos ruivos.
Agora que todo mundo estava pronto, fomos para o dormitório onde encontramos Matthew e Zack se vestindo de vampiros. Shauna estava junto, ajudando os garotos com a maquiagem branca. Calem deu uns últimos retoques no traje de zumbi e Tierno e Trevor se olharam no espelho pela primeira vez, dando um pulo com o susto.
Depois fomos à quadra, que havia se transformado em um lindo salão lotado de gente fantasiada. Tinha umas meninas fantasiadas de bruxas como eu. Umas mais lindas que as outras. Alguns garotos estavam sujos de “sangue”. Um deles usava um facão “enfiado” na cabeça. Havia roupas de diabinho com tridentes e cauda vermelha, unhas postiças gigantescas, tesouras afiadíssimas nas mãos, gente vestida de mãe-de-santo. Garotos com roupa e maquiagem branca, representando espíritos, entre tantos outros...
Resolvemos escolher uma mesa para nos sentarmos. Ficamos bem no canto, próximo ao palco onde a banda de Darkstorm se vestida de “gente normal”. Sentei-me com Calem, Matthew e Zack, enquanto Shauna ficou com Tierno e Trevor em outra mesa, próxima da gente, já que era lugar apenas pra quatro.
Nove Horas da noite. O Rock pesado de Darkstorm deu o lado para uma música mais lenta, tocada por Wicked. Calem então estendeu a mão para mim. Queria dançar essa música.
– Aceita? – Ele perguntou-me, agora todo empolgado. Nem parecia mais o garoto tímido de antes.
– Mas é claro! Eu estou aqui é pra curtir, não é mesmo? – Peguei a mão de Calem e me apoiei nela para levantar. Então, fomos juntos, de mãos dadas até o centro do salão, junto com muitos outros casais.
Começamos com passinhos bobos, tentando acompanhar um ao outro, mas depois nossos corpos entraram em sintonia. O que um fazia o outro fazia. As mãos enormes de Calem envolviam minhas costas e me afagavam, suas pernas roçavam nas minhas e aqueles lindos olhos cintilantes me olhando... Era impossível não resistir.
Calem chegou mais perto e de deu um beijinho na testa. Foi então que eu levantei a cabeça e aproximei mais o meu rosto do dele. E me aproximei... Me aproximei. Ele fechou os olhos e então eu fiz o mesmo. O calor de nossos corpos agora atingia nossos corações, que pulsavam dez vezes mais do que a guitarra de Darkstorm e podiam ser ouvidos há quilômetros de distância. Quando eu percebi, nossa, agora era eu quem estava tremendo, mas não de timidez, de prazer. Coloquei meus braços em torno do pescoço de Calem e então, quando encostei meus lábios nos dele, tudo pareceu se despedaçar com uma gritaria que tomou conta do salão.
Barulho ensurdecedor como uma bomba ou alguma explosão de dinamite atingiu a todos de surpresa e o ritmo lento da música logo se tornou euforia e agitação. Todos estavam muito assustados, não sabiam o que estava acontecendo.
– Calem, será que é o Braixen e o Meowstic brigando novamente?
– Essa explosão parece ter sido grande demais pra terem sido só esses dois. Foi algo mais intenso. Acha mesmo que podem ter sido eles?
– Braixen aprendeu uma série de truques novos ultimamente. Não duvido que o poder dele esteja beirando níveis extraordinários...
Nisso, uma voz falou no microfone. Reconheci imediatamente a Srta. Le Blanc, em um vestido dourado coberto de brilhosinhos como pequenos diamantes de ouro.
– Acalmem-se, pessoal! Acalmem-se! Não foi nada de grave. Estamos resolvendo o problema. Podem continuar o baile! – disse a professora.
Uma sensação de alívio múltiplo pairou no ar, mas eu ainda estava curiosa em saber o que havia acontecido. O que exatamente estava acontecendo.
– Calem, eu não vou ficar aqui. E se forem os meus pokémons?
– Calma, anjo. Eu vou com você! – Calem me pegou pela mão e atravessamos o salão, passando pelas mesas e finalmente saindo da quadra. Passamos pela salinha das academias e notamos que a casa do Diretor Chevalier parecia calma. Mas o que exatamente havia acontecido?
Passamos pelo saguão e subimos para os dormitórios. Nada por lá também. Retornamos ao saguão e desta vez pegamos uma escada diferente. Subimos para as salas de aula. O que quer que esteja acontecendo não escaparia de nossos olhos. Passamos por todos os corredores, que estavam muito escuros, mas nada de anormal por ali. Já estávamos descendo as escadas de volta para o saguão, quando algo me chamou a atenção. E essa não foi a primeira vez.
Uma estranha luz púrpura piscava pelas frestas da porta da biblioteca. Fiquei parada e Calem também parecia observar o estranho fenômeno. Expliquei para ele que Shauna disse que era alguém fazendo uma festinha, mas isso não parecia contentá-lo.
Tomei um susto quando uma segunda explosão atingiu o prédio e parecia mais próxima. Bem mais próxima. E parecia vir do lado de dentro da biblioteca. Não deu outra. Calem girou a maçaneta e por sorte, a porta estava aberta.
Então avistamos em cima de um livro uma pedra extremamente redonda e que quando batia o brilho da lua, exalava uma faísca púrpura para cima. Essa era com certeza a responsável pelo brilho roxo que saía através das frestas da porta.
Mas isso não explicava o barulho da explosão. Tinha que ter mais alguma coisa por ali E EU SABIA QUE TINHA.
– Y... Você sabe que pedra é essa?
– Não, por quê?
– Poderia ser alguma coisa importante se pelo menos um de nós tivesse o conhecimento sobre este curioso objeto. Como eu também não tenho, parece que é inútil...
BOOOM! – Uma terceira explosão, maior ainda do que a segunda me pegou desprevenida e uma rajada de cacos de vidro esvoaçou da janela pra dentro da biblioteca. Calem e eu nos abaixamos para que os estilhaços não nos ferissem. Agora fazia sentido. Algo ou alguém estava atacando a biblioteca pelo lado de fora. Mas... Por quê?
– Y, eu deixei todos os meus pokémons com o Diretor! – Calem cochichou em meu ouvido.
– Eu também... E agora? E se é algum ladrão tentando roubar a escola?
– Não podemos deixar que isso aconteça. Temos que fazer algo, mas sem nossos pokémons é a mesma coisa que estar sem munição.
Então um ruído estranho atingiu a janela mais uma vez. Mas dessa vez era um barulho sorrateiro, de mansinho. Ouvi os cacos de vidro sendo remexidos e então Calem me puxou pra baixo da mesinha de computadores.
– O que quer que aconteça, não sabia daí. – Ele me avisou e então se levantou. Foi quando uma luz púrpura invadiu a sala, mas eu tinha a plena certeza de que não era a pedra, afinal, ela estava há poucos centímetros de distância, ainda em meu campo de visão, agora caída no chão por causa da última explosão.
O brilho roxo aumentou e aumentou, então eu ouvi o grito de Calem, que caiu de costas no chão, desacordado.
Foi então que me lembrei de eu ainda tinha uma carta na manda: eu tinha um único Pokémon junto comigo e esse único pokémon era melhor do que nenhum. Peguei a pokébola de Eevee e tomei coragem, saindo das sombras para encarar o vilão dessa história.
– Ba! – Disse o estranho boneco à minha frente. Era um Pokémon, mas eu não sabia dizer de qual, espécie.
– Ai meu Arceus! Ai meu Arceus!
Lancei a pokébola de Eevee para cima sem pensar duas vezes e assim que o Pokémon saiu de dentro da bola, a biblioteca vazia e escura se encheu com um brilho prateado. O brilho especialmente emitido por um Pokémon Shiny.
– Ueee... Eevee estremeceu ao olhar para seu oponente. Aparentemente ela havia se assustado com a aparência horrenda dele. Aliás, ele até que combinava com o Halloween. O Pokémon (Não sei o nome e nem tinha como saber por que eu estava sem minha pokédex) parecia um boneco de vodu e possuía um zíper estranhíssimo na boca. Restava saber por qual motivo, causa, razão ou circunstânciaele atacara a biblioteca.
Mas não havia tempo para discussões. Calem estava no chão, desacordado, e o Pokémon já preparava seu próximo ataque. Um Shadow Ball, aparentemente. Shadow Ball é um golpe tipo Fantasma, mas muitos pokémons de outros tipos aprendem, entretanto, a julgar pela aparência de “Ba”, eu acredito que ele realmente pertença a esse tipo.
– BA-NE-TE! – O Pokémon gritou e disparou a esfera de energia negra contra Eevee! O golpe explodiu na cara da Pokémon, mas aparentemente nada aconteceu com ela.
– Uee... – Eevee lançou um olhar furioso para o Pokémon Fantasma e ele respondeu fazendo uma cara assustadora.
– Argh... Minha cabeça...
– CALEM! – Gritei surpresa ao ver Calem recuperando a consciência, e o garoto logo voltou sua visão para o Pokémon parado na minha frente.
– Y, é um Banette!
– Banette? – Perguntei. – É, acho que foi isso que ele “disse”. – A única coisa que os pokémons sabem dizer em “nossa língua” é o seu próprio nome, além de emitirem ruídos primitivos. Logo um Pokémon que fala “BA-NE-TE” só podia ser um Banette.
Nisso, Banette começou a ficar escuro. Seu corpo estava imóvel, parado como se fosse uma estátua e seus olhos brilhavam intensamente em um tom de vermelho. Então, como se fosse mágica, o chão abaixo de seus pés começou a ficar roxo, exatamente no mesmo tom púrpuro da pedra. A luz roxa foi se espalhando pelo chão até atingir as paredes, onde formo uma espécie de “caixa” telecinética, prendendo a todos lá dentro.
– Mas o que é isso?
– “Trick Room”! Banette inverteu a ordem de ataques! Quando “Trick Room” é ativado, os pokémons que atacam primeiro são os mais lentos, no caso a Eevee é mais lenta que Banette.
– E isso lá é uma desvantagem? Vamos, Eevee! Use Sand-Attack!
Eevee começa a “cavar” o chão da biblioteca, jogando um pouco de pó contra Banette. O Golpe não parece ter muito efeito, mas o bom desse golpe é que, apesar de não causar danos físicos, ele diminui a precisão do oponente.
Mas Banette começa a brilhar em um tom de azul, e então, quando percebo, eu já estou no ar. Olhei para o lado e tanto Calem quanto Eevee estava flutuando. Então reconheci o movimento utilizado por Banette: Psychokinesis.
– Ban! – E Banette lançou nossos corpos contra a parede, prendendo-nos.
Nós, agora cem por cento indefesos, não tínhamos o que fazer. Foi quando reparamos o que Banette estava pretendendo. O Pokémon pulou de cima da mesa cheia de cacos de vidro e se ajoelhou no chão, onde pegou aquela pedra que estava brilhando.
– Y... – Calem disse. Aquela é uma Mega Stone! E você sabe pra que servem as mega Stones?
– Pra Mega Evoluir os Pokémons. – A ficha finalmente caiu. Se aquela era uma Mega Stone então era uma Banettite, a pedra responsável por Mega Evoluir Banette. E a razão pelo Pokémon ter atacado a biblioteca agora era óbvia: ele foi atraído pelo brilho da pedra e reconheceu que era ela que ele precisava para Mega Evoluir.
Então, em uma fração de segundo, fomos soltos do Psychokinesis, e caímos de joelhos no chão.
Banette então ia em direção à janela novamente, quando me levantei e gritei:
– Eevee, use Bite! – Então Eevee disparou na corrida e acertou Banette, fincando uma poderosa mordida no braço dele.
– Se você quer ir, antes vai ter que terminar nossa batalha! – disse Calem.
– Ban! – Banette deu um sorriso estranho por trás daquele zíper. Não sabíamos se estava contente ou se estava sendo irônico. Ele acenou, como se desse um Tchauzinho.
Banette então juntou as mãos, formando uma esfera de energia negra: Shadow Ball.
– Eevee, use Quick Attack!
E Eevee correu e correu. Quando chegou perto de Banette, ele lançou o Shadow Ball, que explodiu na cara de Eevee, mas não a conteve. A Pokémon correu mais ainda e quando foi atingir Banette, uma surpresa: Ela atravessou seu corpo fantasma.
– Mas--
– Y, Pokémons tipo Fantasma tendem a “anular” o efeito de golpes tipo Normal e Lutador. Eles são imunes a esses tipos de movimentos!
– Ah, é mesmo! Tinha me esquecido desse detalhe! – Falei um pouco constrangida. – Mas desse ele não vai me escapar: Use Bite!
Eevee aproveitou que estava perto e avançou em Banette, dando uma mordida poderosíssima em seu braço.
– Ban! – Banette sentiu a força do golpe. Então notei que os olhos dele estavam azuis, como se fosse usar Psychokinesis, mas de repente, retornaram à cor normal.
– Calem, você viu aquilo?
– Acho que foi o efeito do Sand-Attack! Tardio, mas em boia hora!
– Então nesse caso, vamos atacar novamente! Last Resort não vai funcionar, Quick Attack também não... Bite de novo? Vamos, Eevee! Vamos deixar esse Banette mais confuso ainda! Sand-Attack!
Eevee então começou a lançar pó contra Banette, que parecia espirrar com a nuvem de poeira.
– Ban!  Banette se levantou e mirou um Shadow Ball em Eevee, que estava à sua frente. O golpe foi lançado, mas Banette errou a pontaria, não acertando o Pokémon.
– Agora, Eevee! Use o Bite!
Eevee aproveitou e avançou em Banette, dando-lhe mais uma dentada.
– Ban! – Banette sacodiu o braço, tentando remover Eevee, mas de nada adiantou. Eevee continuava triturando Banette com seus dentes.
A raiva explodiu por dentro de Banette e seus olhos ficaram azuis mais uma vez. Foi então que Eevee começou a ser levitada por vibrações paranormais. O Psychokinesis havia funcionado dessa vez.
Banette então começou a se aproximar de mim. Colocou a Banettite em baixo do Braço e começou a se aproximar e se aproximar e se aproximar. Foi então que ele agarrou meu braço. Senti uma pressão e percebi que ele estava apertando meu relógio. E foi neste exato momento que aconteceu. A pedra presa no meu “Mega Ring” entrou em sintonia com a Banettite segurada por Banette e o pokémon começou a trocar de forma...
Se Banette por si só já era assustador com um único zíper, Mega Banette então parecia ter saído de um filme de terror. Ele continuava com um zíper na boca, mas havia mais zíperes em diversas partes de seu corpo, incluindo um que cortava a face, como se fosse uma cicatriz enorme. Sem contar na aura negra que emanava se sua pele...

Artwork original por Ryan-Sprite (Deviantart)
Todos os Créditos vão ao criador

Ou-Mai-Góde, como diz a Shauna... – exclamei.
Assim, Mega-Banette deu um salto e atravessou a janela, pulando do 1º andar.
– Eevee, temos que ir atrás dele! Acha que podemos pular da janela com o Last Resort?
– Uee! – Eevee acenou a cabeça positivamente, então fomos para a janela. Agarrei-me bem firme ao Pokémon, que começou a brilhar em um tom de branco. Pulamos pela janela e antes de cair no chão, os pés de Eevee amorteceram a queda, como se fossem dar um chute em algum objeto.
– Lá está ele! Corre! ESSA BATALHA AINDA NÃO TERMINOU!!
– Corre, Eevee! Use o Bite mais uma vez!
Eevee correu e atacou Banette pelas costas, acertando-lhe uma mordida poderosa.
– Mas o que está acontecendo? – A Srta. Le Blanc chegou, acompanhada de Zack e Matthew.
– Eu sabia que a Y iria se meter em confusão! – disse Matt.
Mas eu não estava nem aí pra eles. Eu precisava derrotar aquele Banette maldito. PRECISAVA. Em primeiro lugar, porque ele atacou o Calem, e em segundo lugar, porque ele me atacou e atacou também a Eevee. Mas principalmente porque ele atacou o MEU Calem.
– Y! – Matthew me puxou por um braço. – Dê isso para a Eevee!
Ele então me entregou um disco. Não pensei duas vezes: lancei o disco para Eevee, que o abocanhou, pegando o item na hora.
– “Dazzling Gleam!” – Sim, aquele disco era um TM do tipo Fairy e agora Eevee poderia lançar o seu melhor golpe contra aquele Banette descarado.
A Pokémon brilhante começou a ficar envolta por uma aura cor-de-rosa e então o poder emergiu de dentro dela. Eevee lançou uma rajada de luz rosada contra Banette, que foi atingido com tudo.
– Ban! – Banette caiu de costas no chão, derrubando a Banettite no chão e assim retornando à sua forma natural, com apenas um zíper.
– Pokébola, vai! – Peguei uma pokébola com Zack e a lancei imediatamente contra Banette, que foi engolido pelo objeto por inteiro.
– Agora temos que esperar...
A Pokébola começou a se balançar de um lado para o outro. Quando pensávamos que iria parar de balançar, ela balançava mais uma vez...
– Vamos, vamos, vamos...
Mas a pokébola insistia em continuar se mexendo. Banette AINDA não havia sido capturado.
– BAN! – E para minha surpresa, o pokémon escapou de dentro da bola, revelando seu sorriso medonho.
– Meu Arceus, mas esse Banette é de ferro! – gritei, agora com muita raiva por a captura ter falhado. – Eevee, vamos mostrar quem é que manda! Mostre o seu novo golpe, Dazzling Gleam mais uma vez!
Eevee ficou envolta pela aura cor-de-rosa e agora parecia brilhar mais ainda, pegando todo o brilho prateado da luz da lua. Então, o golpe começou a fluir e uma rajada energética brotou da boca de Eevee, atingindo Banette em cheio.
– Ban--
Banette caiu duro no chão, mas ainda assim ele não havia sido derrotado.
– Dessa vez tem que dar certo! – Juntei a pokébola no chão e lancei-a novamente contra o Pokémon fantasma. – Pokébola, vai!
A bola voou e bateu na cabeça de Banette, engolindo-o por inteiro. Assim, ela se fechou e começou a balançar de um lado para o outro no chão...
– Vai, vai...
E a Pokébola continuava mexendo...
– Grrrrr! – A raiva começou a tomar conta de mim, quando de repente...
“TUUUUM!” – O sinal sonoro que veio da direção da Pokébola indicou a conclusão da captura. Finalmente! Banette havia sido pego.
– Hahah! – Juntei a pokébola, que misteriosamente começou a desaparecer de minhas mãos...
– Mas o que--
– Calma, Y. – Disse a Srta. Le Blanc. – Quando se tem seis pokémons em um time, a partir da sétima captura, eles são automaticamente transportados para o lugar de onde você pegou a sua Pokédex. Foi com o Sycamore ou foi com o Patrice?
– Peraí! Quer dizer que após a sétima captura os meus pokémons ficam armazenados em Lumiose?
– É, exatamente. – concordou a senhorita. – Mas agora acho que você está metida em uma grande encrenca! Vocês dois! – Ela apontou para Calem, que vinha chegando. – Vão ter que pagar um vidro novo para a biblioteca!
– Mas não fomos nós! Foi o Banette! Ele--
– Vocês vão ter que ir falar com o diretor!

Depois de ouvirmos a notícia ruim de que teríamos uma suspenção (ainda que de 1 dia) por termos entrado na Biblioteca à noite e de que teríamos de pagar pelos vidros quebrados e outros danos causados, subimos as escadas e fomos para o dormitório.
            – Calem, me desculpa... Eu... Eu acho que estraguei o seu Halloween!
            – Por quê? – Ele perguntou.
            – Ora, porque fui eu que fiz você sair do baile! E nós fomos até a biblioteca por minha culpa. Agora nós dois estamos encrencados.
            – Você não tem que se desculpar, Y. Acidentes acontecem! E por falar em Halloween, tá todo mundo lá no baile... E nós dois estamos aqui sozinhos... O que acha de continuar de onde paramos, hein?
            E então Calem se aproximou lentamente e me beijou, selando assim a noite de Halloween mais aventurada que eu já tive...

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Pokémon XY Adventures || Forever and Always (Season 2) – Publicado originalmente em Janeiro de 2014 / Republicado em Outubro do mesmo ano – A cópia ou distribuição desse material é totalmente proibida.
Pokémon e todos os respectivos nomes aqui contidos pertencem à Nintendo. A(s) personagem (ns) – Srta. Le Blanc, Diretor Chevalier, Professor Patrice, Darkstorm, Wicked, Matthew e Zack – foi (ram) criado(s) por “ #Kevin_, portanto é proibida a cópia ou o uso sem a autorização do mesmo.

~ Ao escrever a fanfic o autor não está recebendo absolutamente nada, ou seja, não há fins lucrativos e nenhuma obtenção de lucro com a escrita dessa história. ~

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