Anteriormente em Pokémon XY Adventures, Y entrou no Pokémon Contest a fim de obter um novo certificado, que lhe dará a chance de visitar mais um ginásio da região de Kalos. O primeiro Round pareceu extremamente fácil, mas será que na Rodada de Batalhas ela irá se sair bem ao lado de seu mais novo Pokémon, Klefki? Será que Klefki terá experiência em combates o suficiente para derrotar seus oponentes? O que o destino reserva à nossa heroína?
Capítulo 11 - Pt.2
#Confusion in the Competition
Imagem Original - http://gobixhoukou.deviantart.com/art/Pyroar-399898425 *Todos os Créditos vão para Gobixhoukou, o Criador* |
– Klefki! Use Mirror Shot!
O Pokémon Chaveiro cria uma esfera de energia azulada, repleta de brilho e começa a girar enquanto segura a bola energética. Ao girar, o brilho da esfera impregna no metal de seu corpo, dando-lhe um toque cintilante. Anthony perde mais pontos.
– Ariados, Night Shade!
Os olhos de Ariados se tornam tão negros quanto o céu à noite e de dentro deles sai uma rajada negra contornada por um tom vermelho-escuro, que avança pra cima de Klefki, atingindo-o em cheio. A colisão entre as energias de Mirror Shot e Night Shade acabam formando uma grande explosão no centro do palco, que acaba por jogar Klefki longe.
– Klef!
– Klefki, não!
Percebi meus pontos se indo por água abaixo. Já estava na metade.
– Ariados, use Infestation!
A aranha salta pra cima de Klefki, que ainda estava caído no chão, imobilizando seu corpo contra o chão. – Meus pontos caíram mais uma vez – Em seguida, O corpo de Ariados fica todo verde, como se carregasse uma energia poderosíssima dentro de si, espalhando um brilho mágico pela luz do estádio, e a plateia vibra.
Mais uma vez, meus pontos caem, e as luzinhas agora abaixo da minha imagem assumem a cor vermelha. Estou quase sendo derrotada por uma aranha asquerosa. E agora? O que será de mim?
Ariados começa a ficar cada vez mais verde e uma nuvem de pó brilhante é esguichada pelo ferrão em seu traseiro, indo em direção à Klefki tão rápido quanto um enxame de Beedrill.
Enquanto isso, a expressão facial de Ariados continua a intimidar a plateia, mas agora está afetando a Klefki também, que parece estar completamente imobilizado, não só pelo corpo do Pokémon Inseto, mas como também pela sua cara intimidadora.
E o Pokémon Chaveiro não tem como se defender. O Enxame de insetos naquela nuvem de poeira verde parecia se aproximar rápido demais e já estava encostando nas “chaves” que ele carrega consigo. E foi naquele instante de agonia e desespero que eu tive uma ideia para tirar meu Pokémon daquela situação...
– Fairy Wind! – Gritei.
E o corpo de Klefki, ainda aprisionado por Ariados começou a vibrar, produzindo um doloroso barulho de metal rangendo. Então, quando o Infestation se aproximou o suficiente para começar a penetrar o aço, um tufão de vento surgiu acompanhado de um grande estouro, jogando o corpo de Ariados contra o teto do Hall e assim, afastando-o de perto de Klefki.
– ARIADOS!
O Corpo de Klefki agora estava protegido. O Vento ao seu redor erguia uma barreira contra o Infestation e o poder do golpe foi forte o suficiente para empurrar Ariados e assim garantir uma “liberdade” ao Pokémon.
– Yeah! Agora use Thief!
Klefki começou a brilhar em um tom púrpuro no mesmo instante em que as rajadas de vento ao seu redor cessaram. Nisso, Ariados já havia caído de pé, de volta ao chão e pronto para a batalha.
– Leech Life! – Anthony Gritou, ordenando seu Ariados, que brilhou em um tom de verde-morto, avançando em direção a Klefki.
Por um instante, os dois pokémons se impulsionaram e avançaram um contra o outro. A Colisão entre os dois golpes parecia ser inevitável. De um lado vinha o tipo metálico com todo o seu esplendor roxo, e do outro, o tipo venenoso, que corria enquanto deixava uma camada de luz verde para trás, como um rastro fosforescente.
Ariados avançou mais um pouco, e Klefki também. Os dois então aumentaram a velocidade. E Mais. E Mais. E Mais. Assim, os corpos dos dois gladiadores entraram em contato um com o outro, ocorrendo uma grande troca de energia que acabou por formar faíscas e um segundo depois, uma explosão tomou conta do palco.
Klefki foi jogado para longe, mas Ariados parecia ter ficado preso dentro da fumaça.
– Klefki, você está bem?
Então percebi que ele parecia segurar alguma coisa com suas chaves. Parecia uma fruta. Uma fruta mastigada. Uma maçã talvez.
– Klef!
Então Klefki começou a girar no ar, enquanto um brilho azul atingiu todas as suas células e logo desapareceu. Foi quando eu percebi que parte de sua energia perdida na batalha havia sido restaurada. Então tudo fez sentido. Klefki conseguiu roubar o item que Ariados segurava quando utilizou o Thief. E esse item só podia ser Leftovers.
Nisso, um sinal sonoro atingiu todo o palco. Os cinco minutos de batalha haviam se passado e estava na hora de ser anunciado o Campeão da Batalha. Olhei para Anthony e ele já estava com Ariados por perto. O Pokémon havia conseguidos escapar da fumaça.
Dana pegou o microfone e começou o seu discurso.
– Muito bem, Senhoras e Senhores! Passaram-se os cinco minutos e está na hora de descobrirmos o campeão da batalha! – Nada que a gente já não saiba. – Quem tiver com mais pontos acumulados poderá prosseguir para a próxima etapa! Vamos ao telão!
A mestra de Cerimônias estendeu o braço com a mão aberta em direção ao telão, que agora estava completamente branco. Nossos rostos, tanto o meu quanto o de Anthony apareceram na tela, e de repente, apenas um rosto ficou, seguido da imagem do Pokémon utilizado durante a disputa.
Foi então que um impulso atingiu todo meu corpo, estremecendo-me. Uma adrenalina, uma emoção. Algo tão forte para poder se explicar com palavras. Uma felicidade iminente que acompanhava cada vitória minha.
– Yeah! Klefki, nós vencemos! – comemorei.
– É isso aí! E a vencedora da primeira batalha é Y, de Lumiose City! Sinto muito Anthony, não foi dessa vez! – Dana anunciou oficialmente.
– Ei! Anthony! – Gritei para o coordenador que saía de cabeça baixa do palco, ao lado de seu Ariados. – Espera!
Anthony virou o rosto em direção a mim e eu corri em direção a ele, estendendo minha mão. Surpreso, ele estendeu a dele também e nos cumprimentamos. Uma batalha honrada valia dez vezes mais do que uma batalha comum.
***
Depois de voltar para o camarim, agora aliviada por ter derrotado o tão poderoso Ariados, quem foi para o palco foi Lana, a menina loira que utilizou o Wobbuffet no primeiro Round e Trevor, meu colega. Alguma coisa me dizia que a batalha entre os dois ia ser emocionante. E não é que minha intuição estava certa?
– E que comece a partida! – Gritou Dana, dando a largada.
– Muito bem, Florges, é com você! – Trevor disparou sua pokébola para cima, liberando de dentro dela o Pokémon Florges, iluminado por um belo selo de pétalas.
As pétalas vermelhas que saíam da pokébola contornavam o corpo do Pokémon tipo Fairy, dando um contraste com sua cabeça, que é coberta por suas próprias pétalas, mas na cor laranja.
Enquanto isso, Lana já estava lançando seu Pokémon. Ela jogou a pokébola para cima e um padrão de raios coloridos surgiu de dentro dela, revelando o imponente Pyroar. Quando olhei para o relógio, através da televisão na salinha dos bastidores, ambos os treinadores, quer dizer, coordenadores, já haviam perdido pontos, apenas por fazerem entradas com Selos de Pokébola.
– Florges, use Moonblast!
– Pyroar, Flamethrower!
O tipo Fada criou uma esfera de energia invocando o poder da lua diretamente para o campo de batalhas, ou melhor, para o palco, enquanto o tipo fogo se deteve em criar uma rajada de fogo ardente, que foi disparada imediatamente na direção ode seu oponente.
Mas Florges foi rápida e disparou a esfera de energia criada por Moonblast diretamente na direção do Flamethrower e os golpes, ao colidirem, explodiram no ar, evitando que qualquer um dos dois acabasse sofrendo danos.
– Pyroar, nós só precisamos de um movimento para acabar com eles!
O Pokémon rugiu, mas Trevor ignorou e logo mandou Florges atacar.
– Razor Leaf! – Disse ele, e uma rajada de folhas cortantes foram invocadas pelo Pokémon, formando uma chuva de navalhas que avançada ligeiramente na direção de Pyroar.
– Pyroar, use Flame Charge!
Dito isso, o corpo de Pyroar começou a se autoincendiar e de repente, o Pokémon estava completamente envolto por chamas hostis, que giravam e giravam ao redor de sua enorme juba. Não demorou muito e ele começou a correr – praticamente voar – em direção a Florges.
– Florges, vamos nos proteger! Use Substitute!
Mas Pyroar não parou e avançou contra Florges, atingindo-a com tudo. Só que, de alguma forma, ao encostar na Pokémon, não era mais Florges quem estava lá, e sim, um boneco de pano, um substituto.
– Florges, vamos usar o Petal Dance!
Florges apareceu atrás de Pyroar e de repente, um furacão de pétalas cor-de-laranja apareceram, atingindo o tipo fogo em cheio.
– Cain! – Pyroar foi atingido em cheio, e arremessado pra longe.
Nisso, o substituto que estava bem à sua frente desapareceu, levantando uma fumacinha no lugar de onde ele estava.
A plateia vibrou com a agitação na batalha.
– Vamos, Pyroar! Um movimento! – Lana tornou a repetir, agora com seus pontos quase esgotados.
Pyroar engoliu a dor e se levantou, encarando Florges frente-à-frente.
– Incinerate!
E de repente o corpo do tipo fogo tornou-se vermelho, completamente vermelho. Todas as suas cores foram substituídas pelo tom rubi, e uma fumaça começou a sair de seu pelo. Seu corpo estava incinerando.
– Ah, meu Arceus! Florges, saia já daí!
Mas Florges não conseguiu escapar. Quando percebeu, Pyroar já havia pulado em cima de dela e utilizado de toda a sua energia para acertar a Pokémon. Não demorou muito e deu o resultado. O telão piscou imediatamente anunciado a desclassificação de Trevor. Florges havia sido derrotada. E com um único golpe, como Lana previu.
***
Os próximos a subirem ao palco foram Tierno e Shauna. Não dava pra imaginar aqueles dois batalhando, mas eu sabia que Shauna tinha um sangue frio e estava pronta pra derrotar quem tivesse que derrotar. E assim, foi. Ela iniciou uma batalha selvagem contra o próprio amigo.
– Sliggoo, vai!
Uma lesma dracônica surgiu da Pokébola de Shauna, rodeada por bolhas de sabão, que batiam e estouravam em sua pele pegajosa.
Enquanto isso, do outro lado do campo, Tierno disparou sua pokébola, revelando um Pokémon delicado e muito parecido com o Florges de Trevor, Roserade.
– Rose! – A Pokémon tipo Planta surgiu com um espetacular selo de chamas azuis, que quanto mais ardiam, mais revelavam a fisionomia da Pokémon.
– Sliggoo, use Rain Dance!
A Lesma logo obedeceu Shauna, lançando uma bola de água para cima. A esfera explodiu em pleno ar e se transformou em nuvens negras, nuvens de chuva, que cobriram toda a extensão do palco.
– Não seja por isso! Roserade, Weather Ball!
As nuvens invocadas por Sliggoo logo começaram a chorar, derramando litros e mais litros de água sobre o palco, que começou a inundar, Mas Tierno foi esperto. Ele tinha na manga um golpe que mudava conforme o tempo: Weather Ball!
Roserade disparou uma bola de energia branca contra Sliggoo e ao atingir a lesma, a bola se espalhou como água, deixando o corpo do oponente mais molhado e mais escorregadiço ainda.
– Sliggoo, Muddy Water!
Shauna foi rápida e Sliggoo mais ainda. De repente, bem na frente da lesma, surgiu uma espécie de “onda”, que levantou, levantou e levantou até atingir uns 5 metros de altura. A água suja e lamacenta partiu em direção à Roserade no momento em que a onda quebrou, correndo tão rápido quanto um tsunami.
A colisão era inevitável. Roserade foi submersa no lodo, mas de qualquer foram, o golpe não foi tão efetivo. Ah, esqueci que isso não importava em Contests. A “Apresentação”, a “Performance” de Shauna havia sido muito boa e Tierno havia perdido alguns pontos com isso.
– Vai, Roserade! Poison Sting!
A Pokémon-Roseira levantou-se rapidamente, cuspindo bombinhas púrpuras contra Sliggoo. Mas quando ele percebeu, não eram bombinhas e sim espinhos, que agora penetravam sua pele sebosa.
– Sliggoo, não!
Mas era tarde. Sliggoo havia sido infectado e agora estava sofrendo de “Badly Poison”, uma condição de status como as queimaduras, mas só que pior.
– Ah, é? Mas você vai ver! Vamos preparar nosso melhor movimento, Sliggoo! Draco Meteor!
A Lesma grudenta começou a brilhar em um tom de roxo e depois passou para um tom de laranja intenso, quase como se fosse pegar fogo. Então, mais do que depressa, uma bola de energia se formou na boca dela. Imediatamente a bola foi lançada em direção às nuvens negras, que ainda estavam a mandar água para todos os lados...
BOOOM!
Pensei que tudo ia explodir, mas não. A única coisa que atomizou foi a esfera energética lançada por Sliggoo. A bola simplesmente se dividiu em várias outras, formando “meteoros” de energia, que esvoaçaram pelo campo inteiro...
– Roserade, não!
Mas eram muitos meteoros para que a Pokémon pudesse escapar, e o telão teve de acusar: Roserade estava fora de combate. Tierno foi desclassificado e a vitória passou imediatamente a ser de Shauna!
– Yeah! Arrasei! – Ela se achou, como sempre, mas isso não me surpreende mais.
O que realmente me surpreendeu foi o que aconteceu com Sliggoo no momento em que a batalha terminou. Seu corpo começou a brilhar.
– Ou-Mai-Góde! – O Bordão da infeliz não podia faltar, ainda mais num momento de evolução inesperada, como a de Sliggoo, que logo se revelou como Goodra.
Não dava pra acreditar: A Lesma havia crescido e ficado muuuuito fofinha. Nem parecia ser viscosa ou... “nojenta”, como era antes. Goodra era um Pokémon totalmente novo e extremamente poderoso.
– Goodra? – Shauna se aproximou do Pokémon, espantada. Então correu e abraçou a lesma-dragão, inundando-se na gosma expelida por seu corpo.
“Argh” – A plateia desaprovou essa atitude...
***
O Tempo se passou e finalmente a última batalha chegou... Agora era Diana contra Álvaro, dois oponentes aparentemente muito fortes... Quem quer que ganhasse aquela batalha seria um verdadeiro desafio.
O Charmeleon de Álvaro enfrentou com muita bravura o poderoso Togekiss de Diana. Os dois entraram em campo utilizando o mesmo selo de pokébola – uma coincidência e tanto. – que era um raro selo explosivo – Bom, agora não tão raro assim...
– Char! Meleon!
– Toge! Toge!
E disputa mal começou quando Álvaro disparou uma rajada de Flamethrower contra o Togekiss, mas Diana foi mais esperta e demonstrou dominar a arte das batalhas aéreas, fazendo voos rasantes que permitiram a Togekiss se esquivar de todos os esguichos de chamas.
– Togekiss! Charm!
O Tipo Fairy então piscou o olho e uma rajada de coraçõezinhos brilhosos surgiu de seu peito e foram em direção ao de Charmeleon, penetrando o Pokémon de fogo.
Não demorou muito e Charmeleon estava babando... POR TOGEKISS. O Poké Voador havia usado um truque para enfeitiçar o oponente, fazendo-o se apaixonar por ela.
– Charmeleon, Headbut! – Álvaro gritou.
O Tipo fogo avançou, mesmo estando na condição de “encantado”, só que Togekiss apenas se desviou e deixou que o Pokémon batesse com a cabeça na parede.
– Aura Sphere!
Togekiss então criou uma bola de aura bem à sua frente e a disparou contra Charmeleon, que foi pego de surpresa pelo ataque... A esfera explodiu, cobrindo completamente o corpo de Charmeleon, enquanto Togekiss rodopiava pelo ar, envolto pelo brilho deixado para trás pelo ataque.
– Charmeleon! Saia já daí e use Fire Pledge!
Charmeleon saltou do meio da fumaça com tudo. Aparentava estar cansado, mas seus olhos já estavam “sóbrios”, o que indicava que o efeito de atração havia passado. Então, o Pokémon de fogo se preparou e atacou, cuspindo uma rajada de chamas verdes em espiral, que avançaram com tudo pra cima de Togekiss...
– Safeguard! – Diana gritou bem a tempo...
O tipo fada rapidamente invocou um escudo de energia púrpura ao redor de seu corpo, protegendo-se por completo do ataque de Charmeleon. Por um triz.
Nisso, o tempo de batalha acabou e Dana se preparou para anunciar o vencedor...
– E quem vai para a nossa próxima fase é...
Ela tipicamente apontou para o telão e...
–... Diana!
A plateia se levantou e começou a aplaudir, mas aplaudir por Álvaro, que apesar de ter perdido, deu um duro danado na batalha. Diana se aproximou e abraçou o garoto. Dana continuou a falar, agora introduzindo nova rodada.
– Agora, obraram apenas Quatro participantes, o que nos dá um total de duas batalhas na próxima rodada! Então, gostaria de chamar as semifinalistas para cá! – As Luzes na porta dos bastidores piscaram em vermelho e todas nós fomos juntas ao palco, enquanto Dana continuava narrando. – O telão irá revelar quem irá batalhar contra quem!
Não demorou muito e as luzes no telão piscaram, embaralhando nossos nomes e formando os pares para as próximas batalhas...
Natalie YvelgressVS Diana Lefevre
Lana Bonnet VS Shauna Bouvié
Num segundo meu olhar estava fixo no telão, tentando captar a estratégia de minha oponente, no outro, distraído, vagando por todos os lados ao ver a energia elétrica ser cortada. A plateia se agitou. Estavam loucos. Não era possível enxergar um dedo à nossa frente. Estava tudo completamente um breu.
– Acalmem-se! – Gritou Dana (agora sem contar com ajuda do microfone), para conter a plateia, que se agitava cada vez mais. – Nossos geradores já irão dar conta do problema!
– Acho que os seus geradores não irão dar conta de nada, dona! – Uma voz debochada pareceu vir de trás de Dana. Quando percebi, um terno brilhante, em um tom vívido, laranja-cintilante avançava em direção ao meio do palco. Era a única coisa que dava pra ver no meio daquela escuridão. Era como se as fibras do tecido daquele terno fossem fosforescentes ou algo do tipo. Foi então que eu me lembrei quem utilizava aquele tipo de terno...
– Ah, não!
Essa foi a última coisa que eu consegui dizer antes de ser imobilizada. Alguma coisa grande e forte se jogou contra mim, mas eu não conseguia identificar o que era... Olhei para os lados e quando percebi, o Team Flare já havia dominado a plateia.
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Senti um cheiro estranho. Era algo irritante, que penetrava nas narinas e percorria até o cérebro. Uma fumaça então começou a se aproximar de meu corpo, no chão. Senti minha pele estremecer e então, meus olhos se fecharam...
***
A sala era escura. Eu não sabia onde estava, mas sabia que estava sendo vigiada. O uniforme ridículo, mas ao mesmo tempo elegante cintilava no escuro.
“Aonde eu estou”? – Fui falar, mas as palavras não saíram. Percebi então que haviam colocado um pano em minha boca, mas eu continuava meio grogue, meio anestesiada. Aquela foi provavelmente uma combinação de Stun Spore com Sleep Powder, por isso que fiquei nesse estado.
– Ah! Acordou, baixinha? – Disse o homem parado à minha frente. Ele se aproximou devagarinho e colocou a mão e minha bochecha, puxando rapidamente a fita que puseram na minha boca. Minha vontade foi de gritar, mas me calei quando ele aproximou sua boca à minha.
– Psiu! – Ele falou baixinho e logo se afastou novamente.
– O-onde estou? – Perguntei.
– Pyroar? – Uma voz atrás de mim falou alto, e de repente um tufão de fogo voou pra cima, iluminando rapidamente o local.
– L-Lana? – Reconheci a voz imediatamente e o Pokémon era o mesmo. Essa não. Essa garota estava infiltrada no torneio o tempo todo. Virei-me e dei de cara com ela, só que seus cabelos estavam ruivos, pintados com uma tinta laranja-fosforescente, brilhando no escuro.
Então juntei as peças no quebra-cabeça. Aquele lugar... Uma caverna. Eles haviam me raptado e me levado para uma caverna. E esse tempo todo havia um membro do Team Flare entre os participantes... Quase surtei.
– Lana? Acha que esse é o verdadeiro nome dela? – O homem deu uma risada debochada. – o meu? Vai dizer que é Anthony?
Sim, Pela primeira vez reconheci a voz do homem. Era “Anthony”, o homem do Snorlax. Ele era mais outro infiltrado no Contest. Só não conheci antes porque a voz através da televisão ou de qualquer gravação fica com um som diferente. Mas sim, agora percebi. “Lana” e “Anthony” estavam envolvidos nisso tudo desde o início. Mas o que queriam comigo? Porque só eu estava ali, com eles dentro daquela caverna úmida e fria?
– Agente “L” – O homem dirigiu-se a “Lana”. – Por favor, fique de vigia. – Lana, quer dizer, L, saiu dali junto de seu Pyroar, indo em direção à entrada da caverna, que provavelmente era bem longe dali.
– O que... O que vocês querem comigo?
– Ela quer falar com você. – Ele respondeu imediatamente.
– Ela quem?
Ele se aproximou de meu rosto e falou baixinho...
– Ela quer saber como você está. Quer saber o que está acontecendo. Se tem feito sua lição de casa... – Ele riu insanamente.
– Do que é que você está falando?
O Capanga então se aproximou mais e mais, apertando meu corpo contra a parede utilizando o dele.
– Não se faça de tonta! – Ele gritou e sua voz ecoou pela caverna.
– Mas o que—
Ele se afastou mais uma vez. Então vi a oportunidade perfeita para sair daquele lugar. Puxei a gravata dele e aproximei o rosto dele...
– Sabia que eu tenho uma... “tara” por caras durões como você?
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Ele pareceu hesitar por um momento, mas eu puxei com força e aproximei seus lábios dos meus, pressionando-os com força em um beijo quente e traiçoeiro. Passei minhas mãos pelo peito dele e fui descendo, descendo... E antes que pudesse chegar “lá”, meu joelho se levantou rapidamente, golpeando o animal bem no meio das pernas.
– Arrgh! – O infeliz caiu no chão, agonizando. Então percebi que minhas pokébolas não estavam comigo. Fiz a primeira coisa que passou pela minha cabeça. Joguei-me em cima do cara, batendo nele com o peso de todo o meu corpo e prendendo-o no chão.
– Me diz! Cadê minhas pokébolas?
– NUNCA! – Ele gritou, se remexendo, tentando me tirar de cima dele. – Sua piranha!
– Olha como fala! – Apertei o rosto dele com a mão, cravando meus dedos naquelas bochechas rosadas. – Cadê?
– Você só estava com uma. – Ele falou, então me lembrei de que só estava com Klefki. Havia deixado todos os meus outros pokémons com Shauna, no começo do torneio...
“Shauna, eu quero que fique com eles!”
“Porque?”
“Você tem uma bolsa grande! Pode guardar minhas pokébolas? E só vou precisar de um Pokémon nas próximas rodadas!”
“Ah, claro. Mas não pense que vou ser boazinha com você na hora da batalha!”
“Claro que não, sua boba! Eu já disse: Dê o seu melhor.”
– Mas onde está? – Perguntei, dando mais uma joelhada no homem, que gemeu de dor...
Ele levantou a mão e apontou para o lado. Estava escuro, mas consegui enxergar direitinho a localização de minha pokébola.
– Ahá, agora você não me escapa! – Dei um soco bem no nariz do capanga e o deixei atirado no chão. Surpreendi-me cm minha própria força. Fui capaz de dar um jeito num homem adulto sozinha.
Corri em direção ao desconhecido, apalpando a parede no escuro. Contei 10, 40, 50... 150 passos. E eu já estava longe o suficiente daquele imbecil, mas a caverna parecia mais escura do que nunca. Não dava pra enxergar nadica de nada.
– Certo, Y! Você só tem uma alternativa... Ou melhor, duas! Liberar o Klefki e revelar minha localização... Ou... Continuar em frente.
E foi o que eu fiz. Continuei. Sentia-me como uma cega. A escuridão parecia cada vez maior e as paredes pareciam cada vez mais rígidas, mais rochosas.
Senti com o pé uma pequena elevação, como degraus. Subi depressa a pequena escada natural e continuei apalpando a parede. Tocava na rocha, cega, procurando por uma saída quando finalmente a rocha acaba. Simplesmente toquei o ar. Então percebi que havia uma porta à minha frente. Mas ainda não era a saída.
Entrei na “sala” rapidamente quando um estouro ecoou pela caverna. Ouvi o grito de “Anthony” lá atrás e em seguida passos barulhentos ecoando pelas paredes.
– Ai meu Arceus! O que será que está acontecendo?
Decidi que a melhor alternativa era me esconder e fazer o mínimo de barulho possível, afinal, em um local escuro como aquele era impossível de alguém me achar. Mas foi então que percebi um Flash. Uma luz extremamente radiante vindo do outro lado.
Peguei minha pokébola e me preparei para lançá-la, quando me deparo com o “inimigo”.
– Y! – Shauna gritou! – Você está bem?
– Um pouco. – Respondi, tentando analisar de onde vinha aquela luz toda. Foi então que percebi um pequeno Inkay, flutuando ao redor de Shauna.
– Vamos sair daqui! Eles já estão vindo atrás da gente! CORRE!
Inkay flutuou mais à frente e a luz foi se espalhando pelo resto da caverna. Corremos atrás do Pokémon e finalmente a escuridão ao nosso redor pareceu aliviar. Estava ficando mais claro. Estávamos perto de uma saída.
– Lá está! – Apontei para a enorme abertura na parede de pedras.
Corremos rapidamente em direção à saída ao mesmo tempo em que som de passos ecoava pelas paredes. “Eles estão perto”, pensei.
Passei correndo pela abertura e depois saiu Shauna.
– Temos que dar um jeito neles, Shauna! Vão nos pegar! E se não nos pegarem hoje, vão vir atrás de nós! Eu sei disso!
– Isso é tudo o que eu posso fazer no momento! Inkay, Dark Pulse!
O pequeno Pokémon de tentáculos mirou uma bola de energia negra na rocha acima da saída da caverna. Ao atingir a pedra, a bola explodiu, liberando ondas pulsantes para todos os lados e se espalhando rapidamente pela parede.
Então toneladas e mais toneladas de pedra desmoronaram, bloqueando a passagem.
– Ufa! – Suspirei, aliviada.
– Ainda temos que sair daqui!
– Onde estamos?
– Reflection Cave! Aqueles dois panacas te arrastaram até aqui, mas graças a Arceus eu consegui te seguir!
– E como vamos sair daqui?
– Por sorte essa caverna fica ao sul de Shalour City, então, estamos perto de casa. Mas se esses dois conseguirem fugir, então nós teremos de correr.
– Alguma ideia?
– Sim. – Shauna respirou fundo e lançou uma pokébola pra cima.
– Absol? – Me perguntei, tentando entender o que Shauna planejava.
– Y, suba nele e vá.
– O que?
Olhei para Absol, que me encarava seriamente com aqueles olhões vermelhos.
– Mas e você?
– Eu vou a pé. Estamos perto, mas eu tenho certeza de que estavam atrás de você, portanto esconda-se.
Shauna tinha razão e eu não tinha tempo pra pensar em outra solução. Montei no Pokémon e disse “Pra escola”. A essas alturas do Campeonato, minha competição havia decolado, havia perdido a oportunidade de ganhar um certificado de Pokémon Contest, meu “passe livre” para batalhar no ginásio. O melhor lugar a se ir agora era com certeza a escola. Um lugar seguro e bem protegido.
Enquanto isso, a Team Flare estava atrás de mim, e as palavras do capanga não saiam de minha cabeça. “Ela quer falar com você. Quer saber como você está.” Nada fazia sentido, mas decidi que deveria esquecer tudo aquilo. Tudo o que eu precisava nesse momento era de um abraço bem forte do meu Calem.
Continua...
Pokémon XY Adventures || Forever and Always (Season 2) – Publicado Originalmente em Janeiro de 2014 // Republicado em Outubro do mesmo ano – A cópia ou distribuição desse material é totalmente proibida.
Pokémon e todos os respectivos nomes aqui contidos pertencem à Nintendo. A(s) personagem (ns) – Diana, Anthony e Lana – foi (ram) criado(s) por “ #Kevin_ ”, portanto é proibida a cópia ou o uso sem a autorização do mesmo.
A(s) personagem (ns) – Álvaro – foi enviado por um leitor da fanfic – “ megapikachu ”, portanto é proibida a cópia ou o uso sem a autorização DELE.
*Todos os créditos vão aos autores das Fanarts postadas no capítulo*
~ Ao escrever a fanfic o autor não está recebendo absolutamente nada, ou seja, não há fins lucrativos e nenhuma obtenção de lucro com a escrita dessa história. ~
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