XY Adventures 2 (New Era Book) 14


Calem e eu estávamos à procura de novos Pokémons. O Objetivo era simples: Pegar o máximo de Pokémons o possível para o próximo ginásio, que, aliás, foi liberado para nós dois pelo diretor devido os acontecimentos das duas últimas semanas.

Talvez fosse algo simples para se fazer, mas para nós foi um verdadeiro desafio (como sempre). Isso porque nada aconteceu como esperávamos... E quando eu digo NADA é NADA MESMO.


POKÉMON XY ADVENTURES
#HEY, SISTER

Havíamos fugido da escola. A regra era ficar dentro do pátio depois que as luzes se apagavam, mas nós, como somos rebeldes, decidimos sair escondidos, porque é durante a noite que os Pokémons se manifestam em maior quantidade e maior variedade.
Eram Duas e meia da manhã. Estávamos acostumados a dormir cedo para levantar cedo no dia seguinte, então, o sono já batia, mas fomos fortes e seguimos em frente, afinal, o nosso futuro poderia (ou não) depender daquelas capturas. E assim foi. Pegamos uma mochila cada um, com uma corda para escapar, luvas, lanterna, óculos de proteção, pokébolas vazias e outras com nossos pokémons, além de alguns itens de treinador, como Revive, Max Potion e algumas Gems.
– Por aqui!
Calem foi na frente, passando por uma trilha de folhas secas. O barulho era inevitável, embora pisássemos o mais leve o possível sobre elas, afinal, não queríamos espantar nossa captura.
            – Psiu! Calem, ali está! – Cutuquei Calem e o fiz mirar a visão diretamente no Pokémon que estávamos procurando há mais ou menos uns 30 minutos. Era um Solosis gelatinoso que o Calem conseguiu achar fofinho.
            – Esta é a sua última chance! Se ele fugir de novo, desista!
            – Pode deixar! Dessa vez vamos prender ele! – O tom de voz de Calem se elevou. – Vai, Pumpkaboo!
            Calem pegou um objeto redondo dentro da mochila e o atirou para cima. Era a pokébola de Pumpkaboo. Depois de inúmeras tentativas de prender Solosis com Frogadier, agora ele decidiu utilizar de outra arma, se é que podemos chamar os pokémons assim.
            – So! Losis! – O Pokémon se assustou e correu em direção à floresta.
            – Ah, não dessa vez! Pumpkaboo, use Shadow Ball!
‘           A abóbora mal-assombrada ligeiramente criou uma esfera de energia escura em sua boca e a disparou contra o Pokémon-célula. A colisão acaba gerando uma nuvem de fumaça escura seguida de ligeiras explosões. Um bom golpe.
            – Vai, Pokébola!
            E Calem lança uma bola que rapidamente atravessa o “campo de batalhas” e acerta o pequeno Pokémon gosmento, engolindo-o.
– Vai, vai... Tem que dar certo...
            A bola começou a se mexer de um lado para o outro, no chão. Parecia que Solosis estava lutando para sair de lá. E foi quando, de repente, ela se abriu e o Pokémon saltou de lá de dentro furioso.
            – Ah, não! Ele escapou!
            – Losis!
            A esfera de citoplasma, completamente irritada, disparou uma rajada de energia poderosíssima contra Pumpkaboo. Identifiquei o ataque como Night Shade. Um golpe tipo Ghost, superefetivo em Pumpkaboo.
            – Essa não! – Calem gritou e correu até o Pokémon, que havia sido lançado bruscamente contra o chão na hora do impacto do golpe. Nisso, Solosis avançou para o outro lado do campo...
            – Losis! – Ele continuava muito irritado e dava pra ver nos seus olhos que ele queria fazer Calem pagar por ter lançado uma pokébola em sua “cabeça”.
            – Calem, cuidado! – Quando percebi já estava acontecendo. Solosis estava em cima de Calem e Pumpkaboo, preparando um golpe. Estava escuro, mas eu acho que aquele era um Flash Cannon.
            Infelizmente o meu aviso não chegou a tempo. Solosis preparou e disparou o golpe com toda a intensidade possível, lançando uma onda de luz prateada – como a luz da lua – nos dois, que estavam completamente indefesos.
            A fumaça levantada pelo ataque ocultou completamente Calem e Pumpkaboo. E eu estava extremamente preocupada. O que havia acontecido com os dois? Estariam bem?
            – Calem! – Gritei, mas tudo ficou no mais completo silêncio. Tudo o que eu conseguia ouvir eram gemidos e o barulho alto de respiração. Alguém estava ofegante, mas... Não. Não era Calem. Parecia vir de trás de mim...
            Virei-me lentamente para trás para ver quem estava ali e eu quase dei um pulo com o susto.
– O que está fazendo aqui?
Havia, de fato alguém parado atrás de mim, e eu conhecia esta pessoa. Graças a Arceus não era o diretor Chevalier procurando pela gente, mas mesmo assim, eu não gostava de estar no mesmo lugar do que... Ela.
Por um segundo me veio à cabeça a imagem de Calem sangrando até morrer, então meu olhar se desviou rapidamente e voltou-se para o interior da floresta. Calem e Pumpkaboo estavam ali, paralisados de medo, mas protegidos. Havia uma barreira de luz que circundou o corpo deles, protegendo-os do ataque iminente. E o mais impressionante era quem havia realizado a defesa, um Pokémon pequenino e familiar...
– Fenn! – Uma raposa peludinha, amarelinha e com orelhinhas de veludo estava exercendo a força telecinética necessária para suportar o “Protect”.
– Fennekin? Mas o que está acontecendo aqui? – Olhei para trás com raiva, encarando-a diretamente nos olhos falsificados.
– Meu Deus... Será que... Será que eu morri? – Calem esfregava os olhos com força (devia estar enxergando estrelas já) tentando ver o que estava acontecendo. – Tem... DUAS Y?
– Duas Y? – Eu e ela gritamos ao mesmo tempo. – Como pode me comprar a ela? – Apontamos nossos dedos indicadores uma para a outra.
– Calem! Nunca mais me compare à Lucy na sua vida! Olha só pra ela! Toda oxigenada e com cara de santinha! Eu por acaso sou assim?
            Lucy, minha querida irmã-gêmea estava parada bem atrás de mim. A vagaba estava usando uma roupa extremamente semelhante (até demais) à minha: blusa sem mangas, saia rodada, meias-calças escuras e um sapato qualquer. Talvez All-Star. Além de a infeliz estar usando praticamente o mesmo traje que eu, a desgraçada ainda tem o dom de ter o mesmo rosto que eu, ter as mesmas feições, o mesmo tudo.
            – Você deveria me agradecer, maninha! Eu acabei de salvar o seu namoradinho! – Lucy empinou o nariz, com uma cara de cheia.
            – A gente... A gente não tá namorando... – Disse Calem, todo vermelho, envergonhadíssimo como sempre.
            – Mas então? O que faziam aqui à esta hora se não era uma festinha de sensações corporais?
            – Lucy, seja educada! Estávamos capturando Pokémons para nossa próxima batalha de ginásio!
            – Hm, sei. – Era respondeu, com ar de desconfiança. – Não está mentindo para a mais velha, está?
            – Não estou mentindo. E, aliás, eu não devo respeito para “a mais velha”, por foram só alguns minutos de diferença entre o nascimento de uma e o nascimento de outra! – Aproximei o meu rosto perto o suficiente para morder o nariz dela e arrancar fora, mas como eu tenho ética (ao menos um pouco) eu não o fiz.
            – Peraí, vocês são irmãs gêmeas?
            – Infelizmente. – Respondemos juntas, cruzando os braços acima da barriga.
            – É por isso que são tão parecidas!
            – NUNCA-REPITA-ISSO! – Lucy e eu gritamos juntas. Nisso, o Fennekin de Lucy salta na frente dela e dispara um jato de brasas contra Calem, a fim de defender sua treinadora.
            – Ah! – Calem se vira de costas involuntariamente, um reflexo para se proteger do ataque. E foi assim que as brasas avançaram e acertaram as costas dele, queimando-as todinhas.
...

            – Já pedimos desculpas! – disse Lucy.
            – Suas malucas! Está doendo!
            Lucy se abaixa perto de seu Pokémon e diz:
            – Continue bombeando água, Squirtle!
            E a pequena tartaruga obedeceu, aumentando a intensidade de seu Water Gun, que batia nas costas de Calem e levantava uma fumacinha.
            – E além de eu ter queimado todas as minhas costas, o Solosis que eu queria pegar fugiu pela floresta!
            – Desculpa, Calem! Acho que fomos longe demais! Mas eu não tenho culpa! É ela quem começa tudo! – digo, tentando acalmá-lo.
            – Ah, agora fui eu quem começou? Escuta aqui sua ruivinha metida a estilista, a conversa não me inclui! Foi você quem começou, dizendo que eu era oxigenada! Eu não tenho culpa se o seu cabelo escureceu com o tempo e o meu não!
            – “Ruivinha metida a estilista”? Você sabe com quem você está falando, dona anoréxica?
            – DÁ PRA PARAR UM MINUTO, PORRA?
            Calem gritou, interrompendo mais uma das 270 brigas que ocorreram desde que Lucy e eu nos encontramos.
            – Vocês são irmãs! Não deveriam brigar tanto! Isso é ruim... Muito ruim, sabiam?
            – Huh... Tenho certeza de que quando a mamãe preferiu escolher ela a mim, a nossa briga foi muito ruim.
            – Ei, a mãe nunca me escolheu, Natalie! E você sabe muito bem que ela dava amor e carinho pra nós duas de maneira igual.
            – Ah, é? E onde está ela agora? Em uma prisão? Morta? Eu não tenho notícia dela há mais, ouça bem pra não dizer que eu estou mentindo, há mais de três anos! E você... Ah, eu tenho certeza de que você sabe onde ela está e eu não!
            – Eu sei... E este é o problema. Mana, eu... Vim até Shalour City porque eu soube que você está por aqui... Eu... Bem... Fiquei sabendo do paradeiro da mamãe e... Bem, ela... Meio que... “foi pega” por gente muito, muito má. E eu preciso da sua ajuda para resgatá-la! É por isso que eu tenho um Fennekin! Ganhei de Pokémon inicial do Professor Sycamore. Depois eu capturei um Squirtle e foi e foi até que meu time se fez completo. Mas só eles não bastam. Eu preciso buscar a mamãe!
            – Espera, espera! Como assim “ela foi pega” e como assim “gente muito, muito má”? – perguntei, ao observar a sinceridade em abundância nos olhos de Lucy. Ela estava falando a verdade, eu sentia isso.
            – Eles estão atrás de mim agora, por sorte consegui despistá-los, mas não sei por quanto tempo! Eu quase que me esqueci completamente deste detalhe! Eu estava fugindo quando vi aquele garoto em perigo e... Natalie, a gente tem que sair daqui! Se eles virem você eles podem pensar que sou eu e vão te atacar! Eles vão te atacar! – As lágrimas começaram a escorrer pela face de Lucy. Ela estava mesmo falando a verdade e por alguma razão do destino, ela estava fugindo quando nos encontrou.
            – Não se preocupe, eu vou te ajudar, maninha.
            – Pela nossa mãe?
            – Pela nossa mãe!
            Abri os braços e aproximei o meu corpo do de Lucy, dando-lhe um abraço apertado e aconchegante.
            – Psiu! Ouviu isso? Acho que tem mais alguém aqui conosco! – Calem estava certo. Havia o barulho de passos por perto. Alguém estava pisando nas malditas folhas secas que faziam barulho.
            Olhei para o lado e vi exatamente quem fazia o barulho.
            – Gente, é só um Ampharos! Deve ter sido atraído pra cá pelos nossos gritos e discussões!
            – Ampharos? – Lucy olhou para o Pokémon com uma cara assustada e me puxou pela mão, afastando-me do Pokémon.
            – Natalie... São eles!
            – Calma Lucy! Esta Floresta está cheia de Pokémons Selvagens! Não podemos nos assustar com o primeiro deles que aparece!
            – Ah, é? E Quantos Pokémons Selvagens podem Mega Evoluir, Y? – O olhar de Calem era de medo, estava aterrorizado, estava falando a verdade... Voltei minha visão novamente para Ampharos ele estava diferente. Havia mudado. Havia Mega Evoluído. Em um piscar de olhos o Pokémon estava maior, mais forte, mais poderoso e com um tipo Dragon adicionado ao seu DNA.
            – A gente tem que sair daqui!
            – Tarde demais, paspalhos! Levantem as mãos!
            Um casal com armas de fogo apareceu atrás da gente, do lado oposto ao de Mega Ampharos. Estávamos cercados. Não havia como correr.
            E foi então que eu reconheci o terno laranja, que era na verdade o uniforme desses caras. Estávamos lidando novamente com os Flares, mas porque eles estariam com a nossa mãe e porque eles teriam tentando me sequestrar uma vez? Com certeza isso não era coincidência.
            – Coloquei as mãos na cabeça!
            Obedecemos e colocamos nossos braços nas cabeças. A mulher se aproximou e nos revistou, com uma atenção especial em Calem ao “revistar” o traseiro dele com um beliscão.
            – Ai! O que está fazendo? – Calem gritou com a mulher, mas ela se aproveitou e encostou a pistola gelada nas costas dele.
            – Calem... São eles! É a Team Flare! Foram eles que tentaram me sequestrar! – Falei baixinho, para que eles não pudessem me ouvir, mas eu tinha certeza de que no silêncio que a floresta estava dava pra eles escutarem e muito bem o que eu tinha dito.
            – EI! MAS O QUE É QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? – Shauna gritou, chamando a atenção dos Flares.
            Era ÓBVIO que nós não íamos fugir sozinhos, ainda mais pra realizar uma coisa tão, tão... “ilegal” sem levar a Shauna e os meninos junto. Shauna era como se fosse nerd, por não ser popular, mas sua personalidade a diferenciada dos geeks. E é claro, se ela descobrisse que nós saímos em uma expedição super proibida sem convidar ela, ela ou cortaria nossos cabelos enquanto dormíamos ou contaria para algum professor, só pra gente se dar mal. Para evitarmos futuros confrontos, decidimos convidá-la.
            Acontece que durante o tempo em que corremos atrás do maldito Solosis, nos separamos na floresta escura e não conseguimos mais nos achar. Mas assim como os Flares conseguiram rastrear minha irmã, eles também conseguiram nos achar.
            – Ah, e olá “ratazana”! Há quanto tempo as duas estão juntas? – Shauna olhou com uma cara e inveja para Lucy. As duas se conhecem há muito, muito tempo. Lembro-me de que nós três éramos amigas, até que Lucy começou a nos esnobar e a sair com as patricinhas do colégio. O apelido que demos na época para ela era “ratazana”.
            – Mãos para o alto! – O Flare, já irritado, mirou a arma para os três que acabaram de chegar...
            – Tierno, acho que chegamos na hora errada... – Trevor sussurrou para o amigo.
            – Não se preocupe! Apenas fique na sua e não reaja. Eu já fui assaltado antes... – Pobre Tierno. Ele não sabia que aquilo ali não era um assalto. Estava mais para uma execução ou um sequestro do que para um simples roubo de joias.
            – AH, É? E VAI FAZER O QUE SE EU NÃO LEVANTAR? – Shauna gritou, desafiando os bandidos!
            – Ora, menina... – O homem se irritou mais ainda e foi até Shauna, puxando-a pelo cabelo e praticamente atirando-a pra perto da gente.
            – Ai, SEU GROSSEIRO! ISSO É JEITO DE TRATAR UMA MULHER INDEFESA? SEU COVARDE! TEM QUE APODRECER NA CADEIA! DESGRAÇADO!
            – Shauna, cala-a-boca! São os Flares!
            – Eu sei, Y. E eles estão perdidos. INKAY, PSYCHIC!
Ao gritar, as Armas dos capangas começaram a flutuar, assim como Ampharos.
            – Inkay? Nossa, que bela carta na manga! – Olhei para cima e lá estava Inkay, o tempo todo e ninguém havia reparado. O pequeno Pokémon-lula estava flutuando perto da copa das árvores, quase que invisível para nós.
            – SUA PESTE! – O homem gritou, tentando pegar pela arma, mas a pistola flutuou tão lato que ele não alcançou.
            –Ampharos, use Dragon Pulse!
            – Ah, você não vai! – Lucy colocou a mão no bolso e puxou uma pokébola, lançando-a para o alto...
            – Fletchinder, use Flame Charge! – Lucy gritou, apontando para Ampharos, que preparava seu ataque.
            O corpo do pássaro então ficou envolto por fogo, e a ave investiu pra cima do dragão. No entanto, o Dragon Pulse foi disparado e uma rajada de energia roxa corria como um raio, saindo da boca de Ampharos em direção à ave.
            – Vá em frente!
            E Fletchinder “mergulha” da rajada energética de Ampharos, e avança com tudo, até atingir o dragão, mesmo passando “por dentro” do ataque dele.
            – Yes!
            – Lucy, vamos! Temos que fugir daqui! – Peguei Lucy pelo braço e puxei-a para longe da luta. Fletchinder veio junto.
            – Vão! Nós assumimos aqui! – Os meninos se posicionaram e entraram na batalha, tomando o nosso lugar. Logo, seus pokémons já estavam em campo...
            “Pumpkaboo, Trick-or-Treat"
            “Dedenne, Nuzzle
            “Gabite, Sandstorm

Corremos com todas as nossas forças. Procurávamos a cerca para voltar para a escola. Era só pelar o cercado e estaríamos de volta no pátio da escola, mas o bosque era grande demais e parece que havíamos adentrado demais na mata.
            – Será que estamos perto? – Lucy perguntou.
            – Eu... Não sei. Estamos longe! A gente se afastou demais do pátio da escola! E tudo por culpa daquele Solosis maldito!
Naquele momento eu me perguntei como esses eventos foram acontecer tão rápido. Eu estava duvidando de minha irmã, porque os Flares só apareceram quando ela disse que SE LEMBROU de que estava sendo perseguida por eles. Talvez fosse um código, pra quando ela dissesse aquilo eles atacarem ou algo do tipo.
            A gente nunca se deu bem de verdade. A Mãe sempre preferiu a Lucy, sempre deu carinho e amor pra Lucy. Eu era a gata borralheira. Eu era sempre tratada com ingratidão e como um estorvo. Talvez porque ela não quisesse ter gêmeas, ou talvez por que... Por que... Sei lá... Eu sei que eu passei a minha infância e adolescência inteiras pensando nisso, sem falar que a própria Lucy não me dava amor, nem carinho e nem atenção. Ela preferia ficar com as amiguinhas ricas dela, com as roupas de grife que ELA ganhava e eu não... Talvez tenha sido por isso que eu comecei a desenhar meus próprios lucros... Huh, pelo menos eu consegui ganhar 7 prêmios de melhor estilista...
            – NÃO OLHEM AGORA, MAS EU ACHO QUE ESTAMOS SENDO SEGUIDAS! – Shauna gritou, me despertando do transe e voltando meus olhos para a realidade. É verdade, nós estávamos fugindo e eu nem lembrava mais...
            Olhei para trás e vi a Flare! Ela estava correndo bem atrás da gente e nós não havíamos percebido. O que faríamos agora?
            – FLETCHINDER, ACROBATICS! – Lucy deu um grito, ordenando seu poké.
            A ave avançou em direção à mulher, mas ela desviou atleticamente e o pobre passarinho se esborrachou na árvore.
            – Vocês não me escapam! Ah, não mesmo! – A Flare fuçou no bolso e sacou rapidamente uma pokébola e lança o objeto, mas então, de repente algo acontece e uma nuvem de fumaça escura levanta e encobre a mulher e sua pokébola, acompanhada de um estrondo fenomenal, capaz de acordar até as pessoas do outro lado do globo.
            – Mas o que--
            Tentei limpar a fumaça abanando a mão na frente de meu rosto, quando, para minha surpresa, eu enxergo um Pokémon familiar...
            – Gour! Geist!
            – Y, você está bem? – E a voz de Calem me faz entender tudo.
            – Calem, o que está fazendo aqui? – Perguntei ao ver o garoto tentando levantar Shauna que caiu com a explosão.
            – Eu vi... Eu vi que ela tinha vindo atrás de vocês, então eu vim ajudar!
                        – E OS GAROTOS? COMO PODE DEIXÁ-LOS SOZINHOS? – Shauna surtou.
            – São dois contra Um! E foram eles que me mandaram vir atrás de vocês! – Calem tinha a resposta na ponta da língua e ele estava certo em dizer aquilo. A Team Flare estava atrás de mim e de minha querida irmãzinha, não de Trevor e Tierno. Mas mesmo assim a gente se preocupa com nossos amigos. Eles fazem parte da nossa família.
            – Calem, temos que voltar!
            – Não, eu volto! Vão em frente, essa Flare aqui não vai dar mais problemas! – Calem pisa nas costas da mulher, que estava desacordada no chão, junto de sua pokébola... –  Gourgeist aqui deu um jeitinho nela com o Shadow Ball!
            – Quer dizer então que o Pumpkaboo evoluiu? – Perguntei.
            – Sim, foi uns segundos antes de eu vir atrás de vocês! Ele estava lutando como um louco e então me ocorreu que eu podia trocá-lo e... Ei! Shauna, aonde você vai?
            – ATRÁS DOS MEUS AMIGOS! – Ela gritou, mostrando o dedo do meio para Calem.
            – Eu não posso deixar que vocês façam isso! Gourgeist, Psychic! – Shauna então começou a brilhar em um tom azul, delineada pelo brilho das vibrações psíquicas exercidas por Gourgeist. Em dois segundos ela estava levitando, com os pés fora do chão, totalmente impossibilitada de se mexer.
            – EU DISSE QUE EU VOU! – Calem mostrou o dedo do meio pra Shauna, retribuindo o gesto carinhoso da garota. – Eu quero que me prometam que vocês vão voltar para a escola para buscar ajuda!
            – Tudo bem, Calem! Nós vamos! – diz Lucy.
            – Certeza? – Ele perguntou, desconfiado, esperando por uma confirmação.
            – Absoluta. – Completei.
Continua...


Créditos:

Pokémon XY Adventures || Forever and Always (Season 2) – Publicado originalmente em Abril de 2014 / Repostado em Dezembro do mesmo ano – A cópia ou redistribuição desse material é totalmente proibida.
Pokémon e todos os respectivos nomes aqui contidos pertencem à Nintendo.

Ao escrever a fanfic o autor não está recebendo absolutamente nada, ou seja, não há fins lucrativos e nenhuma obtenção de lucro com a escrita dessa história. A fanfic foi projetada apenas como uma forma de diversão, de entretenimento e passatempo para outros fãs de Pokémon. ~



Papo_com_o_Autor
PS: Só prossigam com a leitura aqueles que JÁ LERAM o Capítulo em questão, pois haverão muitos SPOILERS!!!

-CAPÍTULOS ONLINE-
Bom, antes de falarmos sobre o Capítulo, eu gostaria de comentar que estou tentando colocar no site TODOS os Capítulos da Season 2 Online, para que assim todos possam ler. Como eu já havia dito, não sei onde se meteram meus dois ajudantes aqui do blog, mas nenhum dos dois deu mais as caras, então, terei de fazer eu mesmo. Não me importo de fazer, mas é que é bastante coisa pra uma pessoa só, entendem? Enfim, assim que publicar o Capítulo, estarei anexando mais Capítulos Online no blog (Por isso que eu já disponibilizei uma versão online para o Capítulo 14, porque agora todos terão uma versão para download e uma versão no próprio navegador).
…..
-PRINCÍPIOS-
Enfim, voltando a falar do Capítulo 14 em si, neste Capítulo eu procurei voltar aos princípios da fanfic, quando ela era mais... "fraca" ou "imatura". Procurei utilizar os personagens da Season 2 como se fossem os da Season 1 e desenvolvi a história deles da mesma maneira que eu desenvolvia a história dos personagens da Season 1. Foi como se eu voltasse à minha narrativa antiga e como se eu estivesse recém "iniciando" a fanfic, porém com os novos personagens introduzidos na segunda temporada e com a história no nível de Hoje, com todos os acontecimentos até agora. Pra mim foi uma experiência divertida (embora tenha sido demorado para escrever) e eu poderia fazer isso todos os dias se não fossem meus deveres aqui em casa e na escola.
…..
-Y, LUCY E SHAUNA-
O Capítulo inteiro foi um desenvolvimento maior da história da Y, da Shauna e da recém chegada Lucy. Não era novidade que a Y tinha uma irmã gêmea, ela já tinha citado isso algumas vezes, mas também não era novidade que a Y não gostava dela. Agora, durante o nosso capítulo 14 da segunda temporada, tivemos a chance de conhecer a patricinha Lucy, que não é exatamente assim, a história da Y e todo o ódio contido dentro dela. Ah, sem falar que a partir do momento em que a Shauna entrou na história, ela já saiu disparando um apelido de "ratazana" na Lucy. Isso porque a história delas foi muito forte, só que a partir desses capítulos as três terão de conviver juntas em harmonia, para que a Y possa conseguir "resgatar" sua mãe. Aliás, a Y ainda anda meio que... "desconfiada" de que a própria Lucy tenha armado o incidente com os Flares por puro ódio. Mas será que foi isso mesmo? Bom, veremos isso no desenrolar da história até a Season Finale (Final de Temporada).
…..
-TEAM FLARE-
Bom, a partir desse episódio teremos constantes aparições do Team Flare e constantes batalhas contra os de uniforme vermelho, mas não será o fim da história, pois na Season 3 eu planejo continuar com a batalha de Y contra eles, só que de uma forma... intensa e talvez mais... dolorosa para ela. Enfim, acompanhem o desenrolar da história e depois digam o que acham...
…..
-THEME-
A Música-Tema do Capítulo, que eu escolhi, é "Hey Brother" do Avicii (Ouçam, veja a letra e tradução no Vagalume). A música e o próprio clipe fala sobre lanços entre irmãos, exatamente o contrário do Capítulo, no entanto ,se prestarmos bastante atenção, há um momento em que Y e Lucy se conectam. Elas se abraçam e decidem parar de brigar para ajudar a resgatar a mãe delas, que supostamente foi sequestrada pela Team Flare. Foi nesse momento que a música se encaixou com o "episódio" e eu tenho certeza de que essa foi a minha melhor escolha para o capítulo.
…..
-CURIOSIDADES-
O título do Capítulo "Hey, Sister" não veio do nome da música-tema, "Hey Brother", e sim de uma outra música que eu amo e muito, "Hey, Soul Sister", do Train. (Ouça)
Hey, Soul Sister foi uma das opções de theme, mas no final a música escolhida foi "Hey Brother", por se encaixar melhor no contexto do capítulo.
…..
-PRÓXIMO EPISÓDIO-
Antes de mais nada, eu quero que saibam que eu não sei quando escreverei o próximo capítulo, quando terei tempo ou mesmo disposição/inspiração para fazer isso. Além disso, a única coisa que planejei pro #15 foi que será a continuação direta do #14, continuando a perseguição da Team Flare, só que agora com mais personagens, mais enredo e mais riqueza na história. Tenho tudo pronto, só falta escrever ;)
…..
Bom, acho que era isso, pessoal. Eu espero que se divirtam, e não se esqueçam de comentar. :P E mais uma vez, antes de eu me despedir, desculpa pela demora!! Até a próxima, e não esqueçam de visitar minha Fakedex (http://the-fake-dexter.deviantart.com/) !

#FUI!

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