XY Adventures (Till the World Ends Book) 17-A

NOTA: Ao todo, contando Side Stories, Filmes, o Especial Season 2.5, Epílogos e Capítulos Comuns, este corresponde ao número 98. Faltam 2 Capítulos para o número 100.



        — E aí, conseguiu? — perguntou Y a X, que verificava códigos à la hackers (letras e números aleatórios na cor verde em um fundo preto) em seu mini laptop.
        — Bem... Sim e não. A começar que "Lysandre Fleur-de-Lis" não aparece em nenhuma ficha da polícia. Pesquisei também cada um dos nomes separadamente, mas nada achei. Sendo assim, resolvi procurar por treinadores oficiais de acordo com o time pokémon. Ele tem um Pyroar, um Mega Gyarados, um Honchkrow e um Mega Scizor, certo?
        — Exato. — Respondeu Shauna.
        — Então... O resultado foi Graine Xernoasis Yvelgress. Acho que é um parente meu e seu, Y.
        — É... Pelos sobrenomes... — Concorda Matthew — Mas e aí, o que dizia? Digo, a ficha do cara.
        — Um garoto que com 10, 12 anos enfrentou Diantha na final da Liga Parisia, há alguns anos. Ele perdeu e... Adivinha que time ele tinha? Um Pyroar, um Gyarados, um Honchkrow e um Scyther! E mais: ruivo.
        — É ele. — prontamente diz Y.
        — Será? — Z não tem muita certeza... — Quantos treinadores podem ter um mesmo tipo de pokémon? A variedade é infinita.
        — Mas é raríssimo ver treinadores com tantas características em comum! — afirma Tierno.
        — Tem razão... Mas espera aí... — Interrompe Trevor. — Você disse que o tal de Graine, digo, o garoto que enfrentou Diantha... Ele... Tinha os sobrenomes Xernoasis e Yvelgress? Os dois juntos?
        — É. O que é que tem? — Pergunta X.
        — Bem, você deve conhecer a lenda da fundação de Ka-- Parisia, não sabe? — Pergunta Trevor, intrigado.
        — Não... Não muito... Uma guerra, muita morte, uma Floette... Sei o básico do básico.
        — Pois então deveria saber mais sobre as lendas e crenças populares quanto à criação do país e a formulação do primeiro governo e economia dessas terras! — Continuou Trevor. — Sargento Wulfric, o que me diz disso?
        Trevor retira da mochila o exemplar de um velho livro rabiscado cuja única inscrição na capa era: Parisia L'histoire.
        — É a Lenda do Ultimate Weapon, não? — Observa o líder de ginásio. — A Arma Suprema com o qual Lysandre vai "explodir" o mundo, não é? Minha mulher costumava contar essas histórias para meus filhos. Eles adoravam. Eu morria de medo.
        — Ah, que lindo. Um homem do tamanho de uma porta com medo de conto de fadas — Ironizou Shauna.
        — Shauna, respeito de vez em quando é bom. — Alerta Tierno.
        — Unfh. — E a garota virou a cara, emburrada.
        — Muito bem... Vou contar-lhes um resumo de tudo o que eu li. — Diz Trevor. — Primeiro, observem que a história já começa em absoluto mistério e contradição: Afinal, quem fora o pokémon que construiu a região de Parisia? Xerneas ou Yveltal? Na minha opinião, os dois, mas pouco importa agora.

"Certo. A História começa com um Homem e um Pokémon, há muito, muito, muuuito tempo atrás. O homem amava demasiadamente seu parceiro de lutas. Mas uma guerra começou e o pokémon que era tão amado, tomou parte na batalha. Muitos anos se passaram e o homem recebeu uma caixa minúscula... Bem, vocês já devem imaginar o que tinha dentro...

"O homem queria trazer seu pokémon de volta, não importava as consequências. Então, o homem construiu uma máquina para dar vida novamente ao pokémon e o homem trouxe seu amado pokémon à vida pela segunda vez. O homem tinha sofrido muito, sua raiva ainda não tinha diminuído. Ele não podia perdoar ao terrível mundo que feriu seu pokémon. Então ele transformou a Máquina da Vida na Máquina da Morte: a Ultimate Weapon.

"O homem tornou-se então o responsável pela destruição em massa que acabou com a guerra. O Pokémon que foi trazido de volta à vida deve ter sabido que a vida de muitos outros pokémons foi levada para que a dele fosse restaurada, e ele abandonou o homem..."



        — Por favor, não insulte minha inteligência! — Bradou Wood. — Isso é uma historinha contada para fazer as crianças dormirem! E não revela absolutamente nada!
        — É claro que... É claro que revela! — De repente uma lâmpada iluminou-se sobre Y. — Aquelas palavras que você usou, Trevor... A Máquina da Vida e... A Máquina da Morte! Tudo faz sentido!
        — O que é que faz sentido? — Pergunta X, intrigado.
        — A Ultimate Weapon era originalmente uma máquina da vida... Vida. Vi-da! Xerneas... Vida e Xerneas... Alguém captou?
        — Ah! — Z parece ter se ligado. — É claro. Xerneas é o pokémon da vida. Ele foi utilizado para construir a máquina que trouxe o pokémon de volta à vida.
        — Exatamente o que eu pensei! — disse Y.
        — Então... — Calem continuou. — A máquina foi transformada e passou a trazer morte e destruição... YVELTAL! Yveltal é o pokémon destruição!
        — Exato. — Concordou Lucy. — Isso quer dizer que... Xerneas e Yveltal foram peças importantes para a construção da máquina.
        — Siim! — Exclama Y. — E talvez... Talvez eles sejam a "chave" para ativar a arma. Por isso Lysandre precisa deles, porque eles é que farão a máquina funcionar!
        — Mas esse é o lado "lúdico" da história, não é? — Pergunta Tierno. — A história que é contada pra crianças... Mas e o lado real, sem rodeios, que é contado pelos estudiosos?
        — De fato, como todos devem saber, houve uma guerra mesmo há 3000 anos onde hoje fica  a República de Kalos. E sim, havia um homem em um pokémon, mas a história é muito mais sinistra do que isso. O homem era o Rei do país e dizem que, ao construir a máquina da vida, tornou-se imortal, bem como o pokémon que tanto amava. Mas, como dito antes, ele o abandonou e desde então, o homem permanece desaparecido. — Conta Trevor.
        — Claro que a imortalidade é só uma lenda... — Retruca Wood. — Isso ainda faz parte do lúdico, tampinha!
        — Bom, seja como for... — Continua Trevor, como se nem tivesse ouvido Wood falar. — Eis aqui uma foto do homem e seu pokémon, uma Floette de cores diferentes.
        O ruivinho abre a página 72 do livro, que estava dobrada com uma enorme orelha para marcação, e aponta um enorme retrato de um velho esfarrapado e seu minúsculo pokémon-fada.
        — ELE!! — Gritam Y e Matthew ao mesmo tempo.
        — O que? Vão me dizer agora que conhecem o vovô? — Caçoa Wood.
        — Foi ele que me ajudou... Digo, ajudou a mim e a Valerie no dia em que fui buscar Chespin no Laboratório do Professor Patrice, aos meus 10.
        — Ele... Ele estava lá quando Braixen fugiu de mim! No Bosque da Escola, em Shalour!
        — Impossível! — Wood faz um gesto de descaso com a mão. — Imortalidade não existe, gente! E quantos mendigos existem? Provavelmente centenas, milhares deles.
        — NÃO, WOOD! — Y Afirma com Convicção. — Era ele! Eu tenho certeza! O que mais a história diz, Trevor? Por acaso ele tem mais de 3 metr...
        — ...ros de altura! — Fala Trevor, ao mesmo tempo em que Y.
        — Olha aí! Viu, sua bixa mal comida!? — Matthew dá risada — Viu como não estamos enganados? Este é mesmo o homem que vimos! Um gigantão bondoso! <3
        — Aqui diz que o nome dele era AZ. — Lê Calem, tirando o livro das mãos de Trevor. — Bem, ao menos era seu nome de guerra. O nome verdadeiro do Rei era Alfred Zon Chevalier. HEEEY! Isso não soa bastante familiar?
        — É claro que sim! — Exclama Y, puxando o livro para conferir se era mesmo verdade. — Isso significa que ele é... PARENTE DO DIRETOR CHEVALIER!
        — Caramba! — X pega seu mini laptop e começa a pesquisar nas fichas da polícia. — AH! Ele... Ele é PAI do Diretor!
        — Hã? — Tierno e Anna se assustam.
        — Será que... Será que o Diretor Chevalier é imortal assim como o pai? — pergunta Z, morrendo de horror com a história toda.
        — Ahahahahah! Essa é a história mais hilária que eu já ouvi em toda a minha vida! — Zoa Wulfric. — Aroldo? Imortal? Nem que ele tivesse mil anos! Ainda não aprendeu nem a segurar uma pokébola direito!
        — Coitado. — Shauna corta Wulfric. — Não fala assim dele!
        — Bem, temos concordar que os dotes para batalhas do Diretor Chevalier nunca foram muito bons... — diz Calem. — Mas FILHO do tal "AZ"? Ah, essa é demais.
        — É verdade, olhem aqui. — X mostra os códigos hackers, mas ninguém entende nada.
        Então, passados alguns minutos enquanto todos tentavam digerir a informação (alguns ainda riam), Y pareceu ser tomada por uma repentina fisgada no peito. Aquilo não podia ser verdade...
        — Gente... — Começou a garota, penteando os cabelos louro-acobreados com as mãos. — ...Vocês não acham muito estranho que uma Escola tenha uma... uma Sala Subterrânea completamente mística bem abaixo do bosque?
        E então todos se calaram, arregalando os olhos para Y. A menina tinha razão, tinha toda a razão, e provavelmente aquilo tinha sido tão sido tão impactante pra ela, que nem percebeu os outros correndo pra pedir pra Wulfric a permissão de partirem imediatamente rumo à Escola, na cidade de Shalour.
        — Tudo bem. — Disse o Líder de Ginásio. — Mas não esperem encontrar uma múmia enterrada lá! Muahahahahahah!

>>> Na Escola, poucos minutos depois...

        A Floresta estava calma e radiante como sempre. Os pokémons selvagens brincavam, corriam e pulavam. Alguns batalhavam contra árvores, para melhorar suas táticas, outros roíam a madeira, para não deixar seus dentes crescerem demasiadamente. No entanto, foi a estranha e repentina manifestação corpórea que fez todos se assustarem e saírem disparando mata a dentro.
        Bem na clareira onde um dia Y enfrentou Diantha, possuída pelo poder da Team Flare, eis que surgem todos os adolescentes de uma só vez, trazidos pelo poder de Teleport de duas Gardevoir: a que agora pertencia à Y e que um dia controlara a Campeã; e a de Matthew.
        — A Entrada... — Falou Lucy. — Lembro-me como se fosse hoje o dia em que o Diretor Chevalier me levou até a entrada do Anfiteatro. Vamos, é por aqui!
        E todos correram rapidamente em direção aos pinheiros adjacentes, Y e Matthew fazendo suas Gardevoir retornarem à pokébola.
        — Rápido. — disse Y, correndo velozmente por entre as árvores. — O tempo está correndo contra nós!
        — E se não o acharmos? E se tudo for uma lenda? — "Pessimizou" Wood.
        — Então, Wood... — diz Shauna, em alto e bom som. — Se você veio pra ficar agourando, era melhor ter ficado em Snowbelle lavando esse cabelo emplastado!
        — EEEI! — E o garoto se ofendeu, mas Y deixou de prestar atenção. Parara em frente a um toco em especial, onde ela sabia haver uma passagem secreta para a sala subterrânea que batizara de Anfiteatro.
        — É aqui! — E fez o tronco rolar para o lado, revelando um enorme buraco em forma de tubo, que descia como um escorregador para as profundezas sombrias da sala. Então, um som extremamente familiar, parecia ter vindo de lá de baixo. — Esperem!
        E todos ficaram em silêncio para ouvir a voz do Diretor Chevalier falar em alto e bom som.
        — Achei mais duas Mega Stones ontem durante meu passeio noturno... — disse o diretor, que parecia contar a alguém sobre suas aventuras rumo ao desconhecido — Entreguei-as para Ele.
        Todos ficaram sem entender, mas em seguida uma voz suave e doce falou:
        — O que Lysandre irá fazer com essas Mega Pedras?
        — Ativar a Arma Suprema, é claro. Ele precisa da energia das Mega Pedras para ativar a máquina, bem como o uso do poder de pokémons lendários... Pensei que você entendesse mais dessas coisas do que eu, Le Blanc!
        O grupo então ficou pasmo: o Diretor Chevalier e Lysandre... Estavam trabalhando juntos?! E aquela voz... Aquela doce e encantadora voz... Era da Srta. Le Blanc!!!
        — Eu vou entrar! — Diz Y instantaneamente.
        — Não! — Calem rapidamente intervém, tomando a liderança de novo. — É melhor nos separarmos! Sei que juntos somos mais fortes, mas tanta gente só iria fazer o tiro sair pela culatra! EU VOU! Trevor, vem comigo! Creio que você saiba pontos importantes da história que ainda não foram mencionados... Shauna, Tierno, Wood. Fiquem aqui fora, em volta do toco, esperando o menor sinal de perigo. Y, X, Anna, vão para a outra entrada desse lugar, que... Onde fica mesmo?
        — Abaixo da escrivaninha na sala do diretor. — responde Y.
        — Certo. Matt, Zack e Lucy, voltem imediatamente para Snowbelle e informem a situação à Wulfric. Ele saberá melhor do que ninguém o que fazer. Quando voltarem, teleportem diretamente para aqui, ao redor da passagem do toco. O.k... Vamos?
        Calem aproxima-se de Y, dá um beijinho rápido em seu rosto, murmura alguma coisa como "se cuida" e de repente, o garoto pega o braço de Trevor, se atirando sem aviso nenhum no escorregador secreto, o que consequentemente ocasionou em um estirão, que puxou também o baixinho para a mesma fenda. E os dois caem com um baque surdo no chão de pedra...

        — MAS O QUE É QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? — Grita Chevalier no momento em que Calem e Trevor caem de bunda no chão, causando o maior estampido.
        — Eu é que pergunto, Diretor! — diz Calem, com uma voz ameaçadora. De onde saíra tanta coragem e liderança? Será que a notícia de que o mundo estava acabando o fez refletir quanto sua posição enquanto membro do Projeto Ômega?
        — Por onde andaram? — Pergunta o Diretor Chevalier, parado ao lado da senhorita Le Blanc, sem nem ao menos se importar se eles tinham ouvido ou não. — As aulas iniciaram-se e vocês não apareceram mais! Tivemos que acionar a Polícia!
        — Não interessa! — disse Trevor, de repente sentindo-se contagiado com a valentia de Calem. — Repita o que acabou de dizer, seu sem-vergonha! Você... Está trabalhando pro Lysandre? Você está juntando Mega Stones pra ele... Pra ele ativar a Arma Suprema?
        Por um instante, o diretor fitou-os dos pés à cabeça e, quebrando o silêncio gélido e maquiavélico que recaíra sobre o local, dá uma gargalhada:
        — Muahahah... MUAHAHAHAHAHAHAHAH! — Os gritos do diretor retumbaram pelas paredes de pedra, que agora pareciam ter despencado da temperatura ambiente para cerca de -10ºC. — Veja, Srta. Le Blanc... Nossos alunos descobriram o plano... — diz Chevalier lenta e macabramente, enquanto os observava.
        — É uma pena que seja tarde demais. A Arma Letal será ativada em 7 dias!
        — Ninguém aqui vai morrer! — Bradou Calem, ajudando Trevor a se levantar.
        — Ora, ora... Chevalier... — a professora Le Blanc começou a falar. — Parece que eles não descobriram ainda. Pensei que essa migração deles durante as férias os tivesse feito refletir.
        — Do que é que estão falando? — Perguntou Trevor, puxando uma pokébola.
        — Ora, do básico do básico. — Retruca o Diretor.
        — Pois pra mim, quem tem segredos a esconder... Não passa de um falso... Houndour, chegou a sua hora! Brilhe!
        Calem dispara pra cima a pokébola azul com a qual capturara o Houndour de um Flare há algum tempo. O pokémon parecia estar em ótima forma e seu pelo estava brilhante como nunca. Talvez não fosse tão bem cuidado pelo Flare como era por Calem...
        — Dedenne, arrase!
        E Trevor, como sempre, elege Dedenne seu parceiro de luta. O pequeno ratinho elétrico que ele havia recebido no primeiro dia de aula tornou-se tão seu parceiro, que ele nem sabia como iria se separar dele no final do ano. Isso se ainda tivesse fim do ano, não é mesmo?
 
        — Houndour, use Flamethrower!
        — Dedenne, Thunder Shock!
 
        O Diretor Chevalier se atira rapidamente no chão para evitar o Flamethrower de Houndour, que viria a explodir em uma das paredes de pedra, fazendo um estrondo tremendo. Enquanto isso, o Thunder Shock passou de raspão ao lado da Professora Le Blanc.
        — Desculpem-nos, garotos... — Diz o Diretor Chevalier se levantando lentamente. Estava velho já. — Não queríamos fazer isso, mas vocês nos obrigaram!
        — Ninguém é obrigado a fazer nada, aqui! — diz Calem, sua voz ecoando pela caverna.
        — Céus... Estão tão cegos em sua própria ignorância... — Comenta a Srta Le Blanc, com um olhar de pena. — Vamos Aroldo, vamos mostrar pra eles! Poliwrath, "Bota pra quebrar"!
        — Frufi... Aqui está a chance de batalhar que você tento ansiava! Vaaai!
 
        Ao sair da pokébola, Frufi fica confuso com seus oponentes. Logo os dois garotos, especialmente Calem, de quem ele gostava tanto. Poliwrath, por outro lado, estava vestido pra matar.
        — Hydro Pump! Agora! — Ordenou a Professora.
        — Não! Evasiva-Rápida e Ember no Frufi, Houndour!
 
        A rápida disparada de um jato de água por parte do tipo lutador não assustou Houndour nem um pouquinho. O canino dos infernos saiu correndo e esquivou-se do ataque com um salto perfeito, e então, tornou a atingir o chão, cuspindo bolas de fogo ardente contra Frufi.
        — AAAAH! — Chevalier se assusta. Frufi agora estava com o status de queimaduras. Não era nenhuma novidade que o diretor não tinha jeito com batalhas pokémon. Fora por essa razão que tornara-se professor: porque a teoria sempre foi o seu forte, já a prática... No entanto, dessa vez ele parecia mais destemido, sem receio algum de errar ou se precipitar. — Seus moleques danados! Furfrou, use o Charge Beam!
        — Essa é a nossa deixa, Dedenne! Use o Nuzzle com a energia que receber do Charge Beam!
        Dedenne coloca-se à frente do ataque elétrico que era direcionado a Houndour, e absorve todo o seu impacto. Logo em seguida, o ratinho minúsculo esfrega suas bochechas, investindo em um jogo de corpo eletrizante contra Furfrou...
Furfrou_Charge_Beam 
        — Eu te cubro! — disse a Srta Le Blanc, apontando o dedo pra Houndour. — Poliwrath, use o Submission contra o Houndour!
        Poliwrath enrola-se como uma bola e gira muito rápido contra Houndour, que não tem chances e é pego com tudo, voando contra a parede de pedras...
        — HOUNDOUR!
        — Eu ajudo: Dedenne, use o Investida!
 
        Dedenne joga-se em um ataque físico de médio porte contra Poliwrath, vingando-se por Houndour. Mas será mesmo que só aquilo era suficiente!?
        — JÁ CHEGA! Frufi, Hyper Beam!
        Quando Chevalier bradou aquela orem à Furfrou, todos os fatos a seguir se desenvolveram tão rápido que Calem e Trevor mal conseguiram acompanhar. Primeiro, o pokémon poodle criou e disparou uma rajada de energia negra, como um turbilhão de fogo contra Dedenne. O pokémon elétrico então é arremessado com toda a força do mundo contra Houndour, que volta ser esmagado na parede. Agora ambos os pokémons dos mocinhos estavam em apuros, enquanto os dos mais velhos estavam levando a melhor.
        De onde Chevalier arranjara tanta força e tanta experiência em batalhas? Há pouco tempo atrás ele era um desastre total? Será que estava se fingindo de mongo pra passar bem? Será que era tudo um disfarce? Enganação? Desde o começo? Quando foi que isso aconteceu?
        — Estão vendo? — diz a professorinha oxigenada, com um ar superior que agora tornara sua  doce voz quase amarga. Ou pior: azeda.
        — Por quê... Por que mentiram pra gente? — Pergunta Trevor, as pernas tremendo, mas dessa vez não de medo. Era a raiva subindo-lhe à cabeça.
        — Não mentimos nada, querido. — Responde a Srta Le Blanc — Vocês não percebem que estão equivocados?
        — Equivocados o caramba! — Explode Calem. — Nós vimos... Nós vimos a Team Flare tentando sequestrar a Y! Nós vimos a Lucy ser levada pra junto deles! Por sorte descobrimos qual é o plano deles, não é? E vamos fazer de tudo para que a Arma Suprema não seja acionada! Houndour, Dark Pulse!
        — Dedenne: Thunderbolt!
 
        Da boca de Houndour saltam anéis pulsantes de energia púrpura, que avançam com velocidade sem igual contra Furfrou. Enquanto isso, Dedenne lança uma versão mais poderosa do Thunder Shock, com maior precisão, força e senso de direção, mirando bem no peito do Poliwrath, se é que aquele ser aquático misterioso tem um.
        — Poliwrath, use Ice Beam!
        — Frufi, Tackle para Imobilizar!
        Com reflexos de um raio, Poliwrath e Furfrou formaram, naquele momento, uma estratégia de batalha geralmente utilizada por treinadores muito experientes: Eles transformaram seus ataques em defesas e imediatamente, em ataques de novo.
 Furfrou-Tackle
        Primeiro, Poliwrath ergueu uma parede que gelo que o protegeu do choque de Dedenne. Em seguida, o sapo com traços de girino utilizou de suas rajadas congelantes para formar uma pista de gelo, por onde Furfrou correu e deslizou na forma de Investida-Evasiva. Um segundo depois, o cachorrinho de madame já estava em cima de Houndour, que não conseguira acertar o Dark Pulse, golpeando-o com um jogo de corpo bastante violento.
        Os pokémons dos meninos já estavam praticamente esgotados. E foi assim que Calem e Trevor tiveram a certeza de que o Diretor estivera fingindo o tempo todo. Ele sabia lutar, afinal, e muito bem.
        — Vamos, rapazes... — disse o Diretor Chevalier, com aquela voz de velho, toda esganiçada. — Vocês só estão piorando as coisas! Entendam: Nem tudo parece ser o que é!

***

        — SUMIU! — Exclamou Y. — A passagem secreta que leva da sala do diretor ao Anfiteatro foi... Coberta!
        O piso abaixo da escrivaninha do diretor estava novinho em folha, e não havia nenhum indício de alçapão. Aliás, a sala do homem fora revestida com azulejos, e não tinha mais piso de tábua, de forma que a abertura forçada de um novo caminho se tornasse inviável.
        — E agora? — Pergunta Anna, tremendo de preocupação.
        — Tem que haver algum jeito. — diz X, confiante de que tudo poderia dar certo. — Vamos retornar e voltar pelo caminho de onde viemos!
        — Não! É muito arriscado... — diz Y, com medo de que Calem e Trevor já estivessem enrascados.
        — Mas então como? — Questiona Anna, que não conhecia a escola direito.
        — Tenho que... Tenho que pensar... O que podemos fazer...?
        — Não dá tempo pra isso, Y! — X coloca a mão no ombro da garota e olha atentamente para ela, enquanto diz — Temos que ajudá-los! Vamos voltar!
        Mas Y segura a mão de X, afastando-a com quase que um tapa.
        — Eu sei o que estou fazendo! — A garota irrita-se e dispara uma pokébola para o alto. — Tudo o que eu preciso é pensar! PENSAR!
        O Meowstic macho, que acabara de emergir das profundezas do objeto esférico, então começa a brilhar, e uma aura empoeirada começa a emanar de seu pelo.
        — Stic. Stic.
        — O que é isso? — Pergunta Anna, que via a poeira amarela cobrindo o corpo de Y gradativamente.
        — Helping Hand, um movimento que serve para reavivar um companheiro, dando-lhe força para continuar em batalha! — responde X, com perspicácia.
        — Quando minha cabeça está cheia... — diz Y, calmamente, enquanto era envolvida pelo brilho amarelo que agora se parecia com glitter. — Delphox e Meowstic me ajudam a pensar... E graças à eles... EU JÁ SEI O QUE FAZER!
        — O que? — Pergunta Anna, no mesmo instante em que o pó desaparecera e Meowstic retornara à pokébola.
        — Por aqui! — disse Y, guiando-os para fora da sala.
        — Pra onde estamos indo? — Pergunta X, que percebia o afastamento de Y. A garota corria na direção oposta ao bosque.
        — VAMOS, PESSOAL! — Gritou ela, de modo que Anna e X foram obrigados a segui-la.

        — Estamos quase lá... — diz Y, que agora contornava uma casinha bonitinha enfeitada com flores de todos os tipos e de todas as cores, no fundo do pátio da escola.
        — Quem... Quem mora aí? — Pergunta Anna.
        — O zelador, é claro. — diz X.
        — O que vocês estão se esquecendo é que... O zelador da Academia é... O próprio Diretor Chevalier! — A informação fez com que X arregalasse os olhos. Então... Além de invadir a sala da diretoria, iriam entrar na casa do diretor sem permissão?
        — Y, vamos voltar enquanto ainda dá tempo! Calem e Trevor podem estar precisando--
        — Ah!  Abriu! — Y, com agilidade e destreza manual, arrombou a janela do diretor, empoleirando-se e finalmente adentrando na casa.
        — Vamos, Y! Não tem nada aí dentro! — Exclama Anna, que agora estava cada vez mais convencida de que a garota era maluca.
        — Tem sim! — Respondeu Y, com certeza, enquanto ajudava X a subir. — Vocês não pararam pra pensar... Em como um diretor velho como Chevalier faz pra entrar no Anfiteatro se a entrada na sala dele foi bloqueada? É praticamente impossível para ele pular no túnel da floresta, por onde Calem e Trevor foram! Ele se quebraria todo! Então, o que me ocorre é que... Talvez ele tenha outra passagem, uma com o qual nem eu sabia da existência, mesmo tendo morado algum tempo sob aquele teto de pedra!
        — Y, você é... BRILHANTE! — Exclama X, agora ajudando Anna a trepar na janela. — Como é que eu não vi isso antes? Você tem... Tem um senso de detetive apurado! Assim como o Riley! E o Looker!
        — Eu... — A garota agora estava completamente vermelha. — Eu apenas consegui pensar nisso por causa da ajuda de Meowstic! Ele e Delphox estão se saindo cada vez melhores com suas habilidades de ampliação psíquica, ainda mais agora com Gardevoir no time! Tudo o que ele fez foi dar uma forcinha pro meu cérebro. E não é que deu certo?
        Y entra no quarto do diretor e se atira no chão, espiando embaixo da cama desarrumada.
        — Achei. — diz ela.
        — Como vamos entrar? — pergunta Anna.
        — É um alçapão. Temos que erguer a "tampa" para cima, então não tem jeito de abrir enquanto a cama estiver em cima. Vamos usar nossos pokémon!
        — Dessa vez deixa comigo! — X pega a segunda de suas pokébolas, e a arremessa com força, enquanto Y apenas observava. — Gogoat, vaaai!
        — Slowbro, é a sua deixa! — Anna, por outro lado, não parece se importar com o pedido de X para deixar que ele resolvesse aquilo sozinho, e chama seu Slowbro para cooperar.
 
        — Goat!
        — Brou!
        — Gogoat, use o Vine Whip!
        — Slowbro, Psychic!
Gogoat_Vine_Whip 
        Em questão de segundos, já não havia mais cama para estorvar. No chão, apenas uma portinhola de madeira infestada de cupim.
        — Eu vou primeiro. — Y abre a portinha, enquanto X e Anna recolhiam seus pokémons.
        A passagem era sinuosa e estreita. Uma longa escada cujo fim não era possível de se enxergar descia até a mais completa escuridão, o que fez com que Y gelasse até a alma. Mas mesmo assim ela foi, não por ela, mas por seus amigos. Por Calem.
        Pé por pé, eles foram descendo, forçando os olhos na escuridão para ver se conseguiam captar algum raio de luz. A única claridade naquele ambiente, por incrível que pareça, advinha do quarto do diretor. Tudo o que vinha logo abaixo daquela porta estava mergulhado em trevas e em um silêncio de dar calafrios.
        — Está... Muito escuro! — Anna segurou a mão de X com força, terrificada.
        — Não tema. — Diz Y, que continuava em frente lentamente, apalpando a parede para não cair. Poucos segundos depois, já haviam chegado ao fim da escada, que dava em um estreitíssimo corredor de pedra, quase que como um túnel, onde também não era possível enxergar o fim. — Em frente!
        — AI! Será que você não pode usar o Charmeleon? Digo... A cauda dele pega fogo, não é? — Pergunta X, que tropeçara em um tijolo fora do lugar.
        — Não consigo enxergar a pokébola dele ou a de Delphox no meio desse breu. Vamos ter que ir indo mesmo!
        — Calma aí! Eu-- Aaai!
        Anna tropeça, mas rapidamente recupera o equilíbrio apoiando-se no namorado.
        — Toma cuidado. Isso aqui é perigoso!
        — Ajude-a. — diz Y, pisando firme no chão. — Já cheguei ao fim!
        X então ajudou a Lass a descer os últimos degraus quando de repente... Uma sombra moveu-se, encobrindo a mínima luz que mal mal delineava o contorno dos três lá em baixo.
        — Hã?
        A "fresta" por onde entrava luz fora bloqueada! Imediatamente, todos olharam para a porta do alçapão, lá em cima, onde era possível ver uma criatura... um homem assustadoramente enrugado, de feições esquisitas, cabelo comprido e olhos vermelhos, postara-se bem na entrada, tapando os raios de sol. E com um estampido de fazer o coração parar, a figura sinistra bateu a portinhola, deixando os três na mais completa negritude.
        — GYAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHH! — Gritou Anna, desesperada.
        — Era... Ele? — Questiona X, tremendo de susto.
        — Acho que... Acho que sim. Era Ele.
        E então desataram a correr, rumo ao desconhecido.

***

        — Calem, estão nos derrotando! — Berrou Trevor, desesperado ao ver Dedenne voar para o alto em razão de um soco desferido por Poliwrath...
        — Deixe que venham! Isso só serve pra provar o quanto ele mentia!
        Houndour foi atirado com tudo no chão, arremessado por Furfrou. Apesar de tudo, o cachorro continuou de pé, rosnando com uma cara de poucos amigos.
        — Vamos, crianças! — diz a Srta Le Blanc, que estava muito calma, mas também muito séria. — Não quero que passem por isso! Aproveitem os "últimos dias". Vão pra longe. Tirem uma folga de tudo isso. Em breve o mundo estará novinho em folha de novo!
        — Ah, claro! Com a Arma Letal apontando pra nossa cabeça! — Bradou Calem, a raiva queimando-lhe a garganta. — Já chega desse seu joguinho! Houndour, tá na hora de botar pra quebrar!
        — O que você vai fazer? — Pergunta Trevor.
        — Apenas observe.
        Calem mexe no bolso e retira de lá de dentro uma pequena vitamina na forma de bala.
        — Você vai...
        — VOU!
        E Calem atira a bala para Houndour pegar. Com uma abocanhada, o cão das trevas engole o item, e algo extraordinário começa a acontecer.
        — Não me diga que... — Assusta-se a professora Le Blanc.
        — Está evoluindo para Houndoom! — Afirma Calem, seguro de si ao ver o corpo de Houndoom mudando e moldando um novo ser.
        E com um "Blast", Houndour já não era mais o mesmo. Estava grande, alto e com chifres maquiavélicos que cresciam junto a velhas ossadas, na região do pescoço e costas.
(Imagem Original)
        — ROOOOOAR! — Rugiu o canino.
        — Que incrível! — Os olhinhos de Trevor brilharam ao ver o novo pokémon, ainda brilhando por causa do efeito da evolução.
        — Como você fez isso? — Perguntou o Diretor, que ajustava o oclinhos redondos para enxergar melhor a criatura que se originara.
        — Bem.... Houndour estava prestes a evoluir.eu sabia disso. Todos os dias, eu estudo meus pokémons com a pokédex que Clem-- quer dizer, com a minha pokédex. E todas as manhãs eu obtenho informações importantíssimas como níveis, próximos ataques a aprender, condições de evolução e assim por diante... Os pokémons da família de Houndour começam a evoluir no nível 24. Mas, aparentemente, o meu já estava no nível 30, e desde que eu o capturei, ele ainda não havia subido de nível.
        — Então tudo o que você fez foi jogar a Rare Candy para acelerar o processo de passagem de nível e com isso... — continuou Chevalier.
        — Evolução Garantida! — Exclamou a única mulher ali presente, que agora marrava os cabelos em um rabo de cavalo, tranquilamente.
        — Eu nunca pensei que você fosse capaz de crescer tanto, meu rapaz! Parabéns pela perspicácia! Parabéns! — Chevalier aproximou-se para um aperto de mão, mas Calem o repeliu com um olhar mortal.
        — Muito bem, Calem! — A Srta Le Blanc começa a aplaudir, entusiasmada.
        — De que lado vocês estão afinal? — Questiona Trevor.
        — Ora, estamos todos do mesmo lado. — Explica o Diretor. — Vocês é que--
        — Nós é que vamos detonar! Srta Le Blanc, tenho que te agradecer. Sem você, eu nunca teria conseguido isto!
        Calem retira do outro bolso uma pedra extremamente redonda, exatamente como uma bolita. Em seu interior, um padrão parecido com a chama da Team Flare, nas cores preto e laranja, as mesmas que preenchiam o pelo de Houndoom.
         — A Houdoominite que eu te dei! — A professora alegra-se. — Você ainda a tem?
        — Mas é claro.
        E no mesmo momento, Calem joga a bola de gude, o segundo item a ser abocanhado pelo pokémon das trevas. Mas desta vez, nada aconteceu. A Srta Le Blanc e o diretor então só se olharam, e a cena mudou novamente.
        — AGORA: Furfrou, Raio Carregado! — Gritou Aroldo.
        — Poliwrath, Hydro Pump!
Furfrou_Charge_Beam 
        Furfrou cuspe um fio de eletricidade estrondoso, enquanto Poliwrath exala um jato de água pressurizada muito potente. Ambos os ataques pareciam ir na velocidade da luz em direção à Houndoom, pegando aos meninos de surpresa! No entanto...
        — DEDENNE! — Gritou Trevor, com um reflexo impressionantemente ágil.
        E a explosão que ocorreu a seguir cobriu todo o corpo de Dedenne, que, apesar de pequeno, recebeu todo o impacto das ondas adversárias, protegendo Houndoom do inevitável.
        — AAH! — Calem atirou-se no chão, protegendo-se dos ricochetes dos golpes nas paredes de pedra.
        — Denne-- @-@!
        O pobre ratinho com bigodes de antena, porém, caiu frito no chão. A colisão de água com eletricidade acabou lhe causando um curto circuito tão horrível que desprendia fumaça do coitadinho.
        — Por quê? Por que você fez isso, Trevor? — Pergunta Calem, apavorado com o sacrifício de Dedenne. — Você... Não precisava.
        — Calem, eu sei como você está se sentindo! Dedenne protegeu Houndoom para que você pudesse fazer "aquilo". É a sua primeira vez, certo?
        — Bem, digamos que... sim. — Calem respirou fundo, deu um flip nos cabelos muito negros e fechou os olhos. — Houndoom, me desculpe, mas eu vou ter que abalar sua estrutura celular novamente! — E pressionou com força a Key Stone em seu Mega Bracelete, construído especialmente por Clemont.
        E então o fenômeno pelo qual todos esperavam começou a acontecer (A Srta Le Blanc babando de emoção): Houndoom continuou evoluindo, mas dessa vez foi diferente. O brilho que envolvera seu corpo era cor-de-rosa, e englobava um pouquinho de cada cor do arco-íris, emanando uma energia sem igual que  imediatamente criou uma onda de vento tempestuosa dentro do Anfiteatro, forte o suficiente para chacoalhar a todos que ali se encontravam.
        — CAR*LHO! — Gritou Calem, a emoção de mega evoluir um pokémon pulsando em suas veias. Aquele era um momento único na vida de um treinador, e Calem não tinha certeza se seria capaz de repetir a façanha tão cedo com outro monstrinho, ainda mais agora com o mundo por acabar.
        — OOOOOOOOOOHHH! — Uivou a criatura coberta de ossos, com uma cauda no formato de tridente demoníaco, olhos rubros, os chifres pontudos e compridos. Mega Houndoom era cerca de duas vezes o tamanho de sua forma normal, e cinco vezes a altura de um Houndour. Se aquele pokémon estava recém no nível trinta (e um), imagine um daqueles no nível 70.
Arte por nganlamsong, deviantArt
        — É isso aí, Calem! — Aplaudiu Trevor. — Detona eles!
        — Houndoom... Tá na hora da diversão!

***
        — Uma luz! — Gritou Y, que corria apressadamente pelo túnel sem fim, agora provavelmente a quilômetros da casa do Diretor.
        — Chegamos! Chegamos! — X ergueu as mãos para os céus, faceiro por finalmente enxergar algo próximo de uma saída.
        — Mas isto aqui... Isto aqui está muito diferente da minha sala de pedras... Onde é que estamos afinal? — Pergunta Y, mais para si mesma do que para os outros, quando de repente, ouvem-se o que parece ser duas pessoas conversando.
        "Não vai demorar muito para que tenhamos Mega Pedras o suficiente para exportarmos!" — Disse a primeira das vozes, que aparentava ser de um homem muito velho.
        "Infelizmente, nosso intuito não é ganhar dinheiro." — disse a segunda voz, que era de uma menina. Doce e jovial. Uma voz conhecida, mas que Y não consegue se lembrar onde a ouvira...
        — Tem mais deles aqui! — Cochichou Anna, como se aquele comentário fosse realmente importante numa hora daquelas. Todos já haviam captado a mensagem.
        — Peguem pokébolas. — Sugeriu X. — Se precisarmos sair batalhando, sairemos. Mas vamos sair de uma vez desse túnel sem fim!
        — Certo. — Concordou Y, pegando, no escuro, as primeiras três pokébolas que encontrou dentro da necessaire.
        E os três correram em silêncio, a porta iluminada tornando-se cada vez mais próxima, e mais próxima, e mais próxima até que...
        O brilho radiante do sol parecia cegá-los, ao mesmo tempo me que uma estátua fenomenalmente gigante de Mega Lucario preenchia o vazio do que parecia ser uma torre circular, cujos andares circundavam a escultura espetacular.
        — Essa é... A Torre da Mega Evolução! — Concluiu X.
        — E vocês devem ser os mocinhos?! — Bradou a voz rouca que ouviram anteriormente, e que agora todos sabiam vir de um velho senhor de sobrancelhas majestosas, que empilhava o que parecia ser um saco cheio de... MEGA PEDRAS! — O que estão fazendo aqui?
        — Você... — X começou a enraivecer ao ver a pilha de pedras redondas. Então até mesmo o famoso Mestre Gurkinn de Shalour City, o especialista em Mega Shinka, estava envolvido no esquema da Team Flare?
        De repente, uma moça sobre rodas vem patinando na direção do grupo, enquanto carregava uma bolsa cheia de mais mega stones.
        — VOCÊS NÃO VIRAM NADA! — disse Korrina, em um forçado tom de ameaça.
        — Ei! Você não deveria estar em Hoenn? — Comentou Y aterrorizada, ao ver a Gym Leader local jogar a bolsa recheada com o poder mega-evolutivo no chão. Afinal... Korrina também estava trabalhando para a máfia? Assim como... Ai, meu Arceus! É claro! A Srta Le Blanc e Korrina são irmãs! E aquele deveria ser o avó delas!
        — Eu deveria estar em Hoenn, é? Pois VOCÊS deveriam estar bem LONGE daqui... — Korrina colocou a mão no bolso interno das vestes e Y pode sentir que ali vinha encrenca.
        A menina até pensou em jogar uma pokébola para iniciar combate, mas parece que o Super-X já havia se encarregado disso. Greninja já havia tomado frente e aparentemente não estava muito a fim de rebelião. O sapo pulou e fez uma pose de ninja, tão rápido quanto saíra de seu leito.
        — Smoke Screen! — Gritou o jovem detetive.
        — O que? — Korrina correu em direção à eles, mas já era tarde. Greninja invocara uma densa névoa que os encobrira por completo... "COF, COF, COF!"
        ...E quando Y abriu os olhos novamente, já estavam todos de volta ao bosque, são e salvos.

Continua...

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5 Comentários

  1. Cara que capítulo foi esse?! Não esperava isso do diretor, muito menos da minha professora preferida. Menos ainda da Korrina... Meu Arceus... Valeu a pena a espera, e agora estou ancioso pelo próximo capítulo... Rindo ate 2080 do Matthew chamar Wood de "bicha mau comida"... O Matt é sem duvida o meu personagem preferido depois do X, mas gostei do up repentino do Calem... Torcendo pra um reaparecimento doa Gym Leaders, já que sou fãzaço do Ramos e do Wulfric... Por ultimo mais não menos importante, quando teremos um novo capítulo??? Abraços...

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    1. Sim. Teremos um novo capítulo. Tu curte a página do MPT no face? Estou postando direto lá fatos sobre o XY, bem como prévias antecipadas dos capítulos. ;)

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  2. Cara que capítulo foi esse?! Não esperava isso do diretor, muito menos da minha professora preferida. Menos ainda da Korrina... Meu Arceus... Valeu a pena a espera, e agora estou ancioso pelo próximo capítulo... Rindo ate 2080 do Matthew chamar Wood de "bicha mau comida"... O Matt é sem duvida o meu personagem preferido depois do X, mas gostei do up repentino do Calem... Torcendo pra um reaparecimento doa Gym Leaders, já que sou fãzaço do Ramos e do Wulfric... Por ultimo mais não menos importante, quando teremos um novo capítulo??? Abraços...

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  3. Não faz isso comigo ;-;
    Capítulo ó... UMA DELÍCIA DE SE LER,amei o capítulo véi simplesmente amei

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