Pokémon Laços — Capítulo 01: VS Squirtle

     Em 2011, um menino chamado Kadu iniciou uma série de fanfics que se passavam em um mesmo universo compartilhado. Baseando-se nos fatos do mangá "Pokémon Adventures" ou "Pokémon SPECIAL", ele criou e está criando, até hoje, uma série de histórias com o único objetivo de entreter a vocês, queridos leitores, sob o nome de "família Laços de Fanfics". Hoje, porém, será o dia que vocês conhecerão o momento em que todos os eventos do universo Laços se iniciaram: com a fanfic da primeira geração de Pokémon, sejam bem-vindos à primeira aventura e o início de tudo! Mas fique atento: Todos os eventos aqui descritos influenciam ou influenciarão de uma forma ou de outra, todos os eventos de todas as outras Fanfics Laços. É aqui que as histórias começam a se unir em um único e grande acontecimento.

     Fiquem com "Pokémon Laços: A Fanfic", que está dividida em três partes, passando-se em três épocas diferentes: Green Chapter (na época dos jogos Pokémon RGBY), Blue Chapter (Na Época dos jogos RSE) e Red Chapter (Na Época dos jogos USUM). A história começa... AGORA!

Capítulo I - VS Squirtle

"O meu nome é Leaf Green. Eu sou uma treinadora iniciante. Esta poderia ser mais uma história clichê sobre como eu e meus amigos conseguimos nos sair vitoriosos em nossas jornadas Pokémon, mas não é. Esta história não é sobre como conseguimos bater os líderes de ginásio (e até nos tornarmos um), esta história não é sobre como enfrentamos a Elite 4, nem sobre como ingressamos na Liga Pokémon do Planalto/Platô Índigo. Esta história é sobre a Equipe Rocket e como ela USOU e ABUSOU de crianças para conseguir que seus sombrios objetivos se realizassem.

Tudo começou em uma primavera, quando o Professor Carvalho anunciou que estaria distribuindo os Pokémon Iniciais (Bulbasaur, Charmander e Squirtle) pela mídia de todo o Conglomerado Tohjo.

  

Eu era uma menina muito pobre e sempre tive como objetivo me tornar uma Campeã. Acontece que na época, eu cometia certos erros, e não me envergonho de contar-lhes como consegui o meu Pokémon Inicial. Eu tinha muito inveja das crianças que tinham pais que lhes amavam, lhes compravam roupas e deixavam sair em uma jornada Pokémon. Eu nunca tive isso. Bom, talvez eu tenha tido... Eu só não me lembro.

A minha história é um pouco... Triste. Quando eu tinha apenas 5 anos de idade, eu fui sequestrada por um Pokémon-pássaro sob as ordens do Homem Mascarado. Eu fui levada para um esconderijo secreto e treinada junto a várias outras Crianças Mascaradas. Lá, eu conheci um menino chamado Silver e aprendi sobre a Evolução. Eventualmente, nós planejamos uma fuga, e conseguimos. Eu passei anos viajando sozinha até que descobri que vinha de Pallet Town, onde dois garotos da minha idade receberam cada um, um Pokémon Inicial, uma Pokéagenda e partiram em uma jornada. Frustrada, eu invadi o Laboratório do Professor Carvalho e roubei o Squirtle.

Meus colegas Red e Blue tiveram sorte na vida. Nasceram em uma família que lhes dava proteção e carinho. Principalmente o Blue, né?, que era (ou melhor, é) neto do próprio Professor Carvalho. Ambos vieram de Pallet (meus conterrâneos) e escolheram Bulbasaur e Charmander, respectivamente.

Na primeira semana depois de meu furto, eu tive de me esconder, é claro. Mas depois, eu retornei e me tornei não só rival como também amiga dos dois. Eu queria ser legal como eles, mas talvez eles tenham achado que eu era muito mesquinha para isso, no começo.

No começo, tudo estava dando certo. Ficamos sabendo que para participarmos da Liga Pokémon, teríamos de batalhar primeiro contra os oito líderes de ginásio espalhados pela região. E assim foi. Começamos pela cidade de Pewter, onde o líder Flint, usava raríssimos tipo Pedra.

  

Nessas alturas, eu já havia capturado pelo menos dois diferentes Pokémon: Weedy, uma Weedle dos tipos inseto e venenoso e Nidoran (fêmea),  também do tipo veneno. Squirtle havia aprendido e aperfeiçoado seu golpe de bolhas, e não foi muito difícil para eu conseguir conquistar minha primeira insígnia.

 

Alegre com minha primeira colocação como uma treinadora Pokémon (o que não havia sido grande coisa, porque Red e Blue também foram super bem no desafio, mas na época, aquilo foi super emocionante para mim), eu segui contente para a próxima cidade e tão breve quanto a minha primeira conquista, veio a segunda...

O ginásio da cidade de Cerulean era governado por três patricinhas metidas a ricas: o tipo de gente que eu não me identifico — odeio. Todas as noites, elas davam um show aquático, onde apresentavam-se junto a seus pokémon em um palco gigante rodeado por água: a famosa piscina do ginásio: a mesma que de dia, elas usavam para batalhar contra seus oponentes, os desafiantes e participantes da Liga Pokémon.

  

Daisy, a mais velha, usava Seel. Violet usava Shellder e Lily, Goldeen. Eu fui a primeira a desafiá-las (só pra dar de frente com a personalidade insuportável delas), e arrasei no comando de meu time, que agora já estava um pouquinho maior e melhor.

  

Com um pouco mais de dificuldade do que no ginásio anterior, mas ainda assim uma partida de nível regular, adquiri minha segunda insígnia.

As coisas começaram a ficar esquisitas foi a partir daí. Tantos e tantos treinadores já passaram pela região de Kanto... Mas foi justo com nós que acontecimentos sinistros marcaram toda a nossa trajetória, afetando-os psicologicamente e influenciando no que aconteceu por toda a jornada. 

Aconteceu que precisamos regressar para uma cidade do qual já havíamos passado: Veridian City. E lá havia um ginásio. Curioso e faminto pela possibilidade de conseguir um desafio, Red invadiu o local (e nós fomos juntos, é claro! — Que péssima ideia).

Havia uma mulher no comando da organização. Ela se auto-intitulava Sird Storc e ela olhava pra gente com uma cara maldosa. Ela ria sozinha. De vez em quando, dava uns tiques nela e ela fazia movimentos estranhos com as mãos. A pele era pálida como papel, porém um pouco acinzentada, e seu cabelo cintilava em um tom  vermelho/púrpura jamais visto.

Com aqueles olhos mesquinhos que pairavam sobre nós de canto, ela disse que era a líder de ginásio substituta durante algum período de tempo e que o líder oficial não poderia nos atender. Pediu que retornássemos em um outro momento.

Foi aí que cometemos o erro de ficar. Red insistiu muito para que Sird Storc nos atendesse e batalhasse contra a gente. Ela nos olhou com uma cara que eu nunca vou me esquecer. Era como se ela tivesse tido uma grande ideia naquele momento. E foi o que ela fez: nos ofereceu uma batalha em troca de uma condição, que ela não disse o que era. Nem teve tempo. Red topou na hora. Estávamos enrascados. Mal sabíamos nós que a partir daquele dia, estaríamos em débito com a maior organização criminosa da época.

Sird Storc nos levou até uma passagem secreta na parede do ginásio, que dava em uma espécie de laboratório onde dois caras bem contrastantes estavam manipulando algumas substâncias químicas. O primeiro era baixinho, loiro e era basicamente um anão. Chamava-se Carr. O outro, contudo, era grande, forte e extremamente bobalhão. Burro, eu diria. Esse tinha o nome de Orm.

Os três se vestiam da mesma maneira: com jalecos cinza com bordas negras e um enorme "R" estampado do lado esquerdo do peito. Na época não sabíamos, mas aquele R era de Equipe Rocket e estávamos lidando com o maior dos nossos pesadelos.

 

Lá, Sird Storc nos introduziu ao Universo do qual jamais havíamos ouvido falar... De criaturas que não eram chamadas Pokémon... Criaturas vivas de outro mundo... As Glitches.

Glitches são Pokémon que basicamente não deram certo. Criaturas e seres deformados de outra dimensão e que frequentemente traziam problemas para os Pokémon daqui.

Sird afirmou que caso a vencêssemos em batalha, nós teríamos de fazer um favor para eles. Uma experiência de cunho científico... Enquanto o Professor Carvalho havia nos dado (mentira, o meu, eu roubei) os Pokémon Inicial em troca do favor de completar a pokéagenda, coletando dados de todos os pokémon encontrados, Sird Storc queria que nós utilizássemos objetos (itens) advindos dos corpos desses... Glitches. E aprendêssemos e estudássemos todos os seus efeitos sobre os Pokémon.

A princípio, não víamos maldade nisso, porque não sabíamos dos efeitos colaterais, nem da cobrança sobre a gente. Era como se tivéssemos assinado o nosso nome no livro protocolo da Equipe Rocket. Estávamos oficialmente trabalhando para eles. Nós só não sabíamos disso.

Concordamos. Que c*g*da.

Sird Storc batalhou contra Red. Ela usava o pokémon Persian.

Carr batalhou contra Blue. Ele usava o pokémon Magneton.

Orm batalhou contra mim. Ele usava o pokémon Slowbro.

  

Todos nós usamos nossos Pokémon Inicial nas batalhas. Vencemos. Eles não nos deram a insígnia oficial, disse que não tinham permissão para isso, pois não eram, de fato, os líderes daquele ginásio.

Mas nos deram uma difícil escolha a fazer. Muito pior do que a do inicial, era quase como um "Que pílula você tomaria"?

— Meus parabéns. — Sird Storc bateu palmas com um sorriso amarelo no rosto. — Vocês venceram. Agora, como prometido, terão de cumprir com a nossa missão científica. Preciso que escolham e deem para seus Pokémon um dos itens a seguir:

Ela puxou uma caixinha de vidro (que aparentemente estava refrigerando os itens lá dentro, pois saiu uma fumaça quando a tampa se abriu).

Dentro, haviam três cristais bastante peculiares. Eles tinham cores bastante vívidas e muito lembravam as pedras preciosas.

  

Então Sird Storc pôs-se a explicar:

— Estes são os Cristais de Sangue, Linfa e Célula. Eles foram produzidos em laboratório utilizando tecidos de Glitches e portanto, possuem efeitos diversos nos mais variados genomas das mais variadas espécies. Cada um de vocês deverá escolher 1 desses cristais e dar para o seu Pokémon inicial. O objetivo do estudo é observar, aprender e anotar tudo o que acontecerá com eles a partir do momento em que os cristais forem acoplados neles. Alguma pergunta?

— O que eles fazem? — Questionou Blue, levantando a mão.

F

— Bem, o Cristal de Sangue... — disse Sird apontando para o vermelho. — Faz o Pokémon "devoluir", ou seja, ele desencadeia o processo contrário à evolução. O Pokémon retorna a um estágio anterior.

— Aparentemente, a devolução só dura durante a batalha, mas isso altera o moveset do Pokémon para ataques ele sabia na época em que estava naquele estágio menos avançado. — Explicou Carr.

— O Cristal de Linfa... — disse Orm, apontando para o azul, com aquela voz de trovão. — Faz o Pokémon evoluir diretamente para a última forma, pulando o estágio intermediário. Dura para sempre, porém, a aquisição de experiência pode demorar mais.

— Isso quer dizer que ele também poderá demorar mais para passar de nível ou aprender movimentos novos. — Complementou Sird.

— E por fim, o Cristal de Célula... — Apresentou Carr, apontando para o verde. — Faz o Pokémon evoluir a qualquer momento, mas a evolução durará apenas durante a batalha, portanto, ele sempre ficará na sua forma básica, até que essa mecânica seja ativada.

— É! — Orm concordou.

Red, Blue e eu nos olhamos. Imediatamente, começamos a discutir quem ficaria com o que. No fim, cada um pegou o cristal (gelado, por sinal) que combinava com a cor representada no seu nome. Red ficou com o vermelho, o Cristal de Sangue. Blue ficou com o cristal azul, o de Linfa. E eu fiquei com o cristal verde, o de Célula.

— Fiquem com eles. — disse Sird Storc. — Há outros treinadores em posse destes cristais. Não esses, mas outros... Semelhantes. São sete, no total. Não falhem. Não nos decepcionem. Está em suas mãos agora.

Saímos de lá faceiros da vida, como quem usa Gamesharks em emuladores para obter efeitos ilegais em algum game da franquia, achando que com aquilo, seríamos imbatíveis. Que nada. Nossas dificuldades só aumentaram depois daquilo, especialmente por causa do preço que pagamos, coisa que jamais tínhamos noção no momento em que aquela maldita mulher entrou em nossa vida.