Anteriormente, em Pokémon Laços: Best Wishes!... Wish é filha do Mandarim do Reino de Aurora na Região de Ransei e está prestes a ser forçada a um matrimônio do qual ela não tem o mínimo interesse. Em uma sucessão rápida de eventos que resultaram na queda do Príncipe de Ignis da sacada do palácio, Wish decide fugir da região de Ransei para viver o sonho de se tornar uma treinadora Pokémon ao lado de Eevinha, sua fiel Eevee de estimação. Contudo, seu pai envia uma equipe de caçadores de tesouro atrás dela, a Team Ambition ou Equipe Ambição, que quer a todo custo trazê-la de volta para o Reino de Aurora. Wish encontra-se com um menino chamado Best, que a protege dos vilões e juntos, eles traçam um plano de fuga de Ransei, com o objetivo de chegarem a Unova, mas no meio do caminho, são surpreendidos pela Team Ambition que os captura como prisioneiros e os levam até o Reino de Pugilis.
Shot II: Alto Mar
— O que vamos fazer? — Cochichou Best, bem baixinho, para que a trupe da Team Ambition não pudesse ouvir.
— Temos que dar um jeito de sair daqui! Se ao menos eu pudesse me desamarrar... — Falei, mas nesse momento, fui repreendida por Yoshimoto do leque:
— FIQUEM QUIETOS!!
A minha vontade era de explodir. Como se não bastasse o fato de eu ser obrigada a viver uma vida que eu não quero, agora o meu pai estava mandando carniceiros atrás da gente para me capturar!! A sorte é que eles não ousariam tocar em um fio de cabelo da princesa de Aurora. Já Best, coitado, não teve essa mesma abordagem. Eles já chegaram amordaçando-o.
— Humpf! — Best não conseguia mais se comunicar.
— Agora eu acho que vão ficar quietos! — disse Motochika, que junto a Kanbei, deram risada da nossa situação.
Foi então que uma força que eu não sabia de onde vinha brotou dentro de mim. Eu disse, furiosa:
— Vocês não perdem por esperar! Quando eu sair daqui, vocês vão padecer, seus idiotas! PADECER!
Mas eles continuavam rindo, como quem diz: O que uma princesinha como você vai conseguir fazer contra a gente? Aquilo só me enraiveceu mais e mais.
Eles nos levavam em carruagens de Violight para Pugilis, puxadas por dois Zebstrikas muito bravos.
Eis então que na nossa estrada, havia uma grande árvore, e foi quando eu torci muito para que aqueles Zebstrika se assustassem. Na árvore haviam dependurados vários Pokémon conhecidos como Pineco, que nada mais são do que insetos em pinhas explosivas.
Pineco se assustam fácil demais e por qualquer coisinha, explodem seu próprio corpo, ejetando as camadas mais externas contra o inimigo em um baque de energia, som e fumaça.
Nós já estávamos quase completando a travessia, e os Pineco se mantinham estáveis. Não se mexiam nem faziam nada. O que eu poderia fazer para que eles começassem a explodir?
— Ei, eu preciso ir ao banheiro! Podem parar? — Perguntei.
— De maneira alguma, princesa! Tá na hora de deixar de ser mimadinha! — Debochou Kanbei. Eles deram risada, mas não perceberam que nesse momento em que eu os distraía, Best puxava uma pokébola e jogava contra a árvore, batendo em um dos Pinecos.
E foi um atrás do outro. Os Pinecos se assustaram e começaram a explodir instantaneamente, deixando as Zebstrikas que puxavam a carruagem extremamente amedrontadas. Elas começaram a atacar sem rumo nenhum, desvencilhando-se da charrete que tombou com todos nós lá dentro.
Pronto, a distração foi perfeita. Invoquei Longuinha para morder (Bite) e arrancar as cordas que nos prendiam, e assim fugimos pela parte de trás do veículo, enquanto seus líderes tentavam conter a fúrias das Zebstrika.
Arranquei a mordaça de Best e juntos, saímos floresta a dentro. Mas não sem antes dificultar as coisas para aqueles vigaristas.
— Longuinha, use Haze! — E imediatamente uma névoa preta se estendeu por toda a rota, cobrindo não só as Zebstrikas, que já estavam confusas, mas também todo o ambiente da carruagem, deixando a Team Ambition completamente sem visão, o que os impediu de rastrear a direção para onde fugimos. YES!!!
Quando já estávamos longe o suficiente, Best me mostrou a pokébola que havia jogado contra os Pineco. E para minha surpresa, ele havia conseguido capturar um.
— Mais um companheiro para a nossa viagem! Quanto será que falta para ele evoluir para Forretress? — Perguntou o garoto, enquanto eu olhava a todo momento para trás, com medo de estarmos sendo seguidos.
Mas graças a Arceus, nada aconteceu durante todo o caminho de volta à Chrysalia, reino dos tipo Inseto. No meio da trilha, é claro, eu não poderia deixar de ter acesso à uma captura. Eis que bem na nossa frente, passeava um Oshawott, comendo algumas frutas.
— Que fofinho! — Exclamei. — Preciso capturá-lo!
Assim que Eevinha entrou em ação, Oshawott imediatamente energizou sua concha com uma lâmina d'água, batendo de frente com o Iron Tail dela.
Faíscas voaram, mas nenhum dos dois Pokémon se machucaram. Foi uma defesa perfeita.
— O que é que eu faço? — Pedi um conselho a Best.
— Primeiro, corre.
E ele estava certo. Lá vinha um Water Gun poderoso contra a pobre da Eevinha, que não conseguiu escapar a tempo e acabou toda encharcada.
— Tackle!
Mas Eevinha ascendeu com uma investida poderosa, que jogou Oshawott longe.
— Continue com Quick Attack! — Falei rapidamente, dando prioridade de ataque à Eevee.
E com mais uma investida, Eevee derruba Oshawott. Essa era a chance perfeita.
— Pokébola, vaaaai!
E muito rapidamente, a captura estava concluída. Oshawott era meu. E agora meu time contava com 4 Pokémon: Eevinha, Cubinho, Longuinha e... Conchinha, é claro.
— Parabéns, Wish! Que evolução! — Elogiou-me Best... Mas eu logo vi que isso daí não vinha de graça. — É claro! Aprendeu com o melhor!! Hahahah
DIA 4
Chegamos à Chrysalia. No interior do reino, estava acontecendo uma feira, onde alguns treinadores Pokémon se apresentavam como uma tentativa de atrair turistas para o comércio local.
Não era nada muito elaborado, mas os números envolviam acrobacias, malabarismos e é claro, muito fogo de artifício Pokémon.
Três Pokémon, aparentemente selvagens, ficaram encantados com as apresentações e decidiram improvisar uma sua também. Eram três irmãos, os primatas Pansage, Pansear e Panpour. Mas eles não perceberam que estavam sendo cobiçados por alguém de interesse comercial neles...
— Ora, ora, ora... O que temos aqui? — disse a mulher, que ao mesmo tempo em que olhava para eles, brilhava os olhinhos como quem vê um caixa eletrônico em dia de pagamento. Ela jogou uma Ultra Ball e pegando Pansear de surpresa, capturou-o de uma só vez, separando os irmãos.
— Ai, como eu amo os tipos Fogo! — Exclamou a mulher.
— Moça, como você foi capaz de fazer isso? — Perguntou Best, metendo-se na conversa. — Vai deixar os outros dois irmãos para trás?
— Eles não são do tipo fogo. — disse a mulher. — Pouco me importa.
— Mas como assim? Que absurdo! — Praguejou Best. — Isso é rude!
— Ah, é? E quem você acha que é, ô tampinha?! — Perguntou a mulher, provocando.
— O meu nome é Best, do Reino de Greenleaf, e eu te desafio para uma batalha!
— Best? De Greenleaf? — A mulher deu uma risadinha sádica. — Ah, então você deve ser a princesa fujona. — E apontou para mim. — Pois era vocês mesmos que eu estava procurando. Prazer, sou Kai, pricesa do reino de Ignis e membro da Team Ambition! Sou eu quem vou levá-los de volta para o seu pai, sua mimadinha! Por tudo o que você fez com o meu irmão!
— C-como ele está? — Perguntei, preocupada. Afinal, eu agi por impulso, não tinha a intenção de matar o príncipe. Apenas joguei ele da sacada na emoção do momento. Simples assim.
— Mancando e com muita dor nas costas! Por pouco, ele não teve de ser operado! Mas o que você quer saber? Até parece que se importa, sua falsa! Sabe de uma coisa? É até bom que esse casamento não venha a acontecer! Eu nunca deixaria o meu irmão se casar com alguém como você! Mas eu juro, por Arceus no céu, que eu não vou sossegar enquanto eu não te ver apodrecendo em um calabouço! Vocês dois, o bonitinho também!
— EI! — Best não gostou do elogio. Falsa era ela.
— Flareon, Pansear e Darmanitan! Conto com vocês!
Kai lançou três pokébolas ao ar, sendo uma delas, a do Pansear que havia acabado de capturar. Ela estava prestes a usar o Pokémon contra os próprios irmãos. Mas Best não deixou barato. Juntou Pansage e Panpour, e também Monferno, montando um esquadrão de batalha. A luta estava formada.
— Flareon, Fire Blast! Darmanitan, Fire Punch! Pansear, Flame Charge!
Os três pokémon de Kai vieram com tudo pra cima dos nossos, mesmo Pansear, que havia acabado de ser capturado, não resistiu nem um pouco ao atacar seus irmãos. Talvez a atração da Ultra Ball seja tão grande, que faça o pokémon obedecer ao treinador instantaneamente, mesmo que isso o faça perder o juízo.
— Pansage, Rock Tomb! Monferno, Flamethrower! Pansear, Water Gun!
Pansage bloqueia a explosão de fogo de Flareon sumonando uma rocha enorme, que bloqueia os resquícios da explosão de atingi-lo. Monferno, por sua vez, desvia-se do soco de fogo de Darmanitan e salta, atingindo-o por trás com um poderoso lança-chamas, ainda que não tivesse muito efeito contra outro tipo fogo. Panpour então tem de lidar com o próprio irmão, apagando seu carga de chamas com um jato d'água intenso, gerando uma fumaça por todo o campo de batalhas.
— Darmanitan, Superpower! Flareon, Swift!
— Pansage, rebata o Swift com o Bullet Seed! Monferno, mostre a eles o que é força com o Mach Punch!
Os ataques colidem e ambos os pokémon, de ambos os lados, se machucam.
— Panpour, Scratch!
— Pansear, Solar Beam!
Panpour acerta o irmão do tipo fogo com um arranhão, mas Pansear já estava carregando seu raio solar, um movimento do tipo Grama que logo em seguida é lançado e acaba sendo super efetivo contra Panpour, que deita e não mais levanta!
— @-@!
— PANPOUR! — Gritou Best. Mas era tarde demais para se preocupar com ele, porque lá vinha um ataque direto contra Pansage.
— Flamethrower! — Ordenou Kai a seu Flareon, evolução tipo fogo de Eevee.
— Monferno! Proteja Pansage! — Ordenei eu mesma, como um instinto de reflexo. E Monferno me obedece, usando o Flame Wheel em frente a Pansage para protegê-lo das chamas super efetivas de Flareon.
— Isso aí, Wish! — Agradeceu-me Best. — Agora, Pansage, tá na hora de acabarmos com isso de uma vez por todas! Grass Whistle!
Pansage arranca um punhado de folhas de sua cabeça e começa as assoprar feito apito, fazendo com que todos os três pokémon adversários caíssem em um sono profundo automaticamente.
— O que? — Gritou Kai, assustada.
— Monferno, Fury Swipes!
E com um último movimento de batedores de fúria, Monferno aniquila seus três oponentes de uma só vez, afinal, eles não poderiam revidar nem se esquivar enquanto dormindo. Kai estava desolada.
Os irmãos Pansage e também Panpour, que se acordava de sua derrota, ainda meio grogue, uniram-se ao corpo petrificado de Pansear, que estava desacordado. Pansage pegou uma das folhas medicinais de sua cabeça e deixou sobre o pokémon. Se ele comesse, estaria recuperado. E essa foi a despedida dos três irmãos, sem ressentimentos.
Kai bufou de raiva. Jurou para nós:
— EU VOU VOLTAR!! E vocês vão se arrepender de terem feito isso comigo!
— De termos feito o que? De termos vencido honestamente em uma partida Pokémon? — Perguntou Best, debochando.
— GRRRR! — Kai foi embora correndo. Essa foi a membro da Team Ambition mais fácil até então. Eu desconfiava que ela não era membro de verdade e só estava ali por causa do irmão. Também... O que foi que eu fui fazer com o coitado?! Se bem que a culpa era toda dele, por tentar me assediar. Eu não ia me rebaixar sentindo pena por alguém com eles.
Foi quando percebemos que as pessoas na feira e também os comerciantes, estavam tirando fotos da gente. Essa não. Se a mídia caísse em cima, eu estava ferrada.
— Vamos! — Peguei Best pelo braço e o puxei, no que ele estava colocando Monferno de volta para dentro da pokébola.
— Espera aí! — disse ele. — Vou levar Pansage e Panpour comigo!
— Hã?
Best lançou duas pokébolas e o óbvio pode ser constatado: tanto um quanto outro aceitaram seguir viagem ao lado da gente.
E em dois segundos, desaparecemos dali. Estávamos correndo na estrada de novo, rumo ao próximo Reino.
DIA 5
Illusio: Lar dos tipos psíquico. Aqui, uma vasta cadeia de montanhas e pinheiros circundava o reino, com uma formação natural e extremamente bela de cristais cor-de-rosa que ampliavam os poderes sobrenaturais daqueles pokémon que ali habitavam.
Mas o meu foco estava nos ares. Uma criaturinha fofa (mas de expressão severa) flutuava pelos ares. E eu tinha de capturá-la.
— Best, nosso barco é à velas? — Perguntei.
— Não, por quê? — Perguntou ele de volta.
— Porque se precisarmos de uma, acho que já sei como conseguir! Olha!
E apontei para cima, para um pequeno balão cor-de-rosa flutuante: Jigglypuff.
— Caramba! Que fofinho! — Exclamou Best. — Mas parece que está bravo! Você tem certeza de que quer capturá-lo?
— Absoluta. Conchinha, Vai! Use Aqua Jet!
Logo ao sair da pokébola, Oshawott vai para cima de Jigglypuff em um turbilhão de água pressurizada que delineava inteiramente seu corpo, jorrando para cima e desestabilizando o voo do tipo normal, derrubando-o com tudo na grama.
Mas Jigglypuff ficou ainda mais bravo. E por conta disso, devolveu o golpe com sua arma mais poderosa: Sing ou Canção de Ninar.
Em segundos, Oshawott havia sido dominado pela doce e melódica voz de Jigglypuff, que aproveitou o momento de relaxamento do tipo água para nocauteá-lo com um simplório golpe de Pound.
— ARCEUS!! Conchinha! — Corri até ele para ver no que podia ajudar, mas não havia nada a ser feito, a não ser, trocar de Pokémon.
— Cubinho, vaaai! Icy Wind!
Mas Jigglypuff tinha uma resposta rápida para aquilo. De sua boca, surgiu uma baforada de fogo, um Flamethrower muito bem executado que bateu de frente contra o vento congelante de Cubchoo e por fim, o acertou em um superefetivo.
— Cubinho! — Gritei, mas era tarde. Jigglypuff já estava soltando sua canção de ninar de novo. E por fim, sua voz começou a mudar. Foi ficando mais grave e mais forte, até que bombas de som formaram sua Hyper Voice e que certamente derrotou Cubchoo em um só segundo.
— Caraca! Ele é forte mesmo! — Expressou Best. — Tente a Eevinha! Ela é a Pokémon de mais alto nível no seu time!
— Não. Acho que tive uma ideia. — disse eu, pegando a pokébola de Longuinha nas mãos. — Glare, vai!
Imediatamente, Ekans balançou o chocalho na ponta da cauda e lançou um olhar petrificante contra Jigglypuff, que foi imediatamente paralisado.
— O que? De onde você tirou essa tática? — Perguntou Best, surpreso com minha rápida evolução.
— Eu aprendi com "o melhor". Agora, Longuinha, Dig!
Jigglypuff até tenta usar sua canção da sonolência outra vez, mesmo imobilizado, mas Ekans estava longe agora, no subsolo, onde qualquer som é abafado e comprimido.
Eis então que Ekans surge por debaixo de Jigglypuff, jogando-o para cima. Ele podia até voar como uma balão, mas ainda assim não era do tipo voador, portanto, podia sim ser atingido por ataques tipo solo. E assim Ekans vence a partida, mas não sem antes eu conseguir capturar aquela fofurinha.
— Yeah! O Jigglypuff... É meu! Ou melhor... O "Rosinha" é meu!
E foi nesse momento que vimos o resultado do treinamento mostrar efeito. Um brilho acometeu quase que instantaneamente o corpo de Ekans e em segundos, ele já não era mais o mesmo. Estava grande, maior do que eu, e seu largo peitoral agora estampava padrões coloridos que lembravam um assustador rosto. Longuinha era Arbok.
E assim prosseguimos para o Reino de Terrera, lar dos tipo Ground. Chegando lá, encontramos um pequeno Pokémon do tipo Normal: Bidoof. Ele corria, com uma cara de assustado.
— Aaah! Que fofo! Tenho de capturá-lo!
— Tem certeza, Wish? — Perguntou-me Best, com uma certa cara de rejeição.
— Por que não? — Perguntou.
— Bem... É que Bidoof é o mais famoso HM Slave Eeeeeeveeeer! (o mais famoso escravo de HM de toooooodos os tempos)
— Querido, nós estamos em Ransei! Aqui não existem HMs! Todo Pokémon pode ser individualmente valorizado. — disse eu, segurando o peso da quarta parede.
— Acid! — Ordenei Arbok, quer dizer, Longuinha. E da boca de meu Pokémon eis que jorra um ácido extremamente mal cheiroso, um ataque novo que Best havia nos ajudado a aprender e aperfeiçoar durante o caminho a Terrera.
Mas fomos recepcionados de volta com um congelante Ice Beam, que não só parou o ataque de Arbok como também o atingiu em cheio, tirando muito dano.
— Só um HM Slave, hum? — Debochei da ingenuidade de Best em desprezar um pokémon como Bidoof.
— Lá vem um Hyper Fang! — Alertou-me o menino. Bidoof usava suas presas afiadas para morder a cauda de Longuinha, mas nós sabíamos jogar o mesmo jogo.
— Bite!
E de repente, um começou a morder o outro. Claro que Arbok era muito maior em tamanho, por isso, sua bocada foi grande o suficiente para engolir o rato inteiro.
— YASSS! — Comemorei. — Agora cuspa-o com o Acid, Arbok!
Mas no que Longuinha cuspe Bidoof, sua defesa é amplamente ampliada com o golpe Defense Curl. E quando ele para de se enrolar, uma surpresa: Bidoof começa a brilhar e de repente, é um Bibarel, completo e formado, agora do tipo água também.
— Ele evoluiu! — Surpreendeu-se Best.
— Mais um motivo para eu querer capturá-lo! Vai, Longuinha: Use Glare!
Mas Bibarel era rápido em revidar, atacando de volta com o Secret Power, que naquele lugar, por estar em um ambiente de terra, foi responsável não só por tirar pontos de vida de Arbok, como também por reduzir a precisão de seus movimentos.
Bibarel estava paralisado, mas ainda era um oponente considerável.
— Longuinha, volte! Conchinha, é com você!
Oshawott saiu brilhando da pokébola.
— Tackle!
E como resposta, Bibarel lançou um Super Fang, mordendo a cabeça inteira de Conchinha, de uma só vez.
— Ele é forte! — Por fim convenceu-se Best. — Mas com a evolução, ele se tornou um tipo água também, então os movimentos do tipo água de Oshawott serão pouco efetivos. Você tem que continuar insistindo no Tackle se quiser usar ele!
— Eu sei, eu sei! Conchinha: Tackle!
Bibarel, no entanto, revidou com um Ice Beam que não podia fazer outra coisa senão congelar Oshawott.
— Droga!
— E agora? — Perguntou Best. — O que vai fazer?
— Hmm... Deixe-me pensar... Bibarel possui ataques físicos bastante precisos, como o Super Fang. E ataques especiais como o Ice Beam também. E sua defesa está ampliada devido ao Defense Curl. Isso quer dizer que ele é bom tanto de perto quanto de longe. Temos que tirar proveito do campo de batalhas, então! Eevinha, é com você! Iron Tail no Chão!
Rapidamente troquei para Eevee, que bateu com sua cola férrea no chão, levantando uma grande nuvem de poeira. E é aí que a terra entra como aliada.
— Agora o Sand-Attack!
Rapidamente troquei para Eevee, que bateu com sua cola férrea no chão, levantando uma grande nuvem de poeira. E é aí que a terra entra como aliada.
— Agora o Sand-Attack!
Tomando proveito da areia que já havia sido levantada, Eevee jorra um punhado de terra nos olhos de Bibarel, dificultando sua mira. E lá vinha mais um Ice Beam, mas Eevee foi rápida em desviar.
— Eevee, use Take Down!
E com uma investida sorrateira pelas costas (afinal, Bibarel não conseguia enxergar direito), Eevinha o derrubou, levando também uma parcela do dano.
— Finalize com o Quick Attack! — E com um golpe de prioridade, Eevee se aproxima de Bibarel de novo, derrubando-o mais uma vez na areia que havia o cegado ainda a pouco.
— Pokébola, vai!
E com um catch rate razoavelmente alto, Bibarel é facilmente englobado pela bola, sendo capturado.
— Dentinho. Esse será o nome dele! — E foi então que me caiu a ficha. — Viu, Best? Eu formei meu time antes que você! Agora eu já tenho seis Pokémon: Eevinha, Cubinho, Longuinha, Conchinha, Rosinha e Dentinho!
— É, acho que mordi a língua! Você realmente pegou o jeito, Wish e em bem pouco tempo! Você tem talento! Desculpa por desacreditar em você! Eu tenho o Monferno, o Piplup, o Pineco, o Pansage e o Panpour. Falta-me 1 pokémon para completar o time!
— Talvez você consiga um em Terrera ou em Cragspur! Os tipo Terra e Pedra combinam muito bem com você!
— Você acha? — Ele perguntou.
— Ei, vocês! — disse uma mulher que se aproximou. — Eu estava observando a batalha e (perdão, é um mal costume, eu sei) ouvindo o que vocês estavam conversando. Eu também estou em busca de completar um time de seis Pokémon. Que tal se vocês me mostrarem o time de vocês pra gente se enfrentar em uma batalha?
— Uma batalha? — Perguntei, na inocência.
— Sim, treinadores de verdade batalham uns contra os outros. O meu objetivo é encontrar apenas os melhores treinadores e batalhar somente contra aqueles cujos times eu considero... dignos de serem enfrentados pelos meus tipo fantasma.
— Humpf. — Bufei. Outra que desprezava os Pokémon. — Mas é claro que o nosso time é digno! Vamos lá, Best! Vamos mostrar pra ela o que a gente tem!
Imediatamente, reuni todo o meu time. Eevee, Cubchoo, Arbok, Oshawott, Jigglypuff e Bibarel. Best também invocou os pokémon dele, e de repente tínhamos onze vítimas extremamente vulneráveis expostos à terrível maldade daquela mulher.
— Hmm... Talvez eu tenha mentido. Eu tenho só um Pokémon por enquanto... Minha amada Misdreavus. Ela é capaz de dar conta de todos vocês... Mas eu realmente quero montar um time só com Pokémon Fantasmas!
E a mulher disparou no ar uma pokébola, lançando Misdreavus.
— Muito prazer, a propósito. Eu me chamo "No" e estou no rastro de vocês à dias. Saudações da Team Ambition! Misdreavus, Mean Look!
Misdreavus lançou um olhar diabólico que prendeu todos os pokémon ali presentes, impedindo-os de retornar à suas pokébolas. E então, como que de repente, uma rede é lançada por No, que era realmente muito ágil, cobrindo ambos os times de uma só vez.
Nossos pokémon estavam encurralados.
— ESSA NÃO! — Gritei, no desespero. Mas era tarde demais para pensar em fugir. Nós precisávamos revidar. — Conchinha, Razor Shell!
— Pansage, Bullet Seed!
Os pokémon começaram a atacar de dentro da rede, mas nada parecia surtir efeito. Era difícil para caramba rasgar aquelas cordas, que pareciam ser metálicas, pois retiniam um barulho estridente no menor contato. E Pineco não poderia explodir, pois estava muito perto dos outros e seria muito arriscado.
— Vocês perderam. Admitam. — disse No, com um ar de superioridade. Piranha. — Misdreavus, acalme-os com Perish Song!
Misdreavus começa a cantar uma canção fúnebre que machucou a todos os pokémon de uma só vez, tanto os meus como os de Best. Até mesmo eu me sentia angustiada ao ouvir aquilo. Era terrível.
— Aaaah! Tampa os ouvidos, Wish! — Alertou-me o menino.
— Não dá! É terrível! Eu continuo escutando! Argh!
Misdreavus então para.
— Vocês vão se entregar ou não? — Perguntou No pela primeira vez.
— Não, nunca! — disse eu, convicta.
Então Misdreavus começou a gritar por mais um longo minuto. Quando ela parou novamente, No perguntou:
— Vão se render agora?
— Não! — disse meu companheiro.
E Misdreavus retornou a gritaria.
Mas estávamos não estávamos contando com a astúcia de nossos Pokémon: enquanto No nos torturava, Arbok, Pansage e Bibarel roíam as cordas, que mesmo metálicas, ainda podiam ser partidas.
— Vocês perderam. Admitam. — disse No, com um ar de superioridade. Piranha. — Misdreavus, acalme-os com Perish Song!
Misdreavus começa a cantar uma canção fúnebre que machucou a todos os pokémon de uma só vez, tanto os meus como os de Best. Até mesmo eu me sentia angustiada ao ouvir aquilo. Era terrível.
— Aaaah! Tampa os ouvidos, Wish! — Alertou-me o menino.
— Não dá! É terrível! Eu continuo escutando! Argh!
Misdreavus então para.
— Vocês vão se entregar ou não? — Perguntou No pela primeira vez.
— Não, nunca! — disse eu, convicta.
Então Misdreavus começou a gritar por mais um longo minuto. Quando ela parou novamente, No perguntou:
— Vão se render agora?
— Não! — disse meu companheiro.
E Misdreavus retornou a gritaria.
Mas estávamos não estávamos contando com a astúcia de nossos Pokémon: enquanto No nos torturava, Arbok, Pansage e Bibarel roíam as cordas, que mesmo metálicas, ainda podiam ser partidas.
Em alguns minutos, um pequeno buraco estava aberto, e alguns pokémon pequenos já podiam passar.
Misdreavus continuava a cantar.
— É uma competição de música que você quer? Rosinha, mostre a elas quem é o mestre do som!
E com sua canção de Ninar, Jigglypuff rebateu as terríveis ondas sonoras de Misdreavus, cancelando a Perish Song que atordoava a todos, fazendo-a cair no sono.
— MISDREAVUS! — A mulher correu até ela, e agora sabíamos que era seu único Pokémon: o seu maior erro ao enfrentar dois times (quase) completos.
— Monferno: Flamethrower! Piplup: Bubble Beam!
— Eevinha: Swift! Dentinho: Ice Beam!
O resultado de todos aqueles ataques combinados não poderia ser outro: uma explosão que varreu Misdreavus, derrotando-a na hora e fazendo, é claro, com que a mulher se desesperasse.
— Eu nunca achei que um bando de pirralhos sem experiência nenhuma fosse capaz de derrotar a minha Misdreavus! — disse ela. — Mas vocês se superaram: na coragem, no atrevimento e na força! Da próxima vez que nos vermos, eu não vou deixar barato. Quero que saibam que a Team Ambition sabe de cada passo que vocês dão. Já traçamos a rota que vocês estão fazendo e sabemos exatamente para onde estão indo. Nós só estamos esperando o melhor momento e o melhor lugar para atacar. Testando sua força. Dito isto, durmam bem, crianças.
E No dá as costas, se afastando com sua Misdreavus desfalecida nos braços. Ou era um blefe ou... Nos ferramos mesmo!
DIA 6
Mais um dia de viagem e a terra suave como areia de Terrera foi tornando-se cada vez mais dura ao ponto de estarmos agora rodeados por uma cadeia de montanhas e rochas, chegando finalmente a Cragspur, reino dos tipo Pedra.
A cidade, nas altitudes menos elevadas, possuía diversos estabelecimentos comerciais. Chegamos no primeiro que encontramos. A fome era grande, mas lá eles não vendiam comida. Vendiam... Pedras!!
— Com licença! No que posso ajudá-los? — disse uma voz calma e terrivelmente familiar.
— OICHI!!! — Gritei e corri direto para os braços da minha melhor amiga, Oichi.
Oichi era uma amiga de infância e que vivia no reino de Aurora. Mas o que ela estaria fazendo ali.
— Oichi! Há quanto tempo?! — disse eu, quase chorando.
— Wish, por onde se meteu? Está todo mundo te procurando!!! — Perguntou ela, em um tom de preocupação.
— Não fala pra ninguém que eu to aqui! — Pedi a ela e sabia que podia contar com a ajuda de Oichi. — É mais um dos casamentos que meu pai me arranjou!
— Ah, não! Mais um? Fala sério?! Isso é mesmo parte da cultura oriental? — Criticou ela.
— Não sei, miga. Mas você precisa me ajudar. Temos que dar o fora de Ransei o mais rápido o possível! — Pedi, quase implorando.
— Oichi, né? Prazer, eu me chamo Best. Que tipo de pedras você tem aqui?
— Ahn... De vários tipos... Pedras Evolutivas, shards, pedras decorativas, pedaços de estrela... De tudo, um pouco. — Respondeu ela.
— Pois bem, vou querer levar algumas! — Best ofereceu algumas moedas de ouro do saco que tínhamos para comprar o barco. Mesmo poucas, era muito dinheiro.
— C-claro! — Os olhinhos de Oichi brilharam. Ela vinha de uma família pobre e humilde do vilarejo de Aurora, e não costumava ver moedas de ouro ao vivo. Isso era coisa dos nobres. — Quais você quer?
***
Best havia acabado de comprar algumas pedras muito específicas (e eu não entendia o porquê) quando Oichi nos ofereceu um belo de um almoço. Era dez horas da manhã, mas não comíamos nada direito há muito tempo.
— Então, Oichi? Como veio parar em Cragspur? — Perguntei.
— Meu irmão e eu conseguimos um emprego aqui. — Falou ela.
— Quem, o Hanbei? — Perguntei, me referindo ao caçula.
— Não, o mais velho: Masamune! — disse ela.
— E onde está ele? — Questionou Best.
— Quem? O Hanbei ou o Masamune?
— Os dois. — disse Best.
— Ahn... O Masamune não trabalha diretamente nas vendas aqui da loja, mas na exploração. Ele usa seus Pokémon do tipo voador para escavar e encontrar novas pedras... Ele não é muito bom nisso, mas né... Não sou eu quem vai dizer isso pra ele! E o Hanbei... Bom, o Hanbei continua como sempre... Jogando vídeo-game em algum lugar desse planeta.
— E os seus pais, continuam te aborrecendo? — Perguntei.
— Não. Agora que estou trabalhando, sou uma mulher independente! — Orgulhou-se ela. — E você... Vejo que está fazendo isso também!
— É... Oichi... A gente precisa ir para Unova. Mas temos que comprar um barco que suporte o alto mar em Fountaine, a capital das embarcações!
— Ah, entendo! E como vão fazer isso? Vocês tem Pokémon-marujos?
— Temos, é claro! — Aproveitei para dar aquela alfinetada — Eu já tenho um time de 6 Pokémon, mas certas pessoas que disseram que eu não era capaz, nem sequer perto chegaram.
— Eeei! Só falta um para eu completar o meu time! — Bradou Best, já tomando a (in)direta como para si.
— Ah, entendo! Então nesse caso, acho que tenho uma coisa que pode te ajudar Best! — disse Oichi. — Esperem aí! Eu já volto.
Instantes depois, Oichi retorna com sua Kirlia.
— Era muito pesado, então pedi para Kirlia usar o Psychic para me ajudar a trazer! — disse Oihci, apontando para um bloco de rocha com um formato de garra — Toma. Levem como um presente. Se o dono descobrir que eu estou fazendo isso, ele me mata. Mas quer saber? Não tem problema? O que é um pequeno furto quando a vida de sua melhor amiga está em perigo?
— O que é isso? — Perguntou Best.
— Mais uma pedra... — disse eu.
— Não, Wish! É um Claw Fossil, um fóssil que dizem ser capaz de reviver no antigo Pokémon Anorith! Levem com vocês! Em Ransei, nossa tecnologia é muito primitiva, mas tenho certeza que na Região de Unova, vocês conseguirão trazê-lo de volta à vida!
— Então isso é um pokémon extinto? — Exclamou Best. — E você está me dando?
— Claro! Pode levar! Mas não contem pra ninguém, caso contrário, eu posso estar perdendo o meu emprego!
— Imagina! — dissemos eu e Best ao mesmo tempo.
Então, nesse instante, o sininho da loja tocou. Nós estávamos nos fundos do departamento, comendo. Não dava pra ver quem era, mas a julgar pela voz, Oichi o conhecia.
— OICHI! — Gritou uma voz de pedra de um homem provavelmente muito velho.
— Essa não! — Cochichou Oichi. — É o Senhor Shingen, o dono da loja! Rápido! Saiam pelos fundos!
Minhas pernas já nem sabiam mais o que era descanso. Quando ela falou isso, instintivamente eu já estava de pé, pegando mais um pão para levar na viagem. A reação de fuga já era natural. Despedi-me de Oichi com um abraço bastante apertado, porém breve, e fomos em direção aos fundos da loja. Saímos do estabelecimento e também do reino de Cragspur. O time de Best estava completo, bastava agora que transformássemos pedra em vida...
DIA 7
Chegamos enfim à Nação Yaksha, lar dos pokémon tipo noturno. O lugar se assemelhava (e muito) à Violight, devido sempre parecer noite ali, mas diferente. Menos tecnológico, mais rústico, mais tradicionalista. Yaksha era o reino dos Poké-Ninjas. Ransei possui uma variedade de guerreiros, samurais e diversos lutadores de artes marciais, contudo, eram os ninjas de Yaksha que mais me davam medo. Eu torcia para que não víssemos nenhum.
E por sorte, a primeira coisa que vimos ao chegar na cidade foi um hotel. Ah, glória a Arceus! Meus pés estavam ardendo de dor. Estavam cheio de bolhas. Eu não estava acostumada a viajar a pé. Contudo, mesmo com toda aquela dor e sensação incômoda que me acompanhava, aquilo me fazia tão bem. Fugir das normas, fugir das regras. Das Leis que meu pai criou e só existem na cabeça dele.
— Vamos descansar! — disse para Best em um tom autoritário. Ele nem questionou. Fomos direto para a recepção do hotel.
— Sim? — Perguntou um homem com cara de c*. Era o recepcionista, mas usava roupas esquisitas, especialmente umas luvas que aparentemente lhe coçavam as mãos, pois ele não parava de mexê-las.
— Um quarto para dois. — Pedi.
— Não Há Vagas! — Disse ele, com uma cara de desprezo.
— E aquela placa ali? — Apontei para uma placa que dizia justamente: "Há Vagas".
— Está fechado pra vocês. Não voltem mais. — retrucou o homem.
— Como assim?! — Best se irritou. — Isso aí é discriminação! Por que está fechado "pra gente"?
— Eu quero falar com o gerente! — Brandei.
— Huh... — O homem deu uma risadinha sádica e saiu lentamente em direção a uma peça nos fundos. Ele trouxe uma plaquinha que dizia "gerente" e pôs no próprio peito.
Um silêncio absurdo tomou conta do lugar. Eu não sabia o que dizer. Ficamos sem reação.
— Escuta, milady! — disse o homem. — É o seguinte: Está toda a região de Ransei procurando por vocês dois! Está na mídia, nos noticiários! Eu não quero prejudicar a minha reputação e a imagem do meu estabelecimento escondendo vocês aqui! — despejou ele. — Mas talvez... Eu possa ajudá-los de alguma outra maneira...?
E pela primeira vez, aquele homem me pareceu um pouquinho (talvez 0,5%) mais simpático.
— Nós precisamos chegar a Fountaine. — Imediatamente falou Best.
— Pra...? — Perguntou o homem.
— Precisamos de um barco. Para sair de Ransei. — Continuou contando, o menino.
— Hmmm... — O homem começou então a pensar. — Mas como vocês vão até Fountaine se para ir de Yaksha até lá, vocês já precisam ter um barco? O caminho de uma perna até a outra é feito pelo mar. — disse ele, referindo-se ao mapa de Ransei, que possui o formato de Arceus.
— Tem razão. — Tive de concordar. Lamentei não ter pensado nisso antes.
— Então como poderemos conseguir um barco? — Perguntou Best.
— Eu vou ver o que eu consigo fazer... — disse o homem, entrando na salinha aos fundos da recepção novamente. Ele voltou em seguidinha com uma chave em mãos. — Esse barco é de minha família... MAS, — Puxou a chave de volta na hora que Best ia pegá-la; — Eu não trabalho de graça!
Peguei o saco de moedas de ouro e despejei-as sobre o balcão.
— Hum, isso aí já serve. — disse ele.
Pegamos a chave sem questionar e fomos direto ao cais nas montanhas. No que saímos na porta do hotel, tive a impressão de ouvir uma gargalhada alta, mas imaginei que fosse só coisa da minha cabeça.
Chegando ao nosso destino, encontramos um barco cujo alarme correspondia à nossa chave. Entramos, ligamos os motores e em menos de dez minutos, já nos encontrávamos longe, finalmente em mar aberto.
— Escuta, milady! — disse o homem. — É o seguinte: Está toda a região de Ransei procurando por vocês dois! Está na mídia, nos noticiários! Eu não quero prejudicar a minha reputação e a imagem do meu estabelecimento escondendo vocês aqui! — despejou ele. — Mas talvez... Eu possa ajudá-los de alguma outra maneira...?
E pela primeira vez, aquele homem me pareceu um pouquinho (talvez 0,5%) mais simpático.
— Nós precisamos chegar a Fountaine. — Imediatamente falou Best.
— Pra...? — Perguntou o homem.
— Precisamos de um barco. Para sair de Ransei. — Continuou contando, o menino.
— Hmmm... — O homem começou então a pensar. — Mas como vocês vão até Fountaine se para ir de Yaksha até lá, vocês já precisam ter um barco? O caminho de uma perna até a outra é feito pelo mar. — disse ele, referindo-se ao mapa de Ransei, que possui o formato de Arceus.
— Tem razão. — Tive de concordar. Lamentei não ter pensado nisso antes.
— Então como poderemos conseguir um barco? — Perguntou Best.
— Eu vou ver o que eu consigo fazer... — disse o homem, entrando na salinha aos fundos da recepção novamente. Ele voltou em seguidinha com uma chave em mãos. — Esse barco é de minha família... MAS, — Puxou a chave de volta na hora que Best ia pegá-la; — Eu não trabalho de graça!
Peguei o saco de moedas de ouro e despejei-as sobre o balcão.
— Hum, isso aí já serve. — disse ele.
Pegamos a chave sem questionar e fomos direto ao cais nas montanhas. No que saímos na porta do hotel, tive a impressão de ouvir uma gargalhada alta, mas imaginei que fosse só coisa da minha cabeça.
Chegando ao nosso destino, encontramos um barco cujo alarme correspondia à nossa chave. Entramos, ligamos os motores e em menos de dez minutos, já nos encontrávamos longe, finalmente em mar aberto.
Continua...
Enquanto isso, no hotel...
A aparência das coisas parecia se encontrar em um estágio entre o líquido e o gasoso, estava tudo se desfazendo, inclusive a aparência do homem e do balcão à sua frente, que em pouco tempo, tornou-se um pokémon minúsculo.
— Zorua... Fizemos um bom negócio hoje! — Afirmou o homem. — A Team Ambition ainda é uma organização secreta em Ransei, portanto, não temos como tomar grandes atitudes dentro dos limites do mapa. Agora, no mar... Temos total liberdade para mostrar todo o nosso poder, sem que ninguém saiba de nossa existência! É ou não é um plano perfeito? Muahahahahahahahaha!
E o pokémon começou a rir junto. Uma risada maquiavélica, assim como tudo naquele lugar.
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