Pokémon Laços — Epílogo Blue Chapter: VS Mewtwo



EPÍLOGO - VS Mewtwo
— Essa não! — Gritou Red.

Mas não adiantava correr, não havia saída, Lance já estava no comando de um poderoso ataque por parte de Dragonite: um Flamethrower de proporções jamais vistas!

E como um sweeper, Dragonite varre todos os pokémon de Red, mesmo tendo eles sido ressuscitados e podendo ser usados todos de uma só vez contra ele.

— Red! — Gritou Yellow.

— O Cristal da Consciência! — disse Green.

Red pegou o último dos três cristais e por um momento... Parecia não saber se deveria ou não fazer o seu uso. Mas então fechou os olhos e lançou-o em Pikachu, deitado no chão. Pika segura o cristal e rapidamente, começa a sugar Red, Green, Yellow e eu para dentro da joia.

Nós não sabíamos como aquela mecânica funcionava exatamente, mas boa coisa não era. Porque estávamos vendo nossos corpos do lado de fora, do alto. Eles estavam lá em baixo, petrificados como estátuas e totalmente à mercê da Equipe Rocket. Muito embora nossos corpos estivessem congelados em uma fatídica posição, nossas consciências estavam viajando para muito além daquele lugar... Estávamos chegando à Glitch City, o local que originou a ambição por trás da Equipe Rocket!!

Bom, tudo isso você já sabe... Mas o que aconteceu a seguir foi sem dúvidas inimaginável. Digo, eu não teria como imaginar, porque estava do lado de lá, em Glitch City, preso junto a Giovanni. Contudo, o que vou lhes contar aqui foi baseado nas experiências do qual Red vivenciou no mundo "real" e nos contou posteriormente. Ao menos, esta foi a versão que ele deu.

Assim que Pikachu nos sugou para dentro do Cristal da Consciência, teletransportando-nos para Glitch City, Red conta-nos uma história diferente. Ele conseguiu dar um salto completo para a dimensão mais próxima, enquanto nós ficamos no meio-termo: no limbo energético entre ambas as realidades, assim como Giovanni havia previsto.

Mas Red não demorou muito para voltar. Sua consciência foi transportada diretamente para cerca de uma hora e meia depois do ocorrido, ou seja, ele ficou com o corpo petrificado por aproximadamente 1h, apenas, o que não significa que sua consciência não tivesse viajado por muito mais tempo do outro lado...

Todos nós estávamos lá, junto a vários experimentos da equipe Rocket, paradinhos no tempo, congelados como troféus à exposição. Nossos corpos estavam gelados como icebergs e a expectativa de vida que tínhamos... Sinceramente... Era nula. Apenas cascas vazias, com as mentes viajando por outro lugar, por outra dimensão.


Mas o fato era que Red não estava mais na Ilha-Nó, em Sevii. Aliás, nenhum de nós estávamos. Nossos corpos congelados haviam sido levados para um lugar subterrâneo, uma base secreta da Equipe Rocket em algum lugar de Kanto (não era a mesma no qual costumávamos trabalhar). A julgar pelas características descritas: algo como fusão entre uma base militar e um circuito industrial, cheia de Electrodes sendo sugados para produzir energia, portas com trancas de senha e leitores de retina e impressão digital, eles só poderiam ter nos trazido para um lugar: Alcatraz, o calabouço da Equipe Rocket (onde estavam guardadas todas as suas maiores experiências e também todos os seus grandes segredos). 

 

Ali, naquela sala, havia várias Glitch-Joias guardadas em recipientes de vidro, armas de alta precisão, e é claro... O que mais chamava a atenção: uma série de tubos de ensaio gigantes, preenchidas por uma estranha substância laranja, lembrando muito o chamado líquido amniótico. E mergulhado neste líquido cremoso, sete criaturas vivas, enfileiradas. Uma em cada tubo.


Mas Red manteve seu olhar fixo em uma, em especial. A do meio, que era maior e tinha uma coloração um pouco... diferente. Era verde e a pele tinha um tom um pouco mais bege do que o padrão seguido pelos três do lado esquerdo e os outros três do lado direito.

     

— O que é que é isso? — Perguntou Red, incrédulo. Ele não conseguia acreditar do que estava vendo. Parecia coisa de ficção científica. Como ele foi, afinal, parar em um laboratório como aquele? E acima de tudo, como foram tão idiotas ao ponto de deixarem-nos sozinhos?

Red cambaleou alguns passos em direção a uma mesa (suas pernas ainda estavam meio duras) e lá em cima havia documentos com nossos nomes, tipos sanguíneos e basicamente todo o nosso genoma decodificado. Ele leu e releu. Só poderia estar errado.

Ali dizia que estávamos todos... Mortos.

Inclusive ele.

O que não fazia sentido, já que Red conseguiu escapar do efeito Crash de Glitch City e viajar para a outra dimensão, experienciando, pela primeira vez no mundo Pokémon, a sensação de viajar pelo multiverso. E o pior: conseguiu voltar para testemunhar!

Contudo, ao ler aquelas páginas, Red não sentiu medo, ansiedade ou nada do tipo. Sabia que nós estávamos vivos, só não estávamos ali, no mesmo lugar. Ele sentiu foi raiva. Frustração. Pensou em quebrar tudo, mas então se lembrou de que assim, ele revelaria que não estava petrificado, e sim, vivinho da silva!, em pleno território hostil.

Porém... Não parecia haver outra saída.

Então, como que um súbito pressentimento ele teve, pegando no bolso um item que carregava consigo desde que o dia em que ganhara: quando conquistou o título de Campeão da Liga Pokémon. Uma espécie rara de pokébola, cuja característica predominante era ter 100% de precisão na captura, seja contra quem for. O Professor Carvalho, meu avô, havia presenteado Red especialmente por ter conquistado o título recentemente, e Red sentiu-se agraciado, carregando a chamada Master Ball consigo como um amuleto de boa sorte e símbolo da vitória e dedicação que o levaram a atingir o topo.


Red mirou a pokébola e jogou-a com força contra o vidro do meio, que se estilhaçou em mil pedacinhos, capturando automática e instantaneamente o pokémon que dentro havia.


O barulho fez um alarme soar, e luzes vermelhas preencheram o local. Red sabia que não tinha muito tempo após aquilo.


Pegou um das armas que a Equipe Rocket mantinha naquele inventário e quebrou os vidros restantes, libertando as criaturas que hibernavam como fetos em uma fábrica de produção de clones.

Mas após serem libertos, os Pokémon ali presos começaram a acordar no instante em que o líquido vazou e deixou de os amortecer. Eles começaram a abrir os olhos a se movimentar, violentamente.

— VÃO! — Ele gritou, tendo a certeza de que todos que ali estavam fugiram com segurança para diferentes locais no mundo (após explodirem uma parede no alto e voarem céu acima). E por fim, ele pegou a Master Ball com o qual havia capturado o Pokémon de coloração diferente, e disse baixinho, mais para si mesmo do que para eles, que já estavam até longe, voando: — Deixem o resto com a gente!
E antes que Red pudesse fazer qualquer coisa, ouviu passos se aproximando na escada. Eles estavam vindo. Red não os vira, mas sabia que eram Sird Storc, Carr e Orm. Algo os dizia. Talvez... Uma espécie de sexto sentido tivesse despertado em seu âmago. Ele sentia o perigo. E sentia que estava na hora de fazer alguma coisa.

Mas algo chamou a atenção do seu olhar naquele exato instante, quase como se atraíssem, de propósito, a visão do garoto: Duas pedras extremamente circulares em cima de uma prateleira, com a mesma cor do corpo daqueles pokémon que estavam sendo clonados. Lembravam bolinhas de gude e brilhavam com certa intensidade na presença da Master Ball.
Ao lado das duas pedras, havia uma outra menor e mais redonda ainda, brilhando em todas as cores do arco-íris.

E Red, ao ver aquelas pedras (e o seu novo sexto sentido acusar o que seriam), pronunciou em alto bom som, como quem anuncia que a Equipe Rocket PERDEU:

 — Puta Merda!

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