Capítulo 11 - VS Yamper
Anteriormente em Pokémon SS Adventures: Seguindo os conselhos da mentirosa Professora Magnólia, Sword & Shield (e também seu amigo Armor) vão ao ginásio da líder (Va)Nessa, onde encontram uma líder futilmente rude. Todos conseguem vencê-la, exceto por Shield, que perde sua Wooloo para o Dynamax Drednaw da líder. Mas, ao saírem do ginásio, eles são abordados pela verdadeira Nessa que revela que aquela com quem eles batalharam é, na verdade, uma grande impostora. Agora, seguindo a pista dada por Nessa, eles partem em busca dos "Clones", que nada mais são que um grupo de cientistas conhecidos por suas experiências em clonagem de Pokémon pela região de Galar...
O barulho do mar é um calmante natural para nossos heróis, que agora se distanciam do ginásio de Nessa pela rota urbana. O único incômodo é a brisa litorânea carregada por fortes ventos de congelar qualquer um. Mas o fator frio nunca foi um problema para os habitantes da região de Galar, e não seria isso que iria resfriar a intensa discussão que eles estavam tendo, ligando os pontinhos e montando o quebra-cabeças acerca dos mistérios envolvendo o uso da Dynamax, como evidenciado pela Professora Magnólia.
— Os Clones... — Armor se pergunta mentalmente quem poderiam ser os tais membros desta organização. — Será que a Professora Magnólia sabe alguma coisa dessa organização?
— Como se ela fosse falar... — Ironiza Shield, ainda se lembrando com raiva do fato de que a professora costumava mentir.
— Se ela não falar... Talvez a gente possa PESQUISAR! — Diz Sword, estalando uma lampadazinha em sua cabeça. Uma ideia que ele adquirira ao se lembrar da estrutura interna do laboratório da Professora Magnólia, que possuía uma biblioteca imensa. Ele explica para os amigos, seu plano e, todos concordam em segui-lo de volta ao laboratório da Professora Magnólia.
— Mas como vamos voltar tudo isso? — Pergunta Shield. — É muito longe! Levamos muito tempo para chegarmos até aqui para voltarmos tudo a pé de novo!
— Bom, nesse caso... TÁXI! TÁXI! Aqui, aqui! — Armor acena para um Galar Táxi que sobrevoava o ginásio naquele exato momento, e o motorista desceu, na companhia de seu Corviknight, para transportá-los.
— É isso o que eu chamo de viajar com estilo! — Comenta Shield.
— Viajar com estilo, eu não sei... Mas com dinheiro... — Diz Sword.
Eles entram na cabine do Galar Táxi um a um e são transportados de volta, ficando exatamente no local que desejavam: na porta do laboratório da Professora Magnólia.
— Professora! Voltamos! — Diz Armor, batendo à porta.
A Professora atende, com aquele olhar severo e misterioso de sempre.
— Professora! Viemos relatar o que aconteceu no ginásio da líder (Va)Nessa! — Diz Sword, disfarçando.
— Mas já? Poxa, vocês foram e voltaram rápido! — Diz a professora, contente que eles tenham conseguido retornar para fazer um relatório de tudo o que experienciaram por lá. — Entrem! Querem uma comida de vovó?
Esse era um convite que eles não podiam recusar, podiam?
Enquanto comem, Shield faz como o combinado. Pergunta a professora, o seguinte:
— Onde fica o banheiro?
— Primeira porta à esquerda, subindo as escadas. — Responde ela. — Quer que eu vá com você?
— Não precisa! Obrigado, professora! Se eu não achar, eu volto! — Tenta disfarçar Shield, que sai de fininho enquanto Armor e Sword chamam a atenção da Professora, elogiando pela comida e perguntando se ela por acaso tinha mais uns bolinhos de chocolate e se ela poderia lhes passar a receita.
Shield, a mais leve e menos barulhenta do grupo, é a escolhida para bisbilhotar a biblioteca enquanto Sword & Armor tentam manter a velha ocupada. Mas... Por onde começar? O acervo da professora era imenso, possuindo inclusive, escada para poder alcançar os livros mais altos.
Os livros iam desde os conceitos mais básicas para treinadores até questões mais avançadas. Alguns dos títulos que a garota pode perceber eram: "Tipos de Pokébola e Como usá-las"; "Entendendo tudo sobre os Synch Moves"; "A Região de Galar e a Região de Pasio: Um Guia de Turismo"; "Dynamax Level"; "Inovações Tecnológicas III: A Dynamax Band"; "Rotom, o Pokémon Eletrodoméstico"; e "Lição de Casa: Um Guia de como se dar bem na Champion Cup".
Alguns livros eram de autoria da própria professora, como por exemplo: "A Relação entre Pokémon e Plantas", escrito em parceria com o Professor Poplar, e também a maioria dos exemplares disponíveis no inventário sobre o fenômeno Dynamax.
— Por onde começar? — Shield cochicha para si mesma.
Então, ela percebe um inconveniente, provavelmente advindo de um descuido de Magnólia. Todos (absolutamente todos) os livros estavam empoeirados, exceto POR UM.
O livro era de capa dura, grosso como uma Bíblia, vermelho e podia ser lido em um entalhado manual em fonte gótica dourada: "Tese de Doutorado — Prof. Ms. Magnólia Trebuchet Spears" e o título era "Fenômeno Dynamax: Um estudo de caso acerca da radiação energética liberada no momento da transformação".
Removendo o livro (pesado, diga-se de passagem) da prateleira, observava-se um enorme botão igualmente vermelho e dourado. Instigada por sua curiosidade, Shield não pode deixar de pressioná-lo, quando de repente, algo de ficção científica pareceu acontecer: a estante e também o chão abaixo dela começou a girar para dentro, e de repente, Shield viu-se do outro lado da parede, passando por uma passagem secreta.
— Ahá! — Disse ela, não deixando de conter o entusiasmo ao se aventurar em um segredo daqueles escondido por uma doutora de renome como a Profª Magnólia!
A sala era pequena. Não muito maior que uma despensa ou um closet. Lá dentro, havia uma mesa de trabalho (escrivaninha) com uma lâmpada em cima, e nas paredes que era metálicas como em um bunker, havia uma série de recortes de jornais e reportagens retratando uma senhora de idade extremamente semelhante à ela e como vários títulos e manchetes grifados em marca-texto destacando uma empresa chamada EXCALIBUR.
— Shield então ouve um barulho e ao virar-se para o lugar por onde entrou, lá estava Magnólia, parada como uma estátua a observá-la.
— Mas o que... — Assusta-se Shield.
— Parece que você descobriu meu segredinho. Palmas para a Sonia. — Diz a Professora Magnólia, já calculando que sua neta fora a responsável por contar a eles deste compartimento secreto. Atrás dela, Sword e Armor chegam correndo, com uma cara de notória preocupação.
— Então não é aqui o banheiro? — Tenta fingir Shield, mas isso é um insulto à inteligência de Magnólia. Ela nem tenta prosseguir fingindo: — Não foi ela. Eu encontrei por acaso.
— Então...? — Pergunta Magnólia. — Que tipo de dúvidas a senhorita tem após ver o que eu tenho guardado?
— O que exatamente é a "Excalibur"? — Pergunta Shield.
— A Excalibur é uma organização não-governamental de pesquisadores e cientistas da região de Galar que se uniram com o único propósito de me destruir.
Shield encara Magnólia e arqueia uma sobrancelha, gerando uma expressão facial de dúvida.
— Tudo bem, é mentira. — Confessa Magnólia. — O objetivo deles é desenvolver suas pesquisas acerca da clonagem em Pokémon e em... Humanos. Pronto. Falei. Satisfeita?
— E o que mais? — Pergunta Shield, pegando uma foto na qual via a velha senhora sentada em um trono e rodeada de cãezinhos, os Pokémon do tipo elétrico Yamper, muito comuns na região de Galar. — Quem é essa aqui que é igualzinha à senhora? Tem a mesma cara de má.
— O nome dela é Lisbeth Queenie, ela é a líder fundadora da Excalibur.
E Shield encara a Professora por mais um tempo. Ela cede.
— Tudo bem, tudo bem. É mentira. Mas dessa vez, não é minha. Ela que inventou esse nome... Lisbeth Queenie porque se autodenominou RAINHA da região de Galar depois que ela leu a minha tese de doutorado sobre a energia liberada pela Dynamax e descobriu que ela poderia ser útil para a clonagem. O nome verdadeiro dela é Hortência Spears. Ela é minha irmã.
— Então você colaborou (indiretamente) com essa Excalibur? — Questiona Sword, atrás da Professora.
— Sim. A minha irmã sempre teve inveja de mim porque eu sempre tive reconhecimento e ela não. Eu sempre inovei no ramo da pesquisa e exploração Pokémon, mas ela... Ela sempre teve ciúmes disso e nunca quis aceitar a minha fama. Até que em um fatídico dia, a gente discutiu. Ela roubou um exemplar da minha tese de doutorado e fundou essa empresa, a Excalibur. Mas na realidade, ela é só uma fachada para a organização criminosa que ela lidera por detrás das cortinas: A Equipe Clonagem.
— Então... A Glória, a Nessa e todos os outros treinadores que são... "Iguais à gente"... Eles são na verdade... CLONES DO MAL?! — Pergunta Shield.
— Sim. — Responde Magnólia, finalmente sendo honesta com seus ajudantes.
— Por que você não falou isso antes? — Bota pressão, Armor.
Magnólia simplesmente respira fundo e deixa uma lágrima escapar.
— Porque... Hortência é a maior decepção da minha vida. É a maior falha que eu já cometi. — Diz a Professora, que claramente se sentia culpada pelo afastamento da irmã, o que culminou nos problemas que estão acontecendo hoje. — Por favor... Não contem isso pra ninguém. É uma vergonha de família.
— Casos de. — Debocha Armor, bem baixinho, de modo que a Professora (felizmente) não ouve.
— Agora que sabem da minha desgraça, entendem por que eu tenho tantos ajudantes e minto para eles o real motivo da minha pesquisa? — Pergunta Magnólia. — Porque eu quero que eles apenas descubram o básico do básico e me ajudem com as informações mais superficiais, para que EU, sozinha, consiga me redimir e corrigir o erro que cometi há muitos anos atrás. É vergonhoso. É doloroso. Por isso, essa conversa só fica entre a minha família, mas já que descobriram... Não tem porque ficar guardando segredos mais do que já guardei.
— Mas espera aí... — Sword começa a conectar as informações. — Por que os clones são... "Do mal"?
— Não vê o Pokémon que Y carrega consigo? O Mewtwo? — Pergunta Magnólia. — Mewtwo é um clone mal feito de um outro Pokémon chamado Mew e que no final das contas, acabou superando as expectativas. A personalidade dele é terrivelmente maligna, diferentemente de Mew, que é dócil e amável, isso porque ao clonar um corpo, não se pode clonar também a alma. Os corpos são apenas guiados pelo cérebro, pela mente física e por isso, carecem de emoções positivas, que são as carregadas pelo eu interior.
— Os clones naturalmente são maus porque... Não são melhores que os originais, é isso? — Questiona Armor.
— Sim. Eles não são melhores, mas querem ser. Por isso a raiva. — Explica Magnólia. — A falta da alma original é como um atributo que lhes faz falta, e eles passam a vida toda em busca desse pedaço que não lhes foi concedido através da clonagem. Eles sentem a falta dessa alma porque o corpo é como se fosse um encaixe perfeito para ela, e como eles são só o corpo, buscam então pela outra metade, tendo o intuito de matar o original, retirar a alma dele e fazer a liga em si.
— Que horrível! — Exclama Sword.
— E antiético! — Brada Armor.
— É por isso que a clonagem em humanos é totalmente proibida e mesmo nos Pokémon, que costumam ser menos violentos. — Diz a Professora Magnólia. — Mas eu não entendo como funciona. Ao roubar o livro da minha tese, Hortência chegou à conclusão por conta própria de como a Dynamax e a Clonagem podem se relacionar. E agora... Isso.
— Mas se eles clonaram a mim, ao Sword e ao Armor... — Pergunta-se Shield. — Como eles conseguiram o nosso DNA?!
— Eu não sei. — Diz Magnólia. — Da mesma maneira que eles também conseguiram o DNA de vários outros treinadores ao redor do mundo.
— E como faremos para descobrir? — Pergunta Shield, chocada com a revelação. — Eles podem estar criando zumbis de todo o mundo! LITERALMENTE! Eles vão comer o nosso cérebro! É o Apocalipse!
— Calma, pequena. Eu não posso mais envolvê-los nisso. Eu tenho de cuidar disso sozinha. Mesmo que eu soubesse aonde fica localizada a base secreta da Equipe Clonagem, não seria justo colocá-los em risco por um erro que é de minha responsabilidade.
— Você diz "mesmo que eu soubesse", como se não soubesse de verdade. Mas você sabe, não é? Está mentindo mais uma vez. — Confronta-a Armor. — Mas desta vez, não adianta mentir, porque eu já sei a resposta. Dentro dessa sua salinha secreta há uma, duas, três... — Ele começa a contar. — NOVE! Há nove cartazes espalhados com a localização South Lake Miloch grifada. Mesmo que não seja lá, é por lá que iremos começar a procurar.
— Muito obrigado por cooperar (depois de descobrirmos suas mentiras). — diz Sword.
— Por favor, não vão! — Pede a professora.
— Você já pediu a nossa ajuda e agora que tem clones usando as nossas roupas (ou pior: usando o nosso código genético) por aí, JÁ ESTAMOS ENVOLVIDOS O SUFICIENTE para declarar este um problema não mais de família. Agora é um problema nosso também. — Intimida Shield, furiosa.
— M-m-mas...
— Até mais, Professora Magnólia. Eu espero que não invente desculpas para os seus próximos assistentes com o pretexto de acobertar os seus podres novamente. Seria uma pena se eles não fossem tão bonzinhos quanto a gente e mandassem te prender. — E Shield vira as costas, arrancando um recorte de jornal que falava sobre o "Monstro do South Lake Miloch" da parede do bunker.
— Os Clones... — Armor se pergunta mentalmente quem poderiam ser os tais membros desta organização. — Será que a Professora Magnólia sabe alguma coisa dessa organização?
— Como se ela fosse falar... — Ironiza Shield, ainda se lembrando com raiva do fato de que a professora costumava mentir.
— Se ela não falar... Talvez a gente possa PESQUISAR! — Diz Sword, estalando uma lampadazinha em sua cabeça. Uma ideia que ele adquirira ao se lembrar da estrutura interna do laboratório da Professora Magnólia, que possuía uma biblioteca imensa. Ele explica para os amigos, seu plano e, todos concordam em segui-lo de volta ao laboratório da Professora Magnólia.
— Mas como vamos voltar tudo isso? — Pergunta Shield. — É muito longe! Levamos muito tempo para chegarmos até aqui para voltarmos tudo a pé de novo!
— Bom, nesse caso... TÁXI! TÁXI! Aqui, aqui! — Armor acena para um Galar Táxi que sobrevoava o ginásio naquele exato momento, e o motorista desceu, na companhia de seu Corviknight, para transportá-los.
— É isso o que eu chamo de viajar com estilo! — Comenta Shield.
— Viajar com estilo, eu não sei... Mas com dinheiro... — Diz Sword.
A Professora atende, com aquele olhar severo e misterioso de sempre.
— Professora! Viemos relatar o que aconteceu no ginásio da líder (Va)Nessa! — Diz Sword, disfarçando.
— Mas já? Poxa, vocês foram e voltaram rápido! — Diz a professora, contente que eles tenham conseguido retornar para fazer um relatório de tudo o que experienciaram por lá. — Entrem! Querem uma comida de vovó?
Esse era um convite que eles não podiam recusar, podiam?
Enquanto comem, Shield faz como o combinado. Pergunta a professora, o seguinte:
— Onde fica o banheiro?
— Primeira porta à esquerda, subindo as escadas. — Responde ela. — Quer que eu vá com você?
— Não precisa! Obrigado, professora! Se eu não achar, eu volto! — Tenta disfarçar Shield, que sai de fininho enquanto Armor e Sword chamam a atenção da Professora, elogiando pela comida e perguntando se ela por acaso tinha mais uns bolinhos de chocolate e se ela poderia lhes passar a receita.
Shield, a mais leve e menos barulhenta do grupo, é a escolhida para bisbilhotar a biblioteca enquanto Sword & Armor tentam manter a velha ocupada. Mas... Por onde começar? O acervo da professora era imenso, possuindo inclusive, escada para poder alcançar os livros mais altos.
Alguns livros eram de autoria da própria professora, como por exemplo: "A Relação entre Pokémon e Plantas", escrito em parceria com o Professor Poplar, e também a maioria dos exemplares disponíveis no inventário sobre o fenômeno Dynamax.
— Por onde começar? — Shield cochicha para si mesma.
Então, ela percebe um inconveniente, provavelmente advindo de um descuido de Magnólia. Todos (absolutamente todos) os livros estavam empoeirados, exceto POR UM.
O livro era de capa dura, grosso como uma Bíblia, vermelho e podia ser lido em um entalhado manual em fonte gótica dourada: "Tese de Doutorado — Prof. Ms. Magnólia Trebuchet Spears" e o título era "Fenômeno Dynamax: Um estudo de caso acerca da radiação energética liberada no momento da transformação".
Removendo o livro (pesado, diga-se de passagem) da prateleira, observava-se um enorme botão igualmente vermelho e dourado. Instigada por sua curiosidade, Shield não pode deixar de pressioná-lo, quando de repente, algo de ficção científica pareceu acontecer: a estante e também o chão abaixo dela começou a girar para dentro, e de repente, Shield viu-se do outro lado da parede, passando por uma passagem secreta.
— Ahá! — Disse ela, não deixando de conter o entusiasmo ao se aventurar em um segredo daqueles escondido por uma doutora de renome como a Profª Magnólia!
A sala era pequena. Não muito maior que uma despensa ou um closet. Lá dentro, havia uma mesa de trabalho (escrivaninha) com uma lâmpada em cima, e nas paredes que era metálicas como em um bunker, havia uma série de recortes de jornais e reportagens retratando uma senhora de idade extremamente semelhante à ela e como vários títulos e manchetes grifados em marca-texto destacando uma empresa chamada EXCALIBUR.
— Mas o que... — Assusta-se Shield.
— Parece que você descobriu meu segredinho. Palmas para a Sonia. — Diz a Professora Magnólia, já calculando que sua neta fora a responsável por contar a eles deste compartimento secreto. Atrás dela, Sword e Armor chegam correndo, com uma cara de notória preocupação.
— Então não é aqui o banheiro? — Tenta fingir Shield, mas isso é um insulto à inteligência de Magnólia. Ela nem tenta prosseguir fingindo: — Não foi ela. Eu encontrei por acaso.
— Então...? — Pergunta Magnólia. — Que tipo de dúvidas a senhorita tem após ver o que eu tenho guardado?
— O que exatamente é a "Excalibur"? — Pergunta Shield.
— A Excalibur é uma organização não-governamental de pesquisadores e cientistas da região de Galar que se uniram com o único propósito de me destruir.
Shield encara Magnólia e arqueia uma sobrancelha, gerando uma expressão facial de dúvida.
— Tudo bem, é mentira. — Confessa Magnólia. — O objetivo deles é desenvolver suas pesquisas acerca da clonagem em Pokémon e em... Humanos. Pronto. Falei. Satisfeita?
— E o que mais? — Pergunta Shield, pegando uma foto na qual via a velha senhora sentada em um trono e rodeada de cãezinhos, os Pokémon do tipo elétrico Yamper, muito comuns na região de Galar. — Quem é essa aqui que é igualzinha à senhora? Tem a mesma cara de má.
— Tudo bem, tudo bem. É mentira. Mas dessa vez, não é minha. Ela que inventou esse nome... Lisbeth Queenie porque se autodenominou RAINHA da região de Galar depois que ela leu a minha tese de doutorado sobre a energia liberada pela Dynamax e descobriu que ela poderia ser útil para a clonagem. O nome verdadeiro dela é Hortência Spears. Ela é minha irmã.
— Então você colaborou (indiretamente) com essa Excalibur? — Questiona Sword, atrás da Professora.
— Sim. A minha irmã sempre teve inveja de mim porque eu sempre tive reconhecimento e ela não. Eu sempre inovei no ramo da pesquisa e exploração Pokémon, mas ela... Ela sempre teve ciúmes disso e nunca quis aceitar a minha fama. Até que em um fatídico dia, a gente discutiu. Ela roubou um exemplar da minha tese de doutorado e fundou essa empresa, a Excalibur. Mas na realidade, ela é só uma fachada para a organização criminosa que ela lidera por detrás das cortinas: A Equipe Clonagem.
— Então... A Glória, a Nessa e todos os outros treinadores que são... "Iguais à gente"... Eles são na verdade... CLONES DO MAL?! — Pergunta Shield.
— Sim. — Responde Magnólia, finalmente sendo honesta com seus ajudantes.
— Por que você não falou isso antes? — Bota pressão, Armor.
Magnólia simplesmente respira fundo e deixa uma lágrima escapar.
— Porque... Hortência é a maior decepção da minha vida. É a maior falha que eu já cometi. — Diz a Professora, que claramente se sentia culpada pelo afastamento da irmã, o que culminou nos problemas que estão acontecendo hoje. — Por favor... Não contem isso pra ninguém. É uma vergonha de família.
— Casos de. — Debocha Armor, bem baixinho, de modo que a Professora (felizmente) não ouve.
— Agora que sabem da minha desgraça, entendem por que eu tenho tantos ajudantes e minto para eles o real motivo da minha pesquisa? — Pergunta Magnólia. — Porque eu quero que eles apenas descubram o básico do básico e me ajudem com as informações mais superficiais, para que EU, sozinha, consiga me redimir e corrigir o erro que cometi há muitos anos atrás. É vergonhoso. É doloroso. Por isso, essa conversa só fica entre a minha família, mas já que descobriram... Não tem porque ficar guardando segredos mais do que já guardei.
— Mas espera aí... — Sword começa a conectar as informações. — Por que os clones são... "Do mal"?
— Não vê o Pokémon que Y carrega consigo? O Mewtwo? — Pergunta Magnólia. — Mewtwo é um clone mal feito de um outro Pokémon chamado Mew e que no final das contas, acabou superando as expectativas. A personalidade dele é terrivelmente maligna, diferentemente de Mew, que é dócil e amável, isso porque ao clonar um corpo, não se pode clonar também a alma. Os corpos são apenas guiados pelo cérebro, pela mente física e por isso, carecem de emoções positivas, que são as carregadas pelo eu interior.
— Os clones naturalmente são maus porque... Não são melhores que os originais, é isso? — Questiona Armor.
— Sim. Eles não são melhores, mas querem ser. Por isso a raiva. — Explica Magnólia. — A falta da alma original é como um atributo que lhes faz falta, e eles passam a vida toda em busca desse pedaço que não lhes foi concedido através da clonagem. Eles sentem a falta dessa alma porque o corpo é como se fosse um encaixe perfeito para ela, e como eles são só o corpo, buscam então pela outra metade, tendo o intuito de matar o original, retirar a alma dele e fazer a liga em si.
— Que horrível! — Exclama Sword.
— E antiético! — Brada Armor.
— É por isso que a clonagem em humanos é totalmente proibida e mesmo nos Pokémon, que costumam ser menos violentos. — Diz a Professora Magnólia. — Mas eu não entendo como funciona. Ao roubar o livro da minha tese, Hortência chegou à conclusão por conta própria de como a Dynamax e a Clonagem podem se relacionar. E agora... Isso.
— Mas se eles clonaram a mim, ao Sword e ao Armor... — Pergunta-se Shield. — Como eles conseguiram o nosso DNA?!
— Eu não sei. — Diz Magnólia. — Da mesma maneira que eles também conseguiram o DNA de vários outros treinadores ao redor do mundo.
— E como faremos para descobrir? — Pergunta Shield, chocada com a revelação. — Eles podem estar criando zumbis de todo o mundo! LITERALMENTE! Eles vão comer o nosso cérebro! É o Apocalipse!
— Calma, pequena. Eu não posso mais envolvê-los nisso. Eu tenho de cuidar disso sozinha. Mesmo que eu soubesse aonde fica localizada a base secreta da Equipe Clonagem, não seria justo colocá-los em risco por um erro que é de minha responsabilidade.
— Você diz "mesmo que eu soubesse", como se não soubesse de verdade. Mas você sabe, não é? Está mentindo mais uma vez. — Confronta-a Armor. — Mas desta vez, não adianta mentir, porque eu já sei a resposta. Dentro dessa sua salinha secreta há uma, duas, três... — Ele começa a contar. — NOVE! Há nove cartazes espalhados com a localização South Lake Miloch grifada. Mesmo que não seja lá, é por lá que iremos começar a procurar.
— Muito obrigado por cooperar (depois de descobrirmos suas mentiras). — diz Sword.
— Por favor, não vão! — Pede a professora.
— Você já pediu a nossa ajuda e agora que tem clones usando as nossas roupas (ou pior: usando o nosso código genético) por aí, JÁ ESTAMOS ENVOLVIDOS O SUFICIENTE para declarar este um problema não mais de família. Agora é um problema nosso também. — Intimida Shield, furiosa.
— M-m-mas...
— Até mais, Professora Magnólia. Eu espero que não invente desculpas para os seus próximos assistentes com o pretexto de acobertar os seus podres novamente. Seria uma pena se eles não fossem tão bonzinhos quanto a gente e mandassem te prender. — E Shield vira as costas, arrancando um recorte de jornal que falava sobre o "Monstro do South Lake Miloch" da parede do bunker.
(Imagem Original)
Fala, pessoal! Aqui é o Kevin e desta vez, trago para vocês as Notas do Autor referentes ao episódio de número 11 da fanfic Sword & Shield Adventures. Eu, anteriormente, não tinha pretensão de trazer notas para cá, mas desta vez, após inúmeras ideias surgirem na minha cabeça, creio que seja minha obrigação explicá-las melhor neste singelo espaço abaixo de todos os demais capítulos que estão por vir, para quem não pegou direito durante a narração convencional da história, como por exemplo:
- Durante o Capítulo, é citado um "Professor Poplar", que nada mais é que um nome advindo de um RUMOR FAKE de Pokémon Sword & Shield postado há algum tempo atrás na Pokémon Mythology, assim como "a relação entre plantas e Pokémon" vista no título de um dos livros da estante da Professora Magnólia. (para lê-lo, clique aqui).
- Lisbeth Queenie é (obviamente) baseada na Rainha Elizabeth II, atual Rainha do Reino Unido (UK), lugar do mundo em que é inspirada a região de Galar.
- Os quatro Yampers de Lisbeth Queenie são uma referência direta aos quatro cãezinhos da Raça Welsh corgi pembroke que a Rainha Elizabeth II possui (possuía) originária do País de Gales.
- Por sua vez, a raça Corgi foi a inspiração oficial por detrás do design dos novos monstrinhos conhecidos como Yamper.
- Todos os membros da Equipe Clonagem terão desenhos originais do autor e serão baseados em personalidades e nomes de alguns dos países do Reino Unido.
Ah, e eu também gostaria de avisar que agora a saga SWORD & SHIELD ADVENTURES será postada semanalmente todas as terças-feiras pela manhã. Em algumas ocasiões, no lugar de SwSh Adv será postado um episódio da paralela Pasio Masters, mas estes serão em muito menor quantidade, haja vista tratarem-se apenas de Flashbacks do início das jornadas dos personagens Axe e Helmet, em Centra City, na região de Pasio.
Fora isso, eu gostaria de pedir que deixassem a opinião de vocês nos comentários e não se esqueçam de compartilhar com seus amigos pokémaníacos! See ya! :)
Continua!!! to gostando muito da história!
ResponderExcluirMuito obrigado pelo seu comentário! Continuarei sim! :)
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