Pokémon XY: Fusão de Destinos (Epílogo)

Epílogo


— A Conferência Lumiose mal começou e já havia se tornado um evento do qual Y não se arrependera de participar, afinal, ela não participara da Liga Kalos em sua dimensão-natal, mas agora que estava tudo resolvido na Terra 1269, ela poderia ficar em paz e curtir uma boa batalha ao lado daqueles a quem ensinara como estagiária de magistério e aprendera com, enquanto amigos.



— Shauna iniciou a liga causando uma comoção geral. Ela realmente tinha ficado com um Carbink doente, mas ele não estava doente coisa nenhuma. Estava passando por uma mutação, transformando-se em Diancie, um raríssimo Pokémon Mítico.

— Yvonne Gabena, ou melhor, Yvette Serena iniciara suas partidas com um time totalmente poderoso, variando entre sete Pokémon. Dentre eles, a sua mega evolução, o lendário Xerneas e uma carta-surpresa: a utilização do chamado Fenômeno Vincular para transformar seu inicial Greninja em Ash-Greninja. Mas o que mais chamava a atenção não era nem isso, era o fato de Yvette sob a alcunha de Yvonne estar trajando uma roupa de Sky Trainer, como sempre sonhara. Estava realizada e dava para sentir isso só de olhá-la nos olhos.
— O pequenino Trevor utilizara na composição de seu time duas mega evoluções e um Pokémon Mítico: Hoopa.
— Tierno também tinha um mítico só para si: Volcanion, e o seu inicial Blastoise agora podia mega evoluir, ao passo que todo o seu time baseou-se em Pokémon com habilidades de dança, incluindo a "Dança da Chuva".
— Miette, muito fã de felinos, criou um time composto somente por estas criaturas além é claro, de seu fiel Slurpuff, obtendo uma mais linhagem mais neutra.
— Hau ostentou a evolução de seu Quilladin para Chesnaught e é claro, não perdeu tempo ao utilizar Vaporeon, sabendo que Yvonne Gabena estaria se mordendo de raiva por causa daquela evolução. Mas, no final das contas, ela havia lhe pedido desculpas na festa que dera há dois meses atrás e Hau achou que talvez o melhor fosse perdoar mesmo.
— Emma deixou seu companheiro Mimi, o Espurr, de fora de seu time para a Liga, que incluiu Pokémon com caras um tanto amedrontadoras e que mostravam um lado oculto de uma moça que conseguia sorrir com os olhos.
— A Performer por natureza, Aria, utilizou aquele vestido de apresentações, mostrando que construiu um time baseado nas cores do vestido, sendo tão artística com sempre.
— Mas o time mais forte com certeza foi o de Alain, que era constituído por seis Pokémon totalmente evoluídos, sendo três deles capazes de mega evoluir e o próprio ás de sua equipe, Limbo, o Charizard, ainda era capaz de mega evoluir para duas formas diferentes.
— Todos eles, de alguma forma acabaram sendo oponentes de Y, mas a batalha final mesmo foi o verdadeiro ponto alto daquela conferência.


— Mesmo Y tendo recuperado todos os seus Pokémon que até o início daquela manhã estavam com Zinnia, ela optou por utilizar nas primeiras rodadas apenas os que ela conhecera naquele mundo e o próprio Delphox que sempre a acompanhou. Tal time era composto por seu Pikachu Macho vestido como Pikachu Belle, os iniciais Shiny em sua última forma depois de dois meses de muito treino, o inicial original - Delphox e o primeiro lendário que ela foi capaz de capturar, Yveltal.

— Então, após ir derrotando um a um de seus oponentes (primeiro Shauna, depois Trevor, depois Alain) Y agora tinha chegado ao ponto crítico da competição: Era hora de enfrentar nas FINAIS do evento... Yvette Serena, ou melhor... "Yvonne Gabena".

— Para a disputa final, Yvette adotou o visual clássico de quando estava na Academia Lumiose.


— Mas, apesar de todo o apelo visual e de vários shades (ela chamava Y de "impostora", como se ela também não fosse uma - tudo fazia parte do disfarce), apenas uma pode se consagrar a Campeã da Liga, ou ao menos, era assim que deveria ter sido...


— A árdua disputa entre Xerneas e Yveltal, os últimos Pokémon de pé no time de Yvette e Y resultou na vitória do Pokémon do tipo Sombrio, o que deu a Y o título de Campeã da Conferência da Liga Kalos!!!!

Porém...


— Como Y vai voltar para sua dimensão natal após a final do evento e nada daquilo vai valer, ela cede e renuncia o título, passando-o para sua até-então arqui-inimiga "Yvonne Gabena" e entregando pessoalmente o troféu em mãos. Antes que os jurados pudessem interferir e revogar a decisão da própria Campeã (que era ela), Y sai correndo do palco e se despede de todos com um abraço em cada um dos que anteriormente foram seus alunos.

— Então, ela corre para a salinha onde estava Zinnia hipnotizada e, com os conhecimentos dela, as duas atravessam o véu que separava aquele mundo dos demais, voltando para o hiperespaço com a plena certeza de que ela tinha feito a coisa certa. Se era ou não antiético Yvette se esconder no lugar de outra pessoa, isso era assunto para a própria Yvette resolver, mas que era certa deixá-la vivendo lá e tendo novas oportunidades quando tudo o que ela tinha lhe foi tirado, isso Y tinha certeza absoluta de que estava certo.

— Agora que Zinnia estava de volta no hiperespaço e Zinnia se encontrava sob efeito da magia psíquica de Delphox, esquecendo-se completamente da existência da Terra 1269 para nunca mais atormentar Yvette Serena, mandando pessoas para destruí-la, Y coloca-se de volta para retornar ao mundo que a deu origem.

— Mas, durante a viagem algo parece dar errado e a menina cai em uma região estrangeira que não Kalos. Era Galar.


— Em Galar, Y descobre que o seu próprio mundo está sofrendo novos ataques que poderiam levá-lo à destruição mais uma vez. Então ela se dá por conta que não precisa ir para o hiperespaço para salvar várias realidades sendo que no próprio mundo dela, ainda havia muita coisa ruim acontecendo. Ela decidiu ficar e lutar.

— Lá, ela conhece a Professora Magnólia com quem se une para resolver um probleminha técnico de vingança familiar.


— E, depois de novamente se meter em encrencas, ela pega um avião que a leva de volta para casa.


— A sua Região de Kalos estava igualzinha ao jeito que ela havia deixado quando partiu, mas havia também alguma coisa estranha...

— Y chegou pé por pé na Academia Shalour, onde estudou durante um longo e tortuoso ano. E para a sua surpresa, todos os seus antigos colegas ainda estavam lá. Deparou-se inicialmente com a Shauna irreverente que ela tanto amava e se abraçou imediatamente com a mesma, uma mais emocionada que a outra.

— Viu também o Tierno, só que mais magro e mais alto, o que até a fez se questionar se estava mesmo na dimensão certa, mas isso se confirmou como verdadeiro quando ela pegou sua Pokédex trazida da Terra 1269 e mostrou para eles várias fotos de Trevor, que ainda estava vivo por lá, dando-lhes de presente.

 

— Lucy, sua irmã, estava agora mais velha e mais responsável e Calem continuava sendo... o Calem. Ele agora exibia um sorriso no rosto e, muito embora continuasse com o visual gótico que lhe era característico, as lágrimas que derramava não eram de tristeza, mas sim de alívio por ter reencontrado o grande amor de sua vida.

 

— Matthew e Zack estavam igualzinhos, apenas com cores de cabelo distintas das que tinham na época em que Y saltou no vórtice interdimensional. Eles se abraçaram. Todos eles, para falar a verdade, fazendo um círculo em torno de Y, com muito calor humano e muitas, mas muitas lágrimas de alegria.

    
— E foi neste momento que Y percebeu o que achara de tão estranho ao ter voltado para casa. Seus colegas da Terra 6124 estavam 6 (seis) anos mais velhos, sendo que ela não tinha passado nem 1 (um) ano na Terra 1269. Então o tempo passava diferente entre mundos. A Terra Girou, por isso ela foi parar em Galar. Ainda que as duas sejam realidades-espelho, a Terra de onde Y veio havia envelhecido muito mais do que ela. Se ela não tivesse pulado fora agora e tivesse continuado com Zinnia e os Draconídeos tentando resolver problemas em outros universos, ela talvez nunca mais pudesse voltar para casa e reencontrar todo mundo que ela ama.

— Então foi mesmo a decisão certa. Era aquilo o que tinha de ser feito. Y deixou de duvidar se deixar de ajudar outros universos e voltar para casa era mesmo o certo a se fazer, mas viu que assim como Yvette Serena, ela precisava descansar e encontrar uma nova vida, um novo caminho, respirar um novo ar.

— Lembrou-se então do poema "eu esqueci de me cuidar" de Quadros de Sá...


eu esqueci de me cuidar

O médico cura muita gente,
Mas adoece dentro do hospital.
Imprudentes somos nós,
Povo que luta por uma causa maior,
E acaba ficando só.
O médico dá tudo de si
E ainda assim passa mal.

Não adianta estabelecer
Em que posição defender,
Se você fala com paredes,
Duas míseras pessoas na rede,
Os gols continuam
Sempre a acontecer.

Você tem a ferramenta no seu DNA,
Mas como animal, é incapaz de falar.
A questão é o foco no negativo,
Tarde demais, você percebe,
Paredes que há anos estão ruindo,
Com pulso firme e teimoso não cede,
E já não é capaz de enxergar
Nesse mundo nada mais de lindo.

É uma transformação lenta,
Você grita pelos inocentes.
Quando o casaco não mais esquenta,
Entretanto, perdido se sente.
Nada mais colorido aparenta,
Quando até quem você ama mente.

Você entra em embates,
Debate vira disputa,
Qualquer coisa, transforme em empate,
Mas onde quer que haja luta
Há ferida e fogo que arde.

A água está subindo pela escada,
Está inundando os cômodos mais baixos,
Você dá sua cara a tapa,
Recebe em troca um existir cabisbaixo.
A cada luta encarada,
Mais se torna capacho.

A água molhou a minha cama
Até não sobrar espaço para mim,
Você luta porque ama,
Então seu corpo encontra um fim,
Pelos outros, você reclama,
E no fim tudo continua assim.

Você faz o que acha que é melhor,
Porque quer ver no país alguma mudança,
Enquanto você foca no que há de pior,
Você mata a sua tolerância,
Não restou nada que se saiba de cor,
Envenenei-me com a própria militância.

Eu não reclamo mais da pobreza,
Eu doo,
Eu me encontrei na miséria da tristeza,
E por isso me perdoo,
Em minha ignorância, com toda sua pequeneza,
Eu voo.

Gritando até ficar sem voz,
Só para ninguém ouvir,
Adianta apontar os erros
E não tentar você mesmo os corrigir?
Eu me tornei meu próprio algoz,
E não quis ir ao enterro,
Eu me rendo,
Quero recuperar meus avós,
E no final rezar para Deus intervir,
Porque eu não sou de ferro.

Não é possível consertar uma represa,
Primeiro, estando sozinho,
Segundo, esquecendo-se das coisas pequenas
Que se encontram pelo caminho.
Você é ninguém para uma empresa,
Foda-se tudo, vai precisar de muito vinho!

Gastei todas as moedas que eu tinha,
Preciso conquistar mais antes do regresso,
Eu cuidei da família da minha vizinha,
Da favela, da mansão, do congresso,
E esqueci de cuidar da minha,
Por isso me despeço.

— ...E assim se despediu dos dias de heroína, sabendo que a maior conquista da vida dela é ter  seus amigos que ela considera família pertinho de novo e que depois de muito tempo, finalmente está tudo bem.

F I M

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