Desde o Incidente em Roswell, ocorrido em julho de 1947, no Estado do Novo México, Estados Unidos, a humanidade tem voltado seus olhos para os céus, à procura da existência de vida extraterrena. "Estamos Sozinhos no Universo?", eles se perguntam. Mal sabem eles que para encontrar um novo tipo de vida, eles não precisavam olhar necessariamente para cima, mas quiçá para baixo, mais especificamente para a tela de seus computadores...
Logo no primeiro Dia de Grand-Prix, após tanto esforço e dedicação cuidando de seu Monstro Digital de estimação, Taichi Yagami tem uma surpresa nada agradável...
Ele estava vestido para a vitória, com capa e tudo, quando o comitê da competição lhe dá a terrível notícia...



Em outras palavras, aquele produto havia sido adulterado. "Zero" era um Digimon hackeado, logo, não podia participar do Grand Prix de Domadores Digimon, deixando Taichi arrasado.




Taichi sai da convenção de Domadores sentindo-se injustiçado, humilhado. O garoto estava PISTOLA com aquela acusação. Como alguém poderia chamá-lo de trapaceiro?

Mas Taichi analisa o seu Tamagotchi e o aparelho continuava impecável como sempre. O Seu Monstro Digital estava 100% seguro. O que havia de errado, então?

Neste momento, Taichi se sente extremamente prejudicado e todo o tempo que ele gastou com aquele dragão ordinário havia sido em vão. Ele joga o V-Pet no chão e começa a pisoteá-lo com força, enfurecido. Mas, calma... Estamos indo rápido demais! Como chegamos neste ponto? Se você quer mesmo saber, precisamos rebobinar a fita...
1997
Ao final da década de noventa, a humanidade acompanhou um boom tecnológico nunca antes visto. As telas estavam em alta e no Japão, o mundo virtual tomou conta das prateleiras. Uma nova febre virou o consumismo do momento por parte das crianças: um bichinho de estimação pixelado, feito inteiramente de dados virtuais: o V-Pet. Filas e filas se formavam nas lojas para comprar os famosos tamagotchis, mas não foi dessa forma que Taichi Yagami conseguiu o seu primeiro Virtual Pet... Isto é, ele não comprou o dele.

Era um dia como outro qualquer. Taichi estava deixando o campo após o treino de futebol ao lado de sua colega Sora Takenouchi...










E assim, eles se despedem com um aperto de mãos. E é justamente neste momento, enquanto o garoto observa sua colega saindo do pátio da escola e indo em direção à sua casa, que Tai é abordado por um sujeito estranho.
Um homem assustador de pele morbidamente cinza e que deveria ter uns dois metros de altura o chama pelo lado de fora das grades que separavam o campo de futebol da rua.



Taichi sentiu neste momento, um arrepio da cabeça aos pés. O que aquele homem queria com ele? O medo automaticamente tomou conta do garoto, mas a sensação logo foi cortada por uma súbita coragem que transbordava o peito de Tai, como se ela lhe dissesse que ele deveria dar ouvidos àquele sujeito. Taichi tinha receio de certas coisas, mas não deixava o medo o abalar, isso porque ele era muito seguro de si. Então, ergueu a cabeça e foi confiante na direção do desconhecido, sem nem saber no que poderia estar se metendo.



O homem estende a mão e mostra um relógio para Taichi. Ele era novinho. Como alguém poderia se desfazer de algo assim?



Taichi corre para o outro lado da grade e, chegando lá, ele pega o relógio com o homem misterioso. Tai pega o item nas mãos e o fica admirando. Estava em perfeito estado, como se nunca tivesse sido usado.

Mas quando Taichi vai agradecer, o homem já não estava mais ali. O garoto estava sozinho na calçada, enquanto o trânsito fluía de forma lenta, como geralmente acontecia em dia de semana em horário de pico.
Taichi então olha para todos os lados, mas não vê mais o homem em lugar nenhum. O cara havia simplesmente desaparecido sem deixar rastros.

O garoto ficou atordoado com o sumiço repentino do homem, mas mesmo assim, resolveu ficar com o relógio, afinal, o objeto lhe foi dado, e dado não é roubado!
Ao chegar em casa, Taichi vai para seu quarto, senta-se na cama e segura o relógio com as duas mãos, analisando-o de pertinho. Era gelado, feito de metal e tinha vários símbolos estranhos em torno da tela. Símbolos esses que não eram os kanjis normalmente utilizados no Japão. Pareciam-se com riscos que se entrecruzavam em formatos geométricos. Apesar de estar em perfeito estado, o acessório estava desligado.

Tai então percebe a presença de três botões na parte inferior do relógio. O garoto amarra o aparelho no pulso e decide apertar aleatoriamente um daqueles botões para ver se conseguia ligá-lo.
E foi assim que ele descobriu que aquilo não era um relógio e sim, um tamagotchi, uma espécie de brinquedo dos anos 90 em que se cria um animal de estimação virtual. E lá estava o novo bicho de estimação de Tai, um dragão extremamente simples, feito de pixels, pulsando na tela.
Abaixo dele, estava escrito em letras igualmente pixeladas que aquele era um Digital Monster, ou Digimon, para encurtar.

É claro. Ter um tamagotchi era febre naquela época. Quem não queria ter?

Muita, muita coisa. A partir desse dia, Taichi Yagami aprendeu que alimentar, limpar o cocô, treinar e batalhar com um dragão domesticado não era uma tarefa muito fácil. De hora em hora, o aparelhinho apitava. Era o dragão, querendo alguma coisa. E lá ia o garoto atender as necessidades de um monstrinho virtual, mesmo que isso significasse se acordar de madrugada ou levar uma advertência da escola por estar jogando no meio da aula. O que Taichi tinha de corajoso, ele tinha de imprudente.
Em um dia qualquer, Tai está novamente no treino conversando com sua amiga Sora, quando lhe ocorre uma ideia...








Taichi tapa o relógio, para ele não ouvir.







Mas Tai não estava nem aí. Tanto que enquanto Sora dava sermão, ele estava pensando em outra coisa...









Taichi cora na hora.

Sora estende a mão, Taichi a cumprimenta e dá a resposta de sempre:

Só que ele não sabia que o envolvimento com aquele V-Pet o faria se afastar de Sora, e muito, muito em breve...
Taichi dava pulinhos de alegria. Ele havia dado duro para treinar Zeromaru, o seu Digimon-dragão. Inscreveu-se no Grand Prix, como havia dito para Sora e, em detrimento de suas notas, passou dia e noite alimentando aquele bichinho, que parecia lhe fazer companhia a todo momento, fosse bom ou ruim. E com isso, chegamos ao momento atual, em que Taichi é eliminado da competição ao apresentar um monstrinho adulterado ao comitê da convenção.



Em outras palavras, aquele produto havia sido adulterado. "Zero" era um Digimon hackeado, logo, não podia participar do Grand Prix de Domadores Digimon, deixando Taichi arrasado.




Taichi sai da convenção de Domadores sentindo-se injustiçado. O garoto estava PISTOLA com aquela acusação. Como alguém poderia chamá-lo de trapaceiro?

Mas Taichi analisa o seu Tamagotchi e o aparelho continuava impecável como sempre. O Seu Monstro Digital estava 100% seguro. O que havia de errado, então?

Neste momento, Taichi se sente extremamente prejudicado e todo o tempo que ele gastou com aquele dragão ordinário havia sido em vão. Ele joga o V-Pet no chão e começa a pisoteá-lo com força, enfurecido.
Porém, o que Taichi não sabia era que quanto mais ele pressionava o tamagochi contra o chão, mais ele apertava aqueles três botões que ele nunca entendeu direito como funcionava.
E neste momento então, enquanto tinha um acesso de raiva por se sentir usado, após arriscar tudo por um dragão que nem sequer existia de verdade, Tai é envolto por uma luz cegante. Uma luz que parecia vir de dentro do relógio.

O garoto tenta se afastar do relógio após pisoteá-lo violentamente, com medo da explosão, mas não dá tempo. A luz o pega em cheio, atingindo todo o seu corpo e de repente, foi como se um formigamento tomasse conta de todas as suas células. Era uma sensação estranha e angustiante, mas ao mesmo tempo, boa. Taichi ficou inconsciente.
Quando abriu os olhos, ele estava em um lugar diferente...
Era uma floresta repleta de exuberantes árvores exóticas cheias de pontinhos brancos que cobriam não só as folhas, como também toda a paisagem, o que incluía os céus, as nuvens, as montanhas, o chão e até mesmo o ar.

Mas Taichi estava vivíssimo. Ele só não conseguia compreender como havia chegado ali, mas isso ainda era o de menos, porque Tai não conseguia compreender outra coisa: Quem diabos era aquele?!

Parado à sua frente, materializa-se um ser de proporções gigantescas. Um dragão azul e branco com três chifres e garras extremamente afiadas, capazes de retalhar qualquer um que entrasse em seu caminho em questão de segundos.
Mas o medo de Taichi logo foi interrompido, assim que a criatura misteriosa passou a falar, com a voz caricata de um senhor de idade, quase como se fosse o dublador do Scooby-Doo ou algo do gênero.



Zero faz o V de vitória com as mãos e Taichi instantaneamente tem seu medo substituído pela curiosidade. O que diabos estava acontecendo? Onde ele estava?
Taichi então estende a mão e corajosamente toca no dragão azul, que parecia muito, muito real para ele naquele momento.











Continua...
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