Pokémon Laços: RANGER - Capítulo 01


Capítulo 01
Evolução Pessoal

Modéstia à parte, acho que é desnecessário que eu me apresente. Você já deve ter ouvido falar sobre mim... O garoto que morreu no ano passado e foi trazido de volta à vida por um milagre. Pois é... Para alguém que era muito tímido e apagado, eu até que ganhei notoriedade recentemente. A tragédia sempre atrai olhares curiosos. É normal do ser humano se entreter com a desgraça alheia... Mas só em caso de você não estar lembrado, eu me obrigo a refrescar sua memória. Jade, o meu nome. Wally Jade.

Eu nasci (duas vezes) na região de Hoenn, Japão. E eu digo duas vezes porque... Bem, como eu havia explanado no começo, eu morri e fui trazido de volta à vida. Antes disso acontecer, minha única preocupação era com a minha saúde debilitada e com quanto tempo eu teria para "aproveitar" antes que tudo se tornasse irreversível. Por causa disso, eu fui um tremendo idiota, e esse tem sido o motivo do meu stress ultimamente. Eu não consigo deixar de pensar que abandonei a minha família para sair em uma jornada Pokémon próximo aos meus últimos momentos. Eu até consigo imaginar como deve ter sido difícil para eles, mas o sofrimento real pelo qual os meus familiares passaram foi milhões de vezes pior do que aquele simplório e superficial vislumbre empático criado pela minha imaginação quando eu tento me colocar no lugar deles.

Quando eu era muito, muito pequeno... Ainda um bebê... Meus pais morreram em um acidente. Desde então, eu fui criado pela minha prima Wanda e seu noivo Celio, que me adotaram como seu filho. Mas assim que eu descobri que sofria de uma doença em estágio terminal, eu surtei. Eu fugi de casa, interrompi o tratamento por conta própria e fui buscar conforto naquilo que todos os jovens da minha idade estavam fazendo (e que por conta da minha enfermidade, eu nunca pude fazer)... Saí em uma jornada com o Professor Birch como meu cúmplice (não que ele soubesse da loucura que eu havia feito), tentando ser apenas uma criança normal, mas sem sucesso. Enquanto eu estava fugido de casa, tingindo meu cabelo de verde toda semana para não me encontrarem, aqueles que mais se importavam comigo estavam aos prantos, desolados, preocupados, perguntando-se se o meu coração ainda batia.

Agora que tudo passou, eu fico imaginando o quão sofrido deve ter sido para Wanda, minha mãe adotiva, passar pelo meu quarto e ver todas as minhas coisas lá, no mesmo lugar, juntando pó sem a minha presença. Eu imagino ela correndo para atender a porta, na esperança de que fosse eu retornando para casa e pedindo desculpas, mas parando bruscamente com a mão à maçaneta, temendo que a pessoa do outro lado fosse, na verdade, um policial afirmando que encontraram o meu corpo em alguma vala por aí. Eu imagino ela adormecendo cansada na minha cama, abraçada a um retrato meu, depois de passar a noite em claro, pensando em mim... E tendo pesadelos subsidiados pelas sombras das piores possibilidades que reservavam o futuro do seu amado e imprudente filho adotivo.

Hoje eu me pergunto... Como fui capaz de abandonar aqueles que me acolheram quando meus pais se foram, em prol do meu sentimento egoísta? Como eu fui capaz de olhar apenas para mim mesmo, naquele estúpido desespero em que eu vivia, e fugir, deixando a todos preocupados depois de eu ter recebido o maldito diagnóstico de intratável?

Eu os fiz sofrer mais do que se tivesse morrido, de fato. Porque se eu tivesse partido, ao menos eles saberiam que essa história tinha chegado a uma conclusão, ao invés de tentarem desesperadamente ler páginas em branco, tentando adivinhar o final do livro que eu lhes privei de saber, vivendo eternamente em uma angústia por desconhecer minha real situação.

Mas agora eu entendo porque eu fiz tudo isso. Eu entendo de onde veio aquele sentimento que me fez levantar da cama do hospital, arrancar todos os aparelhos e fugir para nunca mais voltar. Eu entendo a necessidade que eu tinha de me aventurar pelo mundo, de conhecer as pessoas e os outros seres. Eu entendo porque eu tinha a sensação de que estava sendo CHAMADO. É porque eu estava mesmo. Havia algo que me chamava para sair em uma jornada, algo que IMPLORAVA para que eu o perseguisse. E foi por causa desse chamado que eu deixei tudo para trás, deixando a minha família estarrecida e inconformada.

Se existisse mesmo um inferno para onde a gente vai depois de morrer, com certeza eu ficaria preso a esse arrependimento, de magoar minha pobre mãe adotiva Wanda... Eternamente. Porque o que eu fiz foi imperdoável. Um crime inafiançável. Uma irresponsabilidade tremenda com os sentimentos daqueles que só queriam o meu bem... Mas como eu mesmo morri e voltei para contar, sei que não há nada disso do outro lado.

Pelo contrário.

Do outro lado, há uma expansão da consciência. Quase como se o nosso verdadeiro eu tivesse que ficar esmagado para caber dentro do corpo físico enquanto estamos encarnados e, por conta disso, não atingisse seu real tamanho, formato e capacidade em virtude desta constrição.

Do outro lado, o tempo e o espaço são diferentes. É o local de onde viemos e para onde vamos, simultaneamente. Eu estive lá antes de nascer, estive depois que meu coração parou e estarei novamente depois de morrer de fato.

Lá, eu vi meus pais biológicos, que me acolheram e disseram que ainda não era hora. Que eu tinha uma missão a cumprir e precisava voltar à Terra. E naquele momento, com a consciência expandida, eu pude entender que, de fato, eles tinham razão. Que eu estava na Terra para cumprir com um objetivo, mas acabei me desviando dele por conta da doença que me acometeu. E naquele exato instante, eu soube imediatamente QUAL era esse meu objetivo.

Então, assim que despertei, de volta no meu corpo físico de carne e osso, peguei-me preso a um novo dilema... Eu fugi de casa para sair em uma jornada porque isso envolvia a minha missão de vida. Era esta missão que me chamava, fazendo-me agir impulsivamente, como se nada mais importasse. A verdade é que, apenas alguns dias após minha reanimação, eu comecei a ouvir uma voz. Foi no dia do meu aniversário... Eu segui esta voz e encontrei um ovo Pokémon... O ovo do Pokémon Legendário Manaphy. E tudo fez sentido.

Eu despertei por um instante com o fim da minha vida, mas de repente... Voltei a ser aquele garoto humano que queria desesperadamente sair em uma jornada sem nem saber ao certo o que queria... Eu já batalhei em ginásios, participei de concursos, mas nada disso parecia ser o que eu que eu realmente desejava. Todas as minhas atitudes e objetivos eram impulsivos, isso porque a minha missão estava me chamando, e eu só não sabia disso. Eu não entendia o porquê de eu estar tão obcecado com a vida. Até eu perdê-la.

Já faz alguns meses desde que eu vim para a Região de Fiore, mais especificamente para a Academia Ranger de Ringtown, novamente longe do meu lar. A minha missão vem em primeiro lugar. Aqui, eu estou na escola, aprendendo a me tornar um Patrulheiro Pokémon, com o propósito de salvar a vida de pessoas e Pokémon, ao lado do meu amigo Lunick. Mas tem mais... Eu vim para cá porque não consegui resgatar o ovo do Pokémon Legendário. E eu não vou voltar para casa enquanto não o fizer. Por que eu tenho de fazer isso, eu me pergunto... Já que estou machucando novamente a minha família por estar longe, ainda mais depois de um baque tão forte que foi a minha perda...


Eu acho que não tenho escolha. Agora eu me encontro dividido. Eu prometi para mim mesmo que terminaria isso aqui o mais rápido o possível para poder voltar à Hoenn junto daqueles que me querem bem, mas as coisas estão levando mais tempo do que eu imaginava...

Nos arredores de Ringtown — Ano de 2001 d.Q. ...

 Muito bem, vocês três... Repassem a missão... Vamos ver se você entenderam tudo o que eu disse.
Esse cara de cabelo e roupa legais é o Spenser. Ele é o chefe dos Rangers de Ringtown, em Fiore. É a ele quem eu devo me reportar enquanto um aluno da academia.
 Nós estamos aqui para localizar um Pokémon perdido! u.u
A menina com um ar de superior (dado o seu nariz empinado) é a Solana, uma Ranger Nível 10 muito habilidosa que com certeza merece estar lá. Ela sempre teve as melhores notas e é por isso que ela foi designada para nos conduzir por esta missão, ainda que até algum tempo atrás, Lunick estivesse no mesmíssimo patamar que ela.
 Nós estamos procurando o Pokémon do Larry, um dos habitantes de Ringtown, mas ironicamente, ele não se lembra qual Pokémon ele tinha...
Lunick é o garoto ao meu lado. Ele é muito descolado, nós já nos encontramos antes em Hoenn. Foi lá que nos conhecemos. Desde que eu fiquei sabendo que ele era um Ranger, eu me apaixonei por esta profissão. Quem diria que um dia ele solicitaria a minha ajuda e me traria para cá?
 Eu me pergunto se esse tal de Larry realmente "tinha" esse Pokémon, já que ele não consegue sequer se lembrar de que espécie se trata...
O bonitão aí sou eu. Claro. E quem mais poderia ser?

Como um estudante da Academia de Ringtown, o meu nível atual como Ranger é 0 (zero) e Lunick recentemente foi rebaixado para o nível 1 (um), então estamos bem próximos, embora eu deva dizer que aquele garoto tem uma experiência tremenda.

Só que com isso, nós dois estamos sendo supervisionados como crianças, para todo o tipo de missão que recebemos. Eles estão nos testando, colocando nossas habilidades à prova. E eu não os julgo. Isso aqui é uma escola, uma escola de salvadores.

Nossa missão, no momento, é encontrar e resgatar o tal Pokémon do "Larry". Mas poderia ser qualquer Pokémon visto pelas redondezas... É aí que o verdadeiro desafio começa.
 Psiu, Jade! Nossa missão como Rangers não é questionar. É apenas seguir as ordens de nossos superiores e cumprir missões em prol da população.
 Ah, qual é, Solana? Vai me dizer que você também não achou estranho o fato de o cara estar procurando um determinado Pokémon e nem saber qual Pokémon é?
 Vai ver ele é esquecido...
 Vocês dois, fiquem quietos. 
 Ah, tá. E quem é você para me mandar ficar quieto?
 Eu sou uma Ranger de Nível 10, e você, Lunick, pelo que eu me lembro... É só um Ranger de Nível 1.
 Grrrrrr!
Esses dois me lembravam um pouco de Ruby e Sapphire... Ah, que nostalgia.
 Solana, Lunick... Já chega! Esta é uma Missão de Nível Iniciante, que servirá tanto para Jade quanto para Lunick. Solana será sua supervisora, rapazes, portanto, qualquer informação deverá ser relatada a ela.
 Viu? Eu sou sua Supervisora...
 Ele disse que você era nossa "supervisora", e não nossa "superior"...
 É literalmente a mesma coisa, rapaz.
 E você, Comandante Spenser? Não vai participar da missão também?
 Não. Deixo tudo na mão da Solana. Ela tem o que é preciso para conduzir esta missão!
 Viu?
 Ah, pode se achar à vontade... Quando eu resgatar o tal Pokémon daquele homem, você vai ficar de queixo caído.
 Isso se eu não o resgatar primeiro!
 Uuuuuh! Quando foi que isso aqui se tornou uma competição?
 Eu não sei, mas eu AMO isso!
 *Pensando* Tsc... Esses três ainda têm muito o que aprender... Pelo visto, trabalho em equipe não é o forte deles...

Assim, Solana, Lunick e eu partimos de Ringtown para a Floresta Lyra, em busca do tal Pokémon do Larry, Pokémon esse que nem o próprio Larry sabia qual era... Mas fomos confiantes, mesmo assim.


A floresta era cheia de Pokémon selvagens. Aliás, em Fiore, quase todos os Pokémon eram selvagens, isso porque aqui eram proibidas as pokébolas.
 Plusle, dentro da floresta é perigoso... Vários Pokémon selvagens podem aparecer e atacar, portanto, não desgrude de mim!
 O mesmo vale para você, Minun.
O Pokémon de Solana era Plusle, e o de Lunick, Minun. Aqui, todos os Rangers tinham pelo menos um Pokémon fixo que viajava junto consigo (do lado de fora, obviamente) para ajudá-los a cumprir suas missões. Este tipo de Pokémon fixo é chamado de "Parceiro" e diferente dos demais Pokémon capturados pelos Patrulheiros ao longo de suas jornadas, ele permanece sempre ao seu lado, mesmo ao fim da missão. São inseparáveis.
 Ah, se ao menos o Spenser participasse dessa missão conosco, a gente poderia voar com o seu Parceiro Fearow para termos uma vista superior da floresta...
 E de que isso adiantaria, seu cabeça-oca? Vocês não sabem nem o que estão procurando...
 Ah, é verdade...
 Além disso, o Fearow conseguiria carregar, no máximo, duas pessoas consigo enquanto voa, o que significa que você não poderia levar o Jade junto caso fosse com o Spenser.
 É, tem razão...
 Viu? Você concordou comigo, porque eu sempre estou certa!
 Eeeei! Eu não disse isso, é você que está dizendo!
 Hihihi!
 Solana, Lunick... Parem!
  Hã?!
 Eu já conclui a missão!
 O que?!
 Mas não é possível!
 Eu já sei qual é o Pokémon que o Larry está procurando. Ele está minha mira.
 Mas como você sabe?!
 Huh... Foi bastante simples, na verdade.
 É claro que seria simples para alguém que tem CINCO Pokémon-Parceiros.
 Eu não tenho culpa se aqui em Fiore, eles não permitem o uso de Pokébolas.
 Enquanto você estiver no solo da União Ranger, é proibido o uso de Pokébolas, garoto estrangeiro.
 É, eu sei... É por isso que eu conto com a ajuda desses Pokémon que eu capturei em minha jornada anterior por Hoenn... Kirlia, Roselia, Magneton, Altaria e também a Delcatty que eu peguei emprestada com um amigo.
    
É verdade. Na impossibilidade de usar Pokébolas em Fiore, eu acabei tendo que liberar todos os meus Pokémon e deixá-los 100% do tempo no mundo externo. Agora, todos os 5 que vocês estão vendo aí se tornaram meus "parceiros" e me acompanham em 100% das missões, para todo lado. Aonde quer que eu vá, eles vão atrás.
 Fala aí, Jade! O que você fez para descobrir qual era o Pokémon do Larry?
 Na verdade, eu não fiz nada. Foram os meus Pokémon que descobriram. A missão é um teste para nós, Lunick. Mais para mim do que para você. Essa missão foi feita especialmente para descobrir como nós reagiríamos em situações em que não há uma orientação clara dos nossos superiores. Por isso, eles não nos contaram QUAL era o Pokémon que deveríamos ir atrás DE PROPÓSITO, mas eu sei qual é...
 Ah, então você descobriu?
 Mas é claro... Graças à habilidade psíquica do meu Kirlia, ele conseguiu ver qual era o Pokémon lendo a sua mente, Solana.
 Hã?
Solana arregala os olhos e encara Kirlia, pasmada...
 Kiiiir...
 Você sabia desde o princípio qual era o Pokémon, não é? E você não ia nos contar. Ia deixar Lunick e eu quebrando a cabeça para tentar adivinhar.
 É, esse garoto é bom mesmo.
 E não é só isso. Parece que o tal "Larry" não existe de verdade.
 Até isso você conseguiu descobrir?!
 Sim. Você e o Spenser criaram esta "missão" falsa e colocaram um nome fantasma para alguém que não existe de verdade, só para fazer tudo parecer mais credível. Mas a verdade é que tudo não passa de um grande teste, não é? Nós estamos aqui para levar um Pokémon de volta pro Spenser e não pro tal de Larry.
 Caramba! A sua ligação com Kirlia é mesmo impressionante, Jade!
Não era. Tornou-se assim depois da minha morte.
 Muito bem, Jade... Se você descobriu qual era o segredo da missão, diga-me... Qual Pokémon você deve levar para o Larry? Digo... Qual Pokémon você deve levar para o Spenser?
 Hmmmm... A julgar pelo seu semblante, devemos levar vários espécimes, não é isso? A missão é um teste para aprendermos a utilizar o Capture Styler. Por isso, temos de capturar todos os espécimes que encontrarmos aqui na Lyra Forest utilizando o pião de captura.
 Eeei! Mas eu sei usar o Styler. Eu dou minha vida por este aparelho há anos!
 Eu sei, Lunick. Por isso eu disse que esta missão era mais um teste para mim do que para você. A Lyra Forest não é muito grande, por isso, existem poucos Pokémon que habitam por aqui. Logo, não é muito difícil reunir um membro de cada espécie.
 Bem pensado. Cada Patrulheiro pode capturar até 5 Pokémon por vez utilizando o Styler.
 E como esta missão é só para mim e você, Lunick, presumo que devemos levar 10 Pokémon de volta para Ringtown e apresentá-los ao Spenser, certo?
 Beleza! Você manja das coisas, não é, Jade? Quero ter você sempre ao meu lado!
 Heheheh!
 Agora vamos procurar os tais Pokémon que vivem por aqui.
 Espera. Não precisa.
 Hã? Por que não?
 Você não notou? Assim que entramos aqui, eu mandei a Altaria e a Delcatty procurarem pelos Pokémon que vivem na floresta. Altaria se privilegia pela vista área, como você havia sugerido anteriormente (com o Fearow), e Delcatty consegue fazer isso usando os seus sentidos aguçados de felino. Ah, aí vem elas! Altaria, Delcatty... Conseguiram achar alguma coisa?
 Nha! Nha!
 Oooooooooh!
As Pokémon acenam a cabeça positivamente, confirmando que haviam detectado seus alvos. BINGO!
 Ótimo! Agora tudo o que temos que fazer é acionar os nossos Stylers, Lunick!
 Beleza!
 Mas tem mais uma coisa... O Capture Styler é como um pião que rodopia ao redor de um Pokémon. Cada espécie tem um número de voltas específico para ser capturado pela energia do dispositivo, dependendo do quão fortes e resistentes eles são, mas muitos se irritam com o objeto estranho girando em torno de seus corpos e o atacam, danificando-o. Por isso, o ideal seria que todos eles ficassem paradinhos, não é mesmo? É aí que entra mais dois Pokémon meus!
 Hã?
 Roselia e Magneton, meus dois últimos companheiros podem facilmente resolver isso paralisando-os com os Esporos Paralisantes e a Onda Trovão!
 Roooose...
 Mag!
 Tenho certeza que o seu Minun também será de grande ajuda nesse teste, Lunick-kun!
 Com certeza! Infligir paralisia através de choques é conosco mesmo!
Lunick tinha os olhos arregalados. Ele estava espantado com a minha capacidade. Ele acha que eu não percebi, mas eu quase podia tocar no espanto dele, de tão nítido que era. Neste momento, então, eu me voltei para os dois pokémon rastreadores, Altaria e Delcatty...
 Agora, por favor, mostrem-nos o caminho. Começando por você, Delcatty...

E assim, meus Pokémon-Parceiros começam a nos mostrar o caminho até as espécies que viviam escondidas em árvores, arbustos, cavernas, troncos e até mesmo debaixo do solo naquela floresta. Não levou 20 minutos até todas as 10 espécies terem sido capturadas com sucesso.
    
    
Dentre os Pokémon capturados, estavam Bulbasaur, Wartortle, Beedrill, Weepinbell e Taillow, controlados por mim, e Scyther, Cyndaquil, Spinarak, Politoed e Torchic controlados por Lunick.
 Puxa vida... Você é mesmo muito, muito perspicaz, garoto.
Solana era outra que estava chocada. Eu não a culpo. Ter saído em uma Jornada Pokémon no ano passado pela região de Hoenn me tornou muito mais atento e observador, mas eu fiquei mais inteligente mesmo depois que eu voltei da morte. Dei de ombros, no entanto, fingindo humildade e agradeci a minha supervisora com um sorriso no rosto.
 Obrigado.
 Parabéns. Missão cumprida.

De volta à Ringtown...


 O que?! Vocês já retornaram?!
 Sim, senhor.
 Solana, mas o que--?
 Eles conseguiram, Capturaram as 10 espécies que vivem na Lyra Forest e as trouxeram para o senhor, Spenser. Mas devo dizer que o esforço foi todo do Jade. Ele descobriu TUDO! Gabaritou o teste!
 Uau! Mas isso é formidável! Isso vai lhe render uma promoção no seu nível de Ranger, Jade. Seja Bem-Vindo ao Nível 1!
 O-o-obrigado.
Spenser rapidamente promove o meu Capture Styler, liberando mais funções e maior armazenamento de energia. Agora eu era Nível 1, assim como Lunick.
 Eeeei! Mas e eu?!
 Você continua no Nível 1, Lunick. Até você melhorar esse seu jeitinho medíocre de ser. Admita, você não fez NADA em comparação ao Jade. E eu tenho prazer de reportar isso ao meu senhor Spenser.
 Grrrrrrr! *Pensando* Por quanto tempo eu ainda vou ter que ficar aguentando essa chata?!
Então, eu me aproximo de Lunick e coloco a mão sobre seu combro esquerdo. Ele se vira e olha direto em meus olhos brandos, entendendo o recado. Aquele era um lembrete para ele ficar sossegado, pois era preciso que ficássemos na cola de Solana, afinal, ela era agora a responsável pela missão de resgate ao Pokémon Legendário e se nós tínhamos como objetivo pessoal retirar aquele ovo das mãos do terrível Esquadrão Go-Squad, então tínhamos de aguentar mais um pouco e fazer esse sacrifício. Infelizmente, há meses não temos notícias dos Go-Rock, mas sabemos que eles estão de volta à Fiore, por isso, precisamos nos concentrar em nosso objetivo enquanto treinamos para nos tornar mais fortes. Só assim obteremos êxito.
 Obrigado, Jade.
Spenser me olha com gratidão por tê-lo contido. Ele estava prestes a dizer poucas e boas para Solana, mas eu o lembrei da nossa grande missão. Sabe, eu meio que já tenho experiência no currículo quando o assunto é apartar brigões. Então eu disse:
 Estamos aqui para ajudar uns aos outros.
A verdade é que eu nunca me senti tão necessário na vida de alguém.

Continua...

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