Pokémon Laços: Teal & Indigo 06: Centenas de Milhões de Anos Atrás...


Parte 06
Centenas de Milhões de Anos Atrás...


Liko ficou estarrecida. Quando pensava em viagem no tempo para o passado, ela pensava em época antigas, na quais as civilizações arcaicas prosperavam...

Como quando Magearna, o Pokémon Artificial, foi criado no Reino de Azoth.

Como quando asteroides destruíram a civilização que vivia no local hoje conhecido como Meteor Falls (Cachoeira do Meteoro) em Hoenn, há aproximadamente 2.000 anos atrás...

Ou quando nesta mesma época, em Lental, surgiram as primeiras Crystablooms, flores capazes de causar o Fênomeno Illumina, transformando temporariamente os Pokémon que as aspiram.

Quando há 2.500 anos o povo que viveu no deserto da Região de Unova idolatrava Volcarona como o deus do Sol.

Quando a Arma Suprema foi ativada pela primeira vez em Parisia (hoje conhecida como Kalos), há 3.000 anos atrás, com o intuito de parar a grande guerra...


Ou quando neste mesmo período, simultaneamente em Galar acontecia o Dia Mais Escuro, quando os Pokémon entraram em Modo Dinamax descontroladamente...

 

 

Ou quando os seres humanos, embora ainda distantes de terem um bom relacionamento com os Pokémon, passaram a domar e domesticar Gogoats, por volta de 5.000 anos atrás.

Quando há 5.500 anos, o povo sumério desenvolveu a primeira forma de escrita, baseada no poder misterioso dos Pokémon-símbolo, Unown...

Quando há 10.000 anos ocorreu a última era glacial, na qual Mamoswines prosperavam e os humanos aliaram-se aos Pokémon de sangue frio Cyclizar, utilizando-os como montaria em troca de calor.

Ou mesmo há 20.000 anos atrás, quando o primeiro Claydol foi trazido à vida a partir de uma escultura de argila, pela Civilização Baltoy.

Mas em todas estas épocas e lugares, a espécie humana estava lá, de uma forma ou de outra.

Eram tempos antigos, mas não remotos como o que Liko se encontrava.

Era inconcebível. O Dirigível dos Trovonautas havia penetrado na Era Mesozoica, na qual Pokémon répteis dos mais variados tipos dominavam a Terra, criando a megafauna dos Poké Dinossauros.

E os animais mamíferos, nessas alturas do campeonato, não passavam de criaturas minúsculas, que viviam se escondendo, fugindo dos predadores. Ratos. Muito diferente dos seres racionais que viriam a se tornar no futuro. Humanos.

"Aquele lá... É um Mega Aerodactyl? A Mega Evolução já existia nessa época?" Pergunta a Garota,  visualizando um Pokémon voador coberto de pedras em diferentes extremidades do corpo, que dava rasantes ao redor da aeronave, à medida que a mesma adentrava no supercontinente da Pangeia.

"Não. A Mega Evolução despertou alguns genes adormecidos, trazendo de volta as rochas afiadas que outrora cobriam o corpo inteiro do Aerodactyl. Alguns estudiosos afirmam que esta era a verdadeira aparência de Aerodactyl." Explica Sada. E por fim, ainda complemetou, vendo a incredulidade estampada no rosto de Liko. "Aquelas pedras são mais duras que Diamante".

"Você entende sobre o passado também?" Questiona a adolescente.

"Hã?"

"É que você entende tanto sobre tecnologias futuristas que quando você fala sobre o passado, até me parece estranho..."

"A velha Sada sempre amou Paleontologia." Diz a Professora, referindo-se a si mesma na terceira pessoa. "Vamos descer."

"O que?" Liko se desespera. Descer naquele planeta habitado por criaturas gigantes, capazes de te esmagarem sob a sola ou simplesmente te estraçalharem em uma única mordida.

"Ora, vamos, Liko. Você parece preocupada demais! Por que não dá um tempo e aproveita a viagem?"

"Aproveitar a viagem? Você... Só pode estar de brincadeira! Eu quero ir para casa! Mas ao invés disso continuamos indo cada vez mais para o passado!"

Liko explode. Seu coração está acelerado. Uma veia salta em sua testa. Ela havia mergulhado em uma zona sombria de medo e preocupação.

Mas Sada apenas dá de ombros...

"Estamos vivendo uma oportunidade única graças à ciência. Estamos pisando em um solo onde nenhuma outra mulher (ou homem) jamais esteve. Estamos sendo abençoadas com o maior legado que algum ser humano já pôde carregar. Somos as pioneiras. E tudo o que você quer é voltar correndo para o pior tempo que este planeta já viveu... A ascensão do patriarcado, o capitalismo selvagem, a fome, a miséria, as doenças, os sofrimentos e as desgraças de uma mente alienada. Você deveria ser um pouquinho mais Grata por eu te trazer aqui."

E saiu, dando a entender que a Pesquisadora não tinha a mínima pressa ou sequer intenção de voltar para casa. Ela só estava enrolando, o tempo todo.

Naquele momento, Liko se sentiu um lixo. Um ser humano do pior tipo. Por que Sada estava dizendo estas coisas para ela logo agora? E então a adolescente teve certeza que o discursinho da gratidão nunca vinha para realmente te tornar uma pessoa mais grata, mas te tornar subserviente àquilo que não lhe agrada.

Em desespero, Liko não queria sair da nave. O mundo lá fora era o mais selvagem possível. A Era Mesozoica do Mundo Pokémon foi a pior das eras para se estar vivo. Liko não queria arriscar perder um braço, ou pior: perder a vida. Mas ao mesmo tempo, a maluca da Sada foi sozinha e se algo acontecesse com ela... Ela era a única pessoa que sabia operar a máquina do tempo.

Mas espera aí!

Liko ficou em choque. Lhe ocorreu que talvez ELA devesse tentar mexer no computador e acabar de uma vez por todas com essa palhaçada.

A garota se segurou, de repente.

Não.

Ela não poderia voltar para o presente e deixar Sada para trás, no passado. Seria homicídio. Mesmo que voltassem no tempo de novo atrás de Sada, jamais poderiam encontrá-la, porque a coordenada exata do momento da Pré-História em que se encontravam, era imprecisa.

Então lembrou-se de que contava com a ajuda de Fidough e Meowscarada. Sim. Ela poderia reverter a situação e virar o jogo.

"Se Meowscarada e Fidough me ajudarem a botar medo da Sada, então ela não vai ter escolha senão nos obedecer e nos levar para casa." Pensou a garota.

E assim, tomada por um impulso de coragem, Liko foi até a mesa onde encontrava-se o laptop de Sada, e abriu sua tampa cada vez mais encrustada com cristais Terastal.

Havia dezenas de informações na tela e basicamente todas elas era códigos formados por números e letras, frutos de uma avançada programação de inteligência artificial. Pouquíssimas pessoas no mundo, em 2005, saberiam ler e interpretar aqueles dados. Mas havia duas únicas palavras em letras garrafais piscando no centro da tela, ea intuição de Liko disse que aquilo não podia ser nada bom. "Missing Number", com um ícone de alerta de uma Tera Jewel do tipo Fantasma, igualmente piscando.

Liko não tinha muito conhecimento sobre o idioma da Região de Galar. Ela ainda era iniciante quando se tratava desta língua. Nascida em Paldea, falava espanhol de berço e havia dedicado longos anos de sua infância estudando Japonês para realizar o intercâmbio para Kanto e estudar na prestigiada Academia Índigo, na qual ambos os seus pais já haviam estudado.

Entretanto, aquilo ela sabia ler. Sabia que a tradução era "Número Faltante", mas ela não conseguia saber o que faltava naquele código que parecia infindável. Talvez fosse a data exata em que elas estavam. Talvez Sada tivesse deletado esses dados de propósito ao deixar a nave porque previu que a desesperada Liko tentaria mexer no notebook.

Sim.

"Com certeza foi isso", pensou Liko, tendo a mais absoluta certeza de que Sada era um crânio e que a ela nada passaria despercebido.

Mas um segundo pensamento tomou conta da cabeça de Liko, fazendo-a suar frio. E se essa data estivesse faltando desde antes do último salto no tempo? Afinal, o computador estava misteriosamente entrando em Modo Terastal (graças a Arceus, de forma bem mais lenta que um Pokémon) e ele próprio poderia estar corrompendo os dados que asseguravam o correto funcionamento da máquina do tempo. Por isso o abismo entre uma viagem a outra havia sido tão grande: De cento e sessenta anos no passado, para milhões e milhões de anos atrás.

Se este fosse o caso, talvez Sada só não estivesse conseguindo achar uma maneira de contar para Liko que tudo havia dado errado. A garota então se lembrou de um velho estigma que dizia que pessoas muito inteligentes, nerds, tinham dificuldades em se relacionar com as pessoas. Ela torceu para que esse seu preconceito estivesse errado, porque só quem poderia explicar o que diabos estava acontecendo era Sada e Liko não podia esperar estar na boca de um Aerodactyl para saber toda a verdade.

Durante este tempo todo, Liko estava agindo como uma cachorrinha, lambendo quietinha as canelas de sua tutora enquanto recebia ordens. Mas não mais. A garota chegou à conclusão de que era necessário para sua sobrevivência que ela colocasse em prática tudo o que aprendeu com Meowscarada. Era necessário estar no controle, pela primeira vez na vida. Ela precisava fatalmente de respostas.

Então, movida pelo ímpeto de forçar Sada a falar (e com razão), Liko decidiu que iria sair da nave. Mas ela não poderia fazer isso com a ajuda de seus dois únicos Pokémon. O mundo lá fora não era o mesmo que Liko conhecia. Nem mesmo os continentes atuais estavam formados nesta época, e sabe-se-lá que tipo de espécies hostis não-registradas eles poderiam encontrar.

Lembrou-se de súbito que não estava sozinha, no entanto. Então, ao desligar a aeronave, foi em cada cômodo da mesma, arrecadando cada um dos Pokémon que involuntariamente vieram junto no momento em que Sada decidiu levar o Brave Asagi em uma excursão pelo espaço-tempo.




O lado de fora era lindo. Mesmo com o sol se pondo sobre o oceano infinito, tingindo as águas de laranja e roxo, os raios UVA e UVB ainda estavam muito fortes e a temperatura era bastante quente e úmida, favorável até demais para a vida. As árvores eram todas gigantes, mas também havia muita vegetação rasteira, com folhas em espirais perfeitas como a sequência de Fibonacci e pinhas protuberantes e pontiagudas que pareciam ter saído de um filme de ficção científica sobre aliens. Ao horizonte, entre uma falha e outra das árvores, podia ser visto um vulcão ativo, em processo de erupção. Uma localização que milhares de anos depois seria batizada como "Monte Chaminé", na atual Região de Hoenn. Brumas fumegavam pelas bordas e a lava quente e tóxica escorria sem preocupação em todas as direções. Liko pensou que seria uma boa se isso espantasse os Poké-Dinossauros que viviam por ali, mas ela logo descobriu que nada abalava aquelas criaturas acostumadas com o bruto, porque dezenas de espécies distintas andavam livremente pela Terra, dominando o Planeta tanto quanto os humanos dominavam a Terra nos dias atuais.

À sua direita, havia um pequeno laguinho termal onde as árvores gigantes começavam a rarear, com espécimes fascinantes ao vivo e a cores. Anorith e Armaldo, predadores vorazes do Cambriano, um período ainda anterior à era dos dinossauros, e que continuavam triunfando, milhões e milhões de anos após o primeiro de sua linhagem aparecer na Terra. Do outro lado, Omanyte e Omastar, igualmente predadores, talvez ainda mais antigos, já que existem estudos talvez um pouco extravagantes que indicam que eles existem há pelo menos 2 bilhões de anos na Terra. Ao contrário de Aerodactyl, no entanto, estes pareciam iguais aos que são restaurados por cientistas no presente. E estavam calmos, dividindo a água do laguinho pacificamente.

Liko ficou pensando que se para estes Pokémon carnívoros já era fácil extrair comida dilacerando os corpos envoltos em carapaças e conchas rochosas de suas presas igualmente pré-históricas, seria mamão com açúcar para abocanharem-na, afinal, o ser humano é feito de tecido mole. A garota procurou ficar calma, desviando este pensamento da mente, para sua respiração acelerada não acabar atraindo uma atenção indesejada, e segurou firme a Pokébola de Shuckle e Alolan Muk, para que em caso de emergência, ela pudesse sacá-los de imediato.

Mais adiante, viu um Bastiodon e um Rampardos travando um embate e logo afastou-se, para não se envolver em uma confusão desnecessária. O primeiro era um Pokémon cuja cabeça formava um enorme escudo vivo. Já o segundo, tinha um crânio tão duro que ele usava para atacar. Eles empurravam sua cabeça um contra o outro. Aparentemente, a mãe Bastiodon tentava proteger seus filhotes Shieldon de serem predados pelo terrível Rampardos.

Liko andou pelas beiradas do oceano, procurando por Sada. Nada. Por ali, tudo o que ela podia ver eram Kabutos sendo empurrados pelas ondas e encalhando na areia. Lileep e Cradilies afixados no solo oceânico raso, realizando a fotossíntese. Mais o que mais lhe chamou a atenção foram Shellders surpreendentemente idênticos aos Pokémon comuns que se encontra em qualquer praia do mundo nos dias atuais. Parece que eles já existiam desde essa época!

Junto à areia, um Kabutops estava atracado comendo um tubarão branco antigo, o qual ele havia capturado e empalado com suas enormes foices no lugar de mãos.

Relicanth, Tirtouga e Carracosta também compunham a ambientação. E estes últimos eram bem maiores do que Liko podiam imaginar. Realmente gigantescos, mais altos do que qualquer ser humano adulto.

Passando então por um campo aberto, Liko vê um bando de Cranidos e Tyrunts correndo lado a lado, para algum lugar mais ao interior do continente, o que Liko avaliou não ser um bom sinal.

À medida que novas árvores foram aparecendo, Archens e Archeops se encontravam dependurados nas mesmas, enquanto Carbinks de diferentes padrões corporais jaziam adormecidos nas formações rochosas...

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Até que o coração de Liko quase para de susto. Enormes cabeças começaram a se projetar por cima das árvores, eram os Poké Saurópodes. Uns dos, senão os maiores seres vivos terrestres já existentes: Os imponentes Aurorus e seus filhotes Amaura. Mas estes pareciam cansados. Talvez até mesmo doentes. Devia ser aquele calor que não fazia nada bem para eles. Parece que o aquecimento global já fazia suas primeiras vítimas há milhões de anos atrás.

Liko estava estupefata. Primeiro, ela havia descido da nave toda insegura e com medo. Agora, ela via aquele mundo antigo como um tesouro intocado. Um paraíso inexplicável. A sensação era inefável. Não dava para colocar em palavras. Ao mesmo tempo em que era extremamente violento, os mistérios que guardavam aquela Terra primitiva a tornavam tão interessante, que mascarava a sensação de perigo constante. Mas Liko não podia desviar-se de sua missão. Ela tinha que encontrar Sada. Então, ficou feliz quando observou o retorno de Noctowl. O Pokémon voador havia sido enviado para localizar a Professora na vastidão selvagem daquela área.

"Gruuuuh! Gruuuh!"

Noctowl voltou agitado. Liko logo percebeu que algo estava errado.

O Pokémon tornou a voar na direção de onde veio e Liko o seguiu às pressas, correndo por entre a vegetação densa e espinhosa, cada vez mais para dentro do continente.

Quando as árvores começaram a ficar mais esparsas e uma clareira formou-se no meio da selva, a garota pode avistar a Professora Sada de longe, de costas.

Liko abriu a boca para chamar o nome da Professora. Mas antes que ela o fizesse, sue sangue gelou. Ela congelou.

Sada estava a menos de dois metros de uma batalha épica. De um lado, Tyrantrum, um Pokémon pré-histórico do Tipo Dragão, com mandíbulas do tamanho de uma pessoa inteira. Dizem que nada podia parar esse pokémon há 100 milhões de anos, ou melhor, nesta época em que Liko infelizmente se encontrava. E devido a isso, ele começou a se comportar como um rei. Suas garras gigantescas eram capazes de rasgar espessas placas de metal como se fossem de papel.

Do outro lado, um animal igualmente respeitoso, de penas esparsas: o Tiranossauro rex. Com um crânio cilíndrico e uma grossa e vigorosa cauda, suas pernas eram longas e musculosas, mas seus braços eram extremamente curtos e finos. Possuía três dedos ao fim de cada perna e dois dedos nos braços. Na idade adulta, um T. rex poderia atingir cerca de 4 metros de altura e 12 metros de comprimento. Seu crânio podia passar de 1,4 metro, e sua massa podia passar de 8 toneladas. E a julgar pelo tamanho deste, em específico, tratava-se de uma fêmea, pois elas eram maiores que os machos.

A primeira coisa que ocorreu a Liko foi de que aquela era uma luta extremamente injusta. O tiranossauro era um animal comum, incapaz de armazenar a energia da natureza em seu corpo. Já Tyrantrum era um Pokémon... Com um só ataque, ele poderia pulverizar o Rei dos Dinosauros.

Um Hiper Raio que fosse lançado, por exemplo, poderia explodir o adversário do Pokémon tipo Dragão.

Uma Tumba de Rochas poderia facilmente asfixiar o dinossauro até a morte.

O Bate-Cabeça era um ataque que traria dano tanto para Tyrantrum contra para seu alvo, mas não restavam dúvidas de que quem mais sairia prejudicado seria o Tiranossauro.

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Mas os dois lutavam justamente, em um embate corpo a corpo, no qual um tentava empurrar o outro. Liko se surpreendeu. Mesmo em épocas pré-históricas, os Pokémon sabiam ser justos e respeitosos. Aquele mundo não era tão selvagem assim, pensou a garota. Afinal, Tyrantrum não estava se abusando de suas vantagens físicas para ganhar aquela competição. Ele estava abdicando do uso de seus poderes especiais para lutar contra o animal que não possuía qualquer meio ataque que não o próprio vigor corporal.

Pelo menos, não até aquele momento.

Algo estranho começa a acontecer. Liko Grita:

"Sada, Saia Já daí!"

Mas a Professora estava próxima demais do combate.

"GROOOOOAAARR!"

Tyrantrum ruge e finca as presas em sua rival Tiranossaura, ao mesmo tempo em que o corpo do Pokémon começa a brilhar e tornar-se rígido como cristal.

"Está Terastalizando!" Percebe Liko. "Sada, venha para cá!"

Mas não adiantava gritar. Sada estava nem aí para Liko.

Tyrantrum cristaliza por completo. No topo de sua cabeça, um espectro fantasmagórico como o que Liko havia recém visto na tela do computador da Professora Sada se materializa, o que assusta a Tiranossaura por completo, colocando-a em modo de fuga.

Liko balbucia:

"Sada, Corra!"

Mas a Professora parecia não ouvir. A Tiranossaura se afastou depressa de Tyrantrum, recuando do combate e ao fazê-lo, sem querer, esbarra sua vigorosa cauda no lado esquerdo de Sada, arremessando a pesquisadora longe com a força da batida.

"SADA!"

Liko reúne toda a sua coragem para aproximar-se da Professora, cujo braço esquerdo não parecia mais estar em uma posição normal, ao mesmo tempo em que a Tiranossaura corria do agora em frenesi Tera Tyrantrum.

Sada não disse um "ai". Ela estava quieta, apenas observando o dano causado. Liko se aproxima e o que ela vê a faz se sentir enjoada. Tonta. Ela pensou que iria desmaiar ali mesmo, mas a ameaça iminente de um Tyrantrum descontrolado a fez aguentar na marra. O que havia surpreendido Liko não era Sangue. Pelo contrário. Não havia uma só gota de sangue no braço completamente esmagado da Professora. Não havia carne nem tecido à mostra. Não. No lugar de uma mão destroçada, havia era uma...

Continua...

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