Pokémon Laços: Teal & Indigo 2 - (Parte Z): VS Ogerpon


Após o empate emocionante entre Friede e Amethio, a noite em Kitakami transformou-se em uma celebração vibrante. As ruas da cidade estavam iluminadas por lanternas coloridas, criando uma atmosfera mágica enquanto os habitantes e visitantes compartilhavam o espírito festivo do Festival de Máscaras.

Nos estandes ao longo da praça de Kitakami Hall, as pessoas se reuniam para saborear iguarias tradicionais. O aroma sedutor de mochi fresco enchia o ar, enquanto os participantes experimentavam o doce tradicional japonês. Chás de matcha eram servidos em cerimônias especiais, proporcionando momentos de calma e contemplação em meio à agitação da festividade.

Os moradores locais, vestidos com máscaras festivas e trajes tradicionais, dançavam e celebravam ao som de músicas folclóricas. A noite estava repleta de risos, luzes cintilantes e alegria compartilhada, culminando em uma exibição espetacular de fogos de artifício que iluminaram o céu estrelado.

No dia seguinte, ao meio-dia, conforme combinado previamente, Friede e Amethio se encontraram no pé da imponente Oni Mountain, cujas encostas se erguiam majestosamente ao horizonte. O cenário era impressionante, e a natureza circundante parecia inspirar respeito. O vento suave soprava entre as árvores, criando uma sensação de expectativa no ar. As máscaras do festival ainda adornavam algumas árvores, lembrando a noite de celebração que os antecedeu. Friede, ansioso por desvendar os segredos que o Fenômeno Terastal guardava, aguardava com determinação o que Amethio tinha a revelar. A próxima etapa da jornada prometia desvendar mistérios e abrir caminhos para o desconhecido, e os dois treinadores estavam finalmente prontos para enfrentar o que o destino os reservava.


 Aqui estamos, Friedrich. Quem diria, não é? Eu jamais pensei que faria parceria com... ... Bem... ... ... Você.
 Que foi, Amethio? Está me estranhando?!
 Eu ia dizer que jamais pensei que me uniria ao filho do Goushou em pessoa!
 Oh! Você ainda está nessa pira, não é?
 Anyway, eu quero que você conheça alguém, Friedrich. Esta é a Srta. Briar, ela é minha orientadora no programa de Mestrado na Blueberry Academy, em Unova.
 Oh! Você deve ser o Friedrich, certo? Ouvi falar muito de você!
 Espero que tenha ouvido falar de bem!
 Já lhe antecipo: Definitivamente, não.
 É uma honra conhecê-lo em pessoa. Certamente, o filho do Campeão Multi-Regional Goushou deve ter algo a acrescentar!
 Eeerr... Eu não teria tanta certeza. Na verdade, eu vim atrás do Amethio porque preciso de ajuda. Quero... Ou melhor... PRECISO ampliar meus conhecimentos.
 Oh, sim, sim! Ele me disse que você está interessado no Fenômeno Terastal, certo?
 Isso mesmo!
 Friedrich, a Srta. Briar é a verdadeira gênia aqui. Tudo o que eu sei sobre o Terastal não passa de 1% do conhecimento dela!
 Não precisa me superestimar tanto assim, Amethio.
 Mas é verdade! A razão pela qual eu a escolhi como orientadora no Mestrado foi porque... Bem, ela é simplesmente obcecada pelo Terastal!
 Isso é verdade! Desde que eu vi um Pokémon brilhar e cintilar pela primeira vez como uma joia preciosa, meu coração sacodiu!
 De fato, a Srta. Briar tem escrito um livro apenas dedicando-se à Origem do Fenômeno!
 Um livro?
 Exatamente. Se chama "O Tesouro Escondido da Área Zero", mas ainda não foi publicado. Estou finalizando algumas decisões editoriais.
 Puxa vida! Eu adoraria lê-lo, Srta. Briar!
 Por favor, Friedrich, apenas "Briar" já serve!
 Me chame de Friede, então, e ficamos quites.
 Combinado.
 Então, Briar... Qual a sua tese? Digo... Qual você acha que é a origem do Fenômeno Terastal?
 Um Pokémon...
 Um Pokémon?
 Exatamente! Um Pokémon há muito tempo adormecido nas profundezas da Área Zero...
 Ei! Esperem por mim!
De repente, a Elite 4 de Kitakami Cynthia chega ao pé da montanha, unindo-se ao grupo.
 Oh! Cynthia! Que bom que você chegou! Bem a tempo!
 O que você estava dizendo? O Fenômeno Terastal é proveniente de um único Pokémon?
 De uma única espécie, de fato.
 E que espécie seria essa?
 Eu a chamo de Terapagos. Na verdade, esse foi o nome que Heath, meu ancestral e o primeiro homem a voltar com vida de uma exploração na Área Zero, deu a um Pokémon que por lá vivia.
 Terapagos? Rotom, por favor, forneça mais informações.
 Não há dados. Não há dados. Não há dados.
 Uau!
 Dizem que Terapagos jaz dormente na forma de cristal nas profundezas da Área Zero, mas... Quando ele está desperto, sua aparência lembra a de um quelônio.
 Quelônio? O que é isto?
 Tsc. E ainda se diz professor!
 CALA A BOCA, AMETHIO!
 Quelônios ou Testudines são uma ordem de répteis que possuem casco composto por duas metades: a carapaça (dorsal) e o plastrão (ventral).
 Em outras palavras... Estamos falando de Poké-tartarugas?
 Precisamente. Eu até capturei um Wartortle para poder estudar os Poké-Quelônios taxonomicamente a fim de encontrar um elo filogenético que elencasse Terapagos ao grupo. E no fim, acabei montando um time temático, só desses monstrinhos.
 *Cochichando* Do que ela está falando?
 *Cochichando* Não faço ideia...
 No entanto, meus estudos não puderam ser concluídos. Afinal, a única imagem que temos de Terapagos são desenhos e rascunhos antigos deixados por Heath, meu ancestral. Ninguém sabe se este Pokémon é mesmo real...
 Ninguém jamais viu Terapagos após Heath, por isso, desacreditaram-no. O mesmo vale para mim. Acham que eu estou perseguindo apenas uma lenda, um conto criado por um homem que enlouqueceu em sua expedição que o deixou entre a vida e a morte na Área Zero. Mas meu orientando Amethio aqui descobriu uma pista que pode nos levar ao caminho certo para encontrarmos Terapagos.
 Amethio? Você?
 Graças a um grupo de heróis, no Festival de Máscaras do Ano Passado, uma Pokémon que até então era considerada a desgraça de Kitakami foi liberta de uma maldição que a mantinha presa nesta montanha. Hoje, ela está sendo reverenciada no Festival de Máscaras como uma heroína, e não como uma vilã, porque a verdade sobre ela foi revelada. Seu nome é Ogerpon.
 Ogerpon?
 Isso. Durante uma batalha, Ogerpon danificou as máscaras especiais que traja, que até então estavam sendo reparadas com o chá matcha de Poltchageist e Sinistcha. Mas após a batalha, as máscaras apresentaram danos severos. Eu fui chamado para analisar Ogerpon logo após a soltura dela. A criatura estava desolada por conta do dano causado a suas máscaras, afinal, Ogerpon as usa para lutar e se proteger. E por alguma razão, ela parecia querer fugir, voltar para a montanha onde passou os últimos séculos aprisionada... Eu tinha um pressentimento, e então... Eu deixei. Deixei que Ogerpon viesse para a Oni Mountain. Mas eu a segui, monitorando cada um de seus passos. Foi então que eu descobri... Um local que nenhum outro humano jamais parece ter estado.
 O que?
 Uma caverna dentro da montanha, contendo um lago de águas límpidas, transluzentes, o qual eu batizei de "Bacia de Cristal". Lá, eu vi Ogerpon mergulhar cada uma de suas quatro máscaras na água e sair com elas INTEIRAS de novo.
 Mas o que está insinuando? O que isso tem a ver com Terapagos?
 Calma. Eu já vou chegar lá... Dentro da água, eu percebi que haviam inúmeras formações cristalinas, exatamente iguais àquelas que só são encontradas nas profundezas da Área Zero, em Paldea.
 Espera aí! Você está me dizendo que... Nessa tal "Bacia de Cristal" há os mesmos cristais da Área Zero, que por sua vez, foram criados por esse tal de Terapagos?
 Exatamente. E é por conta disso que o Terastal parece ser possível aqui em Kitakami também!
 Mas não pode ser!
 Hum?
 O Professor Turo... Ele me falou sobre uma criatura que se assemelhava a um cristal e que tinha o poder da Terastalização!

(Flashback - Pokémon Laços: Teal & Indigo - Temporada 1 - Capítulo 07)
 O que está acontecendo?
 Eles responderam ao chamado.
Balbucia Turo, enquanto Friede o depositava em um canto da sala para poder entrar em batalha.
 Chamado? Que chamado?
 O colar... Sada tem um colar... Que chama os Pokémon selvagens da área quando sente perigo.
Turo se segura para não vomitar nesta última frase, mas ele completa a informação dizendo:
 Estes Pokémon vieram de toda Paldea, não apenas da Área Zero. Isso significa que o Amuleto Terastal identificou um perigo sem precedentes.
 Que colar é esse? Do que você está falando?
Friede tinha mil e uma razões para desacreditar no amigo bêbado, mas resolveu levar a sério, porque apesar do Professor Turo estar praticamente entrando em coma alcoólico, ele não estava mais sorridente como antes. Ele agora suava frio e sua expressão era de medo. O que quer que fosse que Turo soubesse e a tripulação do Brave Asagi desconhecia, deveria ser algo muito, muito sério.

(...)

 Sada sequestrou Liko e levou consigo o colar e também o dirigível.
 O que?
Orla se indigna. Como assim Sada roubou o dirigível que no qual a engenheira havia trabalhado noite e dia para reformar e aprimorar?
 O que ela fez?
Questiona Roy, sem entender o que realmente estava acontecendo. Ninguém ali estava.
 O colar que ela levou... É um amuleto que parece estar correlacionado com a Terastalização, mas nós ainda não temos conhecimento de como ele se encaixa neste quebra-cabeças, pelo menos não até o momento. Até onde se sabe, ele reage a estímulos externos e pressente o perigo. E só. É um ser vivo de origem desconhecida, no formato de cristal, em um sono profundo, que só desperta quando algo o coloca em risco. Presumo que tenha sido ele quem atraiu todos estes Pokémon, provavelmente para defender-se de algo que o está ameaçando.
 E por que ela faria isso?
Turo fica quieto.
 Por que a sua esposa fez o que fez?
Insiste Friede ao perceber que Turo não responderia.

Por fim, após um momento de silêncio, Turo se pronuncia em um tom de voz quase inaudível, de cabeça baixa, desviando os olhos de todos, como que sentindo muita vergonha.

 Sada teve uma hemorragia grave e morreu no parto do pequeno Arven. Aquela lá não é minha esposa.
(Fim do Flashback)

 Eu me lembro! Me lembro disso!
 Você se lembra do que?
 A Professora Sada... Quer dizer... A versão robótica dela roubou esse tal pingente misterioso feito de Cristal e fugiu com a Liko em sua Máquina do Tempo! E então, vários Pokémon Terastalizados fora de si começaram a invadir o laboratório, na tentativa de recuperarem o tal pingente do colar.
 É isso! Terapagos É o cristal do pingente! Terapagos É o próprio colar!
 !!!!!!!!!
 Então Turo e Sada estavam em POSSE de Terapagos esse tempo todo...? Interessante.
 Turo nos advertiu... Ele disse que o Cristal tinha relação com o Fenômeno Terastal e que era ele quem estava atraindo Pokémon nativos de toda a Paldea para a Área Zero, a fim de que estes o protegessem. Quase como... Se o cristal fosse um ser vivo que, ao sentir-se ameaçado, começava a hipnotizar todos ao seu redor!

(Flashback - Pokémon Laços: Teal & Indigo - Temporada 1 - Capítulo 10)
 Foi tudo premeditado!
 E-eu não sabia que ela iria fazer isso. Eu achei que ela só estava tentando descobrir a ligação entre o COLAR, o fóssil e a garota.
O colar? Mas o que tem o colar?
 A Professora Sada humana, quando descobriu o Terastal, não descobriu apenas o fenômeno. Descobriu também uma câmara nas profundezas da Área Zero. Uma câmara de aproximadamente 1 bilhão de anos. Exatamente AQUI onde estamos... Todas as paredes são feitas de cristal. O mesmo cristal da Terastalização. E adivinhe só: o pingente que eu havia mencionado anteriormente também é feito do mesmíssimo material. Nós encontramos o pingente junto ao 'fóssil' de Liko. Foi a única parte que chegamos a EXTRAIR da parede de cristal. No entanto, ao analisarmos com cuidado, percebemos se tratar de um fragmento radioativo, pois estava liberando altas doses de energia. Por detrás das paredes, ele não tinha como emitir nenhuma radiação (era como se o cristal o IMPEDISSE de fazer isso), mas depois que foi liberto, começou a emanar energia... Quase como um vírus antigo adormecido em permafrost sendo trazido de volta ao mundo para causar uma epidemia em massa. Por isso, resolvemos deixar a garota e a cabeça aí, dentro da parede. Não sabíamos quais seriam os RISCOS aos desenterrá-las... Não sabíamos que tipo de energia poderíamos desencadear ao fazê-lo...
 Você... Sabia de tudo isso... E ainda assim PERMITIU que ela nos trouxesse até aqui! C-c-como... Se fôssemos COBAIAS do seu experimento!!!
 Como eu disse... Eu não tinha como saber que a robô iria RAPTAR a pequena Liko. Eu não tinha! Ela é autoconsciente! Como qualquer ser vivo!
 Mas ela não está aqui para responder por suas ações... Neste caso, é VOCÊ quem deve responder por ELA.
 Afinal, foi você quem CRIOU esta aberração!
(Fim do Flashback)

  Terapagos é a mesma criatura que começou tudo isso!
 Está vendo? Eu não sou louca! Aí está mais uma prova de que Terapagos existe. Ele é Real! E eu vou provar!
 De fato, Friedrich... Se o que você está nos dizendo é mesmo verdade, então vocês realmente se encontraram com Terapagos no passado.
 Terapagos é a origem e a fonte do Fenômeno Terastal. É graças aos poderes DELE que esta transformação é possível.
 Espera... Então como o Fenômeno Terastal também ocorre em Kitakami? Digo... Se Terapagos é um Pokémon de Paldea, encontrado apenas nas Profundezas da Área Zero... Como o Fenômeno se estende até aqui? Será que... Terapagos também está VIVENDO aqui?!
 É o que queremos saber.
 A Srta. Briar pegou um voo até aqui só para poder estudar pessoalmente a Bacia de Cristal.
 E com a proximidade do Festival de Máscaras, o preço estava lá em cima!
 Eu venho estudando a bacia sozinho há um ano. Inclusive, eu construí uma ponte por lá, para facilitar o meu acesso.
 Nem mesmo o Professor Hamber e os Desbravadores têm conhecimento de sua existência. A conclusão que eu cheguei é de que tem algo a ver com a água...
 Com a água?
 É. Lembra que eu disse que Ogerpon mergulhou suas máscaras na água e as restaurou completamente? Pois bem... Eu enviei algumas amostras para a Srta. Briar, na Blueberry Academy...
 E graças a essas amostras, ao longo deste ano, eu consegui finalmente ESTABILIZAR o fenômeno Terastal em outra região além de Paldea e Kitakami...
 Está me dizendo que...
 Sim, eu consegui, através das propriedades químicas desta água (e também de amostras de solo de Paldea), estabilizar a Terastalização em Unova, embora isto só aconteça nos limites do domo da Blueberry Academy.
 UAU! Mas isso é incrível!
 Eu disse, não disse? A Srta. Briar é um gênio!
 As águas desta bacia possuem pequenas partículas de cristais, e os Pokémon que a ingerem parecem ganhar o poder de Terastalizar. Eu chamo estes pequenos fragmentos de "micro cristais de Terastalização".
 Dito isso, é importante ressaltar que a nascente da Bacia de Cristal desagua nos rios que abastecem Mossui Town e toda a Terra de Kitakami. Então... É assim que o Fenômeno Terastal se espalhou por estas bandas...
 Mas isso não explica COMO estes cristais surgiram lá. Talvez haja um Terapagos habitando estas Terras, adormecido há tanto tempo na forma de cristal, que jamais foi detectado por nós, humanos.
 Por isso, estamos reunidos aqui hoje. Para subirmos até a Bacia e desvendarmos este mistério!
 Então vocês chamaram a pessoa CERTA para isso! Como vocês sabem, eu sou fascinada quando o assunto é mitos e lendas envolvendo Pokémon!
 Arrume seus equipamentos de escalada, Friedrich! Vamos subir a Montanha Oni e descobrir o que diabos está causando isso tudo.








A Oni Mountain erguia-se imponente diante de Amethio, Friede, Cynthia e a Srta. Briar, uma majestosa testemunha da passagem do tempo e da natureza. Seus picos que se estendiam às nuvens refletiam a luminosidade do sol, enquanto um vento fresco sussurrava pelos vales e desfiladeiros que se estendiam aos pés da montanha.

A subida começou em um caminho estreito, rodeado por densa vegetação. Conforme eles iam ganhando altitude, o ar ia ficando cada vez mais rarefeito, o que tornava cada respiração um desafio, enquanto eles avançavam por trilhas sinuosas e íngremes. As árvores se inclinavam ao sabor do vento, e o som suave de riachos acompanhava seus passos.

À medida que deixavam o nível do mar para trás, a vegetação cedia lugar a terrenos rochosos e afloramentos desafiadores. O grupo enfrentava aclives íngremes, escalando pedras desgastadas pela erosão e atravessando despenhadeiros que testavam sua destreza e coragem. O vento, agora mais intenso, assobiava pelas fendas das montanhas, intensificando a sensação de isolamento.

Após superarem uma série de desafios naturais, chegaram a um trecho particularmente complicado, uma encosta íngreme e perigosa. O caminho estreito e irregular exigia equilíbrio e concentração, com o abismo à espreita de um lado e a parede rochosa do outro. No ponto mais alto da subida, encontraram uma abertura na rocha que se assemelhava a uma passagem estreita e misteriosa. Com cautela, adentraram o portal natural, guiados pela curiosidade e pela expectativa do desconhecido.

Do lado de dentro, foram recebidos pela penumbra de uma caverna. A luz da entrada revelava estalactites pendentes como facas afiadas esculpidas pela ação do tempo, apontadas em direção a suas cabeças, enquanto o som de gotas d'água ecoava nos recantos subterrâneos. O chão úmido indicava a presença de um lago subterrâneo, oculto nas profundezas da montanha.

A caverna se desdobrava em um espetáculo de estalactites e estalagmites, criando um cenário etéreo e misterioso. À medida que avançavam, o lago subterrâneo se revelava, suas águas cristalinas refletindo o brilho espectral das formações rochosas.

Amethio, Friede, Cynthia e a Srta. Briar, envoltos pela atmosfera serena e enigmática da caverna, contemplavam a maravilha natural que se estendia diante deles. A Oni Mountain, agora expondo suas entranhas, parecia ter revelado um segredo oculto, e o lago subterrâneo aguardava para contar as histórias guardadas nas profundezas da montanha.
 Já chegamos?
 Ainda não.
 E há risco de desabamento nesta área?
 Provavelmente.
 Uau, é verdadeiramente animador ouvir isso.
 Psiu! Pessoal? Vocês ouviram isso?!
 Ouviram o que?
 Nada, eu só... Parecia ter escutado alguma coisa.
 Vamos em frente. O caminho só fica mais e mais complicado a partir daqui.

Com suas lanternas em mãos, Amethio, Briar, Cynthia e Friede enfrentavam a próxima etapa de sua aventura geológica. O lago subterrâneo se estendia diante deles, suas águas cristalinas revelando apenas uma pequena porção de seu mistério. A atmosfera na caverna se tornou mais densa, com o som constante de goteiras ecoando pelas paredes rochosas, enquanto a temperatura baixava drasticamente.

A próxima fase da travessia exigia coragem e determinação. O grupo, encharcado pelo lago que batia à altura dos joelhos, enfrentou o desafio de adentrar as águas geladas. A sensação penetrante do frio fazia-os tremer enquanto avançavam, cada passo uma batalha contra a temperatura inclemente.

Ao alcançarem uma porção mais profunda do lago, perceberam que a única opção era nadar através de uma passagem estreita, acessível apenas submersos. Com respirações profundas e corações acelerados, mergulharam na escuridão fria da água subterrânea para atravessarem um túnel de rochas visível apenas abaixo d'água. A passagem parecia interminável, e a luz das lanternas proporcionava uma visão limitada nas profundezas do lago.

Emergiram do outro lado, tremendo e encharcados, com a água agora na altura do pescoço. A atmosfera na nova câmara era sufocante, com pouco oxigênio e um terreno acidentado, repleto de pedras e estalagmites ameaçadoras que pontuavam o chão irregular, capaz de facilmente empalar o pé de algum desavisado.

A visibilidade era mínima, limitada à luz trêmula das lanternas que refletiam nas águas escuras. O lago se estendia por vários metros, perdendo-se na escuridão, e a sensação de isolamento era palpável. O grupo, agora mais do que nunca, dependia de sua coragem e determinação para prosseguir.

O som das goteiras ecoava de maneira mais intensa, criando uma sinfonia melancólica nas profundezas da montanha. O terreno hostil e a falta de visibilidade adicionavam uma camada extra de desafio a essa jornada subterrânea. Enquanto avançavam, cada passo era cuidadosamente calculado, e a incerteza do que aguardava nas águas escuras mantinha todos em alerta máximo. A jornada pela Oni Mountain continuava, testando os limites de Amethio, Briar, Cynthia e Friede na busca pelos segredos do Fenômeno Terastal.
 Eu deveria ter escrito um testamento para minha filha. Tenho certeza de que dessa eu não saio viva!
 Ninguém aqui vai morrer, loura! Não até eu PROVAR para o mundo que Terapagos é REAL!
 Fiquem atentos! Não brinquem com o perigo. Esta área é realmente arriscada. Um descuido e vocês podem estar comprometendo suas vidas. Todo cuidado é pouco. Mantenham-se em alerta!
 Por onde devemos ir?
 Sigam-me. Em silêncio.
 PSIU! Amethio! Cala a boca!
 O QUE?! 😡
 T-t-tem algo ou alguém aqui!
 Eu não ouço nada.
 Nem eu.
 Você está me assustando, Friedrich!
 Eu podia jurar que eu ouvi algo como uma gargalhada.
 Foi a mesma coisa que eu havia escutado anteriormente!
 Caras, se vocês não pararem com isso, eu dou meia-volta e vou embora!
 Não há nada a temer, Cynthia.
 E se houver?
 Se houver, eu como Campeão de Kitakami, os defenderei.
 Assim como você "defendeu" o seu título ontem à noite, quase o entregando para mim?7
Amethio trucida Friede com um olhar fulminante, mas limita-se apenas a deixar a provocação de lado e dizer:
 Sigamos em frente!
À medida que o grupo avança pelas águas cada vez mais frias, alcançam uma parte misteriosa da caverna subaquática. Um enorme cristal submerso irradia uma energia intensa, semelhante à do Fenômeno Terastal.
A luz refratada pelas águas revela detalhes intrincados desse monumento natural, que parece ser um epicentro de poder. Do lado de fora da água, sobre uma rocha, uma criatura peculiar de tonalidade verde folhoso e oculta por uma máscara turquesa observa atentamente o lago. A princípio, gargalhadas extravagantes e levemente assustadoras escapam da criatura, mas um olhar mais atento revela que ela se diverte com algo submerso nas profundezas do lago. A atmosfera ao redor do cristal é carregada de mistério e, enquanto o grupo observa a cena intrigante, a criatura parece ser a guardiã de segredos ocultos naquelas águas enigmáticas.
 *Cochichando* Permaneçam onde estão e em silêncio! Aí está Ogerpon!
 Ogerpon, o Pokémon Máscara, de tipo Planta. O tipo deste Pokémon muda de acordo com a máscara que ele usa. Ele confunde seus inimigos com movimentos e chutes ágeis. Este Pokémon amante de travessuras é cheio de curiosidade. Ele luta extraindo a energia baseada em tipo contida em suas máscaras. Só existem fêmeas desta espécie.
 *Cochichando* Espera, espera, espera! Está me dizendo que essa aí é a Ogerpon?
 *Cochichando* Exatamente.
 *Cochichando* E-e-eu... Já vi este Pokémon antes! E essa gargalhada TAMBÉM!
 *Cochichando* Quando? No Festival de Máscaras?
 *Cochichando* Não, foi logo que eu cheguei aqui em Kitakami... Depois de ter pego o Charcadet com o Professor Hamber...
 *Cochichando* Onde?
 *Cochichando* Nas ruas de Mossui... Eu... Lembro de ter paralisado de medo!

(Flashback - Pokémon Laços: Teal & Indigo - Temporada 2 - Parte B)

Friede caminha pelas ruas de Mossui, em direção ao Kitakami Hall, maravilhado com as fileiras de lanternas que iluminam a cidade, trazendo à tona lembranças de sua amada região de Johto. Por um momento, ele se permite perder nas memórias de suas aventuras passadas, mas é abruptamente interrompido por uma risada misteriosa e provocativa que ecoa no ar noturno.


A risada abstrusa ressoa no ar como uma cascata de escárnio, aguda e zombeteira. Ela se espalha de maneira provocativa e brincalhona, ecoando pelas ruas escuras de Mossui. Cada nota parece carregar um toque de mistério, desafiando Friede a decifrar sua origem. É uma risada que mexe com a curiosidade do treinador, enchendo-o de intriga e despertando sua vontade de conhecer quem está por trás desse som enigmático.


 Quem está aí? Mostre-se!
Friede olha ao redor, mas o vulto que provocou a risada já se afastou rapidamente, movendo-se com agilidade surpreendente. Friede sente uma curiosidade inquieta se apoderar dele, enquanto tenta identificar a origem da risada.
 Seja lá quem for, não tenha medo. Sou um treinador Pokémon e não quero lhe fazer mal. Apenas quero entender o motivo de sua risada.
Apesar de suas palavras, a criatura risonha continua a se esquivar de Friede, mantendo-se oculta nas sombras. A risada continua, provocativa e desafiadora, deixando Friede intrigado e ansioso.


 Você é bem ágil, não é? Não consigo ver você, mas posso sentir sua presença. Quem é você?
A criatura risonha não responde, mas nestas alturas do campeonato, era óbvio que se tratava de um Pokémon, pois continua a fazer movimentos rápidos e brincalhões ao redor de Friede, mantendo-se sempre esquivo e evitando uma resposta direta.

Ele era tão ágil, ue mal dava para vê-lo. O Pokémon corria e saltitava em torno de Friede em frações de segundos, deixando o Professor Pokémon nervoso.
 Tudo bem, brincar de esconde-esconde também pode ser divertido. Mas não se preocupe, eu não desisto facilmente. Se quiser, podemos brincar juntos.
Ele sorri enquanto fala, apreciando o jogo e a energia do Pokémon misterioso. Friede resolve não se deixar sentir ameaçado pela presença do Pokémon e decide que será paciente, esperando até que o risonho esteja pronto para se revelar.

Enquanto as lanternas continuam a iluminar a cidade de Mossui, Friede persegue as risadas e os movimentos rápidos do Pokémon misterioso. Ele está determinado a descobrir a identidade desse companheiro brincalhão e a explorar mais um mistério em sua jornada. Com cada passo, a emoção e a expectativa crescem dentro de Friede, até que...

A criatura misteriosa finalmente para de correr, postando-se bem à frente de Friede, entre duas lanternas.



 Q-q-que Pokémon é esse?
Seu coração acelera ao observar o pequeno monstrinho verde como uma folha, com uma máscara de Oni que oculta seu verdadeiro rosto.


Mas algo naquele ser que não parava de rir, o que agora gerava calafrios em Friede, chama a atenção do treinador de Charizard: As pedras preciosas encrustadas na máscara do ser lembram-no da mecânica de Cristalização do Terastal.

A curiosidade impulsiona Friede a se aproximar do ser, mas antes que possa reagir, o Pokémon desaparece repentinamente, levando consigo sua risada zombeteira.
 S-s-sumiu...
Friede se sente arrebatado pela surpresa e se dá conta de que está novamente sozinho na rua escura de Mossui.

(Fim do Flashback)

 *Cochichando* Não se preocupe, "Friedrich". Ogerpon só é brincalhona. Ela não oferece perigo nenhum a nós, humanos.
 *Cochichando* Então aquele Pokémon... Era Ogerpon esse tempo todo? Puxa... Que idiota eu me sinto! Olhando assim, sem a máscara, ela é até bonitinha!
Ogerpon deixa sua máscara escorada na parede da caverna, revelando seu rosto meigo e amável. A pele de Ogerpon lembrava a casca de uma laranja, redonda e suculenta como a fruta, evocando a essência do tipo Planta.
 *De repente levantando a voz* Oh! Ela é tão fofa!
 *Falando ainda mais alto* Ogerpon é linda! Queria poder enfrentá-la em uma batalha!
 *Cochichando alto* PSIU! Silêncio!
De repente, Ogerpon vira-se na direção de nossos heróis. Ela para de interagir com o cristal na água e passa a encará-los, amedrontada.
 O que vocês fizeram? Ogerpon é extremamente tímida e devido aos séculos que passou trancafiada nesta montanha, graças à maldição lançada pelo vilarejo de Mossui, ela ainda não confia totalmente em humanos!
 E você só diz isso agora?!
 Bem, eu mandei ficarem em SILÊNCIO.
 Pessoal, não olhem agora, mas parece que Ogerpon tem companhia!
 O que quer dizer com-- Oh!
Subitamente, a água do lago se agita, e uma criatura misteriosa emerge, determinada a proteger Ogerpon. O pequeno Pokémon revela-se com um corpo hexagonal e cristalino, assemelhando-se a um quelônio celestial. Apesar de sua estatura modesta, uma aura poderosa irradia de sua presença, envolvendo o cristal ao seu redor e todas as micro partículas na água em um resplandecente tom de verde radioativo. Essa exibição de intensidade revela uma quantidade monumental de poder latente. Seus olhos irradiam uma determinação inabalável, enquanto a criatura, guardiã inesperada das profundezas do lago, se coloca entre o grupo e os segredos que o cristal e as águas escondem. O momento é marcado por uma tensão palpável, indicando que algo extraordinário está prestes a acontecer.
 O amiguinho da Ogerpon é...
 Não há dados. Não há dados. Não há dados.
 TERAPAGOS!!! É ele! Tenho certeza!
Fascinada pela visão do Pokémon, que ela acredita ser o lendário descrito por seu Ancestral Heath, a Srta. Briar se deixa levar pelo encanto. Seus olhos refletem a admiração enquanto ela avança com determinação pelas águas geladas do lago em direção a Ogerpon e seu amigo tartaruga. A energia radiante que emana do pequeno guardião cristalino não parece dissuadi-la do perigo iminente. Seu foco está exclusivamente na criatura, e a Srta. Briar, envolta em uma aura de fascínio, ignora qualquer perigo que possa se esconder nas profundezas do lago. O suspense se intensifica à medida que ela se aproxima do Pokémon misterioso, ignorando completamente o aviso de seus colegas.
 BRIAR, CUIDADO!!!
 O que está fazendo?! Volte para cá!!!
 Fiquem aqui! Eu vou atrás dela!
Ao perceber Briar como uma potencial ameaça para Ogerpon, o Pokémon Quelônio misterioso inicia uma reação dramática para proteger sua amiga. Uma aura intensa irradia do pequeno guardião, envolvendo seu corpo em uma transformação repentina e impactante. Sua concha, antes modesta, expande-se consideravelmente, tornando-se mais imponente e robusta. Suas patas, agora envoltas por uma alga bioluminescente que cresce como pelos, adquirem uma estética imponente, dando-lhe uma cauda longa e comprida. A postura do Pokémon se torna ameaçadoramente ofensiva, revelando uma expressão decidida e protetora.
O ambiente ao redor vibra com a energia da transformação, enquanto o quelônio se prepara para enfrentar qualquer desafio em nome de sua amizade com Ogerpon. O momento é marcado por uma aura de imponência, indicando que uma defesa formidável está prestes a ser desencadeada.
 Não há dados. Não há dados. Não há dados.
Enquanto a tensão aumenta na caverna subaquática, o Rotom Phone persiste em sua incerteza, incapaz de fornecer dados sobre o Pokémon que desafia o grupo. No entanto, Briar permanece inabalável em sua convicção de que estão diante de Terapagos, cativada pela beleza extrema da tartaruga fluorescente. Cada movimento grácil do Pokémon misterioso aumenta sua certeza, mesmo que o dispositivo eletrônico insista em sua falta de informações. O contraste entre a incerteza técnica e a certeza emocional cria um ambiente tenso e misterioso na caverna, onde a beleza deslumbrante da tartaruga resplandece, enquanto o desconhecido continua a pairar sobre a verdadeira identidade do guardião das águas subterrâneas.
Em um movimento rápido e imprevisto, o Pokémon reage à aproximação de Briar com um ataque bombástico. Mirando a professora, o guardião desencadeia um bolsão de água vibratório em sua direção. Pulso d'Água. Percebendo o perigo iminente, Friede, movido pela determinação de proteger a professora, lança-se heroicamente em sua direção.
 FRIEDE!!!
Empurrando Briar para longe do alcance do ataque, ele sacrifica sua própria segurança para evitar a colisão iminente. Ambos caem sobre pedras pontiagudas, sofrendo ferimentos no processo e perdendo sangue, mas o dano teria sido significativamente mais grave se Friede não tivesse intervindo. O momento é marcado pela bravura do professor, que coloca a segurança de Briar acima de tudo, enquanto o Pokémon guardião, agora em sua nova forma, continua a demonstrar sua resolução em proteger Ogerpon a todo custo.
 Professora? Você está bem?
 E-e-estou! Eu...
 Temos que fazer alguma coisa! Ele está agindo de forma violenta!
 Se este é mesmo o Pokémon Terapagos das lendas, uma Batalha de Reide deve ser a única maneira de contê-lo!
 Deixem isso comigo! Vá! Charizard!
 Lucario, Dança da Batalha!
 Corviknight, obliterar!
 Wartortle, precisamos de sua ajuda!
Determinados a conter Terapagos, o grupo se une em uma colaboração formidável para enfrentá-lo em uma batalha de Reide. Friede, com sua resiliência, escolhe seu parceiro leal, Charizard, cujas chamas ardentes prometem enfrentar qualquer desafio, mesmo num espaço aquático minúsculo como aquele. Cynthia, com sua expertise, opta por Lucario, um Pokémon que personifica a união entre força e destreza. Amethio, com sua estratégia afiada, convoca Corviknight, cujas asas de aço prometem proteção e ofensiva equilibradas. Por fim, Briar, com sua conexão com a lenda do Pokémon Terastal, escolhe Wartortle, um Pokémon aquático cuja agilidade e poder são testemunhas da determinação do grupo em superar a ameaça que Terapagos representa. Juntos, eles formam uma equipe diversificada e coesa, pronta para desafiar o guardião das águas subterrâneas em uma batalha que pode salvar suas vidas!
 Agora, Charizard! Transcenda suas fraquezas e resistências e exponha ao mundo seu Tera Tipo Interior! Terastalizar!!!
Determinado a aumentar a potência de Charizard para enfrentar Terapagos, Friede retira o Tera Orb de seu cinto com determinação. A esfera reluz em tons cegantes, emanando uma energia densa e misteriosa. Com um gesto firme, Friede arremessa o Tera Orb sobre Charizard, que o captura habilmente em suas garras.
Imediatamente, uma transformação ocorre. Uma joia sinistra, com o formato de um rosto maléfico, materializa-se sobre a cabeça de Charizard. A expressão na joia é intensa, refletindo a fusão do Pokémon com o poder do Terastal. O corpo de Charizard começa a cintilar como uma pedra preciosa, revelando a terastalização completa para o Tera Tipo Sombrio. A coloração de suas asas assume uma tonalidade escura, simbolizando a influência do Tera Orb sobre o Pokémon.
O ambiente ao redor vibra com a energia carregada, enquanto Charizard, agora terastalizado, se prepara para enfrentar Terapagos com uma força sombria e imponente. O momento é marcado pela intensidade da transformação, indicando que a batalha está prestes a atingir um novo nível de poder.

Contudo, no instante em que Charizard completa sua Terastalização, a camada cristalina externa que envolvia seu corpo se parte em mil pedaços, desprendendo-se como uma chuva de cacos de vidro que brilham à luz difusa na caverna subaquática. O impacto da Terastalização é rompido abruptamente. Terapagos, o guardião misterioso, demonstra uma resistência formidável, absorvendo a energia do Terastal e impedindo que Charizard permaneça naquela forma por muito tempo.

A desilusão paira no ar, enquanto a equipe testemunha a fragilidade da Terastalização diante da influência poderosa de Terapagos. A água do lago reflete os destroços cintilantes da camada cristalina, revelando a efemeridade da transformação. O momento é marcado por uma reviravolta surpreendente, indicando que a batalha está longe de ser previsível, e que Terapagos reserva mais desafios do que o grupo imaginava inicialmente.
 O QUE?!
 Está sugando toda a energia do Terastal! Isso confirma minhas suspeitas! É ele! É Terapagos!
 Briar, não se aproxime!
 Deixem-me tentar! Lucario? Sua vez!
Determinada a enfrentar Terapagos, Cynthia retira seu Tera Orb com firmeza, lançando-o sobre Lucario. O cristal Tera resplandece com uma energia alaranjada, envolvendo Lucario em uma aura intensa. Uma joia em forma de punho materializa-se sobre a cabeça do Pokémon, indicando a Terastalização bem-sucedida para o Tera Tipo Lutador.
No entanto, a transformação é efêmera. Assim como Charizard, a metamorfose de Lucario dura apenas alguns segundos antes de desmoronar. A energia Terastal se dissipa rapidamente, e a camada cristalina que envolvia Lucario se despedaça, caindo como fragmentos de luz na água do lago.

O momento é marcado por uma sensação de frustração, enquanto o poder da Terastalização parece escapar do controle do grupo. A atenção se volta para Terapagos, que permanece no epicentro dessa misteriosa absorção de energia. O Pokémon guardião parece se alimentar vorazmente da energia liberada durante as tentativas de Terastalização, revelando uma natureza formidável e desafiadora. A batalha assume uma complexidade ainda maior, com Terapagos se tornando um enigma imprevisível a ser desvendado.
 Isso não pode estar acontecendo!
 Mas está, meu amigo! Aquele Pokémon é a própria FONTE do Terastal! Ele pode controlar livremente quem se transforma e quem não!
 Mas olhem! Os Tera Orbs de vocês estão brilhando! Apesar de terem-no usado há pouco, eles continuam energizados!
 É verdade! É como se... Ele tivesse sido RECARREGADO sozinho! Eu vou tentar novamente! Capitão, vá!

Intrigado e decidido a entender a dinâmica peculiar que envolve Terapagos, Friede decide convocar mais um de seus fiéis companheiros de equipe, o Capitão Raichu. O Pokémon elétrico surge com um olhar determinado, pronto para enfrentar a enigmática ameaça à frente.
 Não tente nenhum movimento elétrico, Friedrich, ou todos nós (encharcados), serem eletrocutados!
 Deixa comigo!
Com agilidade, Friede saca seu Tera Orb e o lança habilmente sobre o Capitão Raichu. A transformação se desenrola conforme o esperado, com uma joia em forma de punho reluzindo sobre a cabeça do Cap, indicando sua Terastalização bem-sucedida para o Tera Tipo Lutador. No entanto, algo incomum acontece quando a transformação atinge seu ápice. A aura que envolve o Capitão Raichu torna-se instável e, abruptamente, se quebra, dispersando-se como faíscas de energia no ar.
O choque se instala, mas a surpresa não para por aí. Terapagos, percebendo a energia liberada pelo Capitão Raichu, parece se alimentar vorazmente dela. A luminosidade do Pokémon guardião intensifica-se, revelando uma força recém-adquirida. A perplexidade toma conta da equipe, enquanto Terapagos, agora fortalecido, se apresenta como um desafio ainda maior. O dilema sobre como enfrentar esse fenômeno se torna cada vez mais complexo, lançando uma sombra de incerteza sobre o grupo.

Em meio ao turbilhão de acontecimentos na caverna subterrânea, um som delicado corta o ar carregado de eletricidade e tensão. O eco suave de um choro ressoa pelas paredes rochosas, rememorando a todos da presença de Ogerpon. A pequena criatura, anteriormente escondida atrás da máscara turquesa, agora se mostra, seus olhos expressando tristeza e desgosto.

Ogerpon está chorando.

A melodia suave e, ao mesmo tempo, melancólica do choro ecoa pela caverna, contrastando com a intensidade da batalha que se desenrola ao redor. A revelação de sua aversão à violência se torna evidente, lançando uma reflexão sobre a situação. Ogerpon, em sua natureza pacífica, parece ser impactada pela turbulência ao seu redor, e sua manifestação de tristeza adiciona uma camada emocional à já complexa dinâmica da cena. O grupo agora se vê diante não apenas de um desafio físico, mas também de um dilema emocional, enquanto tentam conciliar a busca pela verdade sobre o Fenômeno Terastal com o desejo de preservar a sensibilidade de Ogerpon.
Ao testemunhar a tristeza de sua amiga Ogerpon, o Pokémon Quelônio, decidido a protegê-la, irrompe em ação com uma determinação surpreendente. Sua concha, agora resplandecente com uma luminosidade intensa, libera um raio que se projeta para o alto. Num espetáculo majestoso, o raio atinge sua altura máxima, desdobrando-se em várias estrelas cadentes que descem dos céus como meteoros ardentes.

O impacto é avassalador.

As estrelas cadentes atingem o campo de batalha, desencadeando uma explosão de energia celestial. Os intrusos, representados pelos Pokémon Charizard, Raichu, Corviknight, Wartortle e Lucario, são envolvidos pela chuva de meteoros, resultando em danos devastadores. A força combinada das estrelas cadentes desencadeia um caos astral, massacrando todo o time adversário de uma só vez.

A cena é marcada pelo resplendor das estrelas em sua descida ardente, criando um contraste vívido com a tristeza anterior. Os Pokémon adversários, agora feridos e debilitados, testemunham o poder formidável do guardião misterioso. Terapagos, ao demonstrar sua capacidade de proteger Ogerpon, redefine as regras do confronto, deixando o grupo de Friede perplexo diante dessa reviravolta impressionante.

De todos os Pokémon, Raichu (que estava mais à frente) é o mais atingido, sendo nocauteado imediatamente. Mas Friede não tem tempo para colocá-lo de volta na pokébola. Os cristais na água estão reagindo cada vez mais intensamente e o boss dessa Raid Battle está furioso, pronto para desferir mais um golpe mortal. Se o grupo bobear, eles serão os próximos...
 Q-q-que força!
 Terapagos! Não estamos aqui para lhe machucar! Por favor, acalme-se!
 Srta. Briar! Pare! Ele não vai nos escutar! Está em cólera!
 Precisamos atacar de volta!
 NÃO! Isso só vai fazer parecer que somos inimigos!
 Acho que não temos escolha! Corviknight, vá!
 Lucario, é com você!
 Charizard, atacar!
 Já que não há escolha... Wartortle, siga seus companheiros!
Numa tentativa coordenada, os Pokémon do grupo retaliam contra Terapagos com uma série de ataques sincronizados. Corviknight, com suas poderosas "Asas de Aço", desfere golpes precisos contra o Pokémon guardião. Lucario, em seguida, emprega a "Aura Esférica", canalizando sua energia interior em um ataque concentrado. A chama voraz de Charizard se manifesta na "Rajada de Fogo", enquanto Wartortle complementa a investida com um "Raio Congelante", buscando explorar a dualidade elementar.

Os golpes atingem Terapagos em rápida sucessão, criando uma explosão de energia no campo de batalha. No entanto, algo surpreendente acontece. Terapagos, mesmo sendo atingido por esses formidáveis ataques, parece resistir de maneira notável. Uma aura defensiva envolve o guardião, amortecendo o impacto dos golpes.

A perplexidade toma conta do grupo, pois fica evidente que Terapagos está de alguma forma bloqueando ou reduzindo o potencial dos ataques direcionados a ele. A batalha alcança novos níveis de complexidade, enquanto o Pokémon guardião continua a desafiar as expectativas, revelando uma resistência impressionante diante das investidas coordenadas de seus oponentes.
 Heath escreveu sobre isso também! Parece que Terapagos possui uma habilidade chamada "Tera Concha". Ela faz com que todos os movimentos que causem dano e atinjam o Pokémon quando seu HP está cheio não sejam muito eficazes!
 Oh, não! Mais essa!
Terapagos, após suportar os ataques coordenados, decide retaliar com uma demonstração formidável de sua própria força. O guardião libera a "Geoforça", um golpe impactante que sacode as entranhas da caverna. A terra treme sob a intensidade do poder liberado, enquanto estalagmites se elevam abruptamente do solo.

O impacto da Geoforça atinge em cheio os Pokémon que se encontravam sobre o solo, atingindo diretamente Lucario e Wartortle e reduzindo a defesa especial de ambos os Pokémon. As estalagmites lançadas pelo poder do golpe causam danos consideráveis aos dois Pokémon, que tentam resistir à força sísmica.

Por outro lado, Charizard e Corviknight, pairando no ar, conseguem evitar os efeitos diretos da Geoforça. A caverna ecoa com o estrondo da Geoforça, enquanto o grupo de Friede reavalia sua abordagem diante do desafio crescente apresentado por Terapagos.
 Oh, oh! Essa caverna vai desabar!
 Não se nós contivermos a força de Terapagos! Cynthia, FOCO na batalha!
 C-c-certo! Lucario, vai lá!
Os Pokémon do grupo, determinados a conter Terapagos, lançam uma nova onda de ataques em mais uma formação coordenada. Charizard, em sua posição aérea, desfere novamente a "Rajada de Fogo", lançando chamas expansivas em direção ao guardião. Wartortle responde com um poderoso "Aqua Cauda", enquanto Corviknight utiliza todo o seu potencial ofensivo para liberar um afiado "Feixe de Aço". Por fim, Lucario canaliza suas frustrações pensamentos negativos para liberar uma aura maléfica através do "Pulso Sombrio".

A explosão resultante desses ataques ilumina a caverna por um breve momento, criando uma cena impressionante. No entanto, algo inesperado acontece. Ao invés de enfraquecer, Terapagos parece absorver a energia liberada pelos ataques, tornando-se ainda mais furioso e imparável.

O lamento crescente de Ogerpon ecoa pela caverna, agora tornando-se insuportável, enquanto a furiosa reação do quelônio guardião eleva ainda mais a tensão no ambiente. A estratégia do grupo, longe de debilitar o boss da Batalha de Reide, apenas intensifica sua determinação em proteger Ogerpon. A batalha atinge novos patamares, deixando o grupo de Friede diante de um desafio ainda mais formidável do que imaginavam.

Em um movimento surpreendentemente ágil para uma criatura de sua estatura, o guardião se lança adiante, desferindo uma "Cabeçada Zen" formidável contra cada um dos Pokémon adversários. A força do golpe é avassaladora, resultando na derrota imediata de Charizard, Wartortle, Corviknight e Lucario, que são varridos por essa demonstração de poder avançado. A surpreendente velocidade e destreza do guardião contrastam com a expectativa geral associada a uma tartaruga, deixando todos perplexos.
 
A agonia se intensifica com a visão da derrota instantânea de seus Pokémon, enquanto o Pokémon fonte do Terastal, imbuído de fúria, avança impiedosamente em direção ao grupo de Friede. Os gritos ensurdecedores de Ogerpon ecoam pela caverna, criando um ambiente de tensão e desespero. Diante da imparável investida do guardião, o grupo se vê encurralado, enfrentando um desafio que se mostra cada vez mais difícil de superar.
 Oh, oh!
 Temos que sair daqui! Depressa!
 Não! Talvez possamos convencê-los de que não somos inimigos!
 Srta. Briar! Corta essa! Ele não está disposto a ouvir!
 Mas eu preciso tentar! Eu não vim até aqui para ficar de mãos atadas!
Desafiando os conselhos cautelosos de seus companheiros, Briar, motivada por um impulso fanático, decide se aproximar do quelônio na tentativa de acalmar o Pokémon furioso. No entanto, em resposta, o guardião desencadeia mais uma chuva de estrelas cadentes, atingindo-a em cheio. A professora, impactada pelo poder do ataque, desaba desacordada na água do lago.
O desespero toma conta do grupo diante da cena impactante, mas Amethio age rapidamente, avançando para puxar Briar para fora da água antes que algo pior aconteça. Os gritos de Ogerpon continuam a ecoar, amplificando a tensão no ambiente. Com a professora em segurança, o grupo decide em conjunto que a única opção é fugir da caverna e do furioso Terapagos, buscando uma estratégia mais cautelosa e planejada para enfrentar o guardião em um momento mais propício. Correndo contra o tempo, eles buscam se afastar do local, a caverna agora perigosamente chacoalhando as estalactites sobre suas cabeças.

Enquanto o grupo corre em desespero, Terapagos desencadeia todo o seu poder, congelando as águas da caverna subterrânea. Mas ele não estava as transformando em gelo, como era de se esperar, mas sim em uma paisagem de rocha cristalina, semelhante aos cristais do fenômeno Terastal. Uma expressão de horror toma conta de Amethio, Cynthia e Friede, enquanto carregam o corpo inerte da Srta. Briar. A cristalização da água avança rapidamente em sua direção, ameaçando aprisioná-los naquele lugar inóspito para sempre.

O peso da responsabilidade e a urgência da situação aumentam à medida que a formação cristalina se espalha, tornando-se um obstáculo iminente em seu caminho. O risco de ficarem presos naquela prisão de cristal, tal como Liko, torna-se uma realidade assustadora. O trio se vê diante de uma corrida contra o tempo para evitar o destino que se desenha diante deles, enquanto o poder de Terapagos continua a moldar o ambiente ao seu redor.
 Corviknight, retornar!
 Lucario, volte!
 Wartortle, você vem comigo!
Amethio e Cynthia, agindo com pragmatismo diante da urgência da situação, recolhem Corviknight e Lucario para suas respectivas pokébolas, buscando preservar seus parceiros da iminente ameaça. Por outro lado, percebendo a crescente ameaça da cristalização em direção aos seus Pokémon desmaiados, Friede se vê em um dilema angustiante. Enquanto se esforça para auxiliar Wartortle e carregá-lo nas costas, Charizard e Raichu, vulneráveis e desprotegidos, correm o risco de serem engolfados pela transformação cristalina.

 Friede, contudo, se encontra em um dilema emocional, dividido entre o desejo de salvar seus Pokémon e a necessidade de proteger Wartortle, cuja treinadora está inconsciente.

A tensão aumenta à medida que a cristalização avança, desafiando o tempo e as decisões a serem tomadas pelos treinadores. O destino de Charizard e Raichu pende perigosamente na balança, enquanto a corrida contra a cristalização se intensifica.
 CHARIZARD! RAICHU!
 FRIEDE! PRECISAMOS SAIR DAQUI! AGORA!!!
 DEPOIS NÓS VOLTAMOS PARA BUSCÁ-LOS!
 NÃO! EU PRECISO SALVÁ-LOS!
O avanço inexorável da cristalização alcança Charizard e Raichu, envolvendo seus corpos em uma camada espessa e rígida, muito mais impenetrável do que a fina película maleável que os cobria durante a terastalização. Friede, tomado pelo desespero, corre para proteger seus preciosos Pokémon, ajoelhando-se na água diante deles e tentando desesperadamente puxá-los para longe do abraço cristalino que os prende.

No entanto, seus esforços se mostram inúteis diante do peso dobrado dos Pokémon desacordados. Charizard e Raichu resistem à tentativa de Friede de salvá-los, e a cristalização implacável torna-se uma barreira intransponível. O professor Pokémon, incapaz de superar a força do cristal, encontra-se impotente diante da cruel realidade que se desenrola diante de seus olhos. A angústia toma conta de Friede enquanto ele enfrenta a dura realidade de perder seus leais companheiros para sempre.

Friede luta com todas as suas forças, agarrando-se desesperadamente a Charizard e Raichu, um em cada mão. No entanto, o cristal implacável continua a crescer, prendendo ainda mais os dois Pokémon ao solo da caverna, tornando cada vez mais impossível movimentá-los. À medida que o cristal avança, ele se estende também sobre o braço direito de Friede, iniciando o processo de cristalização.

Cego pelo desespero e determinado a salvar seus amigos, Friede persiste em seus esforços, mas a cruel realidade se impõe. Se ele não sair dali imediatamente, corre o risco de ser congelado para sempre, preso atrás de uma parede de cristais intransponíveis. A angústia e a impotência envolvem Friede enquanto ele confronta a perspectiva sombria de perder não apenas seus Pokémon, mas também a si mesmo para o frio abraço da cristalização.
 FRIEDRICH, VOCÊ PRECISA SAIR DAÍ! AGORA!!!!
 NÃO! EU NÃO VOU SEM ELES!!!
 FRIEDE!!!!
Então, num gesto desesperado e surpreendente, Amethio surge por trás de Friede e desfere um soco certeiro em seu rosto, fazendo-o desmaiar instantaneamente. Era uma medida extrema, mas a única maneira de salvar Friede da cristalização iminente e retirá-lo dali, já que o Professor Pokémon não abandonaria seus Pokémon sob nenhuma circunstância. Com Friede desacordado, Amethio age rapidamente, carregando-o nos braços enquanto a cristalização continua a avançar impiedosamente pela caverna. O destino de Kitakami e a busca por respostas sobre o Fenômeno Terastal ficam momentaneamente suspensos no limbo, enquanto a escuridão da caverna se fecha sobre eles.

Cynthia carrega Briar, enquanto Amethio carrega Friede nos braços. Com esforço conjunto, eles se arrastam pela penosa passagem, deixando para trás a câmara que se cristalizava. Infelizmente, Raichu e Charizard não tiveram a mesma sorte. Os dois Pokémon foram fossilizados vivos, agora presos para sempre por trás da barreira intransponível de cristal, marcando um fim trágico para a batalha contra Terapagos e suas consequências irreversíveis. Observando de longe, os dois membros remanescentes do grupo percebem que a cristalização diminui seu ritmo até cessar completamente.

O lamento de Ogerpon ecoa pela caverna, acompanhado pelos soluços tristes de suas lágrimas. Terapagos, após o último ato de fúria, começa a se degenerar rapidamente. Seu corpo, antes envolto por uma aura intensa, diminui bruscamente de intensidade, quebrando assim como uma Terastalização, em uma chuva de vidro.


Ogerpon, com olhos inchados de choro, dirige-se a Terapagos, repreendendo-o em sua própria linguagem Pokémon. Terapagos responde ao sermão com um brilho deslumbrante, sua forma anterior emergindo da luminosidade. Terapagos, ao perceber que havia desapontado sua amiga Ogerpon por congelar dois Pokémon inocentes, começa a recuar.

Cynthia e Amethio permanecem boquiabertos diante do espetáculo que se desenrola diante de seus olhos. Terapagos, o guardião do Terastal, torna a ficar envolto em luz, mas desta vez, o brilho ao seu redor assume tons cintilantes e deslumbrantes, criando um espetáculo de brilho transcendental enquanto sua imagem vai ficando cada vez mais rarefeita, até sumir completamente.

Nesse momento transcendente, Terapagos não apenas desaparece, mas parece se dissolver na própria essência do espaço-tempo. Um teletransporte cósmico, tão misterioso quanto suas próprias origens, leva o Pokémon guardião para além do alcance da visão dos treinadores atônitos. O resplendor da luz persiste por um breve instante, como uma despedida efêmera, antes de se desvanecer completamente, deixando para trás, apenas um vazio no local em que antes se encontrava o Pokémon Quelônio.

Para Cynthia e Amethio, fica a sensação de terem testemunhado algo além da compreensão humana, uma conexão sutil entre o Pokémon lendário e as forças cósmicas que regem o universo Pokémon. A caverna, agora silenciosa e vazia, é marcada por essa despedida celestial, enquanto o choro solitário de Ogerpon ressoa em meio à penumbra.

Abandonada, ela chora ainda mais, as lágrimas refletindo a solidão deixada pela partida de seu amigo e protetor. A dramaticidade desse momento revela que, mesmo na busca por respostas sobre o Fenômeno Terastal, há sacrifícios dolorosos e destinos insondáveis que aguardam o grupo intrépido de exploradores.


 Não podemos deixar Ogerpon aqui!
 O que você vai fazer?
Amethio volta-se na direção de Ogerpon e fala diretamente com ela:
 OGERPON, VENHA COM A GENTE!
Mas ela não dá ouvidos.
 OGERPON, ISSO É UMA ORDEM!!!
Atordoada e angustiada, Ogerpon sente-se ainda mais reprimida com o tom de voz rígido e autoritário de Amethio, então ela corre para longe do local onde seu amigo tartaruga desapareceu. Seus passos ecoam pela caverna enquanto ela carrega consigo as máscaras que tanto valoriza. A expressão solene de seu rosto reflete a tristeza e a incerteza que agora pairam sobre ela, privada de seu leal amigo. A caverna, antes agitada com a intensidade da batalha e da presença de um Pokémon em fúria, mergulha em um silêncio pesado.

No interior da gruta, Friede e Briar permanecem inconscientes, alheios ao desdobrar dos acontecimentos. Cynthia e Amethio, ainda atordoados pelo que presenciaram, compartilham um olhar de preocupação e consternação. A caverna, outrora palco de desafios épicos, agora revela-se como um santuário de reflexão e desolação. O eco das emoções passadas preenche o vazio, enquanto o futuro permanece incerto na penumbra que envolve o ambiente subterrâneo.











Horas depois, o despertar de Friede é marcado pela cruel realidade que o aguarda. Ao abrir os olhos, ele se depara com a paisagem familiar ao pé da Oni Mountain, mas algo está terrivelmente errado. Seu corpo está molhado e pesado, mas o verdadeiro choque vem quando ele tenta mover o braço direito e percebe que não há sensação, não há movimento. Um olhar desesperado para baixo revela a transformação completa de seu membro em uma escultura cristalina. Da ponta dos dedos até o topo do ombro, tudo o que Friede podia ver era cristal rígido e sem vida.

O desespero consome Friede quando ele percebe a magnitude da perda. A angústia toma conta dele ao ver Charizard e Raichu, seus leais companheiros de batalha, aprisionados em blocos de cristal. O corte preciso de Ceruledge, a lâmina afiada de Amethio, trouxe seus Pokémon de dentro da caverna, mas não como ele desejava. Seus corações não batem mais; eles estão imobilizados, petrificados em uma forma que indica a ausência da vida que um dia possuíram.



Friede, tomado pelo sofrimento, deixa-se levar pelas lágrimas e soluços. A dor é intensa, não apenas pela perda de seu braço e de seus preciosos Pokémon, mas pela cruel revelação de que a batalha deixou cicatrizes irreparáveis em seu corpo e alma. O lamento ecoa pela base da montanha enquanto o peso da tristeza se abate sobre Friede, uma sombra escura em meio à paisagem desolada.

O desespero se apossa de Friede como um espectro voraz, devorando qualquer resquício de esperança que poderia restar. Cada batida do coração é uma sinfonia de dor, uma melodia desgastada pela tristeza profunda. O gosto salgado das lágrimas se mistura à chuva que cai, como se o próprio céu compartilhasse da melancolia que envolve a figura desolada de Friede.

O braço petrificado, antes vivo e ágil, agora é um apêndice frio e sem vida, uma lembrança constante da batalha que resultou em uma tragédia pessoal. Ele toca o cristal com dedos trêmulos, como se acreditasse que, de alguma maneira, seus Pokémon poderiam sentir seu toque, mas a resposta é apenas o eco silencioso do bloco inerte.

Os soluços de Friede ecoam pela montanha como um lamento desgarrado. A dor física é quase esquecida diante da dor emocional, uma ferida que parece não ter fim. Seu corpo tremula sob o peso da tristeza, e ele se encurva sob o fardo de perdas inimagináveis. O choro, uma sinfonia de aflição, é uma expressão cruamente humana diante da inescapável realidade.

A angústia em seus olhos reflete não apenas a perda de seus Pokémon, mas a perda de um pedaço de si mesmo. Friede está preso em um pesadelo doloroso, cercado pelas ruínas daquilo que um dia foi sua jornada triunfante. O eco do sofrimento ressoa nas paredes frias da Oni Mountain, como se o próprio ambiente compartilhasse da tristeza imensa que envolve este treinador destroçado.

No silêncio quebrado apenas pelo som da chuva, Amethio, em um gesto compassivo, se aproxima de Friede, como que guiado pela empatia que transcende as rivalidades passadas. O treinador de Corviknight e Ceruledge estende os braços e envolve Friede em um abraço caloroso, um abrigo temporário contra a tempestade de tristeza que os envolve.

Os dois treinadores, apesar das diferenças que os separaram no passado, agora compartilham um momento de compaixão mútua. Friede, perdido em sua dor, se permite encaixar no abraço, deixando escapar gritos que ecoam nas montanhas. O desabafo de lamento mistura-se à melodia da chuva, formando uma canção de desespero que transcende as palavras.

Naquele instante, a rivalidade é substituída totalmente pela cruel realidade da perda. O abraço, mais do que um gesto físico, torna-se uma ponte entre dois treinadores que, por um breve momento, deixam de lado todas as desavenças para enfrentar juntos a devastação de um destino impiedoso.
 Eu... Tenho uma teoria.
  Hã??
 Acho que Terapagos viajou no tempo. Por conta disso, Ogerpon ficou tão cheateada.
 O que? Isso é possível?
 Sim, afinal foram os cristais de Terastalização que serviram de base para a construção da máquina do tempo pela Professora Sada e o Professor Turo, em Paldea.
 Fascinante! Então os poderes dele estão além de questões relacionadas ao Terastal?
 Pensem comigo... Ele utilizou quatro movimentos em batalha... Pulso d'Água, Geoforça, Cabeçada Zen e aquele em que ele fazia chover estrelas cadentes, Tera Cluster. Então no momento que ele desapareceu, ele não poderia ter utilizado o movimento "Teleportar", porque os Pokémon não costumam dispor de mais que quatro movimentos por vez. Então, como ele poderia ser capaz de se teletransportar mesmo não sabendo este golpe? Foi quando eu comecei a refletir e me lembrei que a máquina do tempo só foi possível de ser construída graças à energia emanada dos cristais de Terastal, cristais esses que só existem GRAÇAS ao Terapagos. Então... Ele também pode viajar no tempo!
 Faz sentido.
 TOTAL!
 E mais: é possível que essa cristalização que acometeu Charizard e Raichu não seja um simples congelamento, mas... É possível que Terapagos tenha feito o TEMPO PARAR para estes Pokémon, utilizando suas habilidades de controle do tempo!
 Se eles estão congelados no tempo, então Terapagos poderia simplesmente "descongelá-los" que eles voltariam à vida normalmente, certo?
 Como podemos verificar isso?
 Eu ainda não sei. Mas... Eu posso descobrir! Posso descobrir fazendo mais pesquisas! Se Liko está viva... Se é possível salvá-la... Então também é possível Salvar Charizard e Raichu! Friede... Por que você não vem comigo até a Blueberry Academy, em Unova? Eu tenho um laboratório de alta tecnologia lá. Eu poderei analisar melhor os cristais e tentar encontrar uma solução...
 *Entre soluços* Você... V-v-você realmente acha que eles... Ainda estão vivos?
 Eu... Não sei, mas o que quer que tenha acontecido a eles... Eu preciso estudar para poder compreender. Para buscar uma solução, se existe uma.
 E-e-então... Eu vou com você.
Mesmo profundamente magoado, com o coração em pedaços, e ainda encaixado no abraço de Amethio, Friede aceita o pedido de Briar de acompanhá-la até a Região de Unova. Ele está disposto a fazer o que é preciso para salvar Liko e seus amigos, seu Pokémon inicial Charizard e seu companheiro de longa data, o Capitão Raichu.
 Eu... Não sei se é o momento ideal para fazer esta constatação, mas... Acho que eu descobri a origem dos Movimentos e Habilidades Kitakamianos.
 Hã?
 Descobriu?
 A água. A água do lago é a mesma que flui pelos rios que banham Kitakami. Os Pokémon que dela bebem acabam desenvolvendo movimentos e habilidades que não são vistos em nenhum outro lugar além daqui. E a razão disto é simples. Acho que Terapagos, ou o que quer que aquele Pokémon seja, não é apenas a fonte do Fenômeno Terastal, mas também a fonte de todos os TIPOS de Pokémon.
 Oh! Que perspectiva interessante, a sua! Eu nunca pensei dessa maneira...
 Quando ele neutralizou o impacto dos ataques dos nossos Pokémon eu percebi que talvez a energia que se desprende dos ataques, ou seja, a energia dos TIPOS, também seja a mesma energia que ele emite. E esta energia é a mesma do próprio Fenômeno Terastal, que em batalha, serve como mecânica para alterar a tipagem dos Pokémon. Assim sendo, presumo que a concha do Terapagos seja formada pela pura energia de todos os tipos JUNTOS, combinados!
 Isso faz sentido. Cynthia, você é uma excelente observadora!
 E o que aconteceu com Ogerpon?
 *Com peso na consciência* Ela... Fugiu. Ogerpon já era uma Pokémon triste com uma história ainda mais MISERÁVEL quando eu a conheci. Agora eu acho que só pioramos o estado dela...
 *Tentando consolar Amethio* Ao menos ela ainda pode se divertir pregando peças e assustando as pessoas, dando gargalhadas por aí...
 É... Eu vou sentir falta dela. Ogerpon não merecia o que aconteceu.
 Nenhum de nós merecia.
 Acho que não. De qualquer forma, tem mais uma coisa que eu quero contar a vocês... Antes de sair da caverna... Eu juntei alguns fragmentos cristalinos que caíram da concha do quelônio ao degenerar para sua forma menor.
Imediatamente reconhecendo do que se tratava aqueles estilhaços cristalinos, Friede desgruda dos braços de Amethio e se aproxima de Cynthia, que os segurava em suas mãos.
 São "Teralitos".
 Tera o que?
 Tera Shards ou Teralitos (como chamados em Paldea) são cristais remanescentes da Terastalização, que ficam para trás quando a Terastalização se desfaz, chovendo como vidro. Eles podem ser usados para alterar o Tera Tipo de um Pokémon.
 M-m-mas esses Teralitos... São diferentes dos outros!
Friede havia comprado durante sua visita em Paldea, um Teralito para cada um dos 17 tipos de Pokémon existentes (no momento). Mas nenhum deles possuía aquela tonalidade.
 Concordo! Eu nunca vi esse tipo de Teralito antes! Preciso levá-los até o meu laboratório para analisá-los! Posso...?
 Com certeza. São todos seus, Professora.
Ainda mergulhado em tristeza, devastado, Friede se volta para a Professora Briar e pergunta quando ela pretende partir de volta para o seu laboratório, situado na Blueberry Academy, na Região de Unova, do outro lado do mundo.
 Quando partimos?
 Quando você quiser, Friede. O Festival de Máscaras já acabou.
 Que tal... Agora mesmo?

















No Dia Seguinte, na Região de Almia...


O cais da região vizinha, Almia, se estende diante de Friede, Amethio, Cynthia e a Srta. Briar, como um portal para novas terras e, talvez, uma chance de deixar para trás as sombras de Kitakami. Porter Parker, o alegre Capitão do navio, acena entusiasticamente ao perceber seus clientes em potencial. Seu sorriso, no entanto, desvanece ao observar a expressão pesarosa e abatida nos rostos dos treinadores.


Sem fazer perguntas indiscretas, Porter compreende intuitivamente que algo terrível aconteceu. Ele decide, sabiamente, não tocar no assunto, focando-se em oferecer o serviço de transporte que, no momento, parece mais um refúgio do que uma simples viagem.

Os treinadores adquirem seus passes, escolhendo entre as opções que os levarão através do vasto oceano, conectando os extremos do Japão com diferentes regiões dos Estados Unidos. As opções de destinos se estendem desde a misteriosa Orre, na Costa Oeste (15 a 20 dias de viagem), até a vibrante Unova, na Costa Leste (25 a 30 dias de viagem), cada jornada prometendo aventuras inexploradas e, talvez, uma chance de cura para as feridas recentes.


A bordo do navio, enquanto as águas de Kitakami desaparecem no horizonte, o grupo leva consigo as cicatrizes de uma batalha perdida. O sorriso de Porter, uma nota discordante no cenário sombrio, é uma tentativa tímida de injetar um pouco de otimismo naquele momento.

À medida que o navio se afasta, Kitakami se desvanece no horizonte, mas a memória da tragédia permanece, como uma sombra silenciosa que acompanha os treinadores em sua jornada pelo oceano vasto e misterioso.















A Seguir:
Terceira e Última Temporada!


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