
03 de Agosto de 2022
(107 dias para o A-Poké-Lipse)
Caos.
Esta era a única palavra capaz de caracterizar Galar naquele momento...
A grande Região, famosa por sua Liga Pokémon que contém 18 ginásios, um para cada tipo, enfrentava uma crise tremenda. O temido "Darkest Day" (ou "O Dia Mais Sombrio") estava acontecendo DE NOVO, bem ali, após 3.000 anos...
A lenda, você já conhece... A Região de Galar foi envolvida por um enorme vórtice negro, e Pokémon Gigantes ficaram furiosos. Foi então que um jovem herói com uma espada e um escudo apareceu, e finalmente pôs fim a toda essa violência.
Era o que estava se repetindo no presente, à exceção da parte do "pôr fim" à violência. Ao contrário do que o nome sugere, o Dia Mais Sombrio já se arrastava por meses, desde o início do ano, para sermos mais precisos.
Praticamente seis meses de puro terror... Pokémon começaram a ficar gigantes e com a menor movimentação de suas patas, um simples bater de asas ou uma trombada descuidada de suas caudas, lá se foram milhares de casas e prédios...
A Região inteira que foi projetada para conter estádios capazes de aguentar até os maiores Terremotos, causados por Movimentos Max, agora não tinha mais ESPAÇO.
Pessoas corriam desesperadas pelas ruas, suas casas destruídas, procurando por seus filhos, parentes e entes queridos, muitos dos quais foram brutalmente esmagados.
As autoridades se reuniram para conter o avanço dos Pokémon, mas quanto mais eles batalhavam, mais Pokémon Selvagens em Modo Dinamax vinham. Foi quando eles observaram que a reserva aparentemente infinita de Pokémon Dinamax parecia vir de um lugar específico... A Wild Area...
Desde então, treinadores comuns têm se juntado aos Líderes de Ginásio para conter o avanço dos Pokémon ao redor de Power Spots (Pontos de Energia) em Batalhas de Reide Max na Área Selvagem, uma disputa incessante e exaustiva, pelo bem das famílias de Galar, que agora, com mais medo que nunca, não deixam mais suas casas, tampouco, permitem que seus Pokémon saiam das pokébolas...








Mesmo os Líderes da Divisão Menor, como Polaire, Corvin, Yue e Kent estavam lutando. Até mesmo os recém nomeados novíssimos Gym Leaders Klara Crown
e Avery Castle
se juntavam à resistência, dando tudo de si para combater o avanço das forças Dina e Gigamax.




E agora mesmo, Glorious Sword, Victoria Shield e Hop Armor, os Campeões Mundiais da Pokémon Masters League (PML) de 2020 estão em uma Batalha de Reide em Motostoke Riverbank, na Wild Area. Essa já é a 12ª consecutiva. Eles não aguentam MAIS!




Indeedee "explode" em uma bomba d'água. Isso permite que Sword tenha tempo de se aproximar de Zacian e Zamazenta e curar-lhes com Berries...

...antes de voltarem para a batalha com TUDO!





Indeedee sofre com o impacto direto do ataque do Escudo Lendário que outrora protegeu Galar, mas não se abala. Ela continua de pé, lutando furiosa.
O ataque atira Zamazenta longe, o Pokémon resiste, mas o mesmo não pode ser dito de Inteleon, que é expurgado para fora da batalha, sua Dinamax estourando como uma bomba nuclear, e deixando para atrás apenas o corpinho fraco e esquelético de sua forma regular...

Illumina Inteleon vinha caindo mais rápido a cada batalha...
Mas a baixa não tem problema, porque enquanto Indeedee atacava, Hop Armor e seu Pokémon Lendário contornaram Indeedee por trás, para um golpe sorrateiro:

BOOOOMMMMMMMMMMM!
O corpo Dinamaxado de Indeedee explode e a Pokémon volta a seu tamanho normal. Ela está frágil e debilitada, mas Shield abre sua mochila, que está recheada. Ela se aproxima e gentilmente oferece uma baga à Pokémon derrotada.


Indeedee pegou a fruta e saiu. Eles perceberam que uma vez regressado ao seu tamanho normal, o Pokémon deixava de ficar violento.












O sol se punha sobre a terra rachada, tingindo de sangue o rio poluído. Zacian cambaleou, sua mandíbula não mais conseguindo sustentar o peso da espada, o pelo dourado tristemente manchado de fuligem.
Ao lado, Zamazenta respirava com dificuldade, o escudo em seu peito estava há dias rangendo como metal enferrujado, mas não havia tempo de passar em um Centro Pokémon, as lutas eram incessantes.



Shield estava abaixada enfaixando o braço de Armor, as mãos ágeis, já acostumadas a fazer curativos, sendo a treinadora mais experiente e há mais tempo em jornada dentre os três.


De repente, um grito:
AaaAaaAaaAARRrrRrrrrgGggGGGHHhhh!
Sword caiu de joelhos. Seus dedos enterraram-se na terra envenenada, com a respiração acelerada.
Era sempre assim. Começava com um gatilho qualquer. Desta vez, tudo o que estava acontecendo... Depois, uma cascata de sintomas físicos como um terrível gosto metálico na boca, a visão ficando turva, taquicardia e dispneia, que tomavam conta do corpo e da mente do garoto. A sensação era desesperadora, o medo de morrer era REAL. Quando Sword entrava nessa espiral cognitiva e despersonalizava, não havia nada que o trouxesse de volta à realidade.


A adrenalina cortante, que impedia Sword de apagar de imediato, mantendo-o cruelmente acordado por segundos infernais que mais pareciam horas, demonstrava a faceta dolorosa do pânico. Os ataques estavam cada vez mais constantes... Ele só queria por um momento ter paz, e essa paz não chegava nunca...

Sword caiu nos braços da irmã, que o segurou contra o peito, praticamente em lágrimas. Ela não sabia mais o que fazer! Todos os dias era a mesma coisa! Ela não tinha para onde correr, não tinha para onde escapar... Não se tinha um dia só de sossego. A vida não era mais prazerosa. Era um INFERNO!
Mas foi nesse um forte barulho de asas batendo e metal balançando cortou o ar. Um Táxi Corviknight gigantesco pousou, levantando nuvens de poeira tóxica. Axe e Helmet saltaram, trajando uniformes padrões da PML.




Eles se ajudam e conseguem pôr Sword em uma posição confortável no compartimento do Táxi Aéreo, carregado por Corviknight.

















Zamazenta soltou um uivo longo e dolorido. Uma de suas presas quebrou-se no exato instante em que ele abriu a boca, caindo na terra negra, como que confirmando o que Axe havia acabado de dizer. Aquelas batalhas Dinamax estavam deteriorando a todos...
Centro de Evacuados, No Estádio Motostoke - Galar

O ar dentro do Estádio cheirava a desinfetante, sangue e medo. Crianças choravam encolhidas em cantos, enquanto Enfermeiras Joy vestindo cinza corriam de um lado para o outro entre macas improvisadas.
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Marnie Arrow utilizava todo o conhecimento que tinha para tratar o Morpeko de uma menina, seu rosto sombrio iluminado por holofotes vermelhos do local que até então era um Ginásio Pokémon, mas fora transformado em um abrigo coletivo para as milhares de pessoas que perderam TUDO com o Dia Mais Sombrio.













A porta do galpão abriu-se com estrondo. Shield entrou carregando uma Wooloo agonizante, seguida por Armor e Sword (ainda pálido, mas já acordado). Axe e Helmet os acompanhavam com amostradores de solo.


Ela parou ao ver o Corviknight de Paulo Blade. Suas penas de aço descamavam, revelando carne necrosada sob um brilho rubro.
O que antes era um Pokémon imponente, que dominava os céus da Região, agora não passava de um Torchic indefeso, escondendo a cara nas próprias plumas.

A cena era verdadeiramente REPULSIVA!



Seu grito ecoou. Todos pararam. Uma criança começou a chorar mais alto.



Nisso, Camilla Dagger entrou, vestindo luvas de biossegurança. Sem palavras, despejou uma Estrela do Desejo (Wishing Star) contaminado em uma bandeja de metal. Raios púrpuras (a famigerada Radiação Kortex) saltaram como serpentes.

Helmet ofereceu uma luva de couro. Camilla tocou o fragmento do corpo de Eternatus com uma pinça.
TSSSS!
A luva derreteu em contato com o brilho púrpura. Fumaça tóxica subiu.


Shield caiu de joelhos ao lado da Wooloo moribunda. Suas lágrimas lavavam trilhos limpos no rosto sujo. As marcas do cansaço estavam começando a aparecer...


Um silêncio pesado caiu. Até Bede olhava para a Wishing Star fumegante, sem gracejos.

Algumas horas antes... Em Glimwood Tangle, Galar

A densa floresta estava sufocada por névoa púrpura. Miasma. Cogumelos gigantes retorcidos pingavam seiva radioativa, e o ar chiava como serpentes. Camilla Dagger avançava com máscara de gás, coletando amostras de solo Kortex quando...
Uma aurora boreal rasgou o céu.
Não as luzes dançantes do norte, mas um vórtice disforme que cuspiu dois figuras vestidas em peles ancestrais.










Irida puxa os próprios cabelos, frustrada, até que uma ideia lhe perpassa os pensamentos.














O pressentimento de Adaman estava correto. Depois de caminharem em círculos por uma tarde inteira, eles resolveram parar para descansar. Não havia nem sinal de população, e ao mesmo tempo em que o desespero tomava conta, o tédio também batia à porta da mente, trazendo um pouco de insanidade. O que diabos eles iriam fazer ALI? Toda a sua vida foi deixada para trás! Seus Clãs e suas obrigações para com os mesmos, suas responsabilidades sobre os Guardiões dos Pokémon Nobres, e o avanço da colonização das Terras de Hisui, que também estava sob sua coordenação, assim como da Equipe Galaxy... Agora tudo era pó. Religiosos como eram, não tinham mais um senso de propósito sem o culto à divindade "Toda Poderosa Sinnoh", que aparentemente os abandonara naquele INFERNO.
Então, depois de muita, muita crise existencial, eles começaram a ouvir um som peculiarmente familiar... O som de... Cascos?






O som de cascos continua se aproximando e junto a ele, desta vez, um relincho.





De repente, Irida encosta-se em um Cogumelo gigante, que libera esporos... Mas não são esporos comuns... O que eles emitem são PARTÍCULAS DE GALAR!

E então...

Um metro... Dois... Três... QUINZE!!
O Pokémon estava tão grande que agora suas patas desajeitadamente pisavam sobre as árvores da floresta e as derrubavam. Adaman e Irida correm para não serem pegos por uma.


Galarian Rapidash relincha uma vez mais, mas dessa vez, seu som fica distorcido. Muito mais grave, quase como uma assombração. Os pelinhos nos braços de Irida se eriçam e ela se esconde atrás dos ombros largos de Adaman.



Irida pega suas sete Pokébolas e as arremessa ao mesmo tempo. Ela podia carregar mais que seis Pokémon consigo porque era a Líder do Clã Pérola, e isso lhe conferia um status de general, tal e qual o Comandante Kamado. Era ela quem estaria à frente dos conflitos de Hisui, caso uma guerra ou algo do gênero estourasse.
Rapidash, presa em uma confusão causada pelo Dinamax, não pensa duas vezes: ATACA!
As cores eram lindas, mas os efeitos eram cruéis! Adaman, ao perceber que o ataque se aproximava, lançou todas as suas também sete Pokébolas e colocou o seu próprio time à frente do de Irida, para formar uma barreira viva e impedir que ele fosse estraçalhado!
Cada Pokémon de Adaman protegeu um dos Pokémon de Irida. E alguns, foram além, inclusive, criando barreiras.





Segundos depois, havia uma Rapidash de tamanho normal novamente. Ferida. Irida se aproxima e dá uma frutinha para ela se recuperar e o Pokémon, assustado, pega a fruta e foge. Nisso...









Opal então lhes explica COMO Rapidash ficou daquele tamanho e tudo o que estava acontecendo na Região de Galar no ano de 2022. Irida e Adaman ficam chocados.









Opal arremessa uma pokébola *moderna* para o alto, deixando Irida e Adaman intrigados com a tecnologia.
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Galarian Weezing trazia, de certa forma, um conforto para os dois viajantes do tempo, pois ele lembrava a estrutura do Galaxy Hall... Irida se segurou em uma ponta, e Adaman em outra. Weezing flutuou pesadamente para cima, mas ainda assim conseguindo carregar os dois de uma só vez. Opal permaneceu em terra firme, fincada à terra que ela havia jurado jamais deixar.
Agora, em Motostoke...
Imagine duas pessoas saídas diretamente de 1846, quando nem sequer a lâmpada havia sido inventada, sendo subitamente inseridas em um contexto tecnológico no qual aparelhos celulares são possuídos por Pokémon e flutuam, fósseis de milhões de anos atrás (e talvez até bilhões) são revividos com fidelidade e até mesmo combinados para formar criaturas totalmente novas, que jamais existiram na natureza, pessoas usam braceletes para transformar os seus Pokémon em seres colossais do tamanho de um arranha-céu... Irida e Adaman eram dois Finneon fora d'água e, movidos por uma curiosidade absurda com o mundo ao seu redor, chamavam mais atenção do que dois caipiras visitando a cidade grande pela primeira vez.












Nisso, uma conversa chama a atenção dos dois que haviam acabado de chegar... Eles escutam Sword, Shield, Armor e seus antigos rivais da Região de Galar discutirem sobre os Pokémon Dinamax e os efeitos da Radiação Kortex a curto e longo prazo...



Então, uma voz se aproxima por trás... É Irida.




Os Líderes dos Clãs se apresentam, mas dizem que são do passado, é claro. Eles apenas se voluntariam, dizendo que são generais com experiência em comandar exércitos (uma desculpa que a princípio, não colou muito bem, já que Bede lançou um olhar desconfiado a eles, mas não deixava de ser verdade).
Já que estavam presos naquela época e não tinham mais nada para fazer, então por que não ajudar a enfrentar o cataclisma que aquela Região estava vivendo? Talvez até a sua vinda fosse se o Universo pedindo sua ajuda. Se de alguma forma eles pudessem contribuir, eles queriam fazê-lo.


















Todos ficaram em silêncio. Era como um choque geracional. O que Irida e Adaman acabaram de falar parecia óbvio para os dois, mas não para os Galarianos.





Sword, Shield e Armor, os Campeões Mundiais, se entreolham.





Sonia, Bede, Paulo, Camilla e Marnie trocam olhares. Aquelas pessoas que falavam e se vestiam de um jeito estranho... Por que elas estavam ali agora, achando que poderiam dar ordens e comandar exércitos? Shield, Sword e Armor, também desconfiados, não estavam certos se deveriam fazer o que os dois sugeriam...
De repente as portas do Centro de Refugiados se abre num estrondo e um som de galope, cascos clicando contra o chão, invade o espaço...


Mas desta vez, não era uma Galarian Rapidash gigante, e sim, um velho aliado da Associação... Calyrex, montado em Spectrier, e Glastrier, acompanhando o galope do irmão sombrio lado a lado.
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Mas o misterioso Calyrex não se dá ao luxo de explicar. Havia coisas que deveriam permanecer no Reino dos Pokémon, e essa era uma delas.


























O pior é que tudo aquilo fazia sentido! Calyrex era um pequeno insuportável, mas vez ou outra ele falava coisas que tinham lógica. Finalmente, Shield decide "baixar o escudo" e render-se. Ela confia em Calyrex. Não sabe bem o porquê, mas confia.














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