XY Adventures 2 (Truth or Dare Book) 01


     O homem de jaleco branco colocou a pasta sobre a mesma, abriu-a e retirou uma caixinha de giz de dentro dela. Escreveu no quadro o seu nome bem grande e em baixo a matéria que ele iria nos ensinar. Colocou a mão na boca e tossiu, por causa da poeirinha do giz, e logo se pôs a falar:
     – Bom-dia, turma! O meu nome é Patrice e eu vou dar pra vocês a aula de "Arte Pokémon"!

01 - #Truth or Dare
(Tradução: Verdade ou Consequência)


[Imagem Original - http://www.zerochan.net/1596252]

     Era fascinante. O meu primeiro dia de aula desde... Nossa... Muito, muito tempo. Eu estava confiante de que poderia conhecer pessoas novas e talvez até o meu futuro marido ali naquela salinha... "A Turma 13", como era chamada, era o começo de uma nova fase na minha vida. Uma fase onde uma nova Y surgiria. Guerreira, trabalhadora, esforçada e sem medo.
     Mas por enquanto, eu era a mesma menininha de sempre, tentando me esquecer do ex-namorado. Mas justo naquele dia as coisas começaram a mudar na minha vida. Justo o primeiro dia de aula, o dia em que tudo mudou...

     – Alguém aqui poderia me dizer o que é Arte Pokémon?
     Ninguém levantou a mão. Ninguém teve coragem, exceto eu. Eu, Natalie Yvelgress, também conhecida como "Y", levantei a mão e respondi na lata.
      – "Arte Pokémon" consiste na arte das batalhas Pokémon, bem como no treinamento e captura dos monstrinhos, senhor... Patrice!
     – Muito bem, senhorita! Qual é o seu nome?
     – Y. Chame-me apenas de Y.
     – "Uai"? Ok...
     O professor se virou e começou a explicar um pouquinho mais sobre as artes Pokémon. Eu estava mesmo com muito medo do que poderia ou não acontecer. Era o nosso primeiro dia de Aula e fazia um tempão que eu não pisava em um colégio, até porque minhas todas as aulas eram particulares quando eu era pequena.
     – Muito bem... O que eu quero que vocês façam: Durante o ano iremos desenvolver o treinamento de um único Pokémon que será o parceiro de vocês. E antes que peguem suas próprias pokébolas, já lhes aviso que não será um Pokémon qualquer. Será um Pokémon "da escola", que será responsabilidade vocês durante o ano todo!
      – O que?
      Shauna, minha amiga de infância se levanta e pergunta:
      – Professor, o senhor vai nos "dar" um pokémon?
      – Não exatamente. Ele será de vocês, mas só durante o período letivo. No final do ano, quando todos estiverem treinados, serão devolvidos à escola. Eu fui claro?
      – Obrigado.
      O homem misterioso caminhou pela sala e foi em direção a um armário no fundo dela. O abriu e pegou uma cesta de mercado, feita de plástico, cheia de pokébolas dentro. Pelo menos umas cem. Ele passou de classe em classe e foi distribuindo os objetos para os alunos.
      – Matthew, é a nossa vez!
      – Calma. Vê se pega um Pokémon bom, hein?
      – Mas como é que eu vou saber que Pokémon eu vou pegar?
      – Confia no seu instinto, ora!
      – Senhorita Y!
      Quando me dei conta, o professor já estava atrás de mim, me esperando com o caixote repleto de pokébolas.
     – Hmm... Deixe-me ver...
     – Escolha qualquer um!
     – Hmm... Eu quero... Esse aqui!
     – Só não abra ainda, né mocinha?
     – Tudo bem! Eu não abro!
     Peguei a pokébola e comecei a poli-la, esfregando-a em minha roupa para que ganhasse brilho. A ansiedade já estava me matando. além de eu não conhecer praticamente ninguém naquela sala, com exceção do Matt e da Shauna, que decidiram vir junto comigo, agora eu tinha um pokémon novo e "grátis". Eu não podia esperar mais. Tinha que abrir aquela pokébola.
     – Ah, professor? Posso ir ao banheiro?
     –  Já? Acabou de bater! Mais tarde, mocinha!
     –  Argh!
     –  O que foi, Y?
     –  Eu quero ver que pokémon eu peguei!
     – Muito bem... Acho que já terminamos por aqui. –  O professor Patrice guarda o cesto dentro do armário e passa uma chave, lacrando-o. –  Agora, vamos para o pátio. Tenho certeza de que todos estão muito curiosos para verem seus novos parceiros.
     Todos pegamos nossos materiais – cadernos ,estojos e as pokébolas – e fomos para a rua, no pátio da escola, que era enorme, quase como um hotel cinco-estrelas.

     Dentro de cinco minutos se passaram e estávamos todos lá fora, prontos para vermos nossas novas capturas, que era um mistério até mesmo para o professor. Naquele instante, o homem falou que ia fazer a chamada. Mas não era uma "chamada" comum. A cada um que ia passando, eles deveriam ir revelando seus pokémons, enquanto o mestre ia anotando qual poké cada um tinha pegado.

     – Calem!
     – Presente!
     – Por favor, Calem... Mostre-nos a sua captura!
     Um menino com um estilo emo se levanta. Ele usava um piercing na boca e calças coladinhas, além das características roupas pretas, que lhe davam um ar mais "Dark". Seus cabelos eram escuros e lisos – Mais lisos até que os meus – e seus olhos eram tão azuis quanto o céu de Kalos à noite.
      Virei para o lado e cochichei para Matthew, que estava sentando igual a um índio, ansioso para a sua vez...
      – Ele... Até que é bonitinho!
      – Hmm, senhorita Yvelgress! Já está se interessando pelos seus coleguinhas?
      Meu rosto começou a ficar todo vermelho. Eu realmente tinha me interessado no Calem. Parece que o estilo dele fugia do meu padrão e isso me surpreendia...
      – Lá vai...
      Nisso, a voz grossa e rouca anunciava a chegada do Pokémon, que saiu dançando de sua pokébola, surpreendendo Calem, que ficou boquiaberto.
      – Pan! Pan!
     – Um Pancham! Parabéns, Calem! É um ótimo Pokémon!
     Todos batem palmas.
     – Ei! Calem! Senta aqui!
     Matthew chama o garoto para se sentar no nosso lado, e o menino se senta justamente pertinho de mim, fazendo meu coração disparar...
     Voltei a raciocinar novamente depois de muito tempo, quando já estavam chamando meu nome.
     – Natalie. Natalie?
     – Y, acorda!
     – Ah! Eu! Eu! Aqui! Presente, professor!
     – A senhorita estava distraída, hein? Em uma batalha Pokémon isso realmente iria lhe custar, e caro!
     – Muito bem... O meu Pokémon é...
     Peguei a pokébola e joguei-a para cima, ainda tremendo por causa do susto que levei quando o meu nome foi chamado.
     – Weee!
     – Mas é um...
     – Meus parabéns "Y"! É um ótimo Pokémon! Ah, e já que pegou o Eevee, anotem aí: O dever de casa é trazer uma pequena pesquisa sobre “Pokémon Shiny”!
     – Eevee?
      Surpreendi-me com o Pokémon que, apesar de ser tão fofo, não era nativo da região de Kalos. Um tipo normal, Eevee é um Pokémon "mágico", famoso por evoluir para dezenas de outros pokémons, e só quem poderia escolher para qual poké Eevee evoluiria seria eu. Além disso, não era um Eevee comum. Ele era Branco, o que significava que era muito, muito raro de se encontrar.
      – Matthew?
      – Muito bem... Lá vai!
      Matthew tirou na sorte grande. Um tipo Fairy, justo o seu tipo favorito. Agora seria fácil para ele passar de ano. Ele já tinha uma estrutura de treinamento básica para os pokés desse tipo.

      Swirlix era um pequeno Pokémon semelhante a uma bola de algodão fofinha e saltitante, que vivia com a língua para a fora, dando uma expressão kawaii a seu rosto. Aparentemente ele era bem brincalhão e se dava bem com os outros pokémons ao nosso redor...
      Mais tarde ainda, o "trio gargalhada" foi chamado. Shauna, Tierno e Trevor, os três mais infantis da sala e os três que mais riam. Em primeiro veio Shauna, minha melhor amiga. Ela estava nervosa, mas foi em frente e revelou seu Pokémon. Depois veio Tierno, um menino com excesso de peso e por último Trevor, o baixinho com cabelo liso...
     Pareciam tão nervosos e tensos quanto eu, mas a resposta foi positiva para cada um deles, que adoraram seus novos pokémons e companheiros de aventura.
     Shauna, a "vadia" da sala conseguiu pegar um Pokémon que combinava com ela: Litleo, um pequeno leãozinho. Tierno ficou com um Skiddo, pré-evolução de Gogoat e Trevor ficou com um fofo Dedenne, que fazia com que seus cabelos saíssem do lugar por causa da eletricidade estática em seu pelo.
  
     E agora todos tinham seus pokémons revelados. Do primeiro ao último. O professor então se levanta e toma a palavra...
      – A tarefa de vocês é muito simples! Eu quero que vocês treinem seus pokémons para a próxima aula! Estão dispensados!

...

     A aula estava muito legal. O dia inteiro foi muito uma festa. Amigos novos, novas oportunidades e é claro, um novo parceiro Pokémon que agora estava incluído em nosso time.
      Mas a noite caiu e nós tínhamos de ficar "internados" no colégio. Era Shalour City e não tínhamos para onde ir, a não ser para o Centro Pokémon. Mas lá eles passam a cobrar aluguel depois de dois dias hospedados. Então, eu e Matthew decidimos colaborar com uma pequena parcela de nosso salário para que pudéssemos fazer um plano de internato. E assim foi.

     – Y... Eu tava pensando... Já que a gente não tem tanto "privacidade" assim, que tal se a gente jogasse um joguinho que eu sei que você ama com os nossos coleguinhas?
      Do lado do beliche onde eu e Matthew estávamos deitados podíamos ver outras duas. Uma onde Shauna e Tierno dormiam e a outra de Trevor, que estava com o "andar" de baixo desocupado. Nossos colegas de aula estavam dormindo com a gente e isso podia ser um problemão, porque de noite eu costumo conversar enquanto eu durmo. Mas como estávamos todos animados com o primeiro dia de aula, nada melhor do que nos divertir.
      – Que joguinho? – Olhei para Matthew, que fazia uma cara de safado. – Ah, não! Você só pode estar brincando!
      – Verdade ou Consequência? – Meu melhor "amigo" fez questão de gritar para que todos ali naquele quarto ouvissem.
      – Ai, eu quero! – Shauna logo se levantou. Ela é muito curiosa. Tierno estava com vergonha e Trevor ficou quietinho, juntando-se a nós.
      – Acho que não tem como nenhum monitor vir nos encher a estas horas... Vamos começar?
      No começo fiquei encabulada, mas depois me soltei e comecei a "jogar" como nunca tinha feito... Nisso, quando estávamos perguntando para a Shauna de quem ela gostava, alguém bate na porta.

      – Psiu! Deixa que eu "atendo".
      Matthew se levanta, com os pés descalços e vai atender.
      – Ah, é você. Pode entrar. Estamos jogando verdade ou consequência. Quer participar também?
      – Mas é claro.
      O menino se aproximou e entrou na roda. Era o último daquele quarto e quem iria dormir com Trevor no beliche. Para minha surpresa era aquele menino emo que recebeu o Pancham, Calem.

     – Muito bem, vamos reiniciar o jogo.
     Matthew gira o lápis. A ponta é pra quem pergunta e a parte detrás para quem responde. Para o meu azar deu direto na Shauna, que era uma safada e sabia muito bem de tudo o que estava se passando.
      – Senhorita Yvelgress? Verdade ou Consequência?
      – Verdade.
      – Porque todos te chamam de "Y"?
      – Ah, não. Prefiro consequência.
      – Agora via ter que responder!
      – Não, Shauna. Você sabe! Não vale perguntar o que você sabe!
      – É, mas os outros aqui não sabem!
      – Muito bem... Quando eu tinha doze anos, um menino chegou pra mim e disse que queria "ficar". E eu fui. Só que eu nunca tinha beijado e quando ele me deu o primeiro beijo, eu gritei bem alto, "uai", e o apelido pegou. No entanto, como eu sou muito diva e não aceito insultos, eu decidi aceitar esse apelido para que parassem de me encher, então eu abrevio com a letra ípsilon porque em inglês ípsilon é "uai". Satisfeita, "Shauninha"?
      – Muito bem. Você gira o lápis, Y.
      Os garotos se seguram para não rirem.
      – Lá vai...
      O lápis gira no chão e a próxima dupla é formada: Matthew pergunta e Calem responde.
      – Muito bem, Calem. Verdade ou Consequência?
      – Consequência, vai.
      – Consequência? Meus parabéns! É o primeiro a aceitar a consequência aqui.
      – Anda cara.
      – Tudo bem. Você tem três opções:
  1. Você fica pelado aqui, na frente de todo mundo até o jogo acabar;
  2. Você tem que beijar o Trevor na boca;
  3. Você tem que beijar a Y na boca.
     – Matthew, seu pervertido! – Shauna cai na gargalhada.
     – Eu... Bom, eu... Y, você?
     – T-tudo bem. Eu topo.
     Na hora meu coração disparou feito uma bomba e minha pele se arrepiou em um pulso frenético que me fez tremer. Aproximei-me de Calem e o menino de olhos azuis encostou seus lábios nos meus, me dando um doce e agradável beijo. Senti o calor de sua boca como se o seu hálito estivesse corroendo o meu e estremeci com a força de suas mãos, que seguravam meu rosto, me passando tanto uma confiança naquilo que eu estava fazendo quanto um batimento cardíaco mais forte, que fazia aquele momento se tornar mágico.
     Nosso "selinho" durou cerca de quinze segundos, mas que na minha cabeça pareceu demorar uma longa e prazerosa hora.
     – Ui, safadenho!
     – Matthew, cala-a-boca! Você é um baita de um safado, isso sim!
     – Ah, mas vai dizer que você não amou essa consequência, Y?
     Senti meu rosto corar e de repente fiquei sem palavras, pagando o maior mico. Enquanto isso, Matt e o trio gargalhada riam da minha cara, enquanto Calem também parecia com vergonha.
     – Gente, eles se merecem! – Trevor se atreve a achar a nossa reação fofinha.
     – Por que vocês não ficam? – Shauna, por outro lado, já vai mais além, sugerindo um possível romance entre a gente, que ficava com mais vergonha a cada segundo.
      – Gente, eu... Eu já vou me deitar.
      Calem, todo vermelho, se retira da brincadeira e vai em direção a sua cama, onde tira as calças jeans – discretamente, mas ainda assim na frente de todo mundo – e coloca um pijama de bolinhas. Achei tão fofinho ele só de cueca tentando vestir aquele pijama de velho... Queria poder ajudar ele a colocar.
      – Já está ficando tarde, galerinha. Vamos seguir o conselho do Calem e vamos dormir.
      Todos então de repente começam a ir para o banheiro se trocar, revezando. Quando eu pensava que nada mais podia piorar, chega a vez de Matthew entrar no banheiro, chamando todos lá pra dentro e me deixando ali, sozinha com o Calem, que fingia estar dormindo.
       – P-pessoal? Ei!
       Mas ninguém respondeu. Só era possível ouvir umas risadinhas por trás da porta. Eu sabia o que Matt estava tentando fazer. Tentando fazer eu me aproximar do Calem, e se ele queria isso, então eu não podia desapontá-lo.
       – C-calem... Eu... Bom, você beijou muito bem!
       – É a primeira garota que me diz isso! E também a primeira com quem eu fiz isso.
       – Hã? Sério?
       – Eu... Nunca fiquei com ninguém antes. Na verdade essa foi a minha primeira vez. Meu... Primeiro beijo.
      – O que? Está de brincadeira?
      – Não. É sério. Eu... Nunca tive coragem de ficar com ninguém, mas eu... vi que você estava a fim, então... Tomei coragem e fui.
     – Quantos anos você tem, filho?
     – Quinze. Mas faço dezesseis na semana que vem, então... Bom, acho que esse foi o meu presente de aniversário.
       – Mas ninguém nunca pediu pra ficar com você?
       – Sim, mas eu... Bom... Tantos meninos e tantas meninas... Recusei todos. Eu... No fundo eu ainda estou magoado com uma menina que eu me apaixonei há algum tempo atrás. Ela... Bom, me rejeitou. Disse que eu era um vampiro assassino e que tinha que queimar no inferno. Então... Bom, eu fiquei com medo de amar e me machucar de novo.
      Uma lágrima corre pelo rosto de Calem, que parecia estar falando a verdade. Estava se abrindo para uma menina que ele nem conhecia direito. Mas isso porque estava sozinho e precisava de conforto. Aproximei-me do garoto e dei um beijo em sua testa e depois fui descendo até chegar à sua boca, dando-lhe um segundo beijo, mas dessa vez, com a língua.
     – Não precisa ter medo de amar. Isso só acaba te isolando mais ainda de tudo e de todos! Você só precisa relaxar e deixar que aconteça.
     – Sabe... Natalie, eu... Acho que estou gostando de alguém.
     "TOC, TOC"
     Dei um pulo para trás. Alguém batia na porta desenfreadamente.
     – Eu... Eu atendo.
     Levantei-me rapidamente e fui ver quem era. Para minha surpresa era o vigia, que estava apavorado, aparentemente preocupado conosco.
      – Vocês estão bem?
      – Estamos por quê? Aconteceu alguma coisa?
      – A escola acabou de ser invadida por uma equipe de vilões conhecida internacionalmente como Team Flare. Eles... Roubaram o nosso cofre e... Nossa, o que importa agora é que você estão bem... Seria uma desgraça caso algo tenha acontecido com algum dos alunos. O importante agora é que todos fiquem juntos enquanto nós--
      O homem tomba no chão, desacordado.
       – Ah, meu Arceus!
       Olhei em direção à porta do banheiro e corri pra lá. Quando abri a porta, para minha surpresa o banheiro estava tomado por uma névoa branca, e todos estavam caídos no chão, em um sono profundo.
     – Calem! Temos que sair daqui!
     – O que foi? O que é que houve?
     – Droga! Estamos sobre ataque! Fecha a porta!
     Calem pula da cama e tranca a porta, puxando o pesado corpo do segurança para dentro.
     – E agora? O que vamos fazer?
     – Temos que ficar aqui dentro. Procure fazer o mínimo de barulho possível.
     O quarto silenciou. Estávamos aterrorizados. Haviam se passado dois meses e meio desde o incidente em Lumiose City e eu já estava sendo vítima de mais um atentado terrorista. Olhei para minhas mãos e vi que elas estavam tremendo. Quando me dei por conta, a adrenalina já tinha tomado conta de meu corpo.
     – GROAR!
     Podíamos ouvir o rugido de algum Pokémon do lado de fora da porta. Eles estavam por ali, e estavam se aproximando de nós.
     De repente um estrondo rasga o silêncio, quando a porta de nosso quarto cai com tudo, em cima do segurança que estava desmaiado. O barulho de salto alto se aproxima e entram duas pessoas esquisitas no quarto. De um lado, uma mulher com o cabelo espevitado, e do outro um homem, que meneava uma pokébola para cima, partindo para o ataque. Os dois utilizavam estranhos ternos laranja, que iluminavam o quarto na escuridão.

(Imagem original via Tumblr)

     Eles pararam por um segundo e nos encararam, logo sacando seus pokémons. Pareciam estar tão calmos e tranquilos. Seguros daquilo que estavam fazendo, enquanto nós estávamos apavorados, com medo do que podia acontecer conosco.
     – O-o que vocês querem?
     – Huh... – O Homem de vermelho dá um sorrisinho maléfico – Uma batalha!
     E assim, os dois pokémons deles se manifestaram, com seus rugidos macabros, enquanto exibiam seus enormes dentes, saindo pra fora da boca. Eram dois Houndour e estavam famintos por uma batalha.
     – Hour...
     Logo peguei a primeira pokébola que eu vi e a lancei para cima, na tentativa de me defender. Por sorte era um Pokémon muito bem treinado... Fennekin surgiu cuspindo chamas que iluminavam o quarto mais do que aquele pequeno abajur onde sentamos ao redor para fazer nosso jogo de verdade ou consequência.

     – Fen, fen!
     – Vamos, Calem! Ajude-me!
     Olhei para o menino e vi que ele estava pálido. Nunca tinha tido uma experiência como aquela antes e estava com muito medo de perder a vida naquela noite. Mas ele foi rápido. Abriu sua mochila e tirou de dentro uma pokébola brilhante, revelando seu Pokémon.
     – Lam! Pent!
     Não me surpreende um emo ter um Pokémon como Lampent, no entanto eu não sabia o quão treinado aquele Pokémon havia sido e se fosse muito pouco, iria quebrar a sintonia de minha batalha com Fennekin, podendo mais atrapalhar do que ajudar.
     – Vamos, Houndour! Use Bite!
     A mulher manda o seu Pokémon, que vem com tudo pra cima de Fennekin.
     – Evasiva!
     Fennekin pula para o lado, fazendo com que Houndour acertasse uma cabeçada no beliche de Shauna, ao invés de acertar o Pokémon.
     – Fennekin, está pronto?
     – Fen, fen!
     – Use Psybeam!
Psybeam
     Fennekin começa a brilhar em um tom multicolorido, carregando muita, mas muita energia psíquica em seu corpo.
     – Houndour, Fire Fang!
     O homem ordena o seu Houndour, que avança pra cima de Fennekin, tentando lhe cravar os dentes. No entanto, para minha surpresa, Calem agiu no momento certo.
     – Lampent, Protect!
     O Pokémon lampião se coloca na frente de Fennekin, defendendo-o ao criar uma barreira de luz.
     – Vocês não são de nada, seus pirralhos! Houndour, use SmokeScreen!
     – Fennekin, não deixa!
     O golpe de Fennekin parecia estar pronto – Demorava pra carregar porque ele ainda não tinha dominado o golpe com sucesso – e já podia ser lançado. E assim o Pokémon fez, disparando uma rajada de luz multicolorida que avançava rapidamente pra cima do Pokémon canino, impedindo que ele ataque.
     – Hour--
     O primeiro Houndour, o da mulher, agora estava confuso por causa do golpe de Fennekin.
      – Vai, Lampent! Use Psychic!
      Os olhos de Lampent brilhavam em um tom de azul claro, fazendo com que o outro Houndour – o do homem – flutuasse para fora do quarto.
      – Houndour! Não!
      – Pra mim já chega. Volte Houndour!
      A mulher desiste e em seguida o homem faz o seu Pokémon retornar também. Estavam recuando, mas nós tínhamos que fazer alguma coisa. Eles precisavam ser presos.
      – Garotinha, isso aqui é pra você... Ou melhor, para o seu "Eevee"!
      Antes de fugir, a mulher me mostrou uma pedra do fogo, entregando-a em minhas mãos. Isso tudo era muito estranho porque eu tinha pegado meu Eevee ainda hoje com o professor Patrice e como ela podia saber? Com certeza tinha algum informante da Equipe na escola hoje cedo e eu iria descobrir quem era, custe o que custar.
      – Mas como é que--
      – Y, sai daí!
      Lampent vinha com tudo, criando um poderoso Shadow Ball, que logo avançou e atingiu os dois capangas malvestidos. O golpe atingiu o chão, formando uma explosão que levantou fumaça negra pelo quarto todo.
     – Cof, cof! Calem! Eles sumiram! Fugiram!
     Corremos até a porta e vimos aqueles ternos cintilantes voando pela escuridão. Os bandidos davam passos largos e se não corrêssemos nunca os alcançaríamos.
     – Vai, Fennekin! Use Psybeam!
     – Fen, fen! – O Pokémon começou a carregar seu golpe lentamente, enquanto os bandidos se distanciavam mais e mais.
     – Calem, faz alguma coisa! – Gritei, mas Calem parecia estar paralisado com tudo aquilo que estava acontecendo. Estava muito assustado. Tanto que estava branco como papel.
     – Vai, Calem! Eles estão fugindo!
     – C-certo! – Gaguejou o garoto. – Lampent, vamos atrás deles!
     E os dois saíram correndo pela escuridão, tentando acompanhar os bandidos que já estavam muito, muito longe a estas alturas do campeonato.
     – Fen! – O Pokémon indicou que o golpe já estava pronto para ser lançado, mas agora não teria mais tanto efeito, afinal, os ladrões estavam muito longe para serem atingidos.
     – Fennekin, dispare o Psybeam pra cima!
     E o feneco abre bem a boca, impulsionando a esfera de energia à sua frente a se disparar na forma de uma onda de luz colorida. Assim, Y cria um “sinalizador” muito prático, na esperança de chamar ajuda.


Enquanto isso, Calem corria atrás dos dois bandidos, que pareciam estar se distanciando cada vez mais. O garoto conseguiu uma grande vantagem de tempo quando os bandidos demoraram a pular a cerca do colégio. Assim, ele conseguiu se aproximar perto o suficiente para lançar um Shadow Ball na mulher, que quase caiu com a explosão do golpe no asfalto do outro lado da rua.
     – Parem aí onde estão!
     Mas os capangas não ligaram. Então o menino se viu obrigado a atacar de novo.
     – Lampent! Trave-os!
     Os olhos de Lampent começam a brilhar em um tom de azul e de repente os dois bandidos deixaram escapar um grito. Seus pés estavam se afastando cada vez mais do chão. Eles estavam sendo empurrados pra cima somente com a força do pensamento de Lampent.
     – Isso não vai ficar assim!
     O homem tentou se mover no ar, mas tudo o que conseguiu foi dar um tapinha bobo no seu bolso, derrubando uma pokébola. A bola bateu no chão e liberou um grande e poderoso Pokémon, Pyroar.
     – Groooar! – O Pokémon exibiu seus dentes e avançou pra cima de Lampent, acertando-lhe um jato de chamas que desestabilizou seu movimento Psychic e fez com que os capangas de terno laranja caíssem no chão, libertando-se.
     – Vamos embora daqui! Pyroar termine com esse pirralho! Use Echoed Voice!
     Um rugido alto e hostil e agudo preencheu o ar, fazendo Calem cair de dor nos ouvidos. Lampent também se espatifou no chão. Parecia estar quase fora de si.
     – Vamos! É a nossa oportunidade!
     – Não! Vocês vão ficar e vão lutar! – Calem tentou se levantar, mas estava estranhamente tonto depois daquele rugido alto.
     – Lampent! Use o Inferno!
     O Pokémon abriu a boca e cuspiu um mar de chamas azuis, que avançaram com tudo pra cima de Pyroar. No entanto, como o golpe era do tipo fogo, pouco se teve efeito.
     – Ah, Pyroar... Huh... Quando é que esse pirralho vai aprender? Ele nunca vai conseguir vencer você! – O Pokémon rugiu.
     – Com o Lampent, que também é um tipo fogo, talvez não. – Calem recolhe seu Pokémon pra dentro da pokébola e em seguida lança mais uma, gritando – Vai Meowstic!
    – Stic!
    Um pequeno gatinho branco e com alguns pelos azuis surge da pokébola de Calem, encarando os Flare’s com sua face inexpressiva.
     – Rápido Meowstic! Não deixa que eles fujam!
     O pequeno Pokémon, ainda não demonstrando expressão alguma abre suas orelhas, mostrando órgãos estranhos que estavam escondidos, como se fossem pequenos olhos e desses órgãos psíquicos surge uma onda de luz brilhante que acerta Pyroar com tudo. O golpe é forte o suficiente para empurrar o leão contra a parede, esmagando-o.
     – Stic!
     – Agora vamos ver quem é o “pirralho”! – Calem se levanta, não sentindo mais a tontura de antes. Ele firma os pés no chão e aponta o dedo para os capangas malvestidos. – Daqui vocês não passam!
     – Ah, é? Echoed Voice, Pyroar!
     Pyroar abriu a boca, soltando uma ponderosa onda Sonora contra Meowstic, que foi empurrado longe, tonto com tanto barulho nos ouvidos.
     – Droga! Meowstic, você tá bem?
     – Stic... – O Pokémon se levantou e de repente seus olhos pareciam expressar alguma coisa: raiva. Estava com raiva por ter sido empurrada longe, sujando seu pulo branquinho.
     O Pokémon então deu uma cambalhota no ar, disparando novamente seu Extrasensory, a luz colorida que atingira Pyroar anteriormente, só que desta vez o golpe foi mais forte ainda, aumentado pela fúria de Meowstic. A onda de luz e brilho voou em direção ao leão e atingiu seu corpo inteiro, formando uma explosão ao redor do Pokémon.
     – Pyroar, não!
     A fumaça de explosão baixou e o Pokémon estava estirado no chão, com a boca aberta e o pelo todo bagunçado. Seus olhos giravam, formando círculos que lembravam o estado de confusão, mas não era bem isso o que acontecia. Pyroar já estava derrotado.
     – Eu juro que vou me vingar! – Diz o homem, capanga da Team Flare. – Eu vou voltar, só que com mais poder! E quando isso acontecer, você vai sofrer as consequências, pirralho!
     – Stic! – Meowstic dá um salto, exibindo suas garras retráteis e avança pra cima do homem, que tem o rosto raspado com voracidade.
     – Isso mesmo, Meowstic! Não deixa esse homem falar mal de mim!
     E o capanga sai cambaleando, enquanto empurra o Pokémon para longe. Logo, as vestes laranja-aceso desparecem no beco sem saída e Calem fica parado ali, ofegante, enquanto tentava acalmar sua pequena Meowstic.
     – Vamos. Não temos mais o que fazer aqui.
     – Prrrr! – O garoto fez carinho na cabeça do Pokémon, que começou a ronronar. Em seguida, apontou sua pokébola, mirando-a na cabeça do gato e o fez retornar, ficando assim, completamente sozinho na rua escura.


***

Enquanto isso, Y tentava acordar seus colegas, Matthew, Shauna, Trevor e Tierno, que pareciam ter entrado em um estado de coma profundo. O nervosismo expresso em seu rosto poderia ser detectado pelo olhar de uma pessoa que passava há uma cidade dali. Já tinha passado por uma experiência parecida antes e estava com medo que tudo voltasse.
     – Matthew! Matt! Acorda!
     A garota pegou o amigo pelos ombros e o sacudiu. Mas o menino não deu sinal de vida. Estava completamente apagado.
     – Certo. Eu acho que faltei à aula de primeiros socorros, mas deve ser isso! – A garota pegou e deitou Matthew de novo no chão e depois elevou suas pernas, para que o sangue fluísse melhor pelo corpo. Em seguida ela colocou a cabeça do garoto para o lado e começou a desabotoar suas roupas. Arrastou o corpo de Matt até a parede e escorou as pernas nelas. E assim, foi fazendo com todos os outros.
     – Ai, gente! Acorda! Pelo amor de Arceus!
     De repente um estalo do outro lado da porta e seu coração parou por um segundo, e depois voltou com tudo, bombeando o sangue muito rapidamente por todo o seu corpo. A adrenalina se fez presente e só aumentou quando a porta do quarto se abriu lentamente, fazendo um rangido fantasmagórico.
     – Está tudo bem aqui?
     Um velho estranho vestindo uma calça social puxada por um suspensório acima do umbigo, e cabelos compridos e negros, aparentemente pintados com tinta barata, cambaleou, entrando no quarto.
     – Não! A escola foi invadida! E... Bom, eles fizeram isso com os meus amigos!
     – Não se preocupe mocinha! Já acionei a polícia e mandei chamarem uma ambulância! Tudo vai ficar bem! Por sorte eu vi uma rajada de luz colorida por cima do telhado e vim correndo pra cá!
     Y, que estava de joelhos, debruçada sobre Shauna, suspirou e caiu sentada no chão, aparando o suor da testa com as mãos.
     – Eles vão ficar bem?
     – Vão. Com certeza foi só um pó sonífero produzido... Bom, provavelmente produzido pelo pólen de um Gloom ou de um Amoonguss. Eu acho que posso resolver isso... Eles precisam de um pouquinho de Aromatherapy!
     O Senhor joga gentilmente a pokébola para cima, revelando um Pokémon inesperadamente fofo, que logo joga uma onda de pó-de-fada sobre os caídos.
     “Elizabeth”, a Spritzee agita as pequenas asinhas, formando um furacão de pó cor-de-rosa que atinge o quarto todo em questão de segundos. A sensação era reconfortante. Em segundos parecia que os ossos de Y tinham voltado para o lugar e que seu coração tinha entrado em um estado de paz profunda...
     De repente, ouviu-se um gemido e Matthew se levantou, esfregando a cabeça, que parecia latejar.
     – O que foi que aconteceu?
     – Matthew! Invadiram a escola! Fico contente que você esteja bem agora! Sorte que esse senhor chegou aqui e usou o Aromatherapy!
     – Quem?
     Matthew levantou a cabeça e viu a silhueta assustadora do homem parado atrás de Y e deu um sorrisinho, voltando a se deitar no chão.
     – Que foi?
     – É o diretor, Y.
     – Hã? – Y olhou para o homem, que ajudava Shauna e Trevor a se levantarem. Os adolescentes pareciam tontos ainda por causa da bomba sonífera, mas já estavam conscientes e era isso o que importava no momento. – Senhor... “Chevalier”, né? É um prazer conhece-lo! Não sabia que era o senhor!
     – Normal. Eu quase nunca saio de minha sala. As crianças se assustam quando eu passo por elas.
     O coração do velhote apertou, mas ele segurou o choro e agora ajudava Tierno a se levantar, tentando se esquecer de que todos o achavam horrivelmente assustador.
     – Bom, eu vou deixando vocês por aqui! Preciso ver os outros dormitórios!
     Y sorriu e acenou com a cabeça, e assim, o velho diretor e Elizabeth, a Spritzee saíram pela porta, deixando para trás o dormitório da Turma 13.
     – Coitado... Fiquei com pena dele!
     – Ele realmente parece ser uma pessoa boa, só que aqueles cabelos, o “visual” e os dentes podres não ajudam! – Matthew levou na brincadeira, mas isso só fez Y ficar com mais raiva.
      – E o Calem? Cadê? – Shauna vasculhou o quarto rapidamente e percebeu que o menino não estava ali.
      – Ah! Calem! – De repente Y se tocou de que deixou o garoto sozinho. – Matthew, eu vou precisar de um Pokémon seu.
      – Pode falar que eu empresto!
      – Eu vou querer o Gardevoir, por favor!
     – Claro! Aqui está!
     Matthew entregou a pokébola polida à garota, que a lançou para cima, liberando um Pokémon com uma expressão fria nos olhos.



***

Do outro lado da escola estava Calem, quase desmaiando, com uma estranha dor de cabeça que o fazia cambalear pelo asfalto.
    – Argh... Parece que aquele Echoed Voice perfurou meus tímpanos! Tá doendo tudo...
     – Meow!
     Meowstic tentou ajudar, mas seu miado fininho e agudo doía muito nos ouvidos de Calem, que tentava voltar para a escola...
     – Ei! Calem!
     Mas o grito da menina que corria em sua direção era mais alto e doía mais ainda. Para sua sorte, era a salvação.
     – Y!
     – Gardevoir, use Psychic e os traga para cá!
     O Pokémon humanoide fixou o olhar em Calem e Meowstic, fazendo-os levitar em direção ao pátio da escola, poupando para o garoto um grande caminho...
      – Gar!
      – Você conseguiu pegar eles?
      – Não... Fugiram. E ainda conseguiram me derrubar com um golpe sônico. Meus ouvidos estão doendo...
     – O que importa é que a gente tá bem e não aconteceu nada mais grave! Vem aqui!
     Puxei Calem pelo braço e envolvi os meus em suas costas, apertando-lhe com força. O garoto, que ainda parecia aterrorizado deu um pequeno beijo em minha testa e as lágrimas desceram pelo seu rosto. Mas ele sabia que agora estava seguro e que poderia contar comigo pro que der e vier.
     Entretanto ainda havia algo de estranho em tudo aquilo. Alguém sabia que eu estaria ali e alguém sabia qual Pokémon eu estava treinando. Sabiam que eu tinha um Eevee e queriam que ele se tornasse um Flareon. – um tipo fogo, pra variar – No entanto, alguém tinha que ter contado isso para aqueles vilões-meia-boca, mas quem? Tinha que ser alguém bem próximo e isso me levantava suspeitas mesmo para os meus próprios colegas de quarto e melhores amigos. Alguém estanha brincando comigo, e quando isso acontece, eu não deixo passar quieto... O que eu não sabia, era que estávamos sendo vigiados naquele exato momento...

Continua...

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Pokémon XY Adventures || Forever and Always (Season 2) – Originalmente postado em Outubro de 2013 / Repostagem em Setembro de 2014– A cópia ou distribuição desse material é totalmente proibida.
Pokémon e todos os respectivos nomes aqui contidos pertencem à Nintendo. A(s) personagem (ns) – Matthew; e Professor Chevalier – foi (ram) criado(s) por "Kevin_", portanto é proibida a cópia ou o uso sem a autorização do mesmo.

~ Ao escrever a fanfic o autor não está recebendo absolutamente nada, ou seja, não há fins lucrativos. ~

>>Todos os créditos vão para os criadores das fanarts de “Y” e "Team Flare". <<

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