Anteriormente em Pokémon Laços - GS: A misteriosa Pokégear de Crys toca e ela acaba marcando um encontro, na Cidade de Violet com Silver e quem quer que esteja junto com ele. Além disso, nossos heróis já planejavam mesmo ir à Cidade, pois é lá que se encontra mais um ginásio e o líder, especialista no tipo Voador, deve ser capaz de ajudá-los a conseguirem a HM02 - Voar, a técnica que os permitirá voar durante sua jornada por Johto, para que não precisem mais usar o perigoso Trem Magnético.
Temporada 02 - Episódio 04
Viajando a pé pela Rota 32, Gold e Crys estão terminando sua última batalha de treinamento contra alguns treinadores antes de chegarem ao extremo norte: a prometida Cidade Violet.
Gold batalhava contra uma treinadora de Elite que usava um Hoothoot (seu nome era Frieda). Gold, por sua vez, usava o Mareep que Crys havia lhe dado de presente.






Hoothoot cria uma barreira com as sete cores do arco-íris em torno de seu corpo, mas não adianta de nada, porque Mareep não é uma atacante física.


À distância, Mareep consegue perfurar a barreira enviando raios elétricos para cima de Hoothoot, que não resiste e é derrotado.


Enquanto isso, Crystal batalhava contra o irmão da treinadora de Hoothoot, Arthur. Ele usava um Furret, ela usava Natu.






Furret cospe várias lâminas estelares contra a mais recente captura da menina, acertando-o, mas...

É nesse momento que a visão do futuro de Natu abre portais no céu e descem a porrada em Furret, deixando-o fora de combate.
















O garoto fica vermelho da cabeça aos pés.




E assim, com novos itens em mãos, Gold e Crys avançam para a Cidade Violet, onde estavam prestes a receber um encontro inesperado.


Então, é nesse momento que chega pelas costa, uma pessoa que Crys reconheceu só pela voz.




A menina fica feliz de reencontrar o avô e corre para abraçar o baixinho. Mas ele não tinha uma expressão muito alegre...









Presídio Municipal de Violet:


Mirei estava vestida extravagantemente com roupas infantis, como sempre se vestia. Ela carregava um ursinho de pelúcia em formato de Marill e tudo parecia muito fofo e cor-de-rosa se ela não estivesse por detrás das grades.





Mais Tarde...












Assim, Crys se reúne novamente a Gold, que havia ficado esperando do lado de fora do presídio.









"Eu venho de uma família amaldiçoada. O clã dos 'Mind'. Carregar esse sobrenome é muito fácil pra um homem. Veja o meu avô, Kurt Mind. Ele cresceu, envelheceu, se tornou mundialmente reconhecido por fabricar Pokébolas a partir de Apricorns (Bolotas de Carvalho) e está aí até hoje, cuidando de minha prima Maizie.
"Infelizmente, ser uma mulher de sobrenome Mind não é fácil, pois a chance que temos de herdar o 'dom' do paranormal é de 50%, ao passo que os homens tem pouco mais de 0% de chances de desenvolver qualquer anomalia. Isso significa que de todas as mulheres que nasceram com o sangue amaldiçoado dos Mind, metade delas desenvolve algum tipo de habilidade psíquica de contato com os Pokémon, que é o meu caso e o caso de minha mãe.
"Dessas mulheres, as que desenvolveram o dom corretamente sem apresentar nenhum problema como delírios, alucinações, visões e perturbações espirituais, representam apenas uma minoria da família. A minha vó era uma dessas: ela falava com os Pokémon, de qualquer espécie, mesmo sem os conhecer. E foi a única Mind que eu conheci capaz de lidar com seus poderes sem perder o juízo.
"Minha tia, a mãe de Maizie, desapareceu há alguns anos. E você sabe como isso aconteceu? Ela estava 'ouvindo vozes' que a chamavam, até que ela decidiu seguir essas vozes e nunca mais voltou. Com a minha mãe, é a mesma coisa. Quando ela conheceu o meu pai, ela era normal, tinha a cabeça no lugar. Eles se apaixonaram, se casaram e tiveram primeiro a meu irmão mais velho, Eusine, e depois a mim.
"Meu pai morreu quando eu tinha apenas 2 anos, então ele sempre foi ausente na minha vida. Não que tenha sido culpa dele ter morrido, mas eu sempre senti falta da figura paterna dele, sabe? A minha mãe, entretanto, começou a perder o controle das próprias habilidades a partir daí.
"Com o passar dos anos, tudo foi piorando. Ela foi se tornando criança outra vez, enquanto Eusine e eu tínhamos de nos virar para sobrevivermos. Eusine, é claro, por ser um homem, não continha os genes amaldiçoados da nossa família e quando completou a idade mínima para sair em uma jornada Pokémon, ele se foi, me deixando para trás somente sob os cuidados de meu avô.
"Mas a convivência naquela casa era difícil demais. Eu não suportava ver minha mãe brincando com as minhas bonecas. Ela havia regredido, e tudo isso porque os poderes dela foram a engolindo, até que ela enlouqueceu por completo. Mas se este fosse o único problema, então estaria tudo bem. Acontece que a dona Mirei é encrenqueira e vive arranjando confusão. Certo ano, ela passou mais tempo na cadeia do que na nossa casa. E o pior de tudo, é que o que me faz ter aversão a ela, é o medo de me ver representada no futuro através da imagem da minha própria mãe. Louca, confusa, desorientada, sem noção da realidade.
"Ao atingir a idade necessária para me tornar aprendiz, então, eu entrei no Laboratório do Professor Elm, me mudando para New Bark, para que eu nunca mais precisasse depender dela. Aliás, eu nunca PUDE depender dela, já que ela nunca estava lá quando eu e o meu irmão precisávamos.
"Foi então que eu conheci a Chikorita e também é por isso que eu quero tanto defender, com unhas e dentes, esse meu primeiro emprego. Porque eu dependo dele para me manter estável, não só financeiramente como também psicologicamente.
"Eu não contei pra você, Gold, mas meus poderes também são uma faca-de-dois gumes e dependem muito da emoção. Se a pessoa não puder controlá-los, eles a controlam. E sabe? Acho que isso já está acontecendo comigo! Eu tenho visto uma criatura que tem me perturbado e tirado meu sono à noite.
"E isso só acontece quando eu me comunico com alguns Pokémon. Eu tenho medo de estar perdendo o controle e me tornando mais uma das mulheres da minha família que não suportaram o fardo de serem especiais."


Os olhos de Crys enchem-se de lágrimas e ela não se dá ao trabalho de contê-las, porque se sente segura ao lado de Gold.


Crys então abraça o garoto, que a aperta fortemente, sem malícia, apenas para ela saber, no tato, que ele estava ali e não iria abandoná-la.

























Maizie se despede de Marill e o entrega a Crys.





E assim, mesmo com muitos pesares, arrependimentos e preocupações, Crys revê sua família, revisita o passado e agora conta com um novo parceiro, ainda que ela tema que o pequeno Marill seja apenas uma metáfora de mau-gosto relacionando a quem ele pode evoluir no futuro, um novo Azumarill, com uma filha que não quer se tornar aquilo que a mãe se tornou...
CONTINUA...
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