Capítulo 05
Oxigênio
Agora, no Porto de Fall City...
A noitinha estava chegando e os barcos ficando escassos.















Imediatamente, sacamos nossos Capture Stylers e procuramos Pokémon pela água que pudessem nos ajudar com a viagem. Ruby, Sapphire e eu já havíamos viajado anteriormente pelo mar e a experiência havia sido um tanto quanto traumática, com a Equipe Aqua afundando a lancha do pobre Mr. Briney. Desta vez, Solana, Lunick e eu estamos correndo contra o tempo para conseguirmos informações sobre os ladrões do ovo do Pokémon Legendário, então pode-se dizer que infelizmente também não é um passeio...




O Pokémon que pego para mim é um Mantyke. É pequeno, mas eu também sou miudinho, então combina comigo. Enquanto isso, do meu lado, vejo Lunick pegando um Mantine, a evolução de Mantyke...

E Solana pegando um Lapras, o maior e mais confortável Pokémon para se fazer travessias marítimas...




E assim partimos. Com Magneton flutuando graças à manipulação da força eletromagnética, Altaria voando com Delcatty e Kirlia nas costas, e Roselia em meu bolso, fomos todos rumo a Summerland em uma viagem que mal sabíamos, seria turbulenta.
A noite cai e o mar começa a ficar revolto. Estamos um ponto desconfortáveis nas costas dos Pokémon e os respingos de água estavam gelados como se fossem uma amostra do Polo Norte. No entanto, a meio caminho da Ilha...





Debaixo d'água era possível ver o vulto de alguma coisa que se movia muito rapidamente submersa, causando pânico em Mantine, Mantyke e Lapras.

Então, antes que pudéssemos pensar no que fazer, a criatura emergiu de dentro do mar, dando o bote com sua boca cheia de dentes.


Arbok ataca, assustando os Pokémon-montaria, que dão uma curva tentando desviar e derrubam a todos nós, seus montadores, na água.



Mais um golpe... Arbok estava tentando nos estraçalhar com seus dentes. Será que ele pensa que somos suas presas?

Lunick então roda o pião, soltando a linha de captura em torno de Arbok, na tentativa de acalmá-lo, mas o Pokémon é extremamente violento e imediatamente parte da linha de energia com uma abocanhada só.





Mas antes que Solana pudesse sacar o seu dispositivo, Arbok já estava vindo de novo...
Dos botões de rosa em suas mãos, Roselia solta uma fumaça laranja fininha, repleta de esporos capazes de imobilizar um gigante. Arbok, no entanto, mergulha e evita todos eles. Sob a água, os Esporos não valem de nada.





Arbok então salta atrás de mim e solta um líquido laranja extremamente corrosivo a partir de sua boca, acertando a pequenina Roselia em meu bolso.
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Mas Roselia não resiste ao ataque. Parece que aquele Arbok estava muitos níveis acima da pequena Pokémon e Planta.

Sob o efeito do Ácido, o bolso de minha camisa começa a se desfazer e Roselia cai no mar. Eu imediatamente a pego com a palma das mãos e a protejo, colocando-a junto a mim. Graças aos céus, a água do mar lava bem a minha roupa e eu não corro o risco de derreter vivo.




Mas eu interrompo Lunick imediatamente.






Mas Arbok está tomado em fúria. Ele não está nem aí para o tipo de seu oponente... E começa a atacar sem dó.
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Antes que eu pudesse dar qualquer comando defensivo para Magneton, Arbok já havia descarregado toda a energia do Poder Oculto sobre nós.
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Solana roda a Beyblade contra Arbok, confiante de que desta vez iria funcionar, mas...

Irrequieto, Arbok morde a linha de captura e danifica o aparelho da Ranger. Não me resta alternativa senão usar Altaria, que estava sobrevoando a cena com Kirlia e Delcatty em suas costas.


Que nada! Perfeito seria se o golpe tivesse atingido Arbok. O Pokémon furioso mergulha no mar novamente e dá a evasiva perfeita, desviando-se do sopro de Altaria, que arrebenta na água.
Depois de mergulhar, Arbok então salta atrás de nós...

E com a cauda, dá um golpe sorrateiro em Altaria...


Com o golpe, Altaria é jogada para longe, caindo no mar e derrubando Delcatty e Kirlia, que eram suas passageiras...


Kirlia não sabe nadar e Delcatty é um gato: DETESTA água.


E neste momento, que estávamos todos preocupados com os meus Pokémon, Arbok se preparou e deu o bote final...



E com um golpe corporal não-creditado, Arbok vem diretamente para cima de mim. Quando eu percebo, já é tarde demais...
Eu afundo, mas não sem antes jogar a pobre Roselia debilitada para fora d'água, para que Mantyke e os demais Pokémon capturados pudessem salvá-la. Foi um reflexo rápido, eu sei. E rápido é a palavra que melhor define tudo o que aconteceu a seguir.
Eu senti minha consciência mudar. Como se desprendesse da carne e tomasse vida própria, restaurando seu tamanho, formato e consistência original. Eu agora estava flutuando em ternura. Podia enxergar tudo debaixo d'água... As algas, os corais... TUDO, com a maior nitidez possível e sem precisar me preocupar com mais nada. Eu não precisava girar o pescoço para ver ao redor: eu via tudo, todas as situações ao mesmo tempo.

O mundo lá fora e a situação desesperadora que acontecia com meus amigos Solana e Lunick rapidamente ficou em segundo, terceiro, quarto plano, até desaparecer completamente da minha cabeça.
Sentia-me leve e tomado por uma sensação de paz inefável. Não dava para colocar em palavras. Não dava para descrever o que eu sentia. Era uma ausência completa de temor, de ansiedade... Era simplesmente o ser, o existir, sem nenhuma resistência. E neste momento tive a plena certeza de que sofre quem fica, quem permanece, e não quem se vai.
Até que eu ouvi um chamado.
Era a mesmíssima voz que eu havia ouvido no dia em que presenciei o Ovo do Pokémon Legendário sendo roubado, ainda na Região de Hoenn...
E uma vez mais, o nome do Príncipe dos Mares brotou em minha boca. Bem neste momento, eu enxergo a silhueta da criatura se movendo alegremente pela água, passando pelos cardumes de Pokémon e pousando à minha frente...



De repente. Todo aquele clima etéreo de paz é quebrado, porque eu começo a me sentir inferior. E triste. E insuficiente...
Mas Manaphy tinha uma voz tão doce, tão tranquila. Parecia a de uma criança humana por volta dos 3 ou 4 anos de idade, mas falava com uma serenidade de alguém que já viveu mais de mil anos... E talvez ele tivesse vivido muito, muito mais do que isso.
De repente, tudo se desfez e eu me acordo flutuando sob as águas nas costas de Lapras, com Lunick dando tapinhas no meu rosto, tentando me reanimar.









Menti.
Eles não precisavam saber que eu tive um encontro nada casual com Manaphy.











Montamos novamente nas costas de nossas respectivas capturas e seguimos rumo à grande Ilha Summerland sem mencionar novamente o que havia acontecido. Dentro de mais ou menos cinquenta minutos, chegamos à parte traseira da Ilha, que dava acesso a Olive Jungle, e por ali mesmo acampamos, fazendo uma fogueira na praia. Libertamos Lapras, Mantine e Mantyke na natureza de novo e em poucos minutos, adormecemos, exaustos. O dia seguinte seria puxado, e estávamos cientes disso...
Continua...
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