Z-VI



 Ato VI 
— Lillie, nós não vamos machucar o Geleca! Só vamos fazer alguns experimentos com ele para descobrir sua tipagem e movimentos. — Informou Lucy.
— Isso é o mesmo que torturar! — Lillie pegou Geleca no colo e ele não pareceu se importar. As lesminhas auxiliares desapareceram todas. Ele sentia-se seguro perto da loura.
— Shauna, me ajuda aqui? — Pediu Lucy.
— Ah, claro. Vai, Aromatisse.
Shauna libertou sua parceira (as duas eram inseparáveis) Aromatisse. Com ela ali, Lillie não precisaria se preocupar com a saúde de Geleca.
— Aromatisse pode curar qualquer pokémon através de sua Aromaterapia e técnicas de recuperação de HP semelhantes. — Explicou Shauna.
— Ainda não estou convencida. — disse Lillie. — Vocês cientistas só pensam no avanço da ciência, mas não pensam no avanço da vida! Vocês estão ferindo este pokémon e toda a natureza quando fazem suas experiências nojentas e mal intencionadas! Chega de experimentos! Para nós, acabou!
Lillie pega Geleca e vai de volta para a cidade.
— Espera! — Lucy vai correndo atrás de Lillie e puxa a garota, mas esta desfere um tapão estalado na cara de Lucy.
— BRIGA! BRIGA! BRIGA! — Shauna bradou.
— De que lado você está afinal, hein? — Pergunta Matthew.
— Do lado que adora uma briga! Vai, Ratazana! Arrebenta essa vadia!
Mas eu já estava lá para parar as duas, separando-as.
— Calma, meninas! O que é isso?
— Essa porca me deu um tapa! — Rugiu Lucy que estava uma fera.
— Você bem que merecia! Olha o que fez o Geleca passar! — Defendeu-se Lillie.
— As duas se acalmem, ou eu vou chamar a polícia! — disse Matthew em um tom autoritário.
— Escuta aqui, vocês não tem o direito de fazer isso com nenhum Pokémon! Eles são seres vivos, possuem sentimentos! Não são simples--
Então ouviu-se um estouro e uma leva de gargalhadas. Aquela rota estava ficando pequena demais para tantas pessoas: um grupo de cinco integrantes se aproximou com um ar de deboche. Usavam todos roupas pretas com detalhes em branco. Seu símbolo era um grande S cujas pontas se encontravam, fechando em um formato de caveira.
— Parece que nossos coleguinhas finalmente aprenderam com a gente! Se envolveram em uma briga!
— Quem são vocês? — Perguntou Lucy.
Reconheci a voz de primeira, mas não a aparência. Darkstorm Wicked estavam mais esbeltos, com os corpos mais musculosos e o cabelo melhor cuidado, mas mantinham seus padrões.
Nossos ex-colegas continuavam seu estilo punk de sempre, mas com suas novas vestimentas, pareciam que estavam usando um uniforme, uma vez que os outros dois que os acompanhavam também utilizavam  o mesmo estilo. A diferença era que estes dois ficaram longe, no arco de entrada da Rota, como se observassem os passos de Darkstorm e Wicked pra ver o que eles iriam fazer.
 
Havia uma mulher com um top preto para mostrar a tatuagem cor-de-rosa em sua barriga. E por falar em rosa, seus cabelos tinham mechas no mesmo tom, além de um amarelo "falsérrimo". Havia também um cara todo descolado e que era novo demais para ser grisalho, mas sua cabeleira brilhava em um branco tão branco que ele parecia ter exagerado na descoloração. Ele parecia ter mais dinheiro que os outros, pois ostentava uma corrente e um relógio de ouro.
— Ahn... — Lucy ficou sem palavras, percebendo que estava uma situação muito constrangedora. — Que bom ver vocês! O que fazem por aqui?
— A gente soube que tu achou uns negócio aí e pá: viemos ver o que era! — disse Darkstorm, com aquele jeito de cidade grande, cheio de gírias.
— Ah, eu ficaria contente em mostrar para vocês, se não fosse... — Lucy olhou para Lillie, que se afastava na direção da cidade com Geleca no colo.
— A gente quer ver agora, pô! — Reclamou Wicked. — Pros outros tu mostra né, mas pros mano não! Vai, ver! Fiquei bolada agora! Se pá, tu mexeu com a pessoa errada, sua escrota.
— Escrota é você, garota! — Devolveu Lucy. — Esse seu linguajar me enoja!
— BRIGA! BRIGA! BRIGA!
— Shauna, agora não. — Tierno segurou Shauna, percebendo - assim como eu, Matthew e Zack - que aquela situação estava ficando estranha. O que eles queriam? Nunca se importaram com a gente, nosso contato foi mínimo e eu mal podia me lembrar de alguma conversa entre nós em sala de aula.
— Vai nos mostrar ou não vai? — Perguntou Darkstorm, irritado.
— Dark... Calma. — Pediu Lucy. — Vamos com calma, eu estou... Tendo uns problemas aqui...
— Na moral, nós também, pô! Colabora aí. Tão vendo aqueles caras lá atrás?
Darkstorm apontou para a mulher de top e o homem da corrente.
— Nossos chefes. Estão avaliando nosso trabalho, mermão.
— Trabalho? Vocês estão aqui a trabalho? — Perguntou Lucy inocentemente.
— Claro. Queremos ver o que você descobriu, gata!
— D-desculpa, mas em primeiro lugar, trate-me com respeito.
— Vai mostrar ou não?
Lucy hesitou, mas apontou em direção a Lillie, que visivelmente carregava alguma coisa para a cidade.
— Aí: Achamos! — Wicked gritou para seus superiores e eles se aproximaram.
— CAPTUREM-NO! — Bradou o homem de cabelos brancos.
— O que? — Lucy se assustou, mas era tarde demais. Ela havia entregado a posição de Geleca e agora os quatro malandros iam atrás de Lillie, com pokébolas em mãos.

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